LEM: Juiz Eleitoral proíbe manifestação do Movimento Fora Lixão.

O juiz eleitoral da Comarca de Luís Eduardo Magalhães, Flávio Ferrari, decidiu, ao final da tarde deste sábado, após manifestação do Ministério Público Eleitoral, cancelar ato de protesto do Movimento Fora Lixão.

O Magistrado afirma em sua sentença que acolheu o pedido do MPE em virtude da possibilidade de haver confronto com carreata do candidato situacionista, marcada para a mesma hora e lugar, na Cidade Universitária.

A prudência do MPE e do Magistrado são louváveis do ponto de vista de evitar conflitos.

Inacreditável é que o candidato situacionista tenha a desfaçatez de fazer passear uma carreata nos bairros prejudicados, há uma década, com os miasmas, o chorume, os urubus e as moscas varejeiras do lixão.

Não obstante a grave situação sanitária causada pelo lixão, o atual prefeito fez a campanha anterior, em 2016, prometendo resolver em 90 dias a situação. Quatro anos depois, o monturo permanece no local, apesar da aprovação, da Câmara Municipal, de empréstimo para a construção de um aterro sanitário.

Nos últimos cinco anos, a Prefeitura Municipal realizou pagamentos da ordem de R$44.938.092,45 com limpeza pública, dentro de um crescendo de gastos inexplicáveis, mesmo diante do aumento de combustíveis e dos salários do pessoal necessários para a limpeza pública.

Enquanto em 2016, os gastos giraram em torno de R$5,5 milhões, em 2017 aumentaram para R$8 milhões; em 2018, para R$11 milhões; em 2019 para R$12 milhões; e em 2020, R$12,5 milhões.

Além da promessa eleitoral não cumprida, o Prefeito mostrou-se incapaz de construir um aterro sanitário que está orçado em cerca de 10% do valor reservado para a limpeza pública.

Talvez seja este o motivo da indignação do Movimento Fora Lixão que exigiu as providências do Ministério Público e do Meritíssimo Juiz Eleitoral.

Kenni Henke conversa com “Movimento Fora Lixão” para decidir sobre empréstimo à Prefeitura.

Integrantes do Movimento Fora Lixão querem certeza de que o lixão será extinto.

O vereador Kenni Henke, presidente da Comissão de Obras da Câmara Municipal, informou agora à tarde que esteve com alguns dos representantes do Movimento Fora Lixão:

-Conversei com Gerdson, Adriano e contamos com a presença do nosso amigo Hilário para debater sobre o empréstimo de 11 milhões que a Prefeitura quer para, entre outras coisas, realizar as obras do aterro. Mostrei aos integrantes do grupo a planta do aterro e o projeto que será votado na câmara.

O que sabemos até o momento, informa Kenni:

1 – Há pouco tempo o prefeito solicitou à Câmara um empréstimo de 40 milhões para realizar algumas obras na cidade, que ainda não foram concluídas, nem apresentado o balanço destas.

2 – A Prefeitura arrecada mais de 1 milhão de reais por dia e poderia realizar essa obra sem empréstimos.

3 – Desses 11 milhões, será destinado apenas uma parte para o aterro sanitário. O lixão que se encontra no Residencial 90 não será retirado de lá, mas será “desativado”, e nesse projeto não consta nada de valores para a continuação da mitigação do mesmo.

-Como representante da população de Luís Eduardo Magalhães, quis ouvir os mais interessados no assunto, que são os que sofrem diariamente com o lixão em sua porta. Tudo tem que ser feito com consciência, não pensando apenas na próxima eleição, mas sim, na próxima geração, diz Kenni.