Malditos Comunistas! EUA impõem restrições aos que não são vacinados.

Autoridades americanas decidiram concentrar esforços para vencer a hesitação de milhares de pessoas em relação à vacina. Acelerar a imunização da primeira e segunda dose é prioridade nos Estados Unidos em face da proliferação da variante Delta do coronavírus. Hoje, cerca de 83% dos novos casos são provocados pela cepa. O problema é que analistas consideram que o governo americano já teria atingido o máximo de pessoas dispostas a se vacinar (por volta dos 65%), restando a tarefa de convencer o restante.

Vacinação em Buffalo, no estado americano de Nova York© Darren McGee- Office of Governor Andrew M. Cuomo)/Divulgação Vacinação em Buffalo, no estado americano de Nova York

Tem sido uma tarefa complicada. Aos relutantes já foram oferecidas de bolsas universitárias a cervejas. Mas como o oferecimento de recompensa não funcionou, as autoridades tomaram outro caminho: o da restrição. No fim da semana, o prefeito de Nova York, Bill de Blasio, afirmou que estuda obrigar a apresentação de atestado de vacinação para entrar em locais fechados, como bares e restaurantes, e também estimulou empresários a exigirem que seus funcionários se imunizem. O apelo foi feito especialmente aos hospitais públicos e privados para que estabeleçam rotinas de testagem semanais ou demandem dos profissionais que se vacinem. No dia anterior, a Liga Nacional de Futebol Americano comunicou aos 32 times integrantes que os atletas que se recusarem a ser vacinados colocam em risco seus times, que poderão perder os jogos caso o jogador teste positivo e infecte outras pessoas.

Trata-se de um momento crítico para os Estados Unidos. Depois do sucesso da primeira fase de vacinação, a campanha parece ter chegado a um ponto sem saída. E o temor é o de que a parcela da população que não quer se vacinar seja justamente o terreno fácil de disseminação para a variante Delta. “Estamos vendo surgir uma pandemia de não vacinados”, disse Rochelle Walensky, diretora do Centro de Prevenção de Doenças (CDC).

Simultaneamente às medidas, muitos pesquisadores estão trabalhando para entender melhor o que está por trás da hesitação associada à vacina. Já se sabe que um dos motivos é o fato de os imunizantes em uso não terem obtido a aprovação final do FDA, a agência americana responsável pela liberação de medicamentos nos Estados Unidos. Por questão de urgência sanitária, as vacinas receberam somente liberação para utilização apenas emergencial. Por essa razão, muitas autoridades têm apelado à agência que dê seu parecer final sobre os imunizantes. O presidente americano, Joe Biden, foi um dos que se manifestou, dizendo esperar que as aprovações sejam dadas o mais rapidamente possível.

Sobre um informe da Veja.

Enquanto isso, aqui na “Grande Venezuela do Sul”, o Presidento nega que tenha se vacinado, decreta segredo de 100 anos sobre o seu cartão de vacinas e toda semana inventa uma nova história sobre a compra de vacinas:

“Ai, que eu não sabia da compra superfaturada da Covaxin; ai, que a Coronavac não presta; ai que a Pfizer não quis vender para o Brasil; ai, que eu não recebi nenhum dos 81 emails da Pfizer. E por aí vai.”

Haia te espera, Presidento. Vais curtir muito a brisa marinha da Holanda.

Depois das manifestações de ontem, o Presidento chegou a uma conclusão:

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Enlouqueceram! Dizem que o uso da máscara conduz a graves danos à saúde!

O YouTube removeu de sua plataforma um vídeo da Fundação Alexandre de Gusmão (Funag), órgão ligado ao Ministério de Relações Exteriores, por violar os termos da plataforma. De acordo com a empresa, o vídeo “A nocividade do uso de máscaras” foi avaliado como passível “de causar danos físicos graves ou morte”.

“O YouTube tem políticas claras sobre o tipo de conteúdo que pode estar na plataforma e não permite vídeos que incentivam atividades que possam causar danos físicos graves ou morte”, informou a plataforma por meio de nota. O relato foi publicado em reportagem de Carolina Marins, no portal Uol.

Os posicionamentos sobre os cuidados da população nesta pandemia faziam parte do seminário virtual “A conjuntura internacional no pós-coronavírus” exibido no dia 3 de setembro. Nele, o palestrante Carlos Ferraz dizia, sem apresentar evidências científicas, que máscaras fazem mal à saúde de pessoas saudáveis.

“A máscara não só é inócua no combate à pandemia, mas é também nociva, causa problemas de saúde”, dizia o palestrante que é professor da Universidade Federal de Pelotas.

Esse fundamentalismo barroco, esse negacionismo histriônico, essa ânsia vira-latas de imitar figuras tóxicas como Donald Trump sabe aproveitar-se, olimpicamente, da falta de conhecimento de grandes porções da população.

Ainda vão nos conduzir à ampliação sem limites da tragédia que se abateu sobre os brasileiros, com 5 milhões de contaminados e mais de 150 mil mortes. O que esperam: outras 150 mil mortes nos próximos meses?