Governo economiza água forçando nas termoelétricas

Os reservatórios das hidrelétricas do Nordeste estão atualmente com um pouco mais de 45% de suas reservas. Segundo autoridades, este nível deve chegar ao fim do período seco, em novembro, com 35%, para que possa ser enfrentado com segurança um provável aumento de demanda durante a Copa do Mundo, em 2014.

Para isso, o Governo pretende, como vem fazendo agora, economizar água nos depósitos do Nordeste substituindo a demanda por força das termoelétricas, movidas a óleo pesado. Com evidente encarecimento das tarifas.

Se o Governo e o BNDEs abrirem os cofres, a energia eólica, capaz de gerar energia em abundância na seca, em 2014 poderão estar operacionais uma série de parques geradores no Nordeste, poupando petróleo e o meio ambiente. A força eólica instalada já ultrapassa 4% do setor no País. 

Rizzo 600 x 200

CONAB diz que transporte mais barato para o Nordeste é mesmo o caminhão

brasil

O modo rodoviário ainda é a forma mais barata de transporte da produção agrícola do Centro Oeste para os estados do Nordeste do país. Essa é a conclusão de um recente estudo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) sobre a logística de escoamento de estoques públicos para atender a Região Nordeste, que vem sofrendo com a seca.

O estudo demonstra que o transporte multimodal, com a utilização conjunta dos modos rodoviários, hidroviários e de cabotagem, ainda é muito caro no Brasil, se comparado ao rodoviário. Um exemplo é o custo de deslocamento de milho do MT e GO para os estados nordestinos. Pelo modo rodoviário, a Conab paga, em média, cerca de R$ 370,00 por tonelada. “Caso utilizássemos o sistema multimodal, ente Mato Grosso e Bahia o valor seria de quase R$ 700,00 por tonelada”, explica o Superintendente de Logística Operacional da Conab, Carlos Eduardo Tavares.

Segundo Tavares, outra alternativa analisada foi a utilização da multimodalidade rodo-cabotagem-rodo entre a zona de produção do Paraná e Bahia, que apresentou valor superior a R$ 650,00 por tonelada. “Os números demonstram que as grandes distâncias rodoviárias, necessárias para alcançar roteiros onde são utilizados veículos de grande porte (hidrovia, ferrovia, marítima), acarretam elevados custos logísticos totais”, completa.

Outro fator que torna o modo rodoviário mais atrativo é o nível de serviço oferecido. Basicamente, o tempo do caminhão no percurso de origem é de 3 a 6 dias, enquanto no sistema multimodal, pela necessidade de consolidação das cargas (descarregar vários caminhões para encher um navio), pela distância a ser percorrida em veículos de baixa velocidade e pelo tempo de descarregamento nos portos, o prazo de remoção chega a 45 dias.

O levantamento aponta que a expansão do crescimento agrícola está se processando para o interior do país, e a ferrovia deveria ser o modo básico de transporte para movimentar estoques públicos da região Centro-Sul para o Nordeste. “Caso a ferrovia Norte-Sul estivesse concluída, teríamos uma alternativa mais eficaz para abastecer o Nordeste”, ressalta o superintendente. (Mônica Simões/Conab)

 

 

Governo anuncia “cisternas da produção”, mais água e R$80 mensais aos flagelados da seca

Mais carros-pipa, Bolsa Estiagem e transporte para a ração animal. Essas foram algumas das ações que o governador Jaques Wagner (PT) anunciou na sexta-feira (23) para combater os efeitos da seca, após reunião com a presidente Dilma Rousseff, em Brasília. O encontro, que teve a participação da ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, e do comandante do Exército, Enzi Peri, teve como finalidade desenhar um programa emergencial do governo federal de combate à seca, que será lançado oficialmente por Dilma no dia 2 de abril, no Ceará.

Foto da Folha de São Paulo
Foto da Folha de São Paulo

“A Bahia deu importante contribuição na reunião e foi chamada por ser o estado com mais contingente de pessoas sofrendo com a seca”, pontuou o governador. Uma das sugestões acatadas pela presidente foi a de financiar “cisternas de produção”, que prevê a instalação de criatórios de galinha e codornas ao lado das cisternas para melhorar a renda das famílias atingidas pela seca.

Para a Bahia, segundo o governador, foi assegurado abastecimento com a ajuda do Exército, por meio de carros-pipa, para 63 cidades que ainda estavam desabastecidas e o reforço em 44 municípios que estão com fornecimento irregular. Outra demanda atendida foi a ampliação do Bolsa Estiagem — 9 parcelas de R$ 80 para os agricultores prejudicados. Não foi informado o valor total do auxílio para a Bahia. A presidente ficou de analisar o pedido para que a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) transporte milho para servir de ração animal em áreas que sofrem com o desabastecimento. (Correio)

Nove parcelas de R$80 para quem perdeu tudo ou nada tinha quando começou a seca? O farisaísmo dos governos do PT está criando um significado novo para a palavra hipocrisia. É o assistencialismo eleitoreiro na sua concepção mais emblemática.

O que o Governo precisa providenciar com urgência é alimentação de bovinos e caprinos, que estão morrendo de fome nos braços da CONAB; alfabetização e capacitação acelerada para jovens e adultos; difusão de técnicas agrícolas compatíveis com o bioma caatinga, além das medidas já tomadas, como fornecimento emergencial de água.

Seca no Sertão chega ao seu ponto mais crítico

seca 2

Enquanto o poder central pavoneia-se em Roma, portando monarquicamente seus cartões corporativos, a seca avança no Sertão do Nordeste. Só na Bahia já são 226 municípios em estado de calamidade. A FAEB – Federação da Agricultura do Estado da Bahia emitiu nota oficial capaz de constranger os corações mais empedernidos.

“A Federação da Agricultura e Pecuária da Bahia vai reunir produtores, autoridades e Sindicatos dos Produtores Rurais para discutir a gravidade da situação.

O sentimento dos produtores da região do semiárido da Bahia é de angústia, revolta e abandono. A sensação geral beira o desespero. A realidade é cada vez mais grave e impiedosa. A seca que atinge a Bahia, considerada a pior dos últimos 50 anos, chegou ao seu ponto mais devastador, levando o produtor rural baiano ao fundo do poço. De acordo com últimas informações divulgadas pela Defesa Civil, 226 municípios estão em situação de emergência na Bahia, o que corresponde a mais da metade das cidades baianas.

secaAs medidas dos Governos Estadual e Federal são insuficientes, e longe da realidade. Os escassos recursos emergenciais esgotaram-se rapidamente e os financiamentos foram marcados pelo excesso de burocracia e lentidão, excluindo o pequeno e o médio produtor. Assistimos a um imenso retrocesso. O médio produtor já virou pequeno e o pequeno produtor está em vias de desaparecer.

Em 2012, quando a situação já era bastante grave, foram anunciadas várias medidas emergenciais, com obras como Barragens Subterrâneas, Poços e Implantação de Reservas Estratégicas de Alimentos. Em nome dos produtores do semiárido baiano, questionamos: Onde estão esses poços? Quantas barragens foram construídas? Quantas pessoas foram beneficiadas? Onde estão essas obras emergenciais? O que está sendo feito de concreto?

O pequeno estoque de milho que deveria chegar aos produtores desapareceu. Um produto essencial que poderia ser usado como uma das poucas alternativas para salvar o que resta do rebanho. Lembramos que esse milho não seria dado, seria comprado pelos produtores. Os produtores querem e precisam comprar, com urgência, o milho. O programa Bolsa-Família, que tem ajudado muitas pessoas a sobreviver, não é a solução para o semiárido, pois isso não resolve o problema. O Bolsa-Família não alimenta e nem fornece água para o rebanho, nem garante a sustentabilidade da propriedade. Com ele a família consegue apenas, precariamente, sobreviver. E assim, acompanhar a perda de todo o seu patrimônio, conquistado com muita luta. Os rebanhos estão sendo dizimados, as propriedades arruinadas, o patrimônio dilacerado.

Os produtores estão, a cada dia, mais e mais descrentes e desassistidos. Tendo em vista a calamidade que se alastra impiedosamente em nosso Estado, e que está levando progressivamente o produtor rural ao extremo desespero, a FAEB – Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia, atendendo à solicitação dos Presidentes de Sindicatos dos produtores rurais da Bahia, vai reunir em sua sede, cooperativas, associações, produtores e autoridades, para uma reunião, de forma a que cada um expresse o seu sentimento e apresente em depoimento suas carências, dificuldades e os efeitos dessas medidas emergenciais nos seus municípios. E, a partir daí, apresentar aos órgãos de divulgação o verdadeiro quadro de desalento e o sofrimento que o campo vem atravessando, revelando, assim, a extensão da tragédia que estamos vivendo. O encontro será realizado na próxima terça-feira, 26, a partir das 9h, na Rua Pedro Rodrigues Bandeira, 143, Ed. das Seguradoras, 7o. andar, bairro do Comércio.

A situação esperada para 2013, caso não ocorra o milagre das chuvas até início de abril, é que a estiagem vai ser muitas vezes pior que a de 2012. Já não existem reservas estratégicas, nem qualquer poupança que permita comprar volumoso, sementes, contratar carros-pipa, entre outros.

Durante o encontro, também será realizado um movimento para solicitar aos Governos Estadual e Federal ações enérgicas, impactantes e imediatas, e protestar contra o descaso e a falta de apoio aos pequenos e médios produtores, que estão sendo dizimados. A gravidade da situação é de real calamidade, e é muitas vezes maior que o tamanho da ajuda que se teve até agora.

Nesse momento difícil, é necessário, mais do que nunca, que os produtores se organizem, se mobilizem, e pressionem para que seja apresentado um programa de medidas concretas, estruturantes, de médio e longo prazo, para, finalmente, serem criadas condições para sairmos dessa crise, com a recuperação da economia agropecuária, e preparando, enfim, o produtor do semiárido baiano para conviver dignamente com a realidade da seca.”

Todo brasileiro, com um diáfano sentimento de patriotismo e imbuído dos mais singelos preceitos democráticos aprova a Comissão da Verdade, que visa expor os nomes dos torturadores do golpe de 1964. 

Não podemos, no entanto, nos isentar das barbaridades que estão acontecendo na gestão pública brasileira, que criou um regime popularista sem ajudar o povo; um regime socialista que não se preocupa com o social; um regime que alcança uma moeda, mas veda, a cada brasileiro desassistido o acesso ao ensino e a chance de escalar a pirâmide social. 

Está explicado porque então o Governo do PT paga tanto pelo apoio da base política, prática iniciada nos primeiros meses do Governo Lula e que atingiu seu ápice em 2005, o ano que ainda não acabou.

Mau gestor, o Governo Petista dissemina práticas espúrias por estados e municípios, com base num assistencialismo orgulhoso e prevaricador, onde segurança, educação e saúde são operetas bufas, pura ficção da dramaturgia dos que conspiram, na luz tênue dos gabinetes, contra a Nação.

Que se escolha então, um Conselho de Notáveis, que governe a Nação, uma verdadeira comissão da verdade do cotidiano. E deixemos que Lula e seus seguidores façam política. Se é que nada fazem ou sabem fazer de melhor. 

Uma semana de chuvas boas, outra de pouca chuva.

chuva1Nesta semana as chuvas fortes e volumosas (que acumulam mais de 100 mm) vão se concentrar no norte e no oeste de Minas Gerais, em Goiás, no Distrito Federal, no leste de Mato Grosso, na Bahia, no sul Piauí, no Tocantins, no sul do Pará, no Acre e no leste do Amapá.

 Já em São Paulo e em Mato Grosso do Sul, o predomínio será de sol nesta semana e a chuva vai acontecer na forma de pancadas isoladas, que ocorrem principalmente entre o meio da tarde e o início da noite.

No Sul do Brasil, uma nova frente fria chega à Região na sexta-feira. No entanto, este sistema avança rapidamente e não há expectativa para chuvas volumosas.

 No período entre 27 e 31 de janeiro, as condições do tempo não mudam muito. No Sul do país, a previsão é de pouca ou nenhuma chuva. Já entre Minas Gerais e o Acre, as pancadas de chuva acontecem com frequência e por vezes têm forte intensidade. Algumas localidades devem acumular volumes acima de 100 mm. No Nordeste, a chuva diminui. Do Instituto Climatempo.

chuva 2

Governo vai resolver problema da seca com informações à imprensa?

ABRE_CisternaO Exército, que controla a distribuição de água em oito dos nove estados nordestinos – além do norte de Minas Gerais –, socorre cerca de 2,84 milhões de pessoas nesta seca. Só o Maranhão não consta da lista dos militares.

No entanto, semanalmente recebemos informações da Codevasf, DNOCS e Ministério da Integração, que estão sendo instaladas novas cisternas, com capacidade para 16 mil litros. Essa quantidade de água deve ser suficiente, segundo os órgãos governamentais, para prover os oito ou nove meses em que as chuvas estarão ausentes do semi-árido.

A verdade é que se não chover para abastecer as cisternas, os pobres habitantes do semi-árido vão continuar dependendo da logística do Exército ou da vontade política dos prefeitos.

A Codesvasf diz que até superou as metas de instalação em estados como Bahia, Pernambuco e Alagoas, instalando mais de 34,5 mil cisternas.

E o fabricante das cisternas plásticas, afirma, também em informação à imprensa, que até maio entrega 60 mil cisternas ao DNOCS.

Maranhão intensifica plantio de soja.

O período do plantio de soja no Maranhão, que se estende até o mês de fevereiro, será intensificado a partir do dia 20 de novembro. Até o momento, os produtores da região sul do Estado já plantaram cerca de 10% da área que será cultivada com o grão.

No Maranhão, cerca de dez municípios respondem por 90% da produção de soja maranhense, que é cultivada, também, nos municípios do Baixo Parnaíba e no centro do Estado.

Este ano, o Maranhão colheu 1.6 milhão de toneladas de soja cultivadas em 556.178 hectares, alcançando uma produtividade de 2.949 quilos por hectare. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE) também mostram que o aumento da produção em relação ao ano passado foi de apenas 4,38%, consequência da estiagem que castigou o Estado. Na época, a região do Baixo Parnaíba chegou a perder 60% da produção, com uma produtividade reduzida em até 50%, atingindo, em alguns plantios, apenas 1.300 quilos por hectare.

Os três estados produtores da região Nordeste , Maranhão, Piauí e Bahia, alcançaram uma produção de 6.096.836 toneladas de soja, representando uma queda na produção de 2,11%, comparado ao ano passado. O Brasil produziu 65.384.254 toneladas de soja entre 21011 e 2012, diminuindo em 12,75% a produção em relação à safra anterior. Em meados do mês de maio, no Maranhão, os dados do IBGE apontavam que o aumento da próxima produção da safra da soja seria de cerca de 18%.

Ação do Governo em relação à seca no Nordeste não passa de panos quentes.

O Governo Federal diz agora que vai mapear os impactos da estiagem a partir do próximo ano. Que boa nova! De acordo com órgãos envolvidos, serão observadas as práticas de 900 famílias em nove estados (Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Pernambuco, Sergipe, Bahia, Paraíba, Alagoas e Minas Gerais) durante a primeira fase do projeto, marcada para começar em março de 2013.

Parece brincadeira! Depois de quase um ano sem chuvas e mais de três anos com pouca precipitação, o que acabou secando os principais açudes, as autoridades correm com cisternas de plástico, máquinas para construir pequenas barragens e bolsa estiagem e outros quetais.

Enquanto isso, a pequena pecuária e as pequenas lavouras de sobrevivência desapareceram. O Governo Federal gasta mais de R$2 bilhões por ano no Haiti e está enterrando mais de R$30 bilhões na organização da Copa.

A indústria política da seca continua. Desde os primeiros anos do século passado.

ANEEL afirma que houve falha humana no apagão do Nordeste.

O diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Nelson Hubner, afirmou há pouco que houve falha humana no incidente que gerou o apagão que atingiu Estados da Região Nordeste e o Tocantins na madrugada da última sexta-feira, 26.

“Tem falha humana, sem dúvida nenhuma. No caso do último apagão, de programação de uma proteção de um equipamento que não foi devidamente programada”, afirmou. Hubner descartou, porém, que a falha tenha sido intencional. “Não acredito nisso.”

Hubner afirmou que o governo está buscando formas para coibir a ocorrência de novas falhas como essa.

“O sistema brasileiro, sendo tão sofisticado, tem que ter um nível de cobertura em termos de procedimento. Não pode a ação de um elemento qualquer causar um defeito. Temos que ter proteções e é isso que vamos buscar.”

Por Anne Warth, do Estadão, onde o leitor poderá ver a matéria completa.

Um pouco de juízo!

Cerca de 12% dos brasileiros ainda são analfabetos. Outros 30% da população são considerados analfabetos funcionais – capazes de ler textos sem saber interpretá-los – e um terço dos jovens com idade entre 18 e 24 anos não freqüenta escolas de ensino médio. Esses números são de 2008. No entanto, o Brasil ainda tem 14,1 milhões de analfabetos entre a população com mais de 15 anos, segundo Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este total de pessoas representa 9,7% da população, 0,3 ponto percentual a menos que a taxa de 2008, que foi de 10% (14,247 milhões de pessoas). Desde 2004, quando o levantamento começou a ser realizado, a queda foi de 1,8 ponto percentual. Esses números são piores no Nordeste e piores ainda na Bahia, com taxas de até 24% entre menores de 15 anos e até 50% de analfabetos funcionais.

Será que aquilo que caracteriza essa confusão entre magistério e Governo do Estado está ultrapassando a barreira do senso e da razoabilidade? Porque caminhamos céleres para os 100 dias de greve? É só uma luta política? Os professores não ganham mesmo uma miséria por mês? O Estado não tem como pagar o aumento? Ou está apenas faltando juízo aos gestores da educação em todo o País?

 

A tragédia anunciada: 1.134 municípios do Nordeste em situação de emergência.

Aumentou para 1.134 o número de municípios do semiárido brasileiro onde foi declarada situação de emergência por causa da estiagem. Na comparação com balanço divulgado na primeira quinzena de junho, 121 localidades passaram a integrar a lista da Secretaria Nacional de Defesa Civil.

Este ano choveu pouco no interior do Nordeste em janeiro, fevereiro e março, meses em que seria normal haver precipitações no semiárido. “O interior não teve chuva na época tradicional e, agora, está ingressando no período de estiagem”, disse a meteorologista Márcia Seabra, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), um dos órgãos integrantes do Comitê de Combate à Seca no Semiárido, divulgou hoje um balanço da aplicação do recurso extraordinário de R$ 2,7 bilhões liberado em abril para enfrentamento da estiagem.

A maior parte do valor – R$ 799 milhões – está sendo destinada à construção de cisternas. Do início de 2011 até junho deste ano, 123 mil unidades foram entregues a famílias do semiárido. A intenção é que o número cresça para 290 mil até dezembro. Também foram contratados 3.360 caminhões-pipa por R$ 164,4 milhões.

Dos recursos restantes, R$ 500 milhões foram destinados ao Plano Garantia Safra, de auxílio a produtores que perderam suas plantações; e R$ 200 milhões ao Bolsa Estiagem, de ajuda à população que ganha até dois salários mínimos. Por fim, R$ 60 milhões devem ser aplicados na recuperação de poços até o fim deste ano. A divulgação dos valores foi realizada durante reunião plenária do Conselho Nacional de Segurança Alimentar (Consea) para debater os impactos da seca em 2012.

Ações para seca no Nordeste contam com recursos de R$ 2,7 bilhões

O governo federal anunciou uma série de medidas para auxiliar os cerca de 4 milhões de nordestinos afetados pela estiagem na Região Nordeste e no norte de Minas Gerais. No total, serão investidos R$ 2,7 bilhões para ações de combate à seca. Veja aqui as medidas adotadas pelo governo federal para minimizar os efeitos da seca no semi-árido brasileiro.    Acima, o número de municípios, por estado, com portaria de reconhecimento por situação de emergência na Região Nordeste (números atualizados nesta segunda-feira, 04 de junho). Em Minas Gerais, estado que também sofre com a seca, são 101 cidades em situação de emergência.

11 milhões de nordestinos estão na era da comunicação por tambor.

A jornalista Rachel Barreto, do site Revista Bahia, afirma em notícia publicada hoje que o Censo realizado em 2010 aponta que quase metade dos 22,3 milhões de brasileiros que não têm acesso a qualquer tipo de telefone, seja fixo ou celular, vive na região Nordeste do País. São 11,54 milhões de pessoas, que representam 11,7% da população do Brasil.

Especialistas explicam  que somam-se infraestrutura deficiente, investimentos ralos das operadoras e carga tributária alta, principalmente o ICMS dos governos estaduais. Do outro, a renda baixa das famílias colocaria esses consumidores no fim da fila de prioridades das operadoras.

O quadro pode ser revertido a partir das novas regras para a telefonia social, que passam a vigorar na próxima sexta-feira (08), quando as famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal (CadÚnico) poderão solicitar a inclusão no Acesso Individual Classe Especial (Aice).

Pelo programa, o preço da assinatura básica mensal, já com impostos, é R$ 13,30, com uma franquia de 90 minutos para ligações fixas locais.

A seca no sertão nordestino e no Oeste baiano.

Imagens captadas pelo satélite Meteosat-9 mostram que boa parte do Nordeste enfrenta a maior seca dos últimos 30 anos. Nas imagens é possível ver que 80% do semiárido da região sofre com a estiagem, o que representa seis vezes o percentual registrado no ano passado.

A pedido do portal UOL, o Laboratório de Análise e Processamento de Imagens de Satélites da Ufal (Universidade Federal de Alagoas) produziu dois mapas, com imagens referentes aos meses de abril de 2011 e 2012. A diferença gritantes entre os cenários pode ser comprovada pelas áreas em vermelho –as quais a vegetação encontra-se afetada pela falta de água.

Impressionante, também, a imagem da seca no Oeste baiano, zona produtora de grãos, com uma mancha vermelha na mesma proporção do sertão.

Seca contínua no Sul e Nordeste provoca queda na geração de energia.

Extravasores das usinas do Sul não vertem mais água. 

A seca no Oeste da região sul e nas cabeceiras do rio São Francisco já reduziram e ainda vai reduzir muito mais a produção de energia hidrelétrica no País. Algumas usinas do rio Uruguai, como Machadinho (RS/SC), por exemplo, simplesmente desligaram todas as turbinas por absoluta falta de água. Foi essa combinação de pouca chuva em quase todo o País que criou o apagão dos anos 2001/2002, no final do governo FHC. Ainda bem que a economia está crescendo pouco.

Se estivesse no ritmo, desejável, de 6/7% ao ano teríamos um novo apagão. Informações do Operador Nacional do Sistema Elétrico indicam que a geradora de Sobradinho, responsável por 30% da energia da Região Nordeste, ainda tem perto de 80% da capacidade de geração, mas como estamos no início da temporada de estiagem é provável que essa capacidade seja muito reduzida até outubro/novembro.

Na bacia do Paraná a situação também é boa. É calamitosa particularmente no rio Iguaçu, mas hoje estão previstas chuvas fortes para a região, que podem começar a recuperação.

É hora de aquecer as turbinas das termoelétricas e redobrar a atenção das alternativas, principalmente as eólicas. Na Bahia, onde estão sendo instalados grandes parques eólicos, a região da Chapada Diamantina é considerada a melhor do País em força e constância dos ventos.

Vale a leitura do relatório de carga mensal (março) do ONS, clicando no link.  

Nordeste vai se destacar na próxima década como produtor de energia

A expectativa para os próximos dez anos é de que a capacidade instalada de energia elétrica no País aumente em 63.400 MW. Deste montante, 18 GW devem produzidos a partir das fontes alternativas complementares, entre elas a energia eólica.  
O Brasil é o País mais promissor do mundo em termos de produção de energia eólica, na avaliação do Global Wind Energy Council, organismo internacional que reúne entidades e empresas relacionadas à produção desse tipo de energia. 
A região que se destaca é a Nordeste: mapas eólicos desenvolvidos pelo Centro Brasileiro de Energia Eólica apontam que a área tem uma das melhores jazidas do mundo, contam com boa velocidade de vento, baixa turbulência e uniformidade. O potencial total é estimado em 30 mil MW. Em termos estratégicos, este tipo de matriz é importante, porque os ventos são mais fortes nos períodos de seca (entre junho e dezembro), quando a produção das hidrelétricas tende a cair.

Leia a matéria completa na edição impressa de O Expresso que circula neste sábado.

Analfabetismo ainda atinge 28% da população com mais de 15 anos em pequenas cidades do Nordeste

Embora a taxa de analfabetismo na população com 15 anos ou mais de idade tenha caído de 13,63% em 2000 para 9,6% em 2010 na média do país, nas menores cidades do Nordeste, com até 50 mil habitantes, ela ainda atinge 28% das pessoas nessa faixa etária. Além disso, nesses municípios a proporção de idosos que não sabiam ler e escrever chegava a 60%.

Segundo dados dos Indicadores Sociais Municipais do Censo Demográfico 2010, divulgado hoje (16) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no caso do analfabetismo de jovens, a situação da Região Nordeste também é preocupante. Enquanto na média do país a proporção de adolescentes e jovens que não sabiam ler e escrever atingia 2,5%, no Nordeste era quase o dobro (4,9%), com pouco mais de 500 mil pessoas nessa faixa etária. Na Região Sul o percentual era de 1,1% e na Sudeste, de 1,5%.

Entre jovens e adultos, o levantamento revela que em 1.304 municípios a taxa de analfabetismo era igual ou superior a 25%. Entre eles, 32 não contavam com o programa Educação de Jovens e Adultos (EJA). A maioria está localizada no Nordeste, tendo sido a pior situação observada em João Dias (RN), onde 38,9% das pessoas com 15 anos ou mais não sabem ler e escrever. Em seguida, aparecem Monte Santo (BA), com 35,6%, e São Brás (AL), com 34,7%. No Norte, três municípios aparecem na lista, todos em Tocantins: Ponte Alta do Bom Jesus (25,2%), Mateiros (26,4%) e Centenário (28,6%). O Sudeste concentrava quatro deles, localizados em Minas Gerais. São eles: Miravânia (26,0%), Frei Gaspar (28,5%), Bertópolis (29,6%) e Santa Helena de Minas (31,7%).

O levantamento também evidenciou as diferenças em termos de alfabetização nos resultados segundo cor ou raça. Enquanto entre os brancos, o percentual de analfabetos para pessoas com 15 anos ou mais era de 5,9%, entre os pretos atingiu 14,4% e entre os pardos, 13%. Da Agência Brasil.

Nos 28% dos analfabetos do Nordeste não estão inclusos os analfabetos funcionais, que são aquelas pessoas que sabem ler com alguma dificuldade, mas não conseguem interpretar o que que estão lendo. A taxa tradicional entre os estados nordestinos da soma de analfabetos e analfabetos funcionais ultrapassa 50%. Portanto a taxa de 28% não deixa de esconder um certo otimismo.

Produção industrial da Bahia caiu em maio. Em Pernambuco, a queda é maior.

A produção industrial do país cresceu em 11 das 14 regiões analisadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em maio, na comparação com abril, segundo levantamento divulgado nesta quarta-feira (6). Na Bahia, porém, houve recuo.

No mês, considerando todos os locais, a produção das indústrias aumentou 1,3% em relação a abril, quando houve queda de 2,1%. Em relação ao mesmo período do ano passado, a atividade industrial cresceu em 8 locais – quantidade acima da registrada em março e abril. O IBGE pondera que maio deste ano teve um dia útil a mais do que maio de 2010.

Nessa comparação anual, a produção registrou aumento acima da média: Espírito Santo (18,8%), Goiás (9,8%), Amazonas (7,6%), Pará (7,1%), Rio Grande do Sul (5,7%) e São Paulo (3,9%). Abaixo da média nacional, mas com taxas positivas estão Rio de Janeiro (0,8%) e Minas Gerais (0,6%). Na contramão, tiveram recuos Ceará (-10,9%), Santa Catarina (-9,8%), Paraná (-5,9%), região Nordeste (-4,6%), Pernambuco (-4,2%) e Bahia (-2,3%). Informações do Correio*.