
Áreas dos estados de Roraima, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Bahia, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espirito Santo, Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul foram priorizadas em estudo da Embrapa como as de maior probabilidade de a lagarta Chilo partellus entrar e se estabelecer no País.
O inseto foi catalogado pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) como praga quarentenária A1, categoria que engloba ameaças de importância econômica potencial para cultivos nacionais e que ainda não estão presentes no território brasileiro.

O estudo “Identificação de regiões brasileiras suscetíveis ao ingresso e estabelecimento de Chilo partellus” foi realizado por pesquisadores da Embrapa Gestão Territorial e do laboratório de quarentena “Costa Lima” (LQC) da Embrapa Meio Ambiente e cruzou informações como rotas de transporte, possíveis pontos de entrada, culturas hospedeiras da praga, portos, fronteiras, aeroportos e condições climáticas propícias para que o inseto entre e se estabeleça no País. O resultado pode subsidiar o serviço de Vigilância do Mapa, responsável por fiscalizar as entradas de novas pragas quarentenárias no País.
A lagarta é originária do continente asiático, onde está presente em vários países, e já se encontra em áreas do Oriente Médio e da costa Leste da África, com uma ocorrência na Austrália. Embora a fase adulta do inseto seja uma mariposa, os danos da praga são reportados principalmente na sua fase jovem, como lagarta, em cultivos de milho, sorgo, arroz, trigo, cana-de-açúcar, milheto e gramíneas silvestres.
“Os ataques mais severos ocorrem em cultivos de milho e sorgo, variando de acordo com o local”, conta a pesquisadora da Embrapa Meio Ambiente Maria Conceição Pessoa, uma das autoras do trabalho. Como exemplo do potencial da praga, na África do Sul há ocorrências de danos nessas duas culturas que provocaram perdas de mais da metade da produção. Em Moçambique, infestações em milho tardio atingiriam 87% das lavouras e geraram estragos em 70% dos grãos.
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