A TV Câmara de Barreiras – 4.1 – está dando mais IBOPE que as novelas da Globo.

As transmissões das sessões ao vivo e o polêmico assunto da aprovação do Código Tributário do Município geraram muita curiosidade entre a população.

Marchas e contramarchas da lei enviada ao Legislativo, manifestações de rua, vereadores pulando a cerca pra lá e pra cá, sentindo o peso da opinião do eleitorado, são o assunto do momento em Barreiras.

É bom que o Legislativo exiba essa transparência nas televisões digitais. O Povo é quem financia o Poder e agora quer fiscalizar de perto a sua ação. E quer também conhecer esse outro lado do paraíso.

Kelly Magalhães bota fogo na chacrinha de Zito Barbosa

A ex-deputada Kelly Magalhães está rodando a baiana com o prefeito Zito Barbosa, um governo que depois de uns 9 meses de estabilidade e alta no quesito aprovação, empilhou uma manobra errada atrás de outra. Hoje, perde vereadores como um caminhão velho na banguela e por motivos ótimos começa a enterrar todo o time.

Veja o que Kelly afirma: 

“O prefeito Zito Barbosa, enfim, desenrola a novela do código tributário. Melhor do que Walcir Carrasco em termos de suspense, Zito fez um Código Tributário na surdina sabendo da dificuldade de revogar e ainda enganou empresários através da CDL com a falsa promessa de suspensão e revisão.

Nunca teve inocência ou engano nessa reforma drástica e cruel para todos os setores – empresários e contribuintes que terão que se virar para pagar taxas escorchantes, sob ameaça de perder um bem imóvel.”

Sem respirar, a Deputada acrescenta:

Teve intenção, foi calculado, foi pensado e programado para acontecer exatamente como aconteceu. Infelizmente, teve a anuência da maioria esmagadora da câmara para aprovar uma maldade sem fim como essa.

Enganou uma parcela da população com o recapeamento asfáltico no centro da cidade e festas a um custo imoral. Continua enganando com uma suposta reforma de escolas, ao custo de R$ 20 milhões, feita nas “coxas”, através de “gatas”, empresas terceirizadas contratadas por uma de MG que ganhou um contrato que ninguém sabe como.

E arremata:

Esse governo está levando o município a ruínas com mentiras, taxas, impostos, arrocho nos servidores e divisão de poder entre a família e apaniguados que tomaram conta da prefeitura.

Agora é hora de dizer não a Zito!”

Zito endurece o jogo e diz que não revoga o novo Código Tributário de Barreiras

Segundo o Site Mais Oeste, que  teve acesso à decisão da prefeitura de Barreiras sobre a proposta de revogação do  novo código tributário do município, amanhã deverá ser anunciada oficialmente a decisão de não revogar, mas corrigir distorções do elenco de normas.

O comunicado  enviado às entidades da comunidade, assinado pelo prefeito Zito Barbosa, informa que a solicitação de revogação não será acatada.

A justificativa para não revogar a lei 1.269/2017, segundo o jurídico da prefeitura de Barreiras, se baseia na falta de regulamentação constitucional e na Lei Orgânica de Barreiras.

No mesmo documento, o prefeito Zito Barbosa disse que vai enviar cópia do projeto de lei para câmara de vereadores para que sejam feitas os ajustes necessários.

No fim do comunicado o prefeito justifica tal decisão afirmando que a prefeitura de Barreiras teria forte impacto financeiro caso  o novo código fosse revogado.

Zito recua e prorroga vencimento dos alvarás para 28 de fevereiro. Reunião decidirá valores.

A assessoria de comunicação do vereador Carlos Costa distribuiu, agora à tarde, comunicado à imprensa vazado nos seguintes termos:

Retomadas as negociações do novo Código Tributário de Barreiras

Diante de uma nova reunião, articulada pelo presidente do Sindilojas e vereador, Carlos Costa, o município de Barreiras definiu pela prorrogação da validade dos alvarás de 2017 até o dia 28 de fevereiro. Nesta reunião, realizada na última quarta-feira (17), ficou definida a criação de uma comissão das entidades representativas para negociar os valores fixados dos tributos cobrados no município. Na oportunidade, a Câmara de Dirigentes Lojistas de Barreiras, Sindilojas e o Conselho Regional de Contabilidade (CRC) levaram um estudo com base nas novas regras do Código Tributário que aponta a necessidade de adequações nos valores trazidos pela reforma da lei tributarista municipal.

O novo secretário municipal da fazenda, Arnon Lessa, recebeu comerciantes, associações e entidades que representam os setores produtivos do município para discutir sobre as mudanças recém-aprovadas no código tributário.

“Existe uma parceria histórica entre a Prefeitura e entidades da sociedade civil como a Câmara de Dirigentes Lojistas de Barreiras. Ouvimos todas as sugestões feitas aqui e avaliaremos junto com o prefeito as alterações possíveis de serem realizadas, uma vez que o nosso objetivo é atualizar o sistema de tributos e não prejudicar os contribuintes e ou investidores”, disse o secretário de finanças.  

Diante da insatisfação do empresariado local, Carlos Costa acredita que esta reunião foi um avanço significativo para ampliar as negociações com os setores envolvidos.  “Embora tenha sido necessária a atualização do Código, cujos valores de alguns tributos não eram atualizados há mais de 20 anos, é preciso chegar a um consenso, e queremos chegar a um justo acordo para que os negócios não sejam inviabilizados com as taxas, interrompendo o ciclo de retomada do desenvolvimento econômico proporcionado pelo setor de comércio e serviços da nossa cidade”, explica.

A reunião retoma as negociações iniciadas pela CDL, Conselho Regional de Contabilidade (CRC) e Sindilojas, iniciadas em novembro do ano passado, quando se encontraram com o então secretário de fazenda, Marcelo Abreu. Na época, os representantes entregaram ofício com sugestões de ajustes e alinhamentos de pontos de conflito com os comerciantes e empresariado local. Além do Sindloja, CDL e CRC, participaram da reunião os representantes OAB, CREMEB, ABAPA, AIBA, SEBRAE, Loja Maçônica Fraternidade Barreirense, CRECI e SIOB. A próxima reunião está agendada para o dia 01 de fevereiro.

Novo código tributário: logo, logo, começarão os desmaios e síncopes entre os empresários de Barreiras.

Primeiro Zito brigou com os funcionários; depois brigou com os feirantes, no episódio de incêndio de um pavilhão da feirinha, cujos cessionários foram exilados em local distante do Centro da cidade;  e agora brigou com todos os micro, pequenos e médios empresários, com a edição de novas e absurdas taxas municipais.

Pouca gente tem conhecimento das novas taxas editadas, mas alguns desmaios acontecerão já, quando os primeiros comerciantes e empresários de Barreiras receberem as guias de recolhimento. IPTU, ITR, taxa de alvará de construção, taxas de renovação de alvará de funcionamento, além de outras menos importantes.

O arrocho tributário é uma realidade e os principais representantes do comércio parecem meio paralisados com a novidade.

Esta semana, o presidente do CDL Carlos Henrique defendeu junto ao novo secretário, Arnon Melo,  das Finanças,  a necessidade da observância das proposições feitas pela Comissão Especial, formada pela CDL e colaboradores, que estudou o novo código e trouxe proposições para garantir a viabilidade dos empreendimentos comerciais em Barreiras apesar das mudanças previstas. “O novo código tributário é extenso, analisamos muitos pontos e sua aprovação vem impactando de forma negativa os lojistas que são contribuintes adimplentes”

O presidente da OAB subseção Barreiras, Alessandro Brandão, disse durante a reunião que designou o advogado tributário Fabrício Veiga para analisar minuciosamente o novo código e entra juntamente com a CDL em defesa dessa causa sugerindo até se necessário um ação coletiva para a revisão do código: 

“Muitas pessoas serão abarcadas como a aprovação do Novo Código, que possui muitas inconsistências, na minha opinião as cobranças devem ser suspensas até que se chegue a um ajuste”, disse o Alessandro. 

Carlos Prado, delegado da 14° Delegacia do CRC/BA, afirmou que “nunca fomos contra a atualização da base tributária do município, porém esse aumento deve respeitar os princípios constitucionais tributários, a exemplo do princípio da capacidade contributiva, além de parâmetros baseados indicadores econômicos oficiais, não sendo, portanto, admissível majoração na ordem de mais de 100% em comparação ao exercício anterior, como está ocorrendo”.