Confrontos no Rio: moradores retiram cerca de 60 corpos em área de mata após operação.

Comunidade diz que eles não fazem parte da contagem oficial. O que caracterizaria uma grande chacina.

Rio de Janeiro (RJ), 28/10/2025 - Dezenas de corpos são trazidos por moradores para a Praça São Lucas, na Penha, zona norte do Rio de Janeiro. Foto: Tomaz Silva /Agência Brasil

Cerca de 60 corpos foram localizados e retirados de uma área de mata do Complexo da Penha por moradores, após a Operação Contenção realizada pelas forças de segurança do estado, nessa terça-feira (28). Os corpos foram reunidos na Praça São Lucas, no centro da comunidade, e de acordo com os moradores, não fazem parte da contagem oficial de 64 mortos – 60 suspeitos e 4 policiais. A Polícia Militar foi procurada, mas ainda não se pronunciou. 

O ativista Raul Santiago, morador do complexo, fez uma transmissão ao vivo e denunciou a  “chacina que entra para a história do Rio de Janeiro, do Brasil e marca com muita tristeza a realidade do país.” 

A pedido dos familiares, os corpos foram expostos para registro da imprensa, e depois foram cobertos com lençóis. A comunidade aguarda a retirada dos corpos pelo Instituto Médico-Legal.

Se eles realmente estiverem fora das 64 vítimas contabilizadas ontem, o saldo total de mortos da operação mais letal já realizada pelas forças de segurança do Rio, pode chegar a 120. Durante a noite, mais seis corpos encontrados em área de mata no Complexo do Alemão foram levados para o Hospital Getúlio Vargas.
O Corpo de Bombeiros já começou a retirar os corpos no Complexo da Penha. Ainda há incerteza sobre o número total de mortos na ação, que está sendo considerada pelo governo do estado como “a maior operação da história do Rio de Janeiro”. A contagem oficial na terça-feira foi de 64 óbitos, sendo 60 suspeitos e 4 policiais. Isso já caracteriza a ação como a mais letal.

No entanto, seis corpos encontrados por moradores no Complexo do Alemão foram levados para o Hospital Getúlio Vargas durante a noite, além dos 60 localizados na Penha durante a madrugada e manhã de hoje. Caso não haja duplicidade, a conta pode chegar a 130 mortos.

Da Agência Brasil.

Cuba já está livre do Coronavírus, depois de apenas 87 mortes e 130 dias de isolamento.

Francisco Durán García, diretor nacional de Epidemiologia, do ministério da Saúde Pública.

Explica aí, como isso pode acontecer: Cuba praticamente eliminou a transmissão do coronavírus, depois de 130 dias de instalação da pandemia.

É mentira dos comunistas? É a sub-notificação vermelha? Ou é o mesmo que aconteceu na super liberal Coréia do Sul (51 milhões e 287 óbitos), onde testagem, isolamento e pronto-atendimento também eliminaram a contaminação? 

Pela primeira vez em 130 dias, Cuba anunciou neste domingo (19) que não há novos casos domésticos de Covid-19. O chefe de epidemiologia do Ministério da Saúde Pública, Francisco Duran, que atualizou o país diariamente sobre a pandemia, tirou a máscara durante a transmissão nacional para dar a boa notícia. Nesse sábado, ele fez o mesmo, relatando apenas um único caso doméstico em Havana.

Apenas alguns casos de covid-19 foram relatados em Cuba na última semana, todos em Havana. A maior parte da ilha do Caribe, onde vivem 11,2 milhões de habitantes, está livre da doença há mais de um mês.

“Eu sempre digo para você ficar seguro em casa, mas eu sei que muitos hoje vão à praia”, disse Duran, sorrindo, lembrando à população a importância de manter o distanciamento social.

Os 2,2 milhões de habitantes da capital permanecem na primeira fase de três estágios de reabertura, na qual eles podem usar transporte público e privado, ir à praia e outros centros de recreação e desfrutar de uma viagem à beira-mar, bem a tempo para as férias de verão.

O distanciamento social e o uso de máscaras permanecem obrigatórios na maioria das circunstâncias. O país abriu um grupo de resorts para turismo internacional. A Fase 3 amplia viagens internacionais, dependendo do risco.

O País recebeu altas notas pela forma de informar sobre a pandemia. O sistema de saúde comunitário robusto e gratuito de Cuba permitiu manter o número de infecções abaixo de 2,5 mil casos, com 87 mortes.

A população brasileira é 18,57 vezes maior que a cubana. Portanto, numa simples regra de três, se tivéssemos as medidas de Cuba teríamos apenas 1.615 mortes. Um número muito pequeno frente aos 80.000 óbitos que deveremos completar amanhã.

Não que a gestão sanitária de Cuba seja muito melhor. Eles apenas não tem um jumento na chefia do Governo, que sai para a rua tossindo, limpando ranho com a mão, gritando e jogando perdigotos nos fiéis seguidores e se negando a usar máscara.

Sim, tem mais: eles tem um médico epidemiologista como chefe da gestão de Saúde e não o sargento Tainha.

Cuba estava testando 19.993 por milhão de habitantes e o Brasil 23.000, mas muitos destes são testes rápidos, que só positivam o paciente depois que os sintomas mais graves estão instalados.   

Coranavírus: 56 já morreram e mais de 2.000 estão contaminados em 15 países.

Membros da equipe médica em roupas de proteção no Hospital da Cruz Vermelha de Wuhan em 25 de janeiro.Fotógrafo: Hector Retamal / AFP via Getty Images

O portal da Bloomberg confirmou nesta madrugada:

O novo coronavírus se espalhou ainda mais e se tornou mais mortal quando o Canadá confirmou seu primeiro caso e a China relatou um aumento de mortes e infecções.

O vírus matou pelo menos 56 pessoas na China, e o presidente Xi Jinping ordenou no sábado uma resposta mais rápida, enviando equipes para áreas atingidas com mais força para pressionar as autoridades locais a fortalecer a prevenção e a contenção.

Mais de 2.000 casos foram relatados em 15 países e territórios. No domingo, a Coréia do Sul registrou outra infecção, enquanto o Paquistão negou ter um caso confirmado.