Pois é: eu também fiz um pedido. Pedi que a torcida colorada fosse de vermelho na noite de hoje ao Beira Rio, para ver o triunfo maiúsculo do Colorado gaúcho sobre o Cruzeiro de Minas. E todos foram.
Tem mais: estou pedindo, antes que alguém o faça, para todos se vestirem de branco na noite do dia 31 de dezembro, de preferencia com cuecas ou calcinhas amarelas. Bozo é um bobão. Ele pensa que é o rei, mas é apenas o bobo da corte.
A bobagem do dia
Segundo observaram todos os jornais do País, a alta comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, criticou o ímpeto nacionalista do presidente Jair Bolsonaro resultante da crise dos incêndios na Amazônia, alertando que há uma “redução no espaço democrático” no Brasil.
“Nos últimos meses, observamos (no Brasil) uma redução do espaço cívico e democrático, caracterizado por ataques contra defensores dos direitos humanos, restrições impostas ao trabalho da sociedade civil”, disse Bachelet em entrevista coletiva em Genebra.
A ex-presidente do Chile (2006-2010 e 2014-2018) também evocou um aumento do número de pessoas mortas pela polícia no País, liderado pelo presidente de extrema direita Jair Bolsonaro e ressaltando que esta violência afeta desproporcionalmente os negros e as pessoas que vivem em favelas.
Ela lamentou o “discurso público que legitima as execuções sumárias” e a persistência da impunidade em vigor desde a chegada de Bolsonaro ao poder.
Também se referiu ao desmatamento da Amazônia, causado, segundo especialistas, pelo avanço das atividades agrícolas e de mineração, em um processo que começa com queimadas.
Bolsonaro e o elogio ao monstro Pinochet
Falando na saída de sua residência oficial em Brasília, Bolsonaro, ex-oficial do Exército, voltou a elogiar a ditadura militar de Augusto Pinochet (1973-1990), que derrubou o governo socialista de Salvador Allende.
Bachelet “diz que o Brasil perde espaço democrático, mas se esquece que seu país só não é uma Cuba graças aos que tiveram a coragem de dar um basta à esquerda em 1973, entre esses comunistas o seu pai, brigadeiro à época”.
O pai da comissária da ONU, general de aviação Alberto Bachelet, foi preso e torturado após o golpe de Pinochet e morreu na prisão no ano seguinte.
“Quando tem gente que não tem o que fazer, vai lá para a cadeira de Direitos Humanos da ONU”, acrescentou Bolsonaro.
Com Correio Braziliense e El País.

