Meu Deus! A que ponto chegamos! Estamos nos interessando pelos depoimentos de ex-magistrados de caráter duvidoso e manipulador; por militares fronteiriços no sentido psiquiátrico da palavra; por botafogos e alcolumbres, por dorianas e FHCs, por estúpidos como Witzel e Ibaneis; por mandettas e tretas; por qualquer taboa podre de salvação que nos ajude a evitar ver e ouvir, em cadeia nacional, o homem do cabelo seboso, de afirmações titubeantes e seus filhos numerados.
Estamos aceitando até o jornalismo global e o jornalismo “investigativo” das folhas, de tristes memórias.
Como podemos nos rebaixar tanto como cidadãos, como eleitores, como pessoas que prezam a autonomia de sua vontade?
Que estrada é essa que escolhemos na última encruzilhada?
Como fomos escolher, entre os predadores mais vorazes, o lobo mais magro, mais faminto, da matilha mais perigosa?
Como fomos abandonar a aldeia dos políticos corruptos da mais baixa extração e nos mudar para a aldeia vizinha dos milicianos, criminosos e cruentos?
Por quais desvãos chegamos a adorar esses bezerros de ouro, nos desviando do caminho do nosso verdadeiro Deus?
Nós merecemos. Nós fizemos por isso. Nós acreditamos em historietas fascistas. Nem todos. Mas uma grande maioria, inculta, iletrada, sem nenhuma capacidade de discernimento político, orgulhosa de sua ignorância, que acreditou na mentira sincera.
E chegamos onde estamos, nos penitenciando e nos martirizando por termos escolhido o pior.
Que Deus se apiede de nossa alma torturada de brasileiro.