O Brasil prepara-se para deixar o ranking dos 10 maiores países industriais do mundo.

A vaquinha da indústria brasileira atolou no brejo político.

Reportagem da jornalista Thaís Barcellos, em O Estado de S.Paulo, demonstra que enquanto a produção industrial no resto do mundo cresceu 10% desde 2014, a atividade nas fábricas brasileiras caiu 15% no mesmo período – e não recuperou o patamar em que estava antes da recessão.

É o resultado da política econômica do golpe, da devastação da Lava Jato na indústria nacional e da terra arrasada de Jair Bolsonaro e Paulo Guedes.

A consequência é que a indústria, que representa cerca de 11% do Produto Interno Bruto (PIB), poderá sofrer nova retração este ano.

A reportagem destaca que o pico de participação da indústria no PIB foi em 1976, com 22,3% (a preços constantes de 2010).

De acordo com a economista Laura Karpuska, da BlueLine Asset, que sistematizou os dados sobre produção industrial no mundo, nos países emergentes, excluindo a China, a atividade das fábricas cresceu 8% desde 2014, enquanto na América Latina o desempenho foi de queda de 4% – e o destaque negativo entre os maiores países da região foi o Brasil.

Dentre os motivos que ajudam a explicar o desempenho mais fraco do Brasil em relação aos vizinhos, Laura cita primeiro os diferentes choques que vêm impactando a economia do País. A queda nas exportações para a Argentina, que afeta os manufaturados, pode ter tirado até 0,7 ponto porcentual do PIB em 2017 e 2018.

Também pesaram a tragédia o rompimento da barreira da Vale, em Brumadinho (MG) e a greve dos caminhoneiros, em maio do ano passado.

“À exceção da Argentina e dos problemas gravíssimos da Venezuela, a crise industrial do Brasil foi uma das mais profundas da América Latina, e a recuperação tem sido das mais frustrantes possíveis também”, reforça o economista Rafael Cagnin, do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi).

Vem da entidade o alerta de que o Brasil, que ocupa a nona posição entre os maiores países indústrias, pode deixar, em breve, de aparecer entre os dez primeiros desse ranking.

O desempenho fraco da indústria, na avaliação de Cagnin, reflete tanto a demanda fraca quanto problemas estruturais de competitividade e produtividade, como a complexa estrutura tributária, o baixo investimento e o parque produtivo obsoleto.

A política econômica do golpe de Estado contra Dilma Rousseff, a destruição provocada pela Lava Jato e a política de terra arrasada de Paulo Guedes e Jair Bolsonaro estão conseguindo um impressionante retrocesso.

‘Estadão’ coloca íntegra de seu acervo na internet

Páginas publicadas desde 1875, até mesmo as censuradas pelos militares, poderão ser vistas no portal que será lançado quarta-feira. Para marcar o lançamento do acervo digital do ‘Estado’ na internet, o Grupo Estado promove na noite de quarta-feira, no auditório do Ibirapuera, uma cerimônia para convidados com a presença do governador Geraldo Alckmin, do prefeito Gilberto Kassab e de centenas de personalidades que fizeram parte da história do jornal e figuraram em suas páginas ao longo dos anos.

Nós já estamos sentindo uma coceirinha no mouse. Vai ser bom demais.

 

Leitura dinâmica: os principais assuntos, hoje, na grande imprensa do País.

Clipping de notícias da Empresa Brasileira de Notícias e da Radiobrás, disponível em seu portal, com edição deste jornal.

O Globo

No Rio, BB e Caixa não estão preparados para reduzir juro

Gerentes dão informações erradas ou desencontradas sobre taxas 
Apesar da intenção do governo de usar bancos públicos para estimular a concorrência e reduzir os juros no país, o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal demonstram estar mal preparados. Levantamento do Globo em agências do Rio, em busca das taxas mais baixas anunciadas nos últimos dias pelas duas instituições, mostrou que gerentes dão informações erradas ou desencontradas, em meio a longas esperas, relatam LUCIANNE CARNEIRO e DANIEL HAIDAR. No BB, a taxa do cartão de crédito, que caiu para até 3%, ainda era informada como se estivesse em 13%. A presidente Dilma criticou os bancos brasileiros, dizendo que os spreads são entraves ao crescimento. (Págs. 1, 27 e 28)
CPI terá Collor e Renan

A CPI do Cachoeira terá entre seus membros os senadores Fernando Collor, que sofreu impeachment depois da CPI do PC, e Renan Calheiros, que renunciou à presidência do Senado para não ser cassado. O ministro Ricardo Lewandowski, do STF, negou liminar pedida por Demóstenes Torres para desconsiderar as gravações em que trata dos interesses do bicheiro. (Págs. 1 e 3)
Para PT, Agnelo chegou ao fim

Após ouvir gravações feitas pela PF, a cúpula do PT dá como perdida a situação do governador Agnelo Queiroz (DF), já pressionado a renunciar, informa Ricardo Noblat. O secretário de Saúde do DF admitiu que se reuniu com ex-diretor da Delta investigado no esquema de Cachoeira. (Págs. 1 e 4)
Ministro na Cracolândia

Pela primeira vez, um ministro – Alexandre Padilha, da Saúde acompanhou de perto uma cracolândia do Rio. A visita à Central foi de madrugada. De manhã, ele assinou convênio repassando R$ 240 milhões ao estado para o combate ao crack. (Págs. 1 e 16)
Saúde pública: Brasil terá mais 30 hospitais para aborto

Com a decisão do Supremo Tribunal Federal de liberar o aborto de anencéfalos, o Ministério da Saúde anunciou que até o fim do ano ampliará de 65 para 95 o número de hospitais da rede pública qualificados para casos de interrupção de gravidez previstos em lei. O Conselho Federal de Medicina decidiu criar uma Comissão para definir os critérios para o diagnóstico da doença. A CNBB protestou. (Págs. 1 e 14)
PF prende em Niterói o “Barão do Ecstasy”

A PF prendeu em Niterói um traficante internacional de drogas. Na hora da prisão, Dimítrius Papageorgiou, o Barão do Ecstasy, foragido desde 2005, surfava em Itacoatiara. (Págs. 1 e 17)
Governo prevê mínimo de R$ 667 e crescimento de 5,5% em 2013 (Págs. 1 e12)

Ex-ditador argentino admite 8 mil mortes

O ex-ditador Jorge Videla admitiu pela primeira vez, em depoimento num livro lançado ontem, que cerca de oito mil pessoas foram mortas no regime militar, entre 1976 e 1983, na Argentina. Preso, aos 86 anos, Videla disse não estar arrependido. (pág. 35)

Ainda na Argentina, as autoridades foram advertidas que a retomada estatal sobre os ativos de exploração e distribuição de petróleo da Repsol, multinacional espanhola, podem gerar um série conflito internacional. Continue Lendo “Leitura dinâmica: os principais assuntos, hoje, na grande imprensa do País.”

A farsa de Lula vista pelo Estadão.

“Agora, a “farsa” de Lula tornou a ser exposta em sua inteireza. O procurador-geral Roberto Gurgel, que sucedera a Antonio Fernando e acabou de ser mantido para um segundo mandato pela presidente Dilma Rousseff, pediu anteontem ao Supremo que condene à prisão 36 dos 40 denunciados por crimes que incluem formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva, peculato, lavagem de dinheiro e evasão de divisas.”

O caro leitor não pode deixar de ler o editorial de sábado, 9, do jornal O Estado de São Paulo. O editorialista resume o que foi e como foi o episódio do Mensalão. Clique no link, em vermelho, para acessar.

Dilma desiste de novo ministério por conta do caos anunciado.

O jornal Estadão informa que a presidente eleita, Dilma Rousseff, desistiu de criar o ministério de Portos e Aeroportos para entregar ao PSB por conta de um informe do serviço de informação do governo. O relatório diz que o País está na iminência de enfrentar uma crise “brutal” no setor aéreo, inclusive com a paralisação de vários serviços e companhias, o que desaconselha qualquer mudança. A aérea continuará sob o comando do Ministério da Defesa.

Dilma esteve nesta terça-feira, 21, com o ministro Nelson Jobim. Os relatos que chegaram à presidente eleita e também foram repassados ao PSB indicam grave risco de caos aéreo nos próximos dias e que essa situação deve prosseguir durante o ano novo e avançar até o fim das férias de verão.

Hoje o aeroviários e aeronautas confirmaram o início da greve para  depois de amanhã, 23.

Jornal do Brasil vai parar as rotativas.

O Jornal do Brasil, o mais importante do País na década de 80, sairá de circulação.Transformado nos últimos anos num singelo tablóide germânico, o velho jornalão vai sempre ser lembrado pelos áureos tempos da condessa Carneiro Pereira. O fato será anunciado nos próximos dias pelo atual arrendatário, o empresário baiano Nelson Tanure. Mas não quer dizer que o veículo deixará de existir. O JB funcionará no modelo online. O diretor-presidente do veículo, Pedro Grossi, disse que não fica mais na empresa, por considerar que essa mudança de perfil a razão pela qual foi contratado.

Nascido em 1891, nos primeiros anos da República, morre de forma melancólica um dos jornais de maior credibilidade do País, acompanhado pelo Correio do Povo, de Breno Caldas, e o Estadão, dos Mesquita. Então, dos três grandes jornais do País, dois já praticamente não existem mais, restando apenas o periódico paulista. Quando morre um grande jornal, morre também um pouco o ícone da liberdade de expressão do País, base das instituições democráticas. Quem quiser conhecer um pouco da sua história, deve acessar no JBonline um depoimento do jornalista Marcos Sá.