
Guerra.



Da newsletter de O Globo aos assinantes:
O pré-candidato do PSDB à Presidência, Geraldo Alckmin, formalizou a aliança com cinco partidos do centrão. Mas o ato, organizado para cunhar a imagem de força da candidatura tucana, mostrou o presidenciável ao lado de oito líderes partidários que foram denunciados à Justiça ou são citados em delações premiadas.
No evento, Alckmin evitou comentar tema que movimentou o ninho tucano: a ação da Polícia Federal contra o economista Roberto Giannetti da Fonseca — seu conselheiro, além de coordenador do programa de João Doria (PSDB) para o governo de São Paulo. Giannetti teve endereços vasculhados por agentes da Operação Zelotes, que já rendeu 20 denúncias. Depois, deixou a campanha de Doria.
Alckmin colheu, ainda, outra notícia negativa: o empresário Josué Gomes rejeitou oficialmente a indicação para ser seu vice. Ele enviou uma carta justificando a decisão. Em seguida, o presidenciável descreveu o perfil do companheiro que procura.
A decisão do centrão retirou um postulante da disputa: o presidente da Câmara, Rodrigo Maia. O DEM não apresentará candidato à Presidência, mas terá nome na corrida pelo governo do Rio. Eduardo Paes confirmou sua candidatura.

O jornal O Globo publicou às 16:12 de hoje um relato relevante sobre o acidente que vitimou o então candidato à Presidência do Brasil em 2014:
O advogado Antônio Ricardo Campos, irmão do ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos, enviou um requerimento, nesta segunda-feira, para a Polícia Federal de Santos, em São Paulo, pedindo que seja investigada a possibilidade de “sabotagem” no avião que caiu em agosto de 2014, durante as eleições gerais, matando o então candidato do PSB à Presidência e outras seis pessoas.
De acordo com Antônio Campos, após estudos e pareceres de peritos particulares que acompanham o caso, um fato “grave e relevante na investigação da causa do acidente” pode mudar o “curso da investigação”.
“O Speed Sensor da aeronave à toda evidência foi desligado, intencional ou não intencionalmente, sendo essa última hipótese de não intencional improvável, o que caracteriza que o avião foi preparado para cair, o que caracteriza sabotagem e homicídio culposo ou doloso”, diz no requerimento.
Com base na hipótese de sabotagem na aeronave que levava Eduardo Campos e outras seis pessoas durante a campanha presidencial de 2014, o advogado pede uma “rigorosa apuração no presente inquérito, com a devida responsabilização”. O irmão do ex-governador diz que vai notificar o Ministério Público Federal em Santos, ao Ministro da Justiça e a Procuradora-Geral de Justiça sobre o requerimento.
A família de Eduardo Campos contesta a versão apresentada pelo laudo feito pelo Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) sobre o acidente. De acordo com a mãe de Eduardo, Ana Lucia Arraes de Alencar e Antônio Campos, irmão do político, o laudo que aponta a culpa do acidente a uma falha humana, é inconsistente.
O Relatório de Investigação do Controle do Espaço Aéreo (Ricea) teria demonstrado, segundo os familiares, certos equívocos na conclusão do Cenipa.
O que o Globo não fala, mas é interessante ressaltar:
2) Quando se aproxima da velocidade de stall, o jato, como qualquer avião desperta alarmes luminosos e sonoros impossíveis de não serem percebidos pelo piloto. A arremetida em alto grau de subida, provavelmente em curva, faz o avião perder velocidade. A perda de velocidade só poderia ser sentida na manobra crítica do pouso com mau tempo, pois a decolagem é feita a plena potência.
3) Um especialista desligaria o controle de velocidade com facilidade. Sem os alertas, o piloto teria que ter muita sensibilidade para outros indicadores, como leve tremor do manche, algo impossível numa aproximação e arremetida com turbulência.
4) Investigado pela Operação Turbulência, da Polícia Federal, o empresário Paulo César Morato, 49 anos, morreu, em 2016, vítima de envenenamento, em um motel do Recife, por uma substância mais conhecida como “chumbinho”, usada comumente como raticida. Segundo a PF, ele era testa de ferro de um esquema que usou empresas fantasmas para financiar as campanhas do ex-governador Eduardo Campos, em 2010 e 2014, com dinheiro de propina de obras da Petrobras e da transposição do Rio São Francisco.
5) O empresário foi identificado como dono da Câmara & Vasconcelos, uma empresa de fachada, que teria recebido R$ 18,8 milhões da OAS, como suposto pagamento por serviços nas obras da transposição. O dinheiro, suspeita a PF, pode ter sido usado para financiar a compra do avião em que estava Campos e que caiu em Santos, em agosto de 2014, matando sete pessoas.
6) Resta saber a quem interessava a morte de Eduardo Campos, que à época subia nas consultas populares sobre as eleições, ameaçando passar para o 2º turno das eleições.


Chega um dia que tudo fica claro como cristal. O editorial de O Globo deste domingo expõe finalmente, de maneira transparente, a sua principal posição em relação à Petrobras, que desconfio, tem gerado a imensa crise política que sobreveio à reeleição de Dilma Rousseff: os interesses contrariados das poderosas 7 irmãs do petróleo. O Globo pede, sem meias palavras, que o patrimônio da Petrobras seja castrado e que as reservas do pré-sal sejam entregues para a iniciativa privada. Veja o editorial:
“O desmonte da Petrobras não é resultado apenas de um esquema amplo de assalto aos cofres da empresa, com a finalidade de perpetuar o projeto de poder lulopetista. O escândalo do petrolão — eleito há pouco na internet como o segundo maior caso de corrupção do mundo, numa enquete da Transparência Internacional, superado apenas pelo do ex-presidente da Ucrânia Viktor Yanukovich — foi uma da duas dinamites que implodiram a maior empresa brasileira.
A outra, o delirante projeto estatista de se usar o petróleo do pré-sal para reinstituir o monopólio da empresa na exploração desta área. Estabeleceu-se que a Petrobras seria operadora única no pré-sal e teria, também de forma compulsória, de controlar no mínimo 30% de cada consórcio que assinasse contratos de partilha com o Estado.
A ideia, inspirada de maneira visível no programa de substituição de importações do governo Geisel, na ditadura, era usar o enorme poder de compra da Petrobras para estimular a ampliação de estaleiros (para a montagem de navios e plataformas) e a instalação de uma indústria de componentes usados nas atividades petrolíferas. Tudo protegido da competição externa por uma política de “reserva de mercado”, como naqueles tempos. Agora, sob o lulopetismo, também não deu certo.
A descoberta do escândalo, pela Operação Lava-Jato, apanhou a estatal já bastante endividada — hoje, é a maior dívida empresarial do mundo, cerca de meio trilhão de reais. O petróleo começou a cair de preço e, com isso, desabou uma tempestade perfeita sobre a empresa.
A Petrobras precisa diminuir de tamanho — pela venda de ativos, como tenta fazer, para acumular caixa —, mas tem também de se libertar das obrigações de empresa monopolista no pré-sal, as quais ela não tem sequer condições financeiras de arcar. Mas o PT é contra.
O senador José Serra (PSDB-SP) tem um projeto com este objetivo no Congresso. Na ida da presidente Dilma à Casa, na abertura do ano legislativo, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), discursou em defesa da tal “agenda Brasil”, de que consta este projeto.
A imperiosidade do fim desse monopólio anacrônico é de uma lógica solar. A Petrobras não tem caixa para bancar os investimentos, nem tampouco cadastro bancário para se endividar. Como também não faz sentido, em qualquer circunstância, a empresa ser obrigada, em nome de pura ideologia, a explorar áreas no pré-sal que seu corpo técnico não considere atraentes. Este projeto gastou tanto tempo para ser desenhado que o preço do petróleo caiu, e passou a haver suspeitas sobre a viabilidade de segmentos do pré-sal.
Sanear a Petrobras e desobrigá-la de estar à frente da exploração do pré-sal são movimentos evidentes para fazer a estatal sair da catalepsia empresarial. Outro passo é não forçá-la a arcar com o custo elevado de equipamentos protegidos por políticas de reserva de mercado, rota certeira para a ineficiência. O Congresso precisa agir.”

24/12/2015 – Fonte: O Globo
por Carina Bacelar e Vera Araújo

RIO – Diante do quadro caótico nos hospitais, a Justiça concedeu nesta quarta-feira liminar que obriga o estado a depositar, em 24 horas, todos os recursos destinados por lei à saúde. O governo deve repassar ao Fundo Estadual de Saúde do Rio os valores que faltam para cumprir o percentual de 12% de sua receita no ano, o que daria cerca de R$ 636,1 milhões. A ação foi impetrada pelo gabinete de crise, formado pelos ministérios públicos estadual e federal, pelo Sindicato dos Médicos do Rio e pelas defensorias públicas do estado e da União. Na noite desta quarta-feira, o governador Luiz Fernando Pezão decretou estado de emergência na saúde por 180 dias
A decisão da juíza Angélica dos Santos Costa, do Tribunal de Justiça do Rio, aumentou a pressão sobre o estado que, se não cumprir a decisão, terá que pagar multa diária de R$ 50 mil. O próprio secretário estadual de Saúde, Felipe Peixoto, e Pezão podem ser punidos com multa diária de R$ 10 mil. Em seu despacho, além de afirmar que o governo perdeu o controle sobre suas contas, a juíza diz que, a cada dia, “a situação se agrava com a paralisação de um novo serviço público essencial, caminhando para um verdadeiro colapso do sistema único de saúde”.
GASTO ABAIXO DO QUE MANDA A LEI
De fato, os sintomas dessa rede pública doente se espalham rapidamente. Um caso comoveu as equipes médicas. Sem plano privado, Wilma de Souza Flores, de 81 anos, tem um tumor maligno na região torácica. Depois de passar 15 dias no Hospital Miguel Couto, sem atendimento especializado, precisou que a família recorresse à Justiça para que ela fosse, finalmente, transferida ontem para o Hospital Mario Kröeff, na Penha. Mas lá, com funcionários sem receber salários, as portas estavam fechadas. Depois de três horas dentro de uma ambulância sem ar-condicionado, ela voltou para o Miguel Couto.
– Quando pensei que a nossa via crucis tinha terminado, enfrentamos tudo de novo. É muita maldade – lamentou a sobrinha e afilhada da idosa, a servidora Rosalra de Souza Medeiros.
Na ação movida pelo gabinete de crise, os autores alegam que, até agora, Pezão só gastou 9,74% da receita ativa do estado em saúde, embora a Constituição Federal determine uma margem mínima de 12% para o setor. Segundo o Portal da Transparência da Secretaria estadual de Fazenda, o governo autorizou gastos de R$ 5,15 bilhões do orçamento do setor. No entanto, só R$ 3,7 milhões (73%) foram efetivamente pagos.
Presidente da Associação Nacional dos Auditores de Controle Externo dos Tribunais de Contas (ANTC), Lucieni Pereira explica que, se descumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal, Pezão pode responder por crime comum, de responsabilidade e improbidade administrativa:
– Se as contas forem julgadas irregulares, a Lei da Ficha Limpa prevê a inelegibilidade do gestor público por oito anos.
Pezão foi buscar apoio político da presidente Dilma Rousseff, com quem conversou pela manhã por teleconferência. Depois disso, Dilma criou um segundo gabinete de crise, este só com integrantes dos governos federal, estadual e municipal. O secretário nacional de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, veio para o Rio. Ao mesmo tempo, o prefeito Eduardo Paes anunciou um empréstimo de R$ 100 milhões para manter em funcionamento dois hospitais estaduais, o Rocha Faria, em Campo Grande, e o Albert Schweitzer, em Realengo. O anúncio ficou por conta do secretário-executivo de Coordenação do Governo municipal, Pedro Paulo de Carvalho, candidato à sucessão de Paes. Segundo ele, o estado terá até o fim do primeiro semestre de 2016 para pagar o empréstimo.
Jornalista Elio Gaspari, em artigo de O Globo:
A pancadaria que envolveu Dilma Rousseff e Aécio Neves roncou dos dois lados. Ambos sabiam que esqueletos tinham nos armários. As baixarias não serão suficientes para explicar o resultado que sairá das urnas. Muito menos as teorias destinadas a desqualificar os votos de quem vier a prevalecer. O que vem por aí é um plebiscito para decidir se o PT deve continuar no governo ou ir-se embora.
Começou ontem o cinquentenário de um grande ano de 401 dias. Ele durou da manhã de 16 de outubro de 1962, quando o presidente John Kennedy foi informado de que havia mísseis soviéticos em Cuba, até as 12h30m de 22 de novembro de 1963, quando Lee Oswald apertou o gatilho em Dallas. Período igual a esse só se repetirá em 2039 nos cinquenta anos dos levantes do Leste Europeu.
Na encrenca dos mísseis, produziu-se a crise internacional mais bem documentada da História. Em Dallas, o assassinato mais estudado de todos os tempos. No meio, o mundo esteve a um passo da Terceira Guerra e Martin Luther King contou a uma multidão que tivera um sonho.
Kennedy gravou reuniões e telefonemas na Casa Branca e, com o tempo, recolheram-se preciosos depoimentos de soviéticos. (Os colaboradores do presidente foram instruídos a tirar suas famílias de Washington. Os russos também.) Nesses treze dias Kennedy fechou o momento estelar de sua presidência. Ele chegou a brincar com Bob: “Agora posso ir ao teatro.” (Era uma agourenta referência a Abraham Lincoln, que tomou um tiro na cabeça enquanto assistia a uma comédia.)
Há poucos dias Leslie Gelb, ex-presidente do Council of Foreign Relations, sustentou que, se Washington tivesse contado ao mundo que, secretamente, aceitara tirar os foguetes americanos da Turquia, os Estados Unidos sairiam da crise sem a auréola que estimularia o estilo Rambo de política externa. (Em setembro de 1963, o Departamento de Estado produziu uma diretriz para o Brasil, recomendando que, se houvesse um movimento para depor o presidente João Goulart, o novo regime deveria ser reconhecido rapidamente. Dito e feito.)
Kennedy tinha alguma simpatia por Martin Luther King, mas não fez muita fé quando ele lhe disse que planejava uma manifestação aos pés do memorial de Lincoln. Temia que a choldra urinasse no obelisco de Washington. Usou o encontro com King para ameaçá-lo, insinuando que a vida sexual do reverendo estava vigiada. O reverendo fez que não ouviu e Bob Kennedy acautelou-se, mandando instalar sanitários móveis na esplanada da capital.
Nessa altura, Lee Harvey Oswald (foto), um ex-fuzileiro naval de 23 anos, já comprara um rifle de mira telescópica. Tudo na sua vida dera errado. Decidira matar alguém, tentara assassinar um general direitista, e errou o tiro. Às 12h30m de 22 de novembro, pela primeira vez, acertou.
O Globo, hoje, respondendo às principais dúvidas sobre o julgamento do Mensalão.
Se o STF condenar qualquer dos réus a uma pena de até dois anos, haverá a prescrição em relação a esse crime. Se um mesmo réu for condenado pela prática de dois crimes e a pena dada a cada um dos crimes for de até dois anos, também haverá a prescrição. A prescrição ocorre em relação ao crime e não em relação ao somatório das penas. Assim, caso seja aplicada a pena mínima nos crimes de formação de quadrilha, corrupção (ativa e passiva), peculato e evasão de divisas, já houve prescrição.
Neste domingo, o jornalão O Globo, um dos mais importantes do País, foi às bancas com uma plástica completa em seu designer gráfico. A renovação gráfica do Globo inclui até uma nova fonte tipográfica, que o torna um dos poucos jornais do mundo a contar com uma família de letras exclusivas e personalizadas, a exemplo do que acontece com os diários ingleses “The Times” e “The Guardian”. O Globo é o quinto em volume de circulação no País, com 256 mil exemplares de média diária.
Em editorial publicado nesta terça-feira, 8, o jornal O Globo critica o que chama de “setores radicais do PT”. Sem citar nomes de veículos de comunicação, o jornal afirma que blogs e parte da mídia são da banda “chapa branca” e têm como um dos principais objetivos fazer campanha contra as denúncias produzidas pela revista Veja.
“Roberto Civita não é Rupert Murdoch” é o título do editorial, que segue como resposta a matéria de capa dessa semana da revista Carta Capital, que traz a imagem do presidente da Editora Abril, empresa responsável pela publicação da Veja, com o título “Nosso Murdoch”, o comparado ao magnata australiano que comanda jornais na Inglaterra que produziam escutas ilegais de políticos, artistas e até da família real britânica. O material foi reproduzido pela versão online de O Globo e apareceu na capa do site da Veja.
“Comparar Civita a Murdoch é tosco exercício de má-fé, pois o jornal inglês invadiu, ele próprio, a privacidade alheia. Quer-se produzir um escândalo de imprensa sobre um contato repórter-fonte. Cada organização jornalística tem códigos, em que as regras sobre este relacionamento — sem o qual não existe notícia — têm destaque, pela sua importância”, afirma trecho do editorial.
O texto, que registra a opinião do veículo de comunicação pertencente às Organizações Globo, relata que as gravações feitas pela Polícia Federal que mostram o chefe da sucursal de Brasília e redator-chefe da revista da Editora Abril, Policarpo Junior, e contraventor Carlinhos Cachoeira trocando ligações, não passa de um “bicheiro” passando informações para um jornalista. De acordo com o jornal, esse contato serviu de ferramenta conspiratória.
O Globo comenta que o governo petista luta para enfraquecer a mídia independente. “É indisfarçável, ainda, a tentativa de atemorização da imprensa profissional como um todo, algo que esses mesmos setores radicais do PT têm tentado transformar em rotina nos últimos nove anos, sem sucesso, graças ao compromisso, antes do presidente Lula e agora da presidente Dilma Rousseff, com a liberdade de expressão”. Por Anderson Scardoelli, do Portal Comunique-se.
Veja nosso artigo de ontem sobre o assunto. Demonização da imprensa, marcos regulatórios abjetos, tentativas de cerco econômico e judicial. Por trás de tudo isso sempre tem um malfeito, aos quais os radicais procuram encobrir. Pior que a má imprensa é a ausência dela, como já citou a presidenta Dilma.
O governador da Bahia, Jaques Wagner (PT), está incomodado com a atual situação do Estado dentro do governo da presidente Dilma Rousseff. De acordo com o jornal O Globo, para Wagner, o PT Nacional deve explicações, já que a Bahia deu uma das maiores votações a Lula no segundo turno (78,08% dos votos válidos) e 2,7 milhões de votos a Dilma. Para ele, a Direção Nacional do PT tem privilegiado os Estados do Sul e do Sudeste.
A insatisfação do governador se apoia no fato de o Estado ter perdido três importantes posições no governo federal: Sérgio Gabrielli, ex-presidente da Petrobras; Mário Negromonte, ex-ministro das Cidades; e Afonso Florence, ex-ministro do Desenvolvimento Agrário. “O PMDB do Sarney tem dois ministros do Nordeste. O PSB de Eduardo Campos tem dois ministros do Nordeste. O PT tem dois governadores no Nordeste (Bahia e Sergipe) e não tem nada”, questionou Wagner em entrevista, reforçando que é necessário que Dilma mostre respeito pelo Estado e o contemple com um Ministério.
A unidade brasileira da Ford planeja investir R$ 800 milhões (US$ 445,68 milhões) para produzir um novo veículo, que terá por base uma plataforma global da montadora americana. Essa iniciativa é parte de seu projeto de padronização de seus métodos internacionais de produção.
A Ford estuda lançar três modelos em 2012 baseados em plataformas globais. A montadora espera trocar 100% de seu esquema de produção no Brasil para os métodos internacionais até 2015, informou a empresa na terça-feira em comunicado.
O investimento é o mais recente da montadora no Brasil, enquanto renova sua gama de modelos para preparar-se contra a investida das marcas asiáticas mais jovens, que vêm aumentando sua produção no quarto maior mercado de automóveis do mundo.
O Brasil é um mercado-chave para Fiat, Volkswagen e também para as americanas General Motors e Ford. A Anfavea, que reúne as montadoras no país, prevê um investimento na produção de R$ 20 bilhões até 2014. A Ford já disse que planeja investir US$ 4,5 bilhões no Brasil entre 2011 e 2015. De O Globo.
O jornalista Augusto Nunes, da Veja, diz que o ministro Mario Negromonte tem razão quando disse que a bancada do PP deveria evitar a luta pelo poder entre seus membros, para evitar colocar as vísceras de todos ao sol.
“Em briga de família morre todo mundo”, diz Negromonte.
Citando o Globo, Nunes, diz que a edição desta sexta-feira, mostra que dos 41 integrantes da bancada do PP na Câmara, 18 respondem ou responderam a algum processo na Justiça por irregularidades. Outros 19 nomes são acusados de ilicitudes variadas, informa um levantamento da ONG Tranparência Brasil. Confira abaixo a turma da folha corrida.
PARLAMENTARES COM ‘FOLHA CORRIDA’
Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Responde a dois inquéritos no Superior Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), além de carregar nos ombros 10 ações de execução fiscal e uma notícia-crime.
Aline Corrêa (PP-SP)
É investigada em ação penal no STF por falsificação do selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).
Arthur Lira (PP-AL)
Responde por crimes contra a administração pública e improbidade administrativa. Foi acusado de envolvimento em desvio de dinheiro da Assembléia Legislativa de Alagoas.
Beto Mansur (PP-SP)
Foi autuado por trabalho escravo e condenado por usar recursos públicos para promoção pessoal. Responde a pelo menos 35 processos por irregularidades em licitações em Santos, onde foi prefeito.
Carlos Magno (PP-RO)
Acionado pelo Ministério Público por peculato e acusado de usar material e trabalhadores de uma obra pública em uma obra particular sua. Respondeu por desvios de recursos da Assembléia Legislativa de Rondônia.
Carlos Souza (PP-AM)
Já foi autuado por trabalho escravo e responde a inquéritos no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) por tráfico e uso de drogas.
Dirceu Sperafico (PP-PR)
Enfrenta ação penal por crime contra o patrimônio e apropriação indébita.
Dimas Fabiano (PP-MG)
É alvo de uma ação de execução fiscal e uma ação penal no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).
Esperidião Amin (PP-SC)
Responde a nove ações civis públicas por danos aos cofres públicos e improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Já foi condenado a devolver dinheiro às Centrais Elétricas do estado e está recorrendo.
João Pizzolatti (PP-SC)
Condenado a devolver dinheiro público em Pomerode, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamentos de multas e proibição de contratar com o poder público e receber benefícios ou incentivod fiscais ou creditícios. Está recorrendo.
José Linhares (PP-CE)
No STF, consta como indiciado em inquérito (não especificado).
José Otávio Germano (PP-RS)
Alvo de inquérito no STF por peculato. É investigado por desvios e fraudes em licitações no Rio Grande do Sul. Teve bens bloqueados pela Justiça.
Luiz Argôlo (PP-BA)
Responde a vários inquéritos por uso de documento falso, captação ilícita de votos e corrupção eleitoral.
Paulo Maluf (PP-SP)
É alvo de ações penais diversas por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica, além de inúmeras ações civis públicas. Figura na Lista Vermelha da Interpol, ao lado dos 290 bandidos mais procurados do mundo.
Renato Molling (PP-RS)
Responde a duas ações civis públicas (não especificado).
Roberto Balestra (PP-GO)
Processado por danos ao erário na Justiça de Goiás.
Roberto Britto (PP-BA)
É alvo de ação penal por captação ilícita de votos na Bahia.
Roberto Dorner (PP-MT)
Processado pelo Ministério Público Estadual do Mato Grosso por danos ambientais. Em Marcelândia, é processado por crime ambiental.
Oito anos e dez meses depois do assassinato do então prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), o primeiro dos sete acusados de participação no crime será levado a júri popular na próxima quinta-feira, em Itapecerica da Serra, na Região Metropolitana de São Paulo. Mas, como mostra reportagem de Sérgio Roxo, publicada pelo GLOBO nesta terça-feira, além do destino do réu Marcos Roberto Bispo dos Santos, o Marquinhos – que provavelmente não comparecerá à corte -, o julgamento porá à prova a tese do Ministério Público Estadual de que o assassinato foi cometido a mando do empresário Sérgio Gomes da Silva, o Sombra, ex-assessor do prefeito, com objetivo de manter em funcionamento um esquema de corrupção na prefeitura petista.
Isto é o que se chama de Justiça célere e independente.
Enquanto Dilma e Serra fogem como o diabo da cruz do assunto aborto, mulheres pobres continuam morrendo, vítimas do preconceito e da religião. Era a hora de discutir com firmeza o assunto. Veja a esclarecedora reportagem de O Globo de hoje.
O jornal O Globo publica hoje, em seu portal da internet, o seguinte relato:
Lançado na quarta-feira na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), o “Manifesto em defesa da democracia e da liberdade de imprensa” reunia até a tarde deste sábado cerca de 35,6 mil assinaturas, segundo o site http://www.defesadademocracia.com.br, que divulga o documento e recolhe adesões. Endossam o manifesto personalidades como os juristas Hélio Bicudo e Miguel Reale Jr.; o arcebispo emérito de São Paulo, dom Paulo Evaristo Arns; o ex-procurador-geral da República Aristides Junqueira; o ex-presidente do STF Carlos Velloso; o ex-ministro Pedro Malan; e o escritor Ferreira Gullar.
Um cartel montado por militares e ex-militares do Exército para vencer licitações e abocanhar cifras milionárias de obras pagas com dinheiro público pôs no centro de uma investigação um dos mais importantes centros acadêmicos do país, o Instituto Militar de Engenharia (IME). De acordo com reportagem de Carla Rocha e Vera Araújo, publicada no Globo deste domingo, o Ministério Público Militar investiga pelo menos 12 empresas cujos sócios são parentes ou possíveis laranjas – pessoas ligadas a oficiais que já estiveram lotados no instituto – que prestaram serviços de consultoria como melhorias na BR-101, uma das maiores rodovias do país, recebendo algo em torno de R$ 15,3 milhões. Os primeiros levantamentos revelam que as empresas não funcionam nos endereços fornecidos à Receita Federal; há sócios que declaram morar até em favelas no Rio. Leia mais em O Globo.
O corretor de valores Lúcio Bolonha Funaro acusou o deputado cassado e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu e o PT de terem recebido, “por fora”, comissões de R$ 5,5 milhões em negócios fechados por fundos de pensão sob controle do partido. A acusação foi feita durante depoimentos prestados ao Ministério Público Federal entre novembro de 2005 e Marco de 2006. De acordo com reportagem de O Globo, Funaro aponta o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, como responsável por gerenciar os negócios dos fundos de pensão ligados ao partido. Vaccari é alvo de um pedido de quebra de sigilo bancário, feito pelo promotor José Carlos Blat, por suspeita de envolvimento em um suposto desvio de recursos da Cooperativa Habitacional dos Bancários (Bancoop) para o PT. As informações são do blog o Filtro, da revista Época.