Padilha e Lorenzoni, dois réus coordenam transição entre os os governos. Moro aceita ministério.

Que momento ímpar, por que não dizer singular, na política brasileira! Que momento sublime!

Eliseu Padilha, suspeito de invasões de terras no município de Tramandaí-RS, recebe das mãos de Onix Lorenzoni, réu confesso de caixa 2 de campanha, a lista dos membros da equipe de transição do presidente eleito. 

Padilha é alvo de três inquéritos no Supremo, dois ligados à Lava Jato por suposto recebimento de propina delatado por executivos da Odebrecht.

Mais sublime ainda é o convite para o juiz de primeira instância da Justiça Federal, Sérgio Moro, assumir o Ministério da Justiça. A atuação de Moro no episódio da prisão e condenação do ex-presidente Lula é relevante.

É assim como se o juiz de uma partida de futebol apitasse o primeiro tempo da partida e, depois, no segundo tempo, voltasse como centroavante daquela equipe que teve dois pênaltis a favor.

O Juiz  aceitou nesta quinta-feira, 1, o convite do presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para comandar o superministério da Justiça. O magistrado vai divulgar uma nota detalhando os termos da proposta que aceitou.

Para o leitor minimamente esclarecido fica claro que na primeira vaga para o Supremo Tribunal Federal Moro será nomeado por Bolsonaro e terá o cargo ao seu dispor até atingir a idade limite de 75 anos.

Como sempre se repete em Curitiba, “o tempo passa, o tempo voa, e a poupança Bamerindus continua numa boa”. 

Recorde no vídeo abaixo o jingle que nunca saiu da memória dos paranaenses.

 

 

O tempo passa, o tempo voa, mas lá entre eles todos continuam numa boa.