“Criminalidade e política estão ligadas por diferentes canais: mercado financeiro, laços das polícias com atividades criminosas, avaliação pela opinião pública da competência das autoridades. Que ninguém se iluda. No Brasil, de modo geral, autoridades só encaram o doloroso dever de aumentar a eficácia policial quando o estado de coisas ameaça desempenhos eleitorais. E quase sempre insistem na força sem inteligência.”
O portal Observatório da Imprensa publica extensa entrevista com o jornalista Amaury Ribeiro Jr.,autor do best-seller “A Privataria Tucana”. Vale a pena ler toda a matéria, mas a conclusão é a mesma do redator do artigo: não existem santos no processo.
Se 10% do que ali está escrito for verdade, pode-se concluir que troca o cocô da gestão brasileira, mas as moscas continuam as mesmas.
O dinheiro que vazou dos cofres públicos nesses sete anos, segundo o critério de estudo da Folha de São Paulo, somente na esfera federal, somaria R$ 40 bilhões, ou uma média de R$ 6 bilhões por ano que deixaram de ser aplicados no interesse do país. O estudo e a metodologia da Folha é tema de extensa reportagem do Observatório da Imprensa.
Luiz Cláudio Cunha e J.B. Scalco. Não conseguimos identificar o autor desta foto, mas Assis Hoffmann e Ricardo Chaves eram free-lancers da Abril, em Porto Alegre, nesta época.
Capa do Livro de Luiz Cláudio Cunha
Ontem, o jornalista Luiz Cláudio Cunha, a ex-guerrilheira uruguaia Lilian Celiberti e um policial que participou da Operação Condor, encontraram-se em Porto Alegre, numa audiência preliminar de processo que o policial promove contra o jornalista, pela publicação do livro “Operação Condor: o sequestro dos uruguaios”. O fato narrado do livro ocorreu em 1978, quando Luiz Cláudio, então repórter de Veja, descobriu, junto com os fotógrafos Ricardo Chaves, Olívio Lamas e João Batista Scalco (já falecido) o “aparelho” onde os policiais mantinham, em cárcere privado e sob tortura, os uruguaios Universindo Diaz e Lilian Celiberti
A história toda está contada, por Luiz Cláudio, em artigo do Observatório da Imprensa e no portal Coletiva.Net também tem uma série de notícias. Os gaúchos mais antigos lembram-se ainda da ampla repercussão do episódio na imprensa do Rio Grande do Sul e do País. Cadáveres no armário são desconfortáveis para todos os habitantes da casa.
A capa da Edição Extra do Jornal Já que reconta a história do maior caso de corrupção do poder público no Rio Grande do Sul
Os gaúchos residentes aqui no Oeste da Bahia, vão identificar os protagonistas desta história ímpar. Um pequeno jornal gaúcho, JÁ, de propriedade de Elmar Bones, veterano jornalista com larga militância no que existe de melhor na imprensa brasileira, ousou denunciar o maior caso de corrupção pública no Rio Grande. A história está contada pelo jornalista, também gaúcho, Luiz Cláudio Cunha, numa longa reportagem publicada no Observatório da Imprensa. Acompanhe também as notícias do Jornal Já sobre o caso.