
A população de Neuquen se manifestou em protesto contra a abertura de um centro de ajuda humanitária, crendo ser “uma espécie de disfarce” para outra base militar dos EUA. Os manifestantes, ativistas de direitos e os indígenas Mapuche, que entraram em confronto com o governo por conta de violações de terras e direitos indígenas, organizaram os comícios, porque acreditam que a instalação pode influenciar a situação na região.
O portal de notícias mexicano Aristegui Noticias já tinha informado recentemente que o presidente da Argentina, Mauricio Macri, havia dado luz verde à criação de pelo menos três bases americanas nas províncias de Neuquen, Misiones e Tierra del Fuego.

A inóspita Província de Neuquen, na encosta da Cordilheira dos Andes, tem investimentos pesados de empresas estrangeiras na exploração de gás e petróleo e hospeda também um observatório astronômico, que controla também satélites artificiais e missões espaciais, mantido pela China.
A base chinesa, que começou a operar em março e oficialmente não tem fins militares, é vista com desconfiança pelos americanos. Herança dos anos de Cristina Kirchner no poder, a instalação foi negociada em segredo com Pequim e causa estranhamentos na relação bilateral entre Buenos Aires e Washington.
A recente visita do secretário de Defesa dos EUA James Mattis está relacionada com a crescente influência econômica da China no Brasil e Argentina.
O que se comenta nos meios alternativos de informação é que a derrocada do Partido dos Trabalhadores depois de 13 anos no poder está relacionada com a posição frontal dos norte-americanos em relação ao desenvolvimento do bloco econômico dos BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – que temem o avanço da colaboração e perda da influência norte-americana nos negócios do Cone Sul.
A base norte-americana nos contrafortes da Cordilheira ameaçaria de maneira ímpar todos os países do Cone Sul.
