Os protestos contra a morte de Floyd repercutiram muito além dos Estados Unidos. Na foto, manifestação em Barcelona, na Espanha. Foto: G1/Reuters/Nacho Doce.
O que irá fazer agora o senhor Donald Trump, *Miss da Colheita da Cenoura, quando, depois de nove dias de manifestações por todo o País e bilhões de dólares em prejuízos, ainda precisa mandar a Guarda Nacional atirar nos seus conterrâneos para conter a extensa devastação que o orgulho racial patrocina.
Vai murar as cidades dos brancos para separá-las das cidades dos negros?
A política de ódio, de xenofobia, de misoginia e intolerância não dá certo nem no Grande Irmão do Norte, nem aqui, nesta republiqueta de bananas, ao Sul do Equador.
Os Estados Unidos entraram nesta 4ª feira (3.jun.2020) no 9º dia de protestos devido à morte de George Floyd, um homem negro desarmado, que foi asfixiado por um policial branco.
Floyd foi detido sob a suspeita de ter usado uma nota falsa de US$ 20 em um supermercado. De acordo com a polícia, ele estava dentro de um carro e entrou em confronto físico com os policiais responsáveis pela ocorrência.
A Promotoria de Minnesota, nos EUA, acusou mais 3 policiais envolvidos na ação que resultou na morte de Floyd em Minneapolis como cúmplices no assassinato e também ampliou a acusação contra o agente que sufocou a vítima. O ex-policial Derek Chauvin passou a ser acusado de cometer homicídio de 2º grau, cuja pena pode chegar a 40 anos de prisão.
(De um informe do Poder 360, com título e abertura de O Expresso).
Paula Monique, presidente da juventude do PT de Jequié – Ba, acaba de ser atacada por um simpatizante de Jair Bolsonaro. O sujeito passou numa moto com a camisa de Bolsonaro e chutou a moça que transitava em outra moto menor, caindo na pista onde foi socorrida.
No Rio Grande do Sul, uma jovem registrou queixa afirmando que, ao transitar na rua com uma camiseta com a inscrição #elenão e as cores da bandeira LGBT, acabou atacada e teve uma suástica riscada a canivete na pele do abdômen. Policiais civis da Bahia e do RGS investigam os dois casos, no entanto ainda não existe a confirmação, por parte das autoridades, dos dois fatos. Ainda não foram instaurados os respectivos inquéritos.
O delegado Paulo César Jardim, titular da 1ª DP da Capital, afirmou que está suspensa a investigação do caso em que uma jovem, de 19 anos, teria tido uma suástica desenhada a canivete em sua barriga. Segundo ele, a vítima se negou a representar criminalmente. É provável que a jovem, identificada, tenha medo de novos ataques. Com isso, não existe crime e não há como prosseguir a investigação.
O caso teria ocorrido na rua Baronesa do Gravataí, no bairro Cidade Baixa, na última segunda-feira. A jovem chegou a registrar uma ocorrência na Polícia, mas voltou atrás. A vítima teria sido agredida a socos por três homens que a interpelaram após ela descer de um ônibus. Em seguida, foi ferida na barriga com um canivete.
Caso grave em Recife
Nesta quarta-feira (10), no Recife, mais um caso foi tornado público nas redes sociais. A produtora Érica Colaço divulgou as imagens da amiga Pipa Guerra, agredida por dois homens e uma mulher, apoiadores do candidato do PSL, em um bar no bairro do Arruda, Zona Norte do Recife, no dia da eleição.
Colaço explicou que amiga estava no estabelecimento e os agressores começaram a “mexer com ela por conta dos bottons e adesivos de Ciro e do #EleNao”. Em determinado momento, um deles chegou a mostrar uma arma. Quando a vítima tirou o celular e começou a filmar a intimidação, foi agredida, teve o braço quebrado e precisou ser acolhida por garçons do bar. “Eles agrediram ela com a intenção de matar. Só não mataram porque os garçons colocaram ela na cozinha até eles irem embora”, afirmou Colaço à reportagem do LeiaJá, portal pernambucano.
Esta semana o mestre de capoeira Moa do Katendê foi assassinado, em Salvador, com 12 facadas pelas costas, depois de desafiar um eleitor de Bolsonaro.
Cerca de 50 ataques a eleitores e manifestantes são relatados em todo o País, desde o dia 30 de setembro, segunda a Agência Pública. Levantamento inédito contabilizou relatos de agressões e ameaças contra pessoas em 18 estados e no DF nos últimos dez dias; 6 apoiadores do candidato do PSL também foram agredidos. Fernando Haddad não se manifestou sobre estes ataques.
O candidato Bolsonaro diz que nada pode fazer com os ataques de seus defensores:
-Não posso ser responsabilizado por isso, afirmou.
O candidato a presidente pelo PDT, Ciro Gomes, afirmou que se considera a alternativa para evitar a polarização entre os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT), líderes nas pesquisas.
“Eu estou trabalhando para mostrar que não precisa votar no coisa ruim ou no coisa pior só porque não tem alternativa. Tenho ficha limpa, tenho boas propostas, tenho experiência, capacidade de dialogar”, disse Ciro, após conceder entrevista à Rádio Itatiaia, em Belo Horizonte.
O pedetista chamou Bolsonaro de “extremista militar” e o PT de “organização que passou a abusar do poder”, mas sem mencionar diretamente candidato do partido.
Eleições mudam sua face nas últimas 24 horas. Ciro sabe disso. Talvez até sábado ele diga a palavra mágica que vai fazer com que ele salte do terceiro lugar para o segundo, mesmo tendo hoje a metade das indicações nas consultas populares. É possível. O cultivo do ódio entre Bolsonaro e Haddad pode virar o fio e cortar na carne dos próprios contendores.
Se a agremiação política preocupada com o resgate de legiões de brasileiros miseráveis a uma vida digna se chamasse Partido das Freiras Virgens ou Partido dos Anjos das Asinhas Tostadas ainda seria odiado. Imagine se chamar Partido dos Trabalhadores, em oposição aos partidos dos especuladores?
Diz o escritor gaúcho Luiz Fernando Veríssimo:
O ódio ao PT existiria mesmo que o PT tivesse sido um grande sucesso e o Brasil fosse hoje, depois de 12 anos de pseudossocialismo no poder, uma Suécia tropical. O antipetismo é consequência, o ódio ao PT é inato.
O antipetismo começou com o PT, o ódio ao PT nasceu antes do PT. Está no DNA da classe dominante brasileira, que historicamente derruba, pelas armas se for preciso, toda ameaça ao seu domínio, seja qual for sua sigla.”
E acrescenta:
“A escolha continua sendo entre socialismo e barbárie”
Agora já temos generais ameaçando de prisão senadores petistas. Ninguém fala, nem o sargento de dia da guarda do regimento fala em prisão dos senadores emedebistas e ou peessedebistas.
“O discurso de ódio que está envenenando o Brasil.” O principal jornal espanhol, El País, estampou esta semana uma matéria, sob o título acima, lamentando “a caça às bruxas de grupos radicais contra artistas, professores, feministas e jornalistas se estende pelo país.”
Para os europeus que conheceram nossos indígenas há mais de 5 séculos, pode até parecer que existia menos barbárie e mais paz no tempo dos tupis-guaranis. Apesar de que, por vezes, se excediam comendo, literalmente, bem assadinhos, os seus inimigos.
Em um país de tremendos contrastes, em que 6 pessoas tem um patrimônio maior que 100 milhões de brasileiros, a desigualdade maior não é o poder econômico. As chances de acesso a uma educação de qualidade são cada vez mais diminutas para grande parte da população.
O grande salto da Coréia não se repetirá no País enquanto não tivermos novamente um governo que preocupe-se com educação, com faculdades e cursos técnicos.
Há uns 8 anos, caíram-me nas mãos trabalhos de formatura em Magistério de professoras que estavam prestes a prestar concurso para o ensino público. Os erros de ortografia e a escrita sofrível me deram um retrato do que seria o futuro.
Ele está apenas se confirmando nas mensagens odiosas que se vê hoje na internet. Tenho mais de 10 mil seguidores e amigos no Facebook, só pra citar uma mídia social, e o que ali se vê de fato não é a melhor expressão de paz social.
Enquanto isso, Uberaba continua uma florescente cidade do triângulo mineiro, sem a mínima chance de se anexar ao território do estado de São Paulo.
O MBL – o tal de Movimento Brasil Livre – conseguiu fechar a exposição Queermuseu – Cartografias da Diferença na Arte Brasileira, de arte contemporânea, apresentada pelo Santander Cultural em Porto Alegre.
Sabe-se que o MBL está fazendo vários ataques à arte e à cultura em diversas cidades do país.
Tomando por realidade o que é simbólico, acusaram as pinturas da exposição de promoverem a pedofilia e de atacarem o catolicismo. Então, em reaçāo, passaram a frequentar a exposição Queermuseum, hostilizando os visitantes que apenas desejam ver e refletir sobre os objetos e pinturas expostos.
Desta forma exerciam censura à exposição e aos visitantes. A direção do Santander curvou-se às pressões e acaba de suspender a mostra. Vence assim a ignorância daqueles não conseguem discernir arte de crença, sarcasmo de realidade.
Do portal Sul21.
Abaixo, a triste nota da instituição:
NOTA DO SANTANDER CULTURAL SOBRE A EXPOSIÇÃO QUEERMUSEU
Nos últimos dias, recebemos diversas manifestações críticas sobre a exposição Queermuseu – Cartografias da diferença na Arte Brasileira, inaugurada em agosto no Santander Cultural. Pedimos sinceras desculpas a todos os que se sentiram ofendidos por alguma obra que fazia parte da mostra.
O objetivo do Santander Cultural é incentivar as artes e promover o debate sobre as grandes questões do mundo contemporâneo, e não gerar qualquer tipo de desrespeito e discórdia. Nosso papel, como um espaço cultural, é dar luz ao trabalho de curadores e artistas brasileiros para gerar reflexão. Sempre fazemos isso sem interferir no conteúdo para preservar a independência dos autores, e essa tem sido a maneira mais eficaz de levar ao público um trabalho inovador e de qualidade.
Desta vez, no entanto, ouvimos as manifestações e entendemos que algumas das obras da exposição Queermuseu desrespeitavam símbolos, crenças e pessoas, o que não está em linha com a nossa visão de mundo. Quando a arte não é capaz de gerar inclusão e reflexão positiva, perde seu propósito maior, que é elevar a condição humana.
O Santander Cultural não chancela um tipo de arte, mas sim a arte na sua pluralidade, alicerçada no profundo respeito que temos por cada indivíduo. Por essa razão, decidimos encerrar a mostra neste domingo, 10/09. Garantimos, no entanto, que seguimos comprometidos com a promoção do debate sobre diversidade e outros grandes temas contemporâneos.
Neo-nazistas: um dia o ódio extravasa e eles saem à rua, gritando palavras de ordem
Por Leandro Fortes
Como é formada, em sua imensa maioria, por analfabetos políticos com altíssimo déficit de leitura, a direita brasileira tende a se movimentar quase que exclusivamente como manada.
Então, assim como o “kkkkkkk”, que lhes serve de sustentação literária tanto para disfarçar preconceitos como para consagrar estultices, o clichê do momento entre a reaçada é o argumento barato do todos-os-corruptos-devem-ser-presos-não-interessa-o-partido.
É como se, de repente, os milhões de eleitores de Aécio Neves tivessem descoberto o Código Penal, mas somente depois de seu líder e salvador da pátria começar a aparecer nas delações como insistente – chato mesmo – receptador de propinas.
Esse movimento ganhou forma nas últimas manifestações de rua, quando a turba com camisas da CBF viralizou nas redes mensagens dando conta de que, ao contrário do PT, não tinha compromisso com “bandidos de estimação”.
Isso vindo de uma gente que marchou até Brasília para tirar foto com Eduardo Cunha.
Colocar-se, agora, a favor de prender todos os corruptos, não importa qual o partido, é, antes de tudo, uma maneira cafajeste de fingir que não está apoiando o golpe contra a presidenta Dilma Rousseff – justo no momento em que as coisas começam a dar errado para os golpistas.
É mentira.
Essa gente abobalhada de verde-e-amarelo nunca foi a favor de prender corruptos, até porque votou sempre neles, movida pela catapora infantil do antipetismo.
Esses neoprobos formam as fileiras da classe média apavorada e iletrada do Brasil, alimentada de ódio pela mídia – esse lixo que depende do golpe para voltar a mamar nas tetas do Estado.
Então, não me venham com essa história, agora, que querem todos os corruptos presos.
Ninguém vai acreditar nessa moralidade tardia de quem, na verdade, está com vergonha de ser apontado como um golpista fracassado, daqui por diante.
Não depois de terem sido tocados pelos corruptos como gado, pelas ruas do País, mugindo palavras de ordem fascistas e ruminando o ódio que lhes foi servido como capim.
Leandro Fortes é jornalista – formado na UNB -, professor e escritor. Trabalhou para o Jornal do Brasil, O Globo, Correio Braziliense, Estadão, Revista Época e Carta Capital. Os grifos são desta editoria.
Quinta, um dia antes das manifestações pró-Lula e Dilma, uma carioca levou esta cachorrinha vira-lata com um lencinho vermelho no pescoço, na pracinha do Bairro Peixoto, no Rio. Foi hostilizada aos gritos de petralha.
O Brasil vai virar ou já virou um caldeirão de ódio, intolerância e confronto. Escrevam, aí.
Durante a primeira guerra mundial acontecia simultaneamente uma rebelião de independência que foi decisiva aos povos árabes contra o domínio turco na região. Consta em alguns relatos, que as tribos árabes, teriam sido assistidas por ingleses e franceses interessados na região. A história continua no pós Segunda Guerra, quando os ingleses resolveram “organizar” o Oriente Médio e colocaram no mesmo território, no que hoje é o Iraque, hititas, curdos, sunitas, xiitas e árabes de outras origens. No mesmo período, através do então representante brasileiro na ONU, reconheceram o Estado de Israel em território palestino. A guerra de judeus contra árabes começa em 1948.
Nas guerras que se sucederam, contra Egito e Líbano, os norte-americanos armaram fortemente o Estado de Israel.Em 1956, acontece a Guerra de Suez, quando Israel, com apoio de França e Inglaterra, declarou guerra ao Egito. A Russia ajuda o Egito.
Em 67 acontece a Guerra dos Seis Dias, Israel contra Egito, Jordânia e Síria, apoiados por Iraque, Kuwait, Arábia Saudita, Argélia e Sudão. Israel destrói a Força Aérea Egípcia no Sinai.
Em 1973, a Guerra do Yom Kippur também conhecida como Guerra Árabe-Israelense de 1973, entre uma coalizão de estados árabes liderados por Egito e Síria contra Israel. O episódio começou com um ataque inesperado do Egito e Síria.
De 1979 a 1989 os russos invadem o Afeganistão e são combatidos por guerrilheiros mujahidins. . A maioria das facções de insurgentes da vertente sunita recebia apoio militar, na forma de armas e dinheiro, de nações vizinhas como o Paquistão, Arábia Saudita e a China, contudo o mais crucial suporte logístico veio de nações ocidentais como os Estados Unidos, o Reino Unido e outros. Os grupos xiitas receberam suporte de países como a República Islâmica do Irã.
No bojo da Guerra Fria, Russos e mujadins, apoiados pelos Estados Unidos se enfrentam no Afeganistão
Em 1980 inicia a guerra Irã-Iraque. Os Estados Unidos e a Rússia armam os iraquianos até os dentes. Até o Brasil vendeu aviões Tucano T-27 aos iraquianos, com os quais jogaram gás mostarda sobre curdos simpatizantes ao Irã.
A Guerra do Golfo (2 de agosto de 1990 a 28 de fevereiro de 1991) foi um conflito militar travado entre o Iraque e forças da Coalizão internacional, liderada pelos Estados Unidos e patrocinada pela Nações Unidas. Durante sete meses, uma formidável força de meios humanos e uma imensa quantidade dos mais modernos equipamentos militares, foi formada e acumulada na zona do Golfo Pérsico, desencadeado de seguida uma campanha relâmpago que esmagou a oposição e consumou a libertação do território kuwaitiano com extrema e surpreendente facilidade.
Aviões norte-americanos, na Arábia Saudita, durante a Operação Tempestade do Deserto. Milhares de iraquianos pereceram.
A Invasão do Iraque em 2003, que começou a 19 de março de 2003 e terminou em 1 de maio do mesmo ano, foi a primeira etapa do que se tornaria um longo conflito, a Guerra do Iraque. Os americanos receberam apoio militar do Reino Unido, da Austrália e da Polônia. O objetivo era derrubar o regime de Saddam Hussein.
O conflito na Síria
A República Árabe Síria enfrenta, desde março de 2011, uma guerra civil que já deixou pelo menos 130 mil mortos, destruiu a infraestrutura do país e gerou uma crise humanitária regional. Quase três anos depois, as partes envolvidas e a comunidade internacional tentam fazer estabelecer em conjunto os termos para paz.
Crianças mortas na Síria: quem são os terroristas?
Mais de 2 milhões deixaram o país em busca de refúgio em nações vizinhas, aumentando as tensões entre os países vizinhos. Outros 4,25 milhões de sírios tiveram que se deslocar dentro do país devido aos combates.
Exército Islâmico
Em 29 de agosto de 2014, o grupo terrorista sunita Estado Islâmico, conhecido também pela sigla EI, anunciou que seu líder, Abu A-Bagdhadi, havia se autoproclamado califa da região situada ao noroeste do Iraque e em parte da região central da Síria.
França, Estados Unidos, Rússia e outros países bombardeiam dia e noite vilas e bases do Exército Islâmico.
Então o caro leitor deve concordar: o ódio está sendo semeado há mais de 100 anos no Oriente Médio e nada surpreende as ações terroristas em Paris. Os ataques terroristas vão continuar, de forma intermitente e determinada, em todo o Ocidente. Não importa se são vítimas inocentes. O importante é destilar o ódio acumulado em mais de 100 anos. Talvez esse vórtice de violência tenha começado mesmo na idade média, quando aconteceram as cruzadas dos cristãos e os árabes ocuparam por mais de 400 anos a península Ibérica.
Não lamente quando um avião russo se desintegra no ar, no Sinai. Não coloque bandeirinhas no Face, nem diga bobagens do tipo “Je Suis Hedbo” ou “Je Suis Paris”. Deixe de ser coquete, estude a história e depois faça seu julgamento sobre os terroristas muçulmanos e os terroristas ocidentais da Europa e da América do Norte. Trata-se apenas de uma guerra secular, onde os únicos vencedores são os fabricantes de armas e os consumidores do maldito petróleo.
Vingança, vendetta, revenge. A raça humana adora a ótica de dar a volta por cima. Precisa ver o que era comentado no twitter e em outras mídias sociais sobre a vingança de Nina sobre Carminha. Gente de alto nível da República, inclusive jornalistas famosos na Política, comentando, como bobalhões, uma dramaturgia de folhetim, nas novelas da Globo. O País parou para ver a novela. Bem ao contrário do que nos ensinam os preceitos cristãos. A contrafação do que nos ensinou Gandhi.
O gênero humano está mesmo em extinção e vai levar para longe, depois da sua breve passagem pela terra, a capacidade de odiar e a absoluta incapacidade de perdoar.
No meio do deserto, dissidentes do Iemen assistem à TV com notícias da morte do terrorista mais procurado do mundo. Hoje toda a mídia internacional se perguntava onde explodirá a primeira ato de vingança da Al-Kaeda. O ódio move a humanidade desde o início dos tempos e isso a levará novamente às cavernas num período de tempo muito mais curto que pode conceber nossa imaginação.
O cuidados dos americanos em jogar o corpo de Bin Laden no mar é emblemático. Se o enterrassem no mais longíquo deserto, em dias se formaria uma nova cidade santa em honra do mártir.