Presidente é alvo dos Direitos Humanos da ONU após enxurrada de denúncias.

Indígenas, grupos LGBT, movimento negro, ativistas, ambientalistas, dentre outros, buscaram a entidade com frequência acima da média nas últimas duas semanas apontando para a crise no país diante da recusa do governo em agir diante da pandemia.

O Brasil tem sido alvo de uma enxurrada de denúncias na ONU, com indígenas, grupos LGBT, movimento negro, ativistas, ambientalistas e outros apontando para a crise no país diante da recusa do governo em agir diante da pandemia. Bolsonaro é alvo de ataques no Conselho de Direitos Humanos da ONU.

Iniciativa da Comissão Arns, em coordenação com a entidade Conectas Direitos Humanos, realiza discurso nesta segunda (15) para condenar os rumos da saúde e economia diante do deboche do presidente sobre dor das famílias, no momento em que o país é o epicentro da pandemia no mundo e soma mais casos que nos EUA nos últimos 15 dias.

A situação do Brasil é desesperadora“, definiu a representante da Comissão Arns, Maria Hermínia Tavares de Almeida, professora titular aposentada de Ciência Política na Universidade de São Paulo (USP), ex-presidente da Associação Brasileira de Ciência Política e da Latin American Studies Association.

Viemos aqui hoje para criticar as atitudes recorrentes do presidente Jair Bolsonaro sobre a pandemia”, disse a representante. “Ele desdenha das recomendações dos cientistas; ele tem, repetidamente, semeado descrédito em todas as medidas de proteção – como o uso de máscaras e distanciamento social; promoveu o uso de drogas ineficazes; paralisou a capacidade de coordenação da autoridade federal de Saúde; descartou a importância das vacinas; riu dos temores e lágrimas das famílias e disse aos brasileiros para parar ‘de frescura e mimimi‘”, apontou de acordo com publicação de Jamil Chade, no UOL.

As entidades ainda lembraram que as medidas econômicas e sanitárias em vigor no país ocorreram por determinação dos poderes legislativo e judiciário federal, bem como de governadores e prefeitos.

Todas as medidas econômicas e sanitárias atualmente em vigor devem-se a iniciativas do Congresso Nacional, do Supremo Tribunal Federal, dos governadores e prefeitos“, disse. “É por isso que estamos aqui, hoje, para chamar a atenção deste Conselho e apontar a responsabilidade do Presidente Bolsonaro em promover, por palavras e atos, uma devastadora tragédia humanitária, social e econômica no Brasil“, afirmou a representante da Comissão Arns.

O grupo ainda destacou como a covid-19 está causando um “enorme impacto em perdas de vidas e dificuldades econômicas“.

A doença atingiu desproporcionalmente a população negra e mais pobre, as comunidades indígenas e tradicionais. Viemos aqui hoje para denunciar as atitudes recorrentes do presidente Jair Bolsonaro em relação à pandemia“, completou a acadêmica.

Do lado do Itamaraty, a ordem é a de apresentar em cada discurso as ações do governo, rejeitar qualquer tipo de responsabilização e omitir qualquer iniciativa tomada por governadores, como no caso da vacina. Na abertura da reunião da ONU, ainda em fevereiro, a ministra da Família, Mulheres e Direitos Humanos, Damares Alves, chegou a dizer que o governo estava “garantindo” a vacina para a população de risco.

Do Portal Urbs Magna.

Melhor “jair se acostumando”, como dizem os seguidores fanáticos. O Tribunal de Haia será implacável.

ONU propõe inquérito internacional contra Brasil e cita catástrofe global

Falsa e desastrosa, fala de Bolsonaro na ONU só piora imagem do Brasil

Negacionismo sobre devastação da Amazônia é irrealista

Por Kennedy Alencar

Numa primeira avaliação, o discurso do presidente Jair Bolsonaro na ONU foi falso e terá impacto danoso para a imagem internacional do Brasil. Foi falso porque negou a realidade que os dados mostram e que o mundo inteiro conhece: cresceram o desmatamento e as queimadas na Amazônia no primeiro ano da administração Bolsonaro. Além de falso, o discurso foi desastroso.

A verdade: está em curso no Brasil uma política de desmonte da proteção ambiental criada ao longo das últimas três décadas. Foram enfraquecidos órgãos de fiscalização, como o Ibama e o ICMBio. Ricardo Galvão, um cientista respeitado, foi derrubado da direção do Inpe por dizer a verdade: cresceu a devastação da floresta tropical brasileira, conforme alertas do sistema Deter.

Há sinais públicos e notórios de estímulo a fazendeiros e garimpeiros ilegais dados por Bolsonaro e seu ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles. Esse ministro adota políticas contra avanços ambientais. Bolsonaro faltou com a verdade ao dizer que a mídia mente sobre a devastação na Amazônia.

Bolsonaro destacou a soberania brasileira sobre a Amazônia. Ora, essa soberania não está em questão. É teoria conspiratória alimentada por setores das Forças Armadas.

É uma visão obtusa num mundo que sofre com o aquecimento global, algo negado por nosso ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo. A solução é global. São legítimas as preocupações internacionais sobre a Amazônia. A proteção da floresta tropical interessa a cidadãos do mundo, mas sobretudo aos brasileiros, que poderão sofrer consequências negativas na agricultura e no abastecimento de água se a Amazônia for devastada a um ponto que impeça ou torne muito difícil a sua sobrevivência.

O que está em questão, portanto, é a preservação da Amazônia. Também importa o fortalecimento da fiscalização que foi deliberadamente enfraquecida pelo atual governo. Mas Bolsonaro e Salles adotam caminho contrário ao meio ambiente. Os satélites da Nasa e a comunidade científica mundial têm como averiguar os dados da devastação no Brasil.

Esse negacionismo de Bolsonaro, num tom duro, com cores religiosas e claramente irrealista diante de 193 mandatários estrangeiros e seus representantes, só vai piorar a imagem brasileira no exterior. O mundo já percebeu que Bolsonaro, além de autoritário e demagogo de extrema-direita, é um inimigo da preservação ambiental e do combate ao aquecimento climático. Seu discurso aprofundou essa percepção perante líderes mundiais na abertura hoje da Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York.

Fala desastrosa

Bolsonaro disse que seu governo tem “compromisso solene com a preservação do meio ambiente”. Culpou o clima seco e falou em “queimadas espontâneas”. Falou em ataques sensacionalistas da imprensa internacional, que retratou a realidade do que acontece lá. Sugeriu que o presidente da França, Emmanuel Macron, comportou-se com espírito irrealista, num tom nada conciliador. Alfinetou França e Alemanha, fundamentais para o acordo União Europeia-Mercosul, sair do papel.

Sugeriu que continuará com medidas para implementar atividades econômicas em reservas indígenas e que não demarcará mais áreas desse tipo. Falou que o cacique Raoni é usado por países estrangeiros. Atacou ONGs que desejariam manter os índios “como homens da caverna”. Afirmou que fará “nova política indigenista” no Brasil. Negou retrocessos sociais em direitos humanos e na política de segurança pública.

Além de falso, o discurso é desastroso do ponto de vista da imagem internacional. Irrealista, agressivo em relação a países que enxergariam o Brasil “como colônia”.

Soou absurdo o presidente dizer que “meu país esteve muito próximo do socialismo” e sugerir que cubanos do programa Mais Médicos seriam agentes socialistas parecidos com espiões de Cuba nos anos 60. O Brasil nunca esteve próximo do socialismo. Isso é mentira. É totalmente insensata essa ideia de risco socialista no Brasil e na América Latina. Pega mal internacionalmente, parece paranoico e antiquado.

As medidas para frear órgãos de controle adotadas por Bolsonaro, como escolher um procurador-geral da República do bolso colete, tira autoridade do presidente para falar de corrupção. O presidente hoje é um inimigo da Lava Jato.

Morre Kofi Annan, ex-secretário geral da ONU e Prêmio Nobel

O ex-secretário-geral da ONU, Kofi Annan, faleceu neste sábado. Sua fundação, por meio de um comunicado, anunciou sua morte, apenas indicando que ele teria sofrido uma doença súbita. Nascido em Gana em 1938, o africano foi um dos ganhadores do prêmio Nobel da Paz.

Chefe da diplomacia das Nações Unidas entre 1997 e 2006, ele foi internado às pressas num hospital de Berna, na Suíça. Os detalhes sobre seu funeral ainda estão sendo organizados.

António Guterres, atual secretário-geral da ONU, emitiu um comunicado expressando sua “profunda tristeza”. “De muitas formas, Annan era a ONU. Ele subiu dentro da organização para liderá-la ao novo milênio, com dignidade e determinação”, escreveu.

O português insistiu que Annan foi seu mentor e indicou que, “em tempos turbulentos”, ele nunca deixou de agir.

Annan mantinha uma estreita amizade com Sergio Vieira de Mello, o brasileiro que liderou a ONU por algumas das maiores crises humanitárias e que morreu há 15 anos em Bagdá.

Annan ainda teve seu mandato marcado pela decisão de denunciar como “ilegal” a guerra de George W. Bush no Iraque. A partir de então, ele passou a ser alvo de ataques por parte da diplomacia americana. Meses depois de sua declaração, Annan viu seu filho acusado de envolvimento em escândalos de corrupção.

O africano ficou abalado com a ofensiva contra ele e sua família e, por meses, chegou a perder sua voz.

Direitos Humanos da ONU diz que Lula tem direito a ser candidato

O escritório de defesa do ex-presidente Lula da Silva, emitiu, há pouco, nota sobre decisão da ONU (193 países membros):

Na data de hoje (17/08/2016) o Comitê de Direitos Humanos da ONU acolheu pedido liminar que formulamos na condição de advogados do ex-Presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 25/07/2018, juntamente com Geoffrey Robertson QC, e determinou ao Estado Brasileiro que “tome todas as medidas necessárias para que para permitir que o autor [Lula] desfrute e exercite seus direitos políticos da prisão como candidato nas eleições presidenciais de 2018, incluindo acesso apropriado à imprensa e a membros de seu partido politico” e, também, para “não impedir que o autor [Lula] concorra nas eleições presidenciais de 2018 até que todos os recursos pendentes de revisão contra sua condenação sejam completados em um procedimento justo e que a condenação seja final” (tradução livre).

A decisão reconhece a existência de violação ao art. 25 do Pacto de Direitos Civis da ONU e a ocorrência de danos irreparáveis a Lula na tentativa de impedi-lo de concorrer nas eleições presidenciais ou de negar-lhe acesso irrestrito à imprensa ou a membros de sua coligação política durante a campanha.

Por meio do Decreto nº 6.949/2009 o Brasil incorporou ao ordenamento jurídico pátrio o Protocolo Facultativo que reconhece a jurisdição do Comitê de Direitos Humanos da ONU e a obrigatoriedade de suas decisões.

Diante dessa nova decisão, nenhum órgão do Estado Brasileiro poderá apresentar qualquer obstáculo para que o ex-Presidente Lula possa concorrer nas eleições presidenciais de 2018 até a existência de decisão transitada em julgado em um processo justo, assim como será necessário franquear a ele acesso irrestrito à imprensa e aos membros de sua coligação política durante a campanha.

Valeska Teixeira Zanin Martins

Cristiano Zanin Martins

Impunidade em crimes contra jornalistas preocupa a ONU

Nas coberturas de manifestações, um grande risco.
Nas coberturas de manifestações, um grande risco.

Durante a última década, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), mais de 800 jornalistas foram assassinados por cumprir a sua tarefa de informar ao público. É preocupante que apenas 10% destes crimes tenham levado a condenações. A impunidade encoraja os criminosos e ameaça toda a sociedade e, principalmente, os jornalistas. Hoje (2), é o Dia Internacional pelo Fim da Impunidade dos Crimes contra Jornalistas.

O relator especial da ONU para a liberdade de expressão, David Kaye, emitiu ontem (1º) um comunicado aos países para que tomem medidas de proteção que garantam a segurança dos profissionais da comunicação.

“Os ataques a jornalistas e as ameaças a sua segurança têm várias formas: atentados a sua integridade física, interferência na confidencialidade de suas fontes e acosso mediante vigilância, para citar apenas algumas”, disse.

Kaye ressaltou que a proteção contra estas ameaças é fundamental para que os jornalistas possam fazer seu trabalho, mas também para que a sociedade tenha acesso à informação e para que os governos prestem contas de suas ações.

O relator considerou particularmente preocupantes as crescentes ameaças à segurança digital dos jornalistas, posta à prova com bloqueios de páginas da internet e leis que proíbem ou limitem a codificação de mensagens.

De acordo com o Comitê para a Proteção de Jornalistas, 52 profissionais dos meios de comunicação foram assassinados este ano e, na maioria dos casos, os governos não tomaram as medidas para responsabilizar os criminosos.

Brasil em nono lugar na lista de impunidade

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50 anos depois, ONU vota contra bloqueio de Cuba

onu

A notícia é da Revista Carta Capital e passou desapercebida no meio do turbilhão de comentários sobre as eleições presidenciais no Brasil:

Nesta terça-feira, 28, a Assembleia Geral da ONU discutiu e votou pela 23ª vez a resolução contra o bloqueio econômico, político e financeiro dos EUA contra Cuba. O embargo já dura 50 anos e é repudiado pela maioria dos países que compõe as Nações Unidas. A resolução vem sendo discutida e votada desde 1992, quando Cuba apresentou pela primeira vez o documento.

Durante o período da tarde, a assembleia contou com 188 votos a favor do fim do bloqueio, dois votos contra e três abstenções. Os dois votos contrários foram de Estados Unidos e Israel.

A recomendação da ONU pode não significar nada se os EUA continuarem retaliando contra aqueles que estabelecem relações comerciais bi-laterais com Cuba.

Bahia tem apenas 8 municípios com IDHM “alto”. Entre eles Barreiras e Luís Eduardo.

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São Paulo e Santa Catarina são os únicos estados em que as 10 primeiras cidades têm grau de desenvolvimento “muito alto”, segundo o Pnud – Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento. O IDHM – Índice de Desenvolvimento Humano considera renda, educação e expectativa de vida, indo de 0 a 1 (quanto mais próximo de 1, melhor).

A matéria é da Exame, onde o leitor tem uma ideia dos melhores índices de IDHM em todos os estados.

Se Luís Eduardo Magalhães, onde existe um quebra-molas a cada 30 metros para coibir os mal educados do trânsito, tem o quarto melhor IDHM da Bahia, fico imaginando o resto. E Barreiras? Terceiro IDHM do Estado, com o esgoto a correr nas ruas? Que expectativa de vida mal cheirosa, esta, não? 

Perspectivas!

incendiosRelatório da ONU, que será assinado por 2.000 cientistas, divulga que em 2.100 teremos 98% do gelo do Ártico derretido, 4,8 graus de aumento de temperatura e mais 83 centímetros no nível do mar. Você que agora está se queixando que em Barreiras está fazendo mais de 40 graus centígrados, avise seus netos que no final da vida enfrentarão temperaturas perto de 50.

Primeiro passo para o reconhecimento do Estado Palestino.

Foto Stan Honda, da AFP

A Assembleia Geral das Nações Unidas votou favoravelmente à promoção de status da Palestina na ONU. Por 138 votos a favor, 9 contra e 41 abstenções, o Estado islâmico se tornou “observador não membro” da entidade política internacional. 
Apesar da oposição de Israel e dos Estados Unidos, os pedidos do presidente palestino, Mahmoud Abbas, foram atendidos por ampla maioria. Ele argumentou que a atribuição do status à Palestina seria “a última oportunidade de salvar a solução de dois Estados”, permitindo a paz entre palestinos e Israel.

Ministério Público da Bahia investiga tráfico de crianças no estado

A suspeita de que traficantes de crianças vêm atuando na Bahia há algum tempo motivou o Ministério Público Estadual (MP) a iniciar investigação para apurar a ação dessas quadrilhas. O inquérito criminal, segundo o promotor de Justiça Luciano Taques Ghignone, foi instaurado no último dia 26 de setembro, antes da denúncia exibida no programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo passado (14).

A reportagem televisiva denunciou o caso de um juiz do município de Monte Santo, no sertão baiano, que autorizou que cinco crianças de uma mesma família de lavradores fossem retiradas dos pais e entregues a quatro casais de São Paulo. As adoções motivaram pronunciamento da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República,  da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Tráfico de Pessoas e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

“A apuração do suposto tráfico de crianças envolve outras situações que podem ou não ter conexão  com os processos relativos às cinco crianças de Monte Santo – nos quais o Ministério Público também identificou algumas irregularidades formais – mas que não podem ser confundidos”, informou o promotor à Agência Brasil.

Luciano Taques explicou que as denúncias sobre a existência de uma quadrilha atuando no estado foram apresentadas à Procuradoria de Justiça Criminal, em Salvador, ainda no primeiro semestre deste ano e logo repassadas à promotoria de Monte Santo e Euclides da Cunha, para a qual Taques foi designado em setembro.

“Já ouvimos alguns depoimentos, mas ainda não chegamos à metade da apuração. Segundo algumas pessoas que já depuseram, algumas situações que aconteceram principalmente em Monte Santo precisam ser apuradas e é exatamente o que estamos fazendo, mas em toda sua extensão”, acrescentou o promotor.

Apesar da divulgação nacional do caso, Taques disse que o juiz que autorizou a retirada das cinco crianças do convívio familiar, Vitor Xavier Bizerra, não é, até o momento, alvo da investigação, por não ter sido citado por nenhum dos depoentes já ouvidos. Outras pessoas envolvidas no caso, no entanto, aparecem na apuração criminal do MP.

A investigação está sob a responsabilidade de Taques e do promotor Carlos Augusto, que contam com a colaboração do Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e de Investigações Criminais (Gaeco).

Segundo uma nota técnica divulgada ontem (18) pela Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, a cidade de Monte Santo já havia sido identificada como rota de tráfico de pessoas, conforme documento do Fórum Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente da Bahia (DCA-BA).

Em termos nacionais, um diagnóstico elaborado pela Secretaria Nacional de Justiça do Ministério da Justiça e pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (Unodc), revela que, em seis anos, quase 500 brasileiros foram vítimas do tráfico de pessoas. Do total, 337 casos referem-se à exploração sexual. Outras 135 ocorrências tratam de trabalho análogo à escravidão.

ONU alerta para crise social no mundo

O mundo enfrenta uma “crise social global” emergente provocada pelo desemprego generalizado, o elevado preço dos alimentos e combustíveis e outros efeitos da crise econômica de 2008-2009, alertou a Organização das Nações Unidas (ONU) em relatório divulgado essa semana em Genebra, sede da entidade.  

No documento, a ONU adverte que as políticas de austeridade adotadas em vários países, principalmente na Espanha e na Grécia, ameaçam o emprego e põem em risco a recuperação das economias, agravando a crise social.

O secretário-geral adjunto da ONU para o desenvolvimento econômico, Jomo Kwame Sundaram, disse que os governos mundiais não estão conseguindo ajudar as 200 milhões de pessoas desempregadas em 2010 e que têm dificuldade em obter alimentos, por causa dos preços altos.

“As medidas de austeridade tomadas por alguns países excessivamente endividados, como a Grécia ou a Espanha, ameaçam o emprego no setor público e a despesa social como tornam a retomada mais incerta e mais frágil”, diz o documento. Da Agência BR.

Arábia Saudita invade o Bahrein.

Tropas da Arábia Saudita entraram no Bahrein nesta segunda-feira para ajudar a resolver a turbulência social naquele país. A atuação foi condenada pela oposição no Bahrein, que consideraram a iniciativa como uma ocupação. Enquanto isso, Malvina Cruela Kadafi continua massacrando seus conterrâneos e a União Européia, transida de medo pelas suas quotas de petróleo, aguarda, sem dignidade nenhuma, a decisão do Conselho de Segurança da ONU.

Aviso a Kadafi: tem mais coisa no ar que simples aviões de carreira.

O petróleo bate em 118 dólares o barril nos principais mercados. Por outro lado, diplomatas britânicos deixam a Líbia. Para bom entendedor, isso pode significar que os grandes irmãos do norte vão mesmo intervir no país norte – africano. Se tem coisa que deixa norte-americano e europeu em pé de guerra é petróleo caro. Só falta a chancela da ONU.

Por outro lado, Kadafi já está protestando. Hoje acusou a França de interferência nos assuntos internos líbios e reiterou as acusações contra a Al-Qaeda, em uma entrevista ao canal de televisão France 24.

Ao ser questionado sobre o apoio de Paris ao Conselho Nacional líbio formado pelos insurgentes em Benghazi (leste), Kadhafi, que teve as declarações traduzidas do árabe para o francês, afirmou: “Nos faz rir esta interferência nos assuntos internos. E se nós atuarmos nos assuntos da Córsega ou da Sardenha!?”.

Kadhafi afirmou que na Líbia existe um “complô”, ao citar a presença de “extremistas armados”, de “pequenos grupos” e de “células adormecidas” da Al-Qaeda que pegaram em armas contra a polícia e o Exército”.

Já o ministro de Energia do Catar disse, em Doha, nesta segunda-feira que a Opep estava avaliando a situação do mercado de petróleo e a necessidade de uma reunião, mas acrescentou que não há escassez no fornecimento ao mercado.

“O fornecimento e estoques (de petróleo) estão em níveis confortáveis”, disse a jornalistas Mohammed Saleh al-Sada.

“Não há motivo para nervosismo”, ele acrescentou, dizendo que alguns países podem cobrir a queda na produção líbia.

Preocupações sobre uma interrupção no fornecimento pela Líbia, onde uma rebelião contra o líder do país virtualmente paralisou as exportações, tem pressionado para cima os preços do petróleo.

O apocalipse anunciado.

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou no final da manhã de hoje (9) um novo pacote de sanções contra o Irã. Dos 15 países que compõem o órgão, 12 votaram favoravelmente. Apenas o Brasil e a Turquia foram contrários e o Líbano se absteve. Para a maioria dos integrantes do conselho, o programa nuclear iraniano é uma ameaça por esconder a produção de armas atômicas e não seguir as orientações da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea). Leia mais a reportagem de Renata Giraldi, da Agência Brasil. Continue Lendo “O apocalipse anunciado.”

Lula é escolhido pela Time o homem mais influente do mundo.

Sukhoi T50: este sim é o avião mais influente do mundo. O resto é política.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi apontado como o líder mais influente do mundo em uma lista de personalidades escolhidas pela revista americana ‘Time’. A relação foi divulgada nesta quinta-feira (29) no site da revista. O presidente americano Barack Obama aparece na mesma lista em 4° lugar. O documentarista Michael Moore escreveu o texto no qual apresenta uma breve biografia de Lula. “O que Lula quer para o Brasil é o que nós [dos Estados Unidos]  costumávamos chamar de sonho americano”, avalia o documentarista. Informações do G1.

Pergunta que não quer calar: os brasileiros medianamente esclarecidos concordam com a escolha da Time? A política externa brasileira é a razão dessa escolha? O acordo militar Brasil-Estados Unidos, a condenação da OMC ao subsídio do algodão norte americano e a decisão de compra, por parte do Brasil, de alentado material de defesa militar têm algo a ver com a escolha?

Só lembrando: o caça SUKHOI-T50, russo, de quinta geração é superior ao Raptor 22 dos Estados Unidos, dá total transferência  de tecnologia e custa 1/3 do preço. É com isso que os norte-americanos estão preocupados? Quem quer superioridade aérea compra superioridade aérea. Ou quem quer avião de defesa vantajoso compra cargo de Secretário Geral da ONU?


Cidades brasileiras, as mais desiguais no mundo.

As cidades de Goiânia, Fortaleza e Belo Horizonte figuram entre aquelas com maior desigualdade de renda do mundo. Segundo dados divulgados hoje (19) pela ONU-Habitat, a Agência das Nações Unidas para Habitação, esses municípios brasileiros só ficam atrás das cidades sul-africanas, e de Lagos, na Nigéria.

Segundo a ONU, as três cidades brasileiras apresentaram um índice Gini (que mede a desigualdade) igual ou superior a 0,61, em uma escala de zero a 1,00, em que os números mais altos mostram maior desigualdade. As nove cidades sul-africanas pesquisadas apresentaram índices entre de 0,67 e 0,75. Já Lagos tem índice de 0,64.

Os dados constam no estudo Estado das Cidades do Mundo, da ONU. De acordo com o coordenador da pesquisa, Eduardo López Moreno, a desigualdade entre ricos e pobres pode provocar uma série de problemas sociais, como a criminalidade.

“Existe um vínculo muito direto entre as cidades mais desiguais do mundo e um certo nível de criminalidade. Ou seja, a cidade mais desigual vai gerar, mais facilmente, certos distúrbios sociais. E o problema é que as autoridades locais, provinciais e federais vão usar recursos que deveriam ser utilizados para investimentos, para conter esses fenômenos sociais”, disse Moreno.

Brasília também é destacada na pesquisa com um alto índice (0,60). Já na comparação entre países, o Brasil é classificado como um país de “desigualdade muito alta”, com um índice Gini médio de 0,58. Dentro de uma pesquisa com países da África, Ásia, América Latina e do Leste Europeu, o Brasil só fica atrás da África do Sul (0,76), de Zâmbia (0,66), da Namíbia (0,63), do Zimbábwe (0,60) e da Colômbia (0,59).

O estudo também cita as diferenças de oportunidades entre moradores de favelas e aqueles que residem em outras áreas dentro das cidades brasileiras. De acordo com a ONU, a chance de uma pessoa ter desnutrição em uma favela brasileira é 2,5 vezes maior do que no resto da cidade, enquanto que a diferença média no mundo é de duas vezes. Por Vitor Abdala, repórter da Agência Brasil.