Dilma expressa toda sua indignação com o “Primeiro Comando de Curitiba”.

Às 16 horas deste domingo, a ex-presidenta Dilma Rousseff, publicou no Twitter um post lamentando a inércia da Justiça frente aos crimes cometidos pelo “Primeiro Comando de Curitiba”, que, para derrubar o PT do poder criou a Operação Lava Jato.

Ato contínuo, prendeu através de mandados de condução coercitiva, ilegais, destruiu empresas, entre elas a florescente indústria naval brasileira, e acabou com centenas de milhares de empregos na construção civil de porte.

Agindo sobre a banda da ilegalidade, o Ministério Público Federal e o juiz Sérgio Fernando Moro ameaçaram, extorquiram e agiram como cabos eleitorais em 2018. Veja o texto de Dilma:

As gravações divulgadas das conversas entre o juiz Sérgio Moro e os procuradores liderados por Deltan Dallagnol são suficientes para sepultar de vez a suposta imparcialidade da operaçao Lava Jato.

O STF pode e deve declarar a suspeição de Moro e, assim, anular os processos contra Lula. Também pode e deve punir as ofensas cometidas por Moro e seus procuradores ao direito de defesa, ao devido processo legal, ao estado democrático de direito e ao próprio Judiciário.

Os diálogos provam que a Lava Jato manipulou o sistema de justiça, atentou contra a soberania nacional, em acordos ilegais com agentes estrangeiros, corroeu a democracia, contribuiu para o golpe de 2016, prendeu Lula sem provas e, com isto, levou a extrema direita ao poder.

Lava-Jato era agência de viagens para passagens e diárias dos procuradores.

A Sede da República de Curitiba. Melhor dizendo: “Califado de Curitiba”.

Informação do jornalista Esmael Morais, do blog do Esmael:

O coordenador-geral da força-tarefa Lava Jato, Deltan Dallagnol, deverá ganhar um “cartão vermelho” e ser substituído em brevíssimo tempo.

A saída de Deltan, no entanto, se dará em meio a críticas ao custo operacional das unidades em São Paulo, Rio e Curitiba.

Segundo o vice-procurador-geral Humberto Jacques de Medeiros, a Lava Jato, na verdade, funciona como uma agência de turismo para alguns procuradores.

Medeiros criticou que “a despesa com diárias e passagens de força-tarefa em 2019 é maior do que a de qualquer Procuradoria da República ou Câmara, PFDC [Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão] ou Corregedoria”.

O torpedo disparado coincidiu com a abertura, nesta sexta-feira (24), do processo de consultas na PGR para escolher procuradores do Ministério Público Federal para atuar nas forças-tarefa da Lava Jato em São Paulo, Curitiba e Rio de Janeiro.

Isso quer dizer: não fossem apenas as ligações espúrias com os interesses norte-americanos e o fato de ter causado graves prejuízos à indústria pesada brasileira, em particular à florescente indústria naval, os jovens procuradores ainda tratavam o dinheiro do contribuinte com notável desprezo.

Pior ainda: em conluio com um juiz parcial, conforme o revelado pelo The Intercept Brasil, influenciaram na política, prendendo um candidato à Presidência sem fundamentos legais, cometeram todo tipo de abuso de autoridade e queriam até fundar uma fundo com verbas milionárias de indenizações, para gerir por sua conta e risco. Dallagnol, particularmente, sonhava com uma cadeira no Senado Federal.

175 deputados pedem a instalação da CPI da Lava Jato

O requerimento de abertura da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a Operação Lava Jato já tem o número de assinaturas necessárias para instalação. Ao todo, 175 parlamentares assinaram o documento até o momento, entre eles, 17 baianos. 

O requerimento para investigar possíveis ilegalidades na relação entre agentes públicos que atuaram na Operação Lava Jato precisava de 171 assinaturas para seguir para mesa do presidente Rodrigo Maia (DEM). 

O pedido de criação da CPI, protocolado pelos deputados André Figueiredo (PDT-CE), Alessandro Molon (Rede-RJ), Ivan Valente (PSOL-SP), Jandira Feghali (PCdoB-RJ), Orlando Silva (PCdoB-SP), Paulo Pimenta (PT-RS), Coronel Tadeu (PSB) e o baiano Daniel Almeida (PCdoB) afirma que o ministro da Justiça, Sérgio Moro, e procuradores da Lava Jato tentaram usar a estrutura do Poder Judiciário em proveito próprio e para fins políticos. 

Os crimes que a CPI se propõe a investigar são fraude processual, prevaricação, advocacia administrativa e abuso de autoridade. Confira a lista de deputados baianos que assinaram o pedido até o momento:

Afonso Florence (PT), Alice Portugal (PCdoB), Bacelar (Pode), Cacá Leão (PP), Claudio Cajado (PP), Daniel Almeida (PCdoB), Félix Mendonça Jr. (PDT), Jorge Solla (PT), Joseildo Ramos (PT), Lídice da Mata (PSB), Marcelo Nilo (PSB), Mário Negromonte Jr (PP), Nelson Pelegrino (PT), Ronaldo Carletto (PP), Valmir Assunção (PT), Waldenor Pereira (PT), Zé Neto (PT). Com Bahia Notícias.

Há algo de podre no reino da Dinamarca: explodem conflitos na Justiça e na Polícia Federal

O ocaso de Dodge e a implosão da Lava Jato

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, sofreu ontem a maior baixa na sua gestão na Procuradoria-Geral da República (PGR) com a entrega coletiva de cargos entre os procuradores que investigam os casos da Operação Lava Jato.

Até o braço-direito de Dodge na área criminal, Raquel Branquinho, deixou o posto. A equipe da PGR responsável por cuidar dos casos da Operação Lava Jato decidiu hoje pedir o desligamento do cargo, sob a alegação de “incompatibilidade” com entendimento de Raquel Dodge. O mandato de Dodge, alvo de crescente insatisfação interna dentro do Ministério Público Federal, se encerra no dia 17 deste mês.

Posição dura de Gilmar Mendes

O Supremo Tribunal Federal possui precedentes em que se afirma que a competência da 13ª Vara Federal de Curitiba limita-se a fraudes e desvios de recursos no âmbito da Petrobras. Com esse entendimento, o ministro Gilmar Mendes, do STF, declarou a incompetência da Vara Federal de Curitiba para julgar o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega. A decisão é da terça-feira (3/9).

Protegendo a tigrada do Senador

O objetivo do Presidente da República ao demitir para cima o Superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro, mandando para um posto na Holanda, ficou claro: proteger a tigrada de Flávio Bolsonaro e passar uma borracha na longa “capivara” de mal feitos dos familiares. Moro quis resistir e teve uma discussão forte com o Presidente antes de uma coletiva da imprensa. Neste quarta-feira se contava como certo a troca de comando na PF e mais uma humilhação pública de Sérgio Moro. 

Segurando-se no pincel

Na lista com os nomes dos procuradores que pediram desligamento da Operação Lava Jato há a ausência de um: Deltan Dallagnol. O chefe da força-tarefa se apegou ao cargo para não cair “mais” ao fundo do poço.

Segundo o blog do Esmael, a crise na Lava Jato é reflexo da #VazaJato, as denúncias de conluio entre procuradores e o ex-juiz Sérgio Moro, embora para o consumo público os demissionários utilizem Raquel Dodge como cortina de fumaça.

Risco de Morte para jornalistas do The Intercept

A ONU está preocupada com os ataques que o Intercept Brasil vem sofrendo e escreveu ao governo brasileiro sobre a urgência de garantir nossa proteção, punir os responsáveis pelas ameaças e prevenir uma possível tragédia. A informação é de Leandro Demori e Glenn Greenwald em editorial no site do The Intercept.

Na tarde de ontem o jornalista Jamil Chade, correspondente na Europa, divulgou uma carta enviada ao Itamaraty pelo relator das Nações Unidas para a proteção do direito à liberdade de opinião, David Kaye. O governo Bolsonaro não deu a menor bola.

“Recebemos essa notícia na redação com muita preocupação, dizem os jornalistas, mas ao mesmo tempo agradecidos por saber que as autoridades internacionais estão de olho no que acontece por aqui.”

 

A manobra diversionista do Governo na Vaza Jato cria contornos de que a conspiração continua

Hacker diz à PF que vazou conversas de autoridades ao Intercept

Walter Delgatti Neto, preso nessa 3ª feira (23.jul.2019) por suspeita de hackear autoridades, afirmou à Polícia Federal ter dado ao jornalista Glenn Greenwald, fundador do site The Intercept, acesso a informações capturadas do aplicativo Telegram. A informação é do jornal O Estado de S. Paulo.

De acordo com a publicação, os investigadores tratam o relato de Neto com cautela. O suposto hacker é apontado como estelionatário. Neto é apelidado de “Vermelho” e foi 1 dos 4 presos pela PF na operação Spoofing.

Quem foi preso

  • Walter Delgatti Neto, 30 – era conhecido como “Vermelho”. Fingiu ser aluno da USP. Afirmou ter uma conta bancária na Suíça;

  • Gustavo Henrique Elias Santos28 – conhecido como DJ Guto Dubra. Organizava festas em cidades no interior de São Paulo;

  • Suelen Priscila de Oliveira, 25 – é mulher de Gustavo Henrique. Foi presa no mesmo endereço que o marido;

  • Danilo Cristiano Marques, 33 – dono de uma pequena empresa: a Pousada e Comércio Chatuba. Era motorista de Uber, segundo a defensora pública.

Intercept reafirma veracidade das conversas

O site comandado por Glenn Greenwald divulga desde 9.jun.2019 uma série de reportagens chamada de Vaza Jato. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e coordenador da Lava Jato, Deltan Dallagnol, tiveram o conteúdo de conversas atribuídas a eles divulgadas. Tanto Moro e Dallagnol contestam a autenticidade das mensagens, mas não indicam os trechos que seriam verdadeiros e falsos.

Após a prisão dos supostos hackers, a defesa de Greenwald disse, em nota, que “não comenta assuntos relacionados à identidade de suas fontes anônimas”.

Greenwald publicou em seu perfil no Twitter nessa 5ª feira que Moro usa a mesma estratégia usada pelos governos dos Estados Unidos e Reino Unido quando foram alvos de vazamentos de dados. O jornalista disse que o objetivo da operação da PF é distrair a opinião pública.

Nota da Redação:

No nosso singelo entendimento, se as mensagens foram de fato raqueadas, confirma-se a sua autenticidade. Não existiu a alegada (por Moro e Delagnol) manipulação dos textos.

Confirmada a autenticidade, temos a confirmação de que a 13ª Vara Federal de Curitiba, o Tribunal Regional Federal da 4ª Região, o Superior Tribunal de Justiça, o Supremo Tribunal Federal, o Ministério Público Federal e Polícia Federal conspiraram para condenar adversários políticos ao regime que se pretendia, iniciado com a deposição da presidente Dilma Rousseff.

Que pudor é esse, pergunta-se, que não permite que se ponham as tropas na rua para garantir a estabilidade política do regime implantado? Que ecos históricos de 1964 constrangem os militares, tão fartamente dispostos entre as fímbrias do poder? Vivi os anos de chumbo, a partir de 1967, numa redação de jornal. Mas na época os generais eram nacionalistas e não permitiam a entrega do País aos interesses dos estrangeiros. 

Tirar o Partido dos Trabalhadores do poder, sob a ótica dos conspiradores, pode até ser uma medida meritória. Mas o golpe de estado, semelhante aquele de 1964, com a sofisticação do conluio legislativo-Justiça-Ministério Público passará, em breve, para a história da infâmia política do País.

De fato temos que nos consolar. A breve emersão da democracia, as três décadas em que se pretendeu transformar o País numa nação de primeiro mundo, foram apenas o intervalo entre atos de uma ficção tragicômica que se repete, com insistência, desde 15 de novembro de 1889.   

 

A newsletter do The Intercept Brasil e a sequencia dos fatos na última semana

O portal do The Intercept Brasil enviou, às 16h45m desta tarde de sábado, sua newsletter a leitores cadastrados. É um importante resumo do que aconteceu desde domingo passado, com a liberação ao leitor das mensagens entre o juiz Sérgio Fernando Moro e a coordenação da Operação Lava Jato, composta por membros do Ministério Público Federal. Leia com atenção a sequencia dos fatos:

No último domingo, o Brasil foi surpreendido por três reportagens explosivas publicadas pelo TIB. Nelas, nós mostramos as entranhas da Lava Jato e mergulhamos fundo em poderes quase nunca cobertos pela imprensa. Quase todos os jornalistas que eu conheço preferem se manter afastados disso: apontar o dedo para procuradores e juízes é, antes de tudo, perigoso em muitos níveis – eles têm razão.

As primeiras reações dos envolvidos no escândalo foram essas: O MPF preferiu focar em hackers, e não negou a autenticidade das mensagens. Sergio Moro disse que não viu nada de mais, ou seja: não negou a autenticidade das mensagens.

Moro, na verdade, se emparedou: em entrevista ao Estadão, ele inicialmente não reconhece como autêntica uma frase que ele mesmo disse. Mas depois diz que pode ter dito. E depois ainda diz que não lembra se disse. Moro está em estado confusional.

Horas depois, à Folha, Moro confirmou um dos chats que publicamos: em uma coletiva, ele chamou de “descuido” o episódio no qual, em 7 de dezembro de 2015, passa uma pista sobre o caso de Lula para que a equipe do MP investigue. Confessou que ajudou a acusação informalmente, o que é contra a lei. Como dizem as piores línguas: tirem suas próprias conclusões.

Deltan Dallagnol não negou tampouco. Ele está bastante preocupado com o que diz ser um “hacker”, mas sequer entregou seu celular para a perícia.

É evidente que nem Moro, nem Deltan e nem ninguém podem negar o que disseram e fizeram. O Graciliano Rocha, do BuzzFeed news, mostrou que atos da Lava Jato coincidiram com orientações de Moro a Deltan no Telegram. Moro mandou, o MPF obedeceu. Isso não é Justiça, é parceria. Ontem nós mostramos a mesma coisa: Moro sugeriu que o MPF atacasse a defesa de Lula usando a imprensa, e o MPF obedeceu. Quem chefiava os procuradores? Só não vê quem não quer.

A imprensa séria virou contra Sergio Moro e Deltan Dallagnol em uma semana graças às revelações do TIB. O Estadão, mesmo que ainda fortemente aliado de Curitiba, pediu a renúncia de Moro e o afastamento dos procuradores. A Veja escreveu um editorial contundente (“Moro ultrapassou de forma inequívoca a linha da decência e da legalidade no papel de magistrado.”) e publicou uma capa demolidora. A Folha está fazendo um trabalho importante com os diálogos, publicando reportagens de contexto absolutamente necessárias.

Durante cinco anos, a Lava Jato usou vazamentos e relacionamentos com jornalistas como uma estratégia de pressão na opinião pública. Funcionou, e a operação passou incólume, sofrendo poucas críticas enquanto abastecia a mídia com manchetes diárias. Teve pista livre para cometer ilegalidades em nome do combate a ilegalidades. Agora, a maior parte da imprensa está pondo em dúvida os procuradores e o superministro.

Mas existe uma força disposta a mudar essa narrativa. A grande preocupação dos envolvidos agora, com ajuda da Rede Globo – já que não podem negar seus malfeitos – é com o “hacker”. E também nunca vimos tantos jornalistas interessados mais em descobrir a fonte de uma informação do que com a informação em si. Nós jamais falamos em hacker. Nós não falamos sobre nossa fonte. Nunca.

Já imaginou se toda a imprensa entrasse numa cruzada para tentar descobrir as fontes das reportagens de todo mundo? A quem serve esse desvio de rota? Por enquanto nós vamos chamar só de mau jornalismo, mas talvez muito em breve tudo seja esclarecido. Nós já vimos o futuro, e as respostas estão lá.

A ideia é tentar nos colar a algum tipo de crime – que não cometemos e que a Constituição do país nos protege. Moro disse que somos “aliados de criminosos”, em um ato de desespero. Isso não tem qualquer potencial para nos intimidar. Estamos apenas no começo.

Esse trabalho todo que estamos fazendo só acontece graças ao esforço de uma equipe incrível aqui no TIB. De administrativo a redes sociais, de editorial a comunicações, todos estão sendo absolutamente fantásticos. Nós queremos agradecer imensamente por tudo, e pedir para que vocês nos ajudem a continuar reportando esse arquivo.

Moro mexeu com cachorro grande e recebeu o imaginável contra-vapor

 

No Canal GGN, Luís Nassif analisa, com a austeridade que lhe é peculiar, a origem do dossiê sobre Sérgio Moro e Deltan Dallagnol. E lança a tese de que o dossiê Lava Jato vazou das investigações do STF, ameaçado por Moro e pelos bobos da corte, no caso os filhos do Presidente da República.

Lava Jato atuou para manipular opinião pública, criminalizar o PT e prender Lula, avalia Robinson

Para parlamentar, força tarefa interferiu no processo eleitoral

O deputado estadual Robinson Almeida (PT) avaliou, em posts no Twitter, que a revelação de uma série de mensagens trocadas pelo aplicativo Telegram entre 2015 e 2018 pelo ex-juiz e hoje ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, e o procurador da República Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato, expõe uma relação promiscua, grave e comprova a atuação política da força-tarefa que levou à prisão, em abril de 2018, o ex-presidente Lula.

A Constituição de 1988 determina que não haja vínculos entre o juiz e as partes em um processo judicial.

Para que haja isenção, o juiz e a parte acusadora –neste caso, o Ministério Público– não devem trocar informações nem atuar fora de audiências, como aconteceu, segundo reportagens do site ‘The Intercept Brasil’, com Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato.

“As revelações do @TheInterceptBr tornam clara a atuação parcial, política e espúria dos principais operadores da lava jato, esse instrumento político que ajudou a eleger Bolsonaro, destroçou a economia nacional e compromete nossa soberania”, escreveu o parlamentar.

“As revelações do @TheInterceptBr são provas contundentes da atuação política e fraudulenta da lavajato e de que o presidente @LulaOficial é inocente, preso político, encarcerado para que não fosse eleito e impedisse as reformas e medidas que tanto mal fazem ao Brasil #LulaLivreJá”, enfatizou Robinson.“

Afirma, ainda, o Deputado:

“A Operação Lava Jato atuou para manipular a opinião pública, interferir no processo eleitoral, criminalizando o PT e encarcerando um inocente, líder das pesquisas, o presidente @LulaOficial”.

Lavajatianos desistem de fazer fundação para administrar multa da Petrobras

Que pena! O dinheiro, a insignificante quantia de R$2.567.756.592,00,  já estava na conta, pronta para ser transferido para os feitores da corrupção brasileira. Deu até para sentir o cheirinho da bufunfa.

A tal de Lawfare é mesmo uma merda!

A lawfare na República de Curitiba chegou ao ponto de condenar Lula pelo testemunho de dois delatores, Léo Pinheiro e José Aldemário. Que são exatamente a mesma pessoa.

A juíza, distraída ou mal intencionada, nem leu os depoimentos obtidos pelo Ministério Público.

Na verdade estão todos cooptados, a soldo, pelo new establishment jurídico do País, que deseja a destruição completa da indústria petroleira brasileira e da construção pesada. Veja logo a seguir do total desmonte da Petrobras, as concorrências internacionais para as obras de infraestrutura.

O jornalista Reinaldo Azevedo comentou ontem que a magistrada distraída condenou Lula, no âmbito da Lava Jato, sem haver nenhuma conexão com a Petrobras, alvo da operação.

O Jornalista destaca que “essa não é uma questão irrelevante”:

“Se ela mesma admite que inexiste nexo entre os contratos da Petrobras e o imóvel, então o caso não deveria estar na 13º Vara Federal de Curitiba”, observa.

Reinaldo diz ainda que há menos vínculos entre o sítio e contratos da Petrobrás do que entre Flávio Bolsonaro e Fabrício Queiroz.

Grupo financeiro multinacional informa que Petrobras será fatiada com altos dividendos pagos

Uma das maiores reservas do mundo de petróleo e um patrimônio incalculável, tudo jogado pelo ralo.

Por isso foi iniciada a Operação Lava-Jato; por isso foi colocado um quixote no poder. Em setembro de 2010 a Petrobras, após um processo de capitalização, se tornou a quarta maior empresa do Mundo, valendo US$ 217 bilhões.

Goldman Sachs confirma: objetivo é dilapidar a Petrobrás

Um artigo de Cláudio da Costa Oliveira 
Economista aposentado da Petrobras

A Money Times informou que nesta quinta-feira (06/12) o Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimentos do mundo, enviou relatório a seus clientes informando da análise do novo Plano de Negócios e Gestão –PNG da Petrobras, divulgado na quarta-feira (05/12), conclui-se que a empresa pretende fazer uma distribuição adicional de dividendos, no período 2019/2023, num montante equivalente a US$ 40 bilhões.

Veja aqui

Há muito tempo venho alertando que os PNG’s elaborados à partir da entrada de Pedro Parente escondem de maneira sórdida e sorrateira os verdadeiros objetivos das premissas sob as quais são montados.

Em janeiro de 2017 denunciei o PNG 2017/2021 como a prova do crime de lesa-pátria em andamento:

Veja aqui.

Em julho de 2018, estarrecido demonstrei que o PNG 2018/2022, havia sumido com US$ 25 bilhões da Geração da Caixa, sem nenhuma explicação. Uma verdadeira fraude.

Veja aqui

Na última semana, com a divulgação do PNG 2019/2023, publiquei artigo (vide abaixo) constatando que o rombo cresceu para US$ 60 bilhões. Tudo disfarçado com informações irrelevantes, mostrando total falta de compromisso com a transparência.

Veja aqui

Passado todo este tempo, até hoje não li uma linha sequer, escrita por comentaristas econômicos brasileiros ou estrangeiros, sobre este verdadeiro escândalo.

Agora aparece o Goldman Sachs, que a Wikipedia diz ser conhecido como “a hidra” por sua habilidade de infiltrar-se nas altas instâncias dos Estados, cujos técnicos avaliam existir um adicional de US$ 40 bilhões de pagamentos de dividendos no PNG 2019/2023.

Na minha estimativa considerei que este adicional seria de US$ 60 bilhões, uma diferença de US$ 20 bilhões para o cálculo da Goldman Sachs. Creio que os técnicos da Goldman Sachs não consideraram que grande parte da Geração de Caixa futura virá da Cessão Onerosa, onde a companhia é isenta do pagamento da “participação especial”.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse em recente entrevista: “A Petrobras não tem recursos para explorar o pré-sal.”

É claro, se a empresa destina um adicional de US$ 60 bilhões para pagamento de dividendos não vai sobrar nada para o pré-sal.

Hoje, se a Petrobras quiser, num estalar de dedos, consegue captar mais de US$ 100 bilhões para investir no pré-sal.

É uma questão de opção :

a) Pagar dividendos excessivos para os fundos abutres e entregar o pre-sal para as petroleiras estrangeiras

ou

b) Investir no pré-sal gerando empregos, renda, tecnologia e impostos no Brasil.

Caberá ao novo governo a decisão.

 

Planilha da Odebrecht que prova propinas foi violada. Quem são os culpados?

A Polícia Federal (PF) pediu às autoridades suíças outra cópia do sistema Drousys, o sistema de informática para comunicação do setor de propinas da Odebrecht. Os peritos descobriram violações no arquivo que estava com a Procuradoria-Geral da República (PGR). A informação é do blog O Antagonista, de extrema-direita.

Integrantes da equipe de Rodrigo Janot, antecessor a atual procuradora Raquel Dodge, acessavam diretamente as planilhas com os registros de propina, sem cumprir os protocolos para garantia da integridade da prova.

O advogado Rodrigo Tacla Durán, que prestou serviços para a Odebrecht e denunciou a indústria da delação premiada na Lava Jato, entregou documentos para a CPMI da JBS, mas o relatório do deputado Carlos Marun, aprovado em dezembro, não apontou que esses papéis, periciados na Espanha, contêm pelo menos um indício de fraude na investigação do Ministério Público Federal. Do 247.

Temos um caso simples de criminosos acobertados no âmbito da própria Justiça? Para quem frauda coisas simples, de pouco valor, como os penduricalhos dos vencimentos, acobertar criminosos no momento da coleta de provas pode ser um negócio bem rendoso.

Sérgio Moro é posto à prova por denuncias de jornalista norte-americano

Talvez ouvindo em inglês, o caro leitor possa avaliar melhor como se processa a Justiça seletiva e clientelista da “República de Curitiba” e do TRF-4, que deixou mais de 150 processos para trás para julgar Lula, pronunciou a sentença digitada antes de ouvir a defesa e já publicou o acórdão.

A pressa em tornar Lula inelegível é um sério precedente para a ação dos judicantes que encabeçam a Lava-Jato. Veja o vídeo:

 

Jornalista americano desmascara Sergio Moro. Em entrevista ao canal Real News, o jornalista Brian Mier desconstruiu o mito Sergio Moro, a partir das recentes revelações de Tacla Duran que apontam para a existência de uma indústria das delações premiadas, sob o comando do juiz paranaense.

Uma história envolvendo subornos, negociações para redução de penas, perseguição ao PT e total impunidade ao PSDB.

Ao final da entrevista, o jornalista apresenta um cenário sombrio para 2018.

 

 

Romero Jucá, acusado de roubar de creches em Roraima, inocentado por decurso de prazo no STF

Romero Jucá, figurinha carimbada da conspiração que apeou Dilma Rousseff do poder, como se faz até hoje em outras republiquetas de bananas. 

Investigado por suspeita de desviar verbas federais em obras de creches e poços artesianos numa cidade de Roraima, o líder de Michel Temer no Senado livrou-se da punição porque o crime, cometido há 16 anos, prescreveu nos escaninhos do STF.

A própria procuradora-geral da República Raquel Dodge requisitou o arquivamento. Foi atendida pelo ministro-relator Marco Aurélio Mello. A prescrição foi obra coletiva. A Polícia Federal e o Ministério Público forneceram parte da lenha que assou a pizza, no dizer do jornalista Josias de Souza.

O jornalista informa também que, na primeira instância, “onde ardem os larápios sem mandato, o petrolão já resultou na condenação de 133 pessoas. Entre elas réus graúdos como Lula, Eduardo Cunha e Marcelo Odebrecht. O número de veredictos chega a 177, pois alguns encrencados carregam mais de uma sentença. Vários julgamentos já foram confirmados pela segunda instância. Noves fora as multas, as penas somam notáveis 1.753 anos e 7 meses de cadeia.”

Na foto acima, a única diferença entre eles é que alguns devem muito e outros muitos mais que isso. Ou vão todos para a cadeia ou não vai ninguém.

Agora temos que fazer o listão dos impunes, encabeçados por Aécio Neves, o próprio Jucá (que responde a mais de uma dezena de outros inquéritos), José Serra, o primeiro na sucessão presidencial, Rodrigo “botafogo” Maia e os trocentos picaretas do Congresso e nos governos estaduais. E o campeão de todos, o verdadeiro chefe da Organização Criminosa, o “Temos que Manter Isso”, Michel Miguel Elias Temer Lulia.

Ninguém quer o fim da Lava-Jato, nem da chamada Operação Mãos Limpas de Banânia.

O que ser quer é menos seletividade, menos cores partidárias e maior amplitude das investigações e das condenações.

Começou o desmonte da Lava-Jato: PF encerrará investigações da operação em Curitiba

Quantas cabeças coroadas repousarão, com placidez em seus travesseiros, depois desta notícia? Por obra e graça do diretor-geral da PF, Leandro Daiello, a operação não seguirá avante, tratando-se agora dos trâmites dos inquéritos abertos na Justiça. 

A direção da Polícia Federal encerrou o grupo de trabalho da Operação Lava Jato em Curitiba. A decisão foi confirmada à revista Época por três fontes ligadas ao fato. Segundo informações, a decisão foi comunicada aos quatro delegados que ainda estavam na força-tarefa da operação.

A expectativa é que a formalização do desmanche ocorra no próximo boletim interno da Superintendência da PF no Paraná, que deve sair na próxima segunda-feira (10).

De acordo com a Época, os delegados e agentes voltarão às suas funções na Delegacia de Repressão à Corrupção e Crimes Financeiros (Delecor), deixando de se dedicar exclusivamente à Lava Jato.

Os investigadores acreditam que a produção de provas em processos relevantes seja prejudicada. Novas fases da operação podem nem sequer ser deflagradas, segundo procuradores da República.

Estamos tratando de latrocínio qualificado, continuado e de latrocidas impunes

R$70 milhões para Lula, R$80 milhões para Dilma, R$500 mil por semana para Temer, R$400 mil por mês  para Cunha, “empréstimos” para Aécio Neves, pagos pelo conglomerado JBS, o maior do mundo no ramo de carne e derivados e interesses diversos como energia e banco.

Se somar esses valores com aqueles detectados na Operação Zelotes, no desmonte da Petrobras e no BNDES, do exagero no pagamentos de juros aos bancos nacionais e estrangeiros, do Caso Banestado de evasão de divisas,  chegamos à conclusão, clara e concisa, do porque de  nossa Educação, Saúde e Segurança não atingirem parâmetros mínimos do mundo civilizado e porque está sobrando mês no nosso salário.

Ainda está fora disso a roubalheira não denunciada das aplicações eletivas dos fundos de pensão, o próximo capítulo da novela.

Some-se a isso ao crime nos estados e principalmente nas prefeituras, além de legislativos estaduais e municipais, onde governadores, prefeitos, deputados e vereadores roubam cada um a sua parcela dos cofres públicos, em licitações viciadas, locações de prédios e veículos cujo dinheiro retorna em até 50% aos bolsos dos autorizantes.

Assaltaram a Pátria. E foi à mão armada. E estão matando os brasileiros por isso. O típico latrocínio qualificado com todas as agravantes.

Todos na cadeia sem mais tardar.

Janot pede fim de sigilo das delações; saiba o que vai acontecer com a lista

Da Agência Brasil

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu, ontem, ao ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), que retire o sigilo de grande parte dos 950 depoimentos de colaboradores da Odebrecht, nos quais eles citam o envolvimento de dezenas de políticos, “considerando a necessidade de promover transparência e garantir o interesse público”, informou em nota a PGR. 

Na tarde de ontem, Janot enviou ao STF 320 pedidos ligados à Operação Lava Jato, dos quais 83 são solicitações de autorização para a abertura de inquéritos contra políticos no exercício de seus cargos. Todos são suspeitos de envolvimento no esquema de corrupção na Petrobras.

Outras 211 solicitações foram feitas para que inquéritos contra pessoas sem foro no STF sejam remetidos a instâncias inferiores. Foram feitos também sete pedidos de arquivamento das investigações contra suspeitos.

A lista oficial com os nomes dos alvos dos pedidos de inquérito só será conhecida a partir do momento em que Fachin conceder a retirada do segredo de Justiça, o que, segundo a área técnica da Corte, não vai ocorrer antes da próxima segunda-feira (20), diante do grande volume de material a ser processado. Não há prazo para que o relator da Lava Jato no STF analise os pedidos nem retire os sigilos.

Os pedidos são baseados nas delações premiadas de 77 funcionários e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, que foram homologados – isto é, tornados juridicamente válidos – pela presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, em 30 de janeiro.

Os 950 depoimento somam, segundo a Procuradoria-Geral da República, 500 gigabytes de vídeos e não é possível estimar quanto isso equivale em horas, pois esse cálculo depende da resolução das filmagens. As oitivas foram realizadas em apenas uma semana por 114 procuradores da República, em 34 unidades do Ministério Público Federal nas cinco regiões do país.

Próximos passos

As 10 caixas enviadas pela PGR com os documentos chegaram ao STF às 17h desta terça-feira e foram encaminhadas a uma sala-cofre da Secretaria Judiciária, onde serão autuadas, processo que levará ao menos até a próxima sexta-feira (17) e pelo qual cada pedido de Janot receberá um número e passará a constar no sistema do tribunal.

O corpo técnico do STF também trabalha para concluir a transferência para Fachin dos processos que ainda restam em nome do falecido ministro Teori Zavascki, que era o relator anterior da Lava Jato, até morrer na queda de um avião em janeiro. Isso pode retardar ainda mais a divulgação dos nomes dos políticos alvo dos pedidos de inquérito. 

Somente após esta etapa de autuação, os 320 pedidos de Janot começarão a ser analisados por Fachin, inclusive no que diz respeito à retirada dos sigilos.

Não precisa mais quebrar o sigilo. A Globo já quebrou. Principalmente daqueles que lhe interessam particularmente. A terça-feira de ontem ainda será conhecida no futuro como a “Terça-feira Negra”, não só pela identificação do enorme volume de corrupção, como também pela ausência de corruptos conhecidos. Tenho o entendimento que o País vai lamber as feridas durante 10 anos, para depois reencontrar seu caminho de desenvolvimento, com mais educação, saúde, segurança, pesquisa tecnológica e, principalmente, industrialização.

Eliana Calmon: a Lava Jato precisa chegar ao Judiciário

"La Calmon" com este Editor e políticos do seu partido, o PSB, em visita a Luís Eduardo Magalhães
“La Calmon” com este Editor e políticos do seu partido, o PSB, em visita a Luís Eduardo Magalhães

Eliana Calmon, ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça, presidente do Conselho Nacional de Justiça e candidata a senadora na Bahia, mandando o corporativismo às favas em entrevista a Gil Alessi, da página em Português do jornal El País:

O que eu acho é o seguinte: a Odebrecht passou mais de 30 anos ganhando praticamente todas as licitações que disputou. Enfrentou diversas empresas concorrentes, muitas com uma expertise semelhante, e derrotou todas.

Será que no Judiciário ninguém viu nada? Nenhuma licitação equivocada, um contrato mal feito, que ludibriasse e lesasse a nação? Ninguém viu nada?

Por isso eu digo que algo está faltando chegar até este poder. Refiro-me ao Judiciário como um todo, nas três instâncias.

Na minha terra, na Bahia, todo mundo sabia que ninguém ganhava nenhuma causa contra a Odebrecht nos tribunais. O que eu questiono é que em todas estas décadas em que a empreiteira atuou como organização criminosa nenhum juiz ou desembargador parece ter visto nada… E até agora nenhum delator mencionou magistrados.

Haja cadeia para receber quase 200 políticos da deleção Odebrecht!

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Os juízes auxiliares do Supremo Tribunal Federal (STF) concluíram ontem (27) a fase de depoimentos complementares dos 77 delatores ligados à empreiteira Odebrecht na Operação Lava Jato. Com a conclusão, as delações estão prontas para serem homologadas.

Em razão da morte do ministro Teori Zavaski, relator da Lava Jato no STF, os integrantes da Corte discutem reservadamente, desde o início da semana, a quem cabe fazer a homologação.

A homologação poderá ser feita pela presidente Cármen Lúcia, em função do período de recesso na Corte, que termina na quarta-feira (1º). A medida também poderia ser tomada pelo novo relator, que seria sorteado entre os integrantes da Segunda Turma, colegiado integrado por Teori.

Então? Chegou a hora do processo sumaríssimo. Bota todos os delatados na cadeia, para não atrapalhar o curso do processo, e em seis meses julga todos. Inclusive Temer et caterva. Só assim a Justiça brasileira resgata um pouco da credibilidade que vem perdendo ao longo dos anos.

A Operação Lava-Jato pode estar chegando ao Oeste baiano

Grandes criadores do setor de pecuária do Oeste baiano podem se ver envolvidos na Operação Lava-Jato, com implicações diretas na lavagem de dinheiro de procedência duvidosa. A lavagem de dinheiro na pecuária se dá com a obtenção fictícia e exagerada de lucros na atividade, como a declaração de nascimentos de bezerros inexistentes e troca de notas frias entre produtores.
No dia 13 de outubro do ano passado, a Polícia Federal realizou  a Operação Ápia para desarticular uma organização criminosa que atuou no Tocantins fraudando licitações públicas e a execução de contratos administrativos para terraplanagem e pavimentação asfáltica em rodovias estaduais. A suspeita é de que o grupo tenha desviado R$ 200 milhões. Ao todo, 115 mandados judiciais foram cumpridos. Um deles é contra o ex-governador Sandoval Cardoso (SD), que teve prisão preventiva decretada. Outro ex-governador do estado, Siqueira Campos (sem partido) também é alvo da operação. Ele foi conduzido coercitivamente, quando alguém é obrigado a prestar depoimento.
Durante o desenrolar da operação, foi detectado que a lavagem do dinheiro obtido ilicitamente nas licitação fraudulentas eram lavados com o auxílio de pecuaristas, inclusive alguns do Oeste baiano. 
As duas ações parecem estar intimamente ligadas.

barataJorge Henrique Simões Barata

Com início em um posto de gasolina – de onde originou seu nome – a Operação Lava Jato, deflagrada em março de 2014, investiga um grande esquema de corrupção, lavagem e desvio de dinheiro, envolvendo a Petrobras, grandes empreiteiras, empresários, servidores públicos e um número incalculável de políticos. Uma das primeiras prisões foi a do doleiro Alberto Youssef.

A Operação Lava Jato é considerada a maior investigação sobre corrupção conduzida até hoje no Brasil. Ela começou investigando uma rede de doleiros que atuavam em vários Estados e descobriu a existência de um vasto esquema de corrupção.

Os procuradores que conduzem as investigações no Paraná são: Athayde Ribeiro Costa, Roberson Pozzobon, Januário Paludo, Carlos Fernando Lima, Deltan Dallagnol, Paulo Roberto Galvão de Carvalho, Orlando Martello Jr., Diogo Castor de Mattos, Antonio Carlos Welter.

Depois de 77 executivos da Odebrecht assinarem  acordo de delação, descobriu-se que um dos delatores tem raízes fincadas no oeste baiano.

O diretor superintendente da Odebrecht na América Latina, Jorge Henrique Simões Barata, atualmente responsável pela Latinvest, braço direito da Odebrecht na América Latina é um dos delatores.

Jorge Simões Barata é proprietário da fazenda Confidencia Agropecuária localizada no município de Cotegipe, há mais de 20 anos. Ele é representado nos negócios pecuários por seu irmão, Ricardo Barata.

E aí, Presidento? Prender Lula pode dar “poblema”?

poblema

Como justificar a prisão de Lulalá, sem obedecer a ordem alfabética das inúmeras delações de empreiteiros com o pessoal do PMDB, do PSDB e dos poderosos que estão dando plantão no Poder hoje em dia?

Ou esse Lava Jato lava a honra de todos ou deixa todo mundo sujinho como está.

Lava Jato bota, novamente, seu bloco na rua.

Polícia Federal

Enquanto o Campeonato Brasileiro de Futebol se prepara para realizar a sua 35ª rodada, a 36ª fase da Operação Lava Jato já está nas ruas. Batizada de Operação Dragão, policiais federais cumprem hoje (10) 18 mandados judiciais em cidades de São Paulo, do Paraná e Ceará. Entre os mandados, dois são de prisão preventiva e 16 de busca e apreensão.

De acordo com a Polícia Federal, nesta fase da Lava Jato o alvo são dois operadores financeiros que movimentavam recursos originários de operações fraudulentas entre empreiteiras e empresas com sedes no Brasil, envolvendo funcionários da Petrobras e executivos.

Segundo fontes de Brasília, em março a Lava Jato vai dar sua tacada final. Segundo prévia das últimas delações, mais de 200 reputações serão jogadas na lata de lixo da história política do País. Em sendo assim, pode-se inferir que a jogada de trocar o comando do Brasil não deu certo e a relativa calmaria que estamos experimentando é prenúncio de forte tempestade.

Então estava tudo acertado? Moro devolve passaporte da mulher de Eduardo Cunha

cláudiaClaudia Cruz, mulher do ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha, durante cerimônia no congresso em novembro de 2015. Agora pronta para gastar no Exterior. (Foto: Evaristo Sá/AFP/Arquivo)

O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelos processos da Lava Jato na primeira instância, aceitou o pedido da defesa da mulher do deputado federal e ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Cláudia Cruz, para que fosse devolvido passaporte dela que estava com a Justiça.

A decisão do juiz contraria uma petição do Ministério Público Federal (MPF), que alertou sobre a possibilidade de risco de fuga da investigada, que é ré na Operação Lava Jato.

“Existe real possibilidade de Cláudia Cordeiro Cruz e/ou seus familiares manterem outras contas bancárias no exterior, havendo risco concreto de eventual fuga e utilização de ativos secretos ainda não bloqueados caso o passaporte seja devolvido”, disseram os procuradores do MPF.

De acordo com as investigações, Cláudia Cruz foi favorecida, por meio de contas na Suíça, de parte de valores de uma propina de cerca de US$ 1,5 milhão recebida pelo marido. Ela  responde pelos crimes de lavagem de dinheiro e evasão de divisas.

Confirma-se pelo somatório de indícios que a Operação Lava-Jato tinha mesmo objetivos políticos, abortar o Governo do PT. Hoje, Dia do Soldado, iniciou-se no Senado Federal uma pantomima de proporções, que vai julgar a Presidente Dilma e cassar (no caso, caçar) os seus direitos políticos por 8 anos.

 

Agora é entre eles: magistrados acusam Gilmar de querer acabar com Lava-Jato

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Na foto, o Ministro Gilmar Mendes em almoço com José Armínio e José Serra, chanceler brasileiro e condestável da República.

A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), entidade que representa os juízes brasileiros, atacou o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF) por conta das declarações que ele fez acerca dos salários da classe.

Os juízes afirmam que Gilmar “milita contra as investigações da Operação Lava Jato com a intenção de decretar o seu fim, e utiliza como pauta a remuneração da magistratura”.

A AMB repudiou as afirmações feitas pelo ministro acerca da classe e da Lava Jato. “É lamentável que um ministro do STF, em período de grave crise no País, milite contra as investigações da Operação Lava Jato, com a intenção de decretar o seu fim, e utilize como pauta a remuneração da magistratura. O ministro defende financiamento empresarial de campanha e busca descredibilizar as propostas anticorrupção que tramitam no Congresso Nacional, ao invés de colaborar para o seu aprimoramento”, afirmou a instituição em nota.

A AMB ainda ressalta que Gilmar Mendes não é juiz de carreira, uma vez que foi procurador da República e chefe da Advocacia-Geral da União no governo Fernando Henrique Cardoso (PSDB) antes de chegar ao STF.

“Não serão aceitas manifestações deselegantes e afrontosas, ainda mais feitas por integrantes do Judiciário que não iniciaram carreira na primeira instância, em comarcas de difícil acesso e sujeitas a toda série de limitações, inclusive a terem seus foros incendiados, como ocorreu há poucos dias em Goiatuba, no interior de Goiás”, criticou a entidade.

Quem subscreve a nota é o presidente da AMB, João Ricardo Costa, que afirma que as declarações de Gilmar atacam e desrespeitam o Judiciário.  “O Judiciário vem sendo atacado e desrespeitado por uma série de iniciativas que visam a enfraquecer a magistratura. O questionamento sobre seus vencimentos é uma consequência desse movimento, uma vez que coloca em dúvida a recomposição parcial dos subsídios, já prevista na Lei Orçamentária de 2016, cuja aprovação se arrasta desde julho de 2015, quando o STF enviou a proposta ao Congresso Nacional”, afirma a nota.

A Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) também divulgou nota de repúdio, afirmando que Gilmar faz afirmações “em tom calunioso e, de forma irresponsável, universaliza toda a magistratura do país em suas insinuações”. 

A Associação afirma, também que as declarações de Gilmar fazem um “desserviço à sociedade” e ressalta que os salários acima do teto constitucional não é uma realidade da magistratura baiana, pois “nenhum magistrado baiano recebe remuneração acima do teto”.

Nos calcanhares do PSDB e PMDB

Michelzinho quer fim da Lava-Jato. Prende os petistas e tiau!
Michelzinho quer fim da Lava-Jato. Prende os petistas e tiau!

O ministro Gilmar Mendes está no centro de um vórtice de polêmicas: recentemente ele denunciou vazamentos na delação de Léo Pinheiro (OAS), anulando o processo, em franco confronto com Rodrigo Janot, procurador geral da República.

Mendes também chamou de “cretino” o autor de uma proposta defendida pelo Ministério Público e pelo juiz federal Sergio Moro de que provas ilícitas obtidas de boa fé sejam utilizadas em ações.

Na opinião de observadores políticos, Gilmar deseja acabar com a Lava-Jato após o esgotamento dos processos contra figuras do Governo anterior, logo agora que José Serra, Aécio Neves e o próprio presidente interino, Michel Temer, estão sendo alcançados pelas investigações e colheita de provas provenientes de delações premiadas.

 

Polícia Federal está nas ruas para prender e buscar provas na Lava Jato

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A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (4) a 31ª fase da Lava Jato – denominada Operação Abismo – para investigar desvios em licitações para a reforma do Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobras), no Rio de Janeiro, onde são feitos estudos sobre a exploração em águas profundas.

Um dos alvos da operação é o ex-tesoureiro do PT, Paulo Adalberto Alves Fernandes, que já se encontra preso desde o dia 23 na superintendência do órgão em São Paulo, em decorrência da operação Custo Brasil, também da PF. Imagens de TV mostraram carros da polícia em frente ao edifício no qual ele possui um imóvel em Brasília.

A operação é feita em parceria com a Receita Federal, que mobilizou 20 de seus servidores para auxiliarem o trabalho dos 110 policiais que atuam nesta manhã no cumprimento de 35 ordens judiciais, sendo uma prisão preventiva, quatro prisões temporárias, sete conduções coercitivas e 23 mandados de busca e apreensão. A diligências são realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

São investigados os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, no que configurou, segundo a PF, um esquema que impôs prejuízos sistemáticos à Petrobras, através inclusive da realização de pagamentos indevidos a funcionários da companhia e repasses de dinheiro a partido político em decorrência de negócios fechados com outras empresas.

Criado há 40 anos, o Cenpes –  Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás – foi recentemente ampliado e modernizado para atender às demandas de exploração do pré-sal. A reforma do local já havia aparecido em delações premiadas anteriores como fonte de desvios de recursos públicos para partidos.

Deputado do PT baiano diz que golpe colocou corruptos no poder

O deputado federal Valmir Assunção - Agência Câmara
O deputado federal Valmir Assunção – Agência Câmara

O deputado federal Valmir Assunção (PT-BA) elevou o tom dos debates sobre o processo político que levou ao impedimento da presidente Dilma Rousseff (PT). Nesta segunda-feira (23), após saber das conversas entre o senador licenciado e atual ministro do Planejamento, Romero Jucá, como o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado, traçando um plano para conter o avanço da Operação Lava Jato, que investiga políticos envolvidos em corrupção.

“Está escancarado para o Brasil e para o mundo que o golpe foi para frear as investigações da Lava Jato e para colocar os corruptos no poder. Isso é nocivo para a imagem do Brasil, para a economia, para a política e é negativo ainda como exemplo para a sociedade. Precisamos dar um fim nessa articulação tenebrosa que está sendo colocada no Brasil. Ação essa com o apoio da mídia e de setores do judiciário, quem têm enganado a população diariamente”, dispara Valmir.

Para o deputado petista, a operação para tirar Dilma do poder e colocar os corruptos tinha apenas essa finalidade. “Criaram crise, criaram clima de terror contra Lula e Dilma, mas agora está tudo liberado. Tem corrupto espalhado em todos os ministérios do governo. Na minha lista são mais de 10 indicados envolvidos em corrupção e réus da Lava Jato, agora com Lula foi um escândalo global, típico dos filmes de ficção norte-americano’, completa.

O que a Oposição queria era mesmo estancar a sangria da Lava Jato

Estão faltando muitos em Curitiba
Estão faltando muitos em Curitiba

Agora tudo começa a se explicar. O jornal Folha de São Paulo estampa hoje matéria jornalística, sob o título “Em diálogos gravados, Jucá fala em pacto para deter avanço da Lava Jato”, em que denuncia uma gravação de conversa entre o atual Ministro do Planejamento e o ex-presidente da Transpetro, Sérgio Machado.

Na conversa, os dois concordam que o impeachment de Dilma poderia estancar “a sangria” da Lava Jato. Com a conversinha mole de “salvar o País”, o que se vê é um “salve-se quem puder geral”. Aos poucos, conclui-se que a grande conspiração partiu daqueles que paralisaram o País para se escapar da investigação ampla, geral e irrestrita da Lava Jato. Inclusive o candidato que perdeu as eleições nas urnas em 2014, Aécio Neves.

Veja a matéria completa na Folha.

 

Buriti Ford feira

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OAB critica nomeação de ministros implicados na Operação Lava Jato

O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Claudio Lamachia, criticou a nomeação de ministros investigados ou citados na Operação Lava Jato pelo presidente interino, Michel Temer, e disse que poderá avaliar o uso de instrumentos jurídicos para pedir o afastamento de ministros que venham a se tornar réus.

“Quem é investigado pela Operação Lava Jato não pode ser ministro de Estado, sob o risco de ameaçar a chance que o Brasil tem de trilhar melhores rumos. Faço o alerta de que a nomeação de investigados contraria os anseios da sociedade e não deveria ser feita”, disse Lamachia em nota.

“No futuro, se necessário, a Ordem avaliará o uso dos instrumentos jurídicos cabíveis para requerer o afastamento das funções públicas dos ministros que se tornarem réus. Foi com base nesse entendimento que a OAB pediu o afastamento do deputado Eduardo Cunha e do então senador Delcídio do Amaral”, completou.

Na equipe ministerial de Temer, o único investigado na operação é Romero Jucá (Planejamento), mas outros dois ministros foram citados na Lava Jato: Henrique Eduardo Alves (Turismo) e Geddel Vieira Lima (Secretaria de Governo). Além de Jucá que é senador, os dois últimos passam a ter foro privilegiado e, a partir de agora, podem ser investigados apenas pelo Supremo Tribunal Federal.

No documento, Lamachia observa ainda que o novo governo, alçado ao poder pela via constitucional e não pela via eleitoral, “precisa ser um exemplo ético para poder atender aos anseios da sociedade e validar sua legitimidade”. E acrescenta que a OAB acredita no sucesso do Brasil, por isso, “cobrará que, diferentemente do anunciado, o novo ministério não seja composto por pessoas sobre as quais pesem dúvidas”.

Ainda na nota, Lamachia defende que todos cidadãos têm direito à ampla defesa e ao devido processo legal, mas acredita que a equipe de ministros precisa estar acima de qualquer suspeita. Da Agência Brasil.

Se a OAB desejava o impeachment de Dilma Rousseff, certamente não era com vistas à montagem de uma cleptocracia.

Agora o bicho pega: Teori manda investigar planilhas da Odebrecht

Por Yara Aquino – Repórter da Agência Brasil

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Teori Zavascki determinou a abertura de procedimento para apuração preliminar sobre planinhas apreendidas na Operação Lava Jato com nomes de políticos que teriam recebido doações da Odebrechet.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) vai analisar a lista e decidir se há ou não indícios para pedir ao STF a abertura de inquérito contra os políticos citados, de acordo com a assessoria de comunicação da Corte.

As planilhas foram apreendidas na casa de Benedicto Barbosa da Silva Júnior, executivo da empreiteira Odebrecht, e listam mais de 200 políticos da oposição e do governo que teriam recebido repasses da empreiteira. O executivo foi alvo da 23ª fase da Operação Lava, conhecida como Acarajé. Nos documentos, não há juízo sobre a legalidade dos pagamentos feitos pela construtora, que é uma das maiores doadoras a políticos.

Teori Zavascki também decidiu devolver ao juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, responsável pelos processos da Lava Jato, duas investigações que haviam sido remetidas ao Supremo, as da 23ª e 26ª fases da Operação Lava Jato, denominadas Acarajé e Xepa.

Em março, Moro decidiu enviar ao STF os processos decorrentes das duas fases da operação, que incluem a lista que trata dos pagamentos feitos pela Odebrechet a políticos. Moro havia colocado a lista em segredo de Justiça em função do foro privilegiado de alguns dos citados.

 

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Ministros do STF trabalham na tarde deste domingo. Policiais são convocados para operação.

Ministros do Supremo Tribunal Federal foram convocados, na tarde deste domingo, para trabalho extra.

A presença de Teori Zavascki – relator da Lava Jato – entre os ministros que se encontram no STF sugere que a mega-operação pode resultar de investigações do esquema do Petrolão, mas há informações que ligam a mobilização à Operação Zelotes. Zavascki está trabalhando porque é o plantonista. 

Fontes com acesso às investigações do esquema bilionário de fraude no Carf, o conselho dos contribuintes, ligados à Receita Federal, dão como certa mais uma fase da operação Zelotes em ao menos quatro estados, neste início de semana, incluindo Alagoas e Pará.

Consta que uma centena de agentes federais estão convocados para a operação deste início de semana, e mais outra centena que se encontra de sobreaviso para eventual emprego, no cumprimento de mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva.

Por quem são os delatores da Lava-Jato?

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A delação premiada do quase ex-senador do PT, Delcídio do Amaral, implica profundamente a presidente Dilma Rousseff e o ex-presidente Lula da Silva, segundo vazamento (vazamento?) da Revista Isto É.

Os fatos são significativos e criam uma série de questionamentos:

  • Os vazamentos de informações da Justiça Federal continuam altamente seletivos?
  • A prisão é amarga e doída ao ponto de que os aprisionados delatem fatos específicos que possam ser de interesse da Justiça?
  • Se existem interesses espúrios na manipulação dos depoimentos à Justiça, quem são os interessados?
  • Continua a política rasteira do quanto pior melhor, já confessada inclusive por expoentes da Oposição, como o deputado Imbasshay?
  • A Oposição no Brasil é a figura acabada do cachorro correndo atrás do fusca? Não sabe o que fazer quando o carro para?
  • A Oposição e as tais forças ocultas, que derrubaram Getúlio Vargas, Jango Goulart, Jânio Quadros e frustraram a volta de JK, estão no momento cavando sob os próprios pés, jogando o País em confronto social de monta?
  • Os porta-aviões e os navios-tanque já estão se aproximando da costa do Rio de Janeiro?

Desdobramento da Lava Jato apura fraudes em ferrovias

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A Polícia Federal deflagrou hoje (26) a Operação Recebedor, que é um desdobramento da Operação Lava Jato. Esta nova operação foi deflagrada a partir da delação premiada de um dos investigados.
São cumpridos 44 mandados de busca e apreensão e 7 de condução coercitiva, quando a pessoa é levada para prestar depoimento. A operação é realizada no Paraná, Maranhão, Rio de Janeiro, Minas Gerais, São Paulo, Goiás e no Distrito Federal.
Esta etapa investiga suposto pagamento de propina na construção das ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste e suposta lavagem de dinheiro a partir de superfaturamento de obras públicas.
Apenas em Goiás, foi identificado um desvio de mais de R$ 630 milhões, considerando somente os trechos executados na construção da ferrovia Norte-Sul.
Ainda de acordo com as investigações, empreiteiras teriam realizado pagamentos regulares, por meio de contratos simulados, a um escritório de advocacia e a mais duas empresas sediadas no estado de Goiás, que eram utilizadas como fachada para dar uma aparência lícita para o dinheiro que vinha de fraudes em licitações públicas.
Se condenados, os envolvidos vão responder pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

O Brasil de infraestrutura medieval, com a economia cingida e onerada pelo transporte rodoviário, precisando de cada um dos quilômetros projetados de ferrovia, e esses bandidos roubando?  Trinta anos depois de iniciada, roubada por mandaletes de 5 governos diferentes, a Norte Sul ainda opera com dificuldades. Mais do que nunca, lugar de bandido é na cadeia.

Um barreirense honorário nas malhas da operação Lava-Jato

Por Fernando Machado, do blog ZDA. Foto: Marcello Dantas

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A Polícia Federal cumpriu na manhã desta sexta-feira, 26, mandados de busca e apreensão e de condução coercitiva em seis Estados e no Distrito Federal. Batizada de “O Recebedor”, a operação é baseada em informações obtidas em acordo de leniência e delação premiada fechado com a Camargo Corrêa, empreiteira investigada pela Operação Lava-Jato.

As buscas têm como objetivo recolher provas do pagamento de propina para a construção das ferrovias Norte-Sul e Integração Leste-Oeste. No acordo, a Camargo Corrêa também se comprometeu a devolver aos cofres públicos R$ 800 milhões, dos quais R$ 65 milhões destinados a ressarcir danos acusados à Valec, estatal ferroviária vinculada ao Ministério dos Transportes.

A empresa entregou ainda provas contra outras empreiteiras que participaram do esquema e contra José Francisco das Neves, o Juquinha, ex-presidente da Valec, que teria recebido R$ 800 mil em propina. Em 2012, Juquinha foi preso pela Polícia Federal por ocultação e dissimulação da origem de dinheiro e bens imóveis, rurais e urbanos, adquiridos em seu nome e de familiares, com recursos obtidos indevidamente durante a gestão da Valec (2003 a 2011).

Em 2011, Juquinha recebeu da Câmara de Vereadores de Barreiras o título de “Cidadão Barreirense”. A honraria tem como objetivo homenagear homens e mulheres que contribuíram ou contribuem para o desenvolvimento do município.

Como será o dia de amanhã depois da Lava Jato?

Deltan Dallagnol
Deltan Dallagnol

O procurador chefe da força-tarefa da Operação Lava Jato, Deltan Dallagnol, afirmou, nesta madrugada, no programa do Jô Soares, na Rede Globo, que a devolução de dinheiro na ação da Justiça Federal já alcança cifras perto de R$500 milhões. Todos os casos anteriores da história da Justiça Federal conseguiram reaver R$45 milhões. No entanto, lamentou que a legislação vigente preveja penas tão pequenas por corrupção e que, ao longo das três instâncias judiciais, elas acabem por serem consideradas prescritas.

Mais: Dallagnol deixou claro que não acredita em mudanças na lei e no modelo político do País.

Leia aqui as 10 medidas propostas pelo Ministério Público Federal para modificar o atual quadro de repressão à corrupção no País.

As medidas devem ser transformadas em lei pelo Congresso Nacional, o que não deixa de ser um obstáculo difícil de transpor.

Vaccari e Renato Duque são condenados por corrupção

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O juiz federal Sergio Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, condenou nesta segunda-feira o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto a quinze anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e por 27 operações de lavagem de dinheiro e penalizou o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque a vinte anos e oito meses de reclusão também por corrupção passiva, organização criminosa e lavagem. Essa é a primeira condenação tanto de Vaccari quanto de Duque na Operação Lava Jato, embora eles respondam a outras ações penais por suspeitas de integrarem o escândalo do petrolão. Os dois estão presos no Complexo Médico-Penal em Pinhais, região metropolitana de Curitiba, e podem recorrer da sentença.

No mesmo processo, ainda foram condenados Alberto Youssef (lavagem de dinheiro), Augusto Mendonça (corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro), Adir Assad, Dario Teixeira e Sônia Branco (associação criminosa e lavagem de dinheiro), Pedro Barusco (corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro), Mario Goes (corrupção passiva, associação criminosa e lavagem de dinheiro) e Julio Camargo (corrupção ativa, associação criminosa e lavagem de dinheiro). Assad foi condenado a nove anos e dez meses de reclusão em regime fechado. Com Veja, Estadão e Folha Press.

Saem da cadeia depois de 3 anos em regime fechado. Isto não é o importante. O relevante é que só o florescimento da democracia permite que empreiteiros, grandes empresários, políticos e funcionários públicos de alto coturno repousem e reflitam na prisão sobre seus atos. Nos tempos da ditadura, somente inimigos do poder eram detidos, torturados e “desaparecidos”.

Estadão: as conectividades da Operação Lava Jato

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No dia 17 de março de 2014, a Polícia Federal deflagra uma operação com o objetivo de investigar e desarticular um esquema de desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões. A partir da prisão de doleiros e, posteriormente, de ex-funcionários da Petrobrás, a Lava Jato revela a existência de uma rede de corrupção ligada à principal estatal brasileira que envolve empreiteiras, partidos políticos e agentes públicos. Você não pode perder o infográfico do Estado que mostra todas as conexões da Lava Jato. Clique aqui.

Depois de encerrada a Operação Lava Jato, faltam ainda as operações relativas ao BNDES, aos fundos de pensão e, principalmente, a grande maracutaia das privatizações, onde grande parte do patrimônio do Estado foi vendido por uma parcela entre 5 e 10% do valor real. Quem ganhou com isso?  O País precisa ser passado a limpo.

Polícia Federal está arrastando até vereador. Haja cadeia!

pfA Polícia Federal deflagrou, nesta quinta-feira (13), a 18ª fase da Operação Lava Jato.

Denominada “Pixuleco II”, a ação cumpre 11 mandados judiciais, um de prisão temporária e dez de busca e apreensão, em Brasília, Porto Alegre, São Paulo e Curitiba. O preso nesta nova fase da Lava Jato é Alexandre Correa de Oliveira Romano, ex-vereador de Americana, cidade do interior paulista, pelo PT. 

De acordo com a PF, a nova fase é um desdobramento da 17ª fase, Pixuleco, operação que prendeu o ex-ministro José Dirceu. A fase está ligada ao operador identificado na Pixuleco, que é suspeito de arrecadar até R$ 50 milhões em vantagens indevidas em contratos de crédito consignado com o Ministério do Planejamento. Segundo os investigadores, os pagamentos ocorriam por meio de empresas de fachada.

Credo! Começaram a pegar até vereadores. Corre aí, DJ do Funk Ostentação e Garanhão Italiano! Eles já nos enxergaram.

Collor deve R$335 mil de IPVA dos carros apreendidos

Foto de Ueslei Marcelino para a Reuters e O Globo
Foto de Ueslei Marcelino para a Reuters e O Globo

A Ferrari e a Lamborghini Aventador apreendidas pela Polícia Federal (PF) em uma das casas do ex-presidente e senador Fernando Collor (PTB-AL), em Brasília, estão registradas em nome de uma empresa da qual ele é sócio majoritário. Os dois carros de luxo foram financiados pela Água Branca Participações Ltda. junto ao Bradesco Financiamentos e acumulam juntos dívidas de IPVA que somam aproximadamente R$ 335 mil.

A companhia, sediada em São Paulo, está registrada em nome de Collor e da esposa dele, Caroline Serejo Medeiros Collor de Mello como uma holding de instituição não financeira. Essas holdings podem exercer funções de gestão e administração dos negócios das empresas de um grupo ou de uma pessoa. Segundo dados da Receita Federal, Caroline é sócia- administradora da empresa.

Hoje, um Lamborghini custa R$ 3,8 milhões. Os últimos exemplares zero-quilômetro da Ferrari disponíveis no Brasil foram vendidos por R$ 1,9 milhão. E um Porsche zero-quilômetro, hoje, sai por R$ 693 mil. Os três carros juntos totalizariam R$ 6,3 milhões.

Segundo o Denatran, a Ferrari é de 2010/2011, o Porsche, de 2011/2012, e o Lamborghini, de 2013/2014. O Porsche tem placa de Maceió. Os outros dois, de São Paulo.

Collor disse que mostrou notas fiscais dos carros e do imposto de renda, mas que o policial fez um telefonema e recebeu a ordem de “levar tudo”.

Veja outros 13 veículos registrados em nome de Collor declarados ao TSE:

– BWW 760IA
– Kia Carnival
– Ferrari Scaglietti
– Toyota Land Cruiser
– Mercedes E320
– Toyota Hilux (duas unidades)
– Volkswagen Gol 1.6 Rallye
– Citröen C6
– Cadillac SRX
– Hyundai Vera Cruz
– Honda Accord
– Land Rover

Com informações de O Globo e do G1, onde o leitor poderá ver as matérias completas.

Tucanos estariam barganhando com Lava Jato pelo impeachment

Por Lauro Jardim, de Veja.

O deputado Lindbergh Farias jogou suspeita há pouco sobre a forma como os tucanos têm negociado o apoio do PMDB ao impeachment de Dilma.

Diz o petista que os tucanos estão oferecendo uma futura interferência na Lava-Jato.

A afirmação foi feita numa teleconferência com o cientista social Alberto Carlos Almeida, do Instituto Análise, e analistas do mercado financeiro.

Disse Lindbergh:

– Nos bastidores aqui em Brasília, comenta-se que os tucanos têm dito a setores do PMDB que falta controle, falta capacidade política do governo para lidar com o Ministério Público e com a Justiça Federal. Ou seja: publicamente, o PSDB defende o Sérgio Moro, mas nos bastidores usam a Lava-Jato como moeda de troca.

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STF determina suspensão dos depoimentos da Operação Lava Jato

Zavascki
Zavascki

Estava demorando. A Polícia Federal, O Ministério Público Federal e o STF, na pessoa do ministro Teori Zavascki, estão encontrando diferenças relevantes na condução das investigações da Operação Lava Jato. Veja a nota da Polícia Federal e logo a seguir a nota da Procuradoria Geral da República:

Em referência aos inquéritos que investigam pessoas com prerrogativa de foro no âmbito da Operação Lava Jato, a Polícia Federal informa:

  1. A PF recebeu o prazo inicial de 30 dias para o cumprimento de todas as diligências e oitivas das mais de cem pessoas arroladas nos inquéritos. Para isso, o órgão reforçou o número de policiais dedicados a atuar exclusivamente no caso e vem executando integralmente as diligências determinadas pelo Supremo Tribunal Federal;
  2. Entre as determinações do STF, não consta uma ordem de preferência a ser observada para os depoimentos. Deve-se ressaltar, inclusive, que todas as oitivas realizadas até o momento contaram com a participação de membros do MPF;
  3. No dia 13.04.2015, a PF solicitou prorrogação do prazo para a conclusão dessas diligências e elencou outras providencias consideradas essenciais para aprofundar as investigações, reforçando as provas dos inquéritos. Esses pedidos observam o Regimento Interno do próprio STF, especialmente o artigo 230-C, que faculta ao órgão esse procedimento;
  4. A Polícia Federal tem o compromisso em elucidar os fatos investigados e aguarda para retomar a execução das diligencias;
  5. Como Polícia Judiciária da União, a PF age com o devido respeito a todas as instituições, bem como ao ordenamento jurídico brasileiro, velando por suas prerrogativas e autonomia funcional.
Rodrigo Janot, Procurador Geral da República
Rodrigo Janot, Procurador Geral da República

Nota da PGR/MPF

O Ministério Público Federal esclarece que as investigações referentes à chamada Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF) estão em curso e que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, tem determinado regularmente a realização de diligências a partir de diretriz fixada no estrito interesse do esclarecimento dos fatos.

A ordem de coleta de provas nos inquéritos é fundamental para o êxito da investigação e, como a responsabilidade pelo oferecimento da denúncia e pela sustentação da prova no STF é do procurador-geral da República, cabe a ele decidir a estratégia de investigação, como foi expressamente reconhecido pelo ministro relator do caso. Assim, para garantir a agilidade, utilidade e eficiência das investigações, é absolutamente imprescindível que toda e qualquer diligência seja realizada de acordo com a diretriz estabelecida pelo titular da ação penal.

Nesse contexto, o procurador-geral da República determinou à Polícia Federal a suspensão de alguns depoimentos, por entender que essas medidas seriam mais proveitosas se realizadas de forma coordenada com outras diligências já em curso.

O Ministério Público Federal está empenhado na efetiva elucidação dos fatos investigados e cumprirá, com firmeza e imparcialidade, seu compromisso constitucional de investigar e processar todos aqueles que comprovadamente estiverem envolvidos em atos de corrupção.

A decisão do ministro Teori Zavascki sobre a suspensão dos depoimentos pode ser vista aqui.