Os hóspedes da Polícia Federal e o esporte

algemas3345667777Já dá pra fazer um torneio de futebol entre os presos recentes da Polícia Federal: o time dos empresários e o time dos petistas, reforçado por doleiros e funcionários da Petrobras, e o time do pessoal da Receita Federal.

Vai melhorar o número de atletas quando começarem a prender o pessoal do mensalão mineiro e o pessoal do trensalão paulista. Para completar o hexagonal, um time só de deputados.

É bom avisar: quem xingar a mãe do Juiz vai para a solitária.

Polícia Federal deflagra nova fase da Operação Lava Jato

A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã de hoje (16) a décima fase da Operação Lava Jato, intitulada Que País é Esse, que investiga desvios de recursos na Petrobras. Cerca de 40 policiais federais cumprem 18 mandados judiciais: dois de prisão preventiva, quatro de prisão temporária e 12 mandados de busca e apreensão.

Os mandados estão sendo cumpridos nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro e foram expedidos pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Os presos são investigados pelos crimes de associação criminosa, uso de documento falso, corrupção passiva e corrupção ativa, além de fraude em processo licitatório e lavagem de dinheiro.

Segundo a PF, os presos serão levados para Curitiba e permanecerão custodiados na Superintendência da Polícia Federal, à disposição da 13ª Vara Federal de Curitiba.

O listão do Petrolão salva gente de montão

O Supremo Tribunal Federal (STF) divulgou há pouco a lista com os nomes de políticos sobre os quais o Procurador-Geral da República pediu abertura de inquérito no caso da Operação Lava Jato. Entre eles, estão os presidentes do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Doze senadores são citados, além de deputados e ex-governadores como Antônio Anastasia (PSDB) e Roseana Sarney (PMDB).

Alguns dos pedidos foram arquivados, como é o caso dos senadores Delcídio Amaral, Romero Jucá, Aécio Neves e Ciro Nogueira; os deputados federais Henrique Eduardo Alves, Aguinaldo Ribeiro e João Alberto Pizzolatti Júnior; os ex-deputados Cândido Vaccarezza, João Alberto Júnior, Pedro Correa e Alexandre José dos Santos. Em outro processo, no entanto, Zavascki pede diligências relativas à atuação de Pizzolatti, Vaccarezza, Jucá, Pedro Correa, Aguinaldo Ribeiro e Ciro Nogueira.

O ministro Teori Zavascki, relator do caso no STF, deferiu 21 pedidos de abertura de inquérito feitos pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, referentes a autoridades com prerrogativa de foro e outras pessoas que podem estar envolvidas na investigação, que teve como foco principal desvios de recursos da Petrobras. Zavascki revogou o sigilo da tramitação dos procedimentos, tornando públicos todos os documentos referentes ao processo.

Veja a lista publicada de nomes citados, entre os arquivados e os pedidos de inquérito:

DELCÍDIO DO AMARAL GÓMEZ
ROMERO JUCÁ FILHO
ALEXANDRE JOSÉ DOS SANTOS
HENRIQUE EDUARDO LYRA ALVES
CÂNDIDO ELPIDIO DE SOUZA VACAREZZA
AÉCIO CUNHA NEVES
JOÃO ALBERTO PIZZOLATTI JUNIOR
PEDRO DA SILVA CORREA DE OLIVEIRA ANDRADE NETO
CIRO NOGUEIRA LIMA FILHO
AGUINALDO VELLOSO BORGES RIBEIRO
JOSÉ RENAN VASCONCELOS CALHEIROS
ROSEANA SARNEY MURAD
EDISON LOBÃO
LUIZ LINDBERGH FARIAS FILHO
VANDER LUIZ DOS SANTOS LOUBET
CÂNDIDO ELPIDIO DE SOUZA VACAREZZA
GLEISI HELENA HOFFMAN
HUMBERTO SÉRGIO COSTA LIMA
SIMÃO SESSIM
BENEDITO DE LIRA
JOSÉ MENTOR GUILHERME DE MELO NETO
EDUARDO CUNHA
JOSÉ OTÁVIO GERMANO
LUIZ FERNANDO RAMOS FARIA
ROBERTO SÉRGIO RIBEIRO COUTINHO TEIXEIRA
NELSON MEURER
EDUARDO HENRIQUE DA FONTE DE ALBUQUERQUE SILVA
AGUINALDO VELLOSO BORGES RIBEIRO
ALINE LEMOS CORRÊA DE OLIVEIRA ANDRADE
ANÍBAL FERREIRA GOMES
ARTHUR CESAR PEREIRA DE LIRA
CARLOS MAGNO RAMOS
DILCEU JOÃO SPERAFICO
FERNANDO ANTÔNIO FALCÃO SOARES (FERNANDO BAIANO)
GLADISON DE LIMA CAMELI
JERONIMO PIZZOLOTTO GOERGEN
JOÃO FELIPE DE SOUZA LEÃO
JOÃO LUIZ ARGÔLO FILHO
JOÃO SANDES JUNIOR
JOÃO VACCARI NETO
JOSÉ AFONSO EBERT HAMM
JOSÉ LINHARES DA PONTE
JOSÉ OLIMPIO SILVEIRA MORAES
LÁZARO BOTELHO MARTINS
LUIZ CARLOS HEINZE
MÁRIO SILVIO MENDES NEGROMONTE
PEDRO HENRY NETO
RENATO DELMAR MOLLING
RENATO EGÍGIO BALESTRA
ROBERTO PEREIRA DE BRITTO
ROBERTO SERGIO RIBEIRO COUTINHO TEIXEIRA
VALDIR RAUPP DE MATOS
VILSON LUIZ COVATTI
WALDIR MARANHÃO CARDOSO
ANTONIO PALOCCI FILHO
FERNANDO AFFONSO COLLOR DE MELLO
ANTONIO AUGUSTO JUNHO ANASTASIA

João Leão, Mario Negromonte, Luiz Argôllo e Roberto Brito são os quatro da Bahia que serão investigados.

 

 

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Janot deve revelar primeiros nomes de políticos em denúncia ao STF

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O procurador geral da República, Rodrigo Janot, deverá fazer na próxima representação as primeiras denúncias contra os envolvidos no esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal. A informação foi divulgada neste sábado (21) pela colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. Os nomes de políticos envolvidos finalmente devem aparecer, motivo que cria expectativa e apreensão na base governista e na oposição.

Ao longo dos últimos meses, parlamentares e ex-parlamentares de PT, PMDB, PP e PSDB foram citados, em geral por delatores ouvidos e presos pela PF, em sua maioria ligados ao doleiro Alberto Youssef em algum nível, ou a diretores da Petrobras, por onde podem ter escoado mais de R$ 10 bilhões em propinas e outros esquemas criminosos de favorecimento de empreiteiras.

A denúncia do Ministério Público Federal não é o único elemento que causa expectativa para os próximos dias na Lava Jato. De acordo com reportagem publicada pela revista Época neste sábado, as autoridades brasileiras estão atrás do suíço-brasileiro Bernardo Freiburghaus. Seria ele o responsável por guardar o dinheiro do esquema de corrupção da Petrobras.

Entre os clientes de Freiburghaus estariam os delatores Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco e empreiteiras. A captura dele, que encontra-se fora do Brasil, seria considerada fundamental pelas força-tarefa que cuida da Lava Jato, sobretudo para esclarecer uma série de transações ainda obscuras no curso das investigações. De Thiago Araújo, no Brasil Post.

Haja tarja preta!

Comenta-se, nos meios extra oficiais do Planalto Central do País, que é grande o nível de preocupação com os desdobramentos das investigações da Operação Lava Jato. Nos altos gabinetes petistas calcula-se que os danos causados, com influência direta nos governos de estados, possam ser irreversíveis. O consumo de soníferos à noite e, a sua contrapartida, de estimulantes no período diurno, pode estar aumentando.

 

Não perdemos o domingo: PF encarcera mais um.

O proprietário da empresa Rio Marines, Mário Góes, considerado pelos investigadores, agora, o maior operador do Petrolão no exterior, se apresentou na Superintendência da Polícia Federal (PF) de Curitiba neste domingo, 8. Ele é suspeito de ser um dos operadores do esquema de pagamento de propina envolvendo a Arxo.

Mário Góes teve um mandado de prisão preventiva expedido pela Justiça na nona fase da operação, a My Way, que foi deflagrada na quinta-feira, 5, e estava foragido desde então.

Sabe o Mário? Quem? Aquele que escondia dinheiro atrás do armário.

 

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A pensão do Dr. Sérgio Moro está lotada

Sérgio Moro, 42 anos, decidido, enérgico e com grande conhecimento do que faz
Sérgio Moro, 42 anos, decidido, enérgico e com grande conhecimento do que faz

A Polícia Federal (PF) ainda contabiliza o total de dinheiro apreendido hoje (5) nas buscas e apreensões da nona fase da Operação Lava Jato. De acordo com balanço divulgado pela PF, foram apreendidos 500 relógios de luxo, além de grande volume de documentos nas empresas investigadas.

Na manhã desta quinta-feira, cerca de 200 agentes federais e servidores da Receita Federal cumpriram 62 mandados judiciais em São Paulo, Santa Catarina, no Rio de Janeiro e na Bahia. Ao todo, foram 18 mandados de condução coercitiva, um de prisão preventiva, três de prisão temporária e 40 de busca e apreensão.

Entre os investigados levados para prestar depoimento, está o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto. Segundo a PF, ele foi chamado a esclarecer denúncias de delatores, segundo os quais ele atuava na cobrança de propina e de doações legais para o partido. A PF acredita que o Partido dos Trabalhadores recebeu mais de R$215 milhões de propinas apenas da Construtora OAS.

São 16 que estão presos na Polícia Federal de Curitiba, no processo presidido pelo juiz federal Sérgio Moro, na operação Lava-Jato, a maior devassa já realizada nas  relações incestuosas entre empresas privadas, políticos e a maior empresa estatal do País, a Petrobras. Entre os detidos, com prisão preventiva decretada, 13 empreiteiros, 1 funcionário da Petrobrás e dois “operadores” de esquemas fraudulentos.

Sei não, mas acredito que o ex-gerente da Petrobras e delator, Pedro Barusco, deixou a bola 7 do PT quase caindo na caçapa do fundo. O pior é quem está com o taco na mão é o famoso Sérgio “Carne Frita” Moro, o maior taqueador do Oeste. 

Walfrido Rodrigues dos Santos, o Carne Frita, é considerado um dos mais fortes jogadores da história da sinuca no Brasil. Nascido em Sergipe, na cidade de Propriá, à beira do Rio São Francisco, tornou-se uma lenda entre todos os jogadores do País.

 

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Operação Lava-Jato tem site especial para andamento dos processos

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O Ministério Público Federal (MPF) lançou nesta quarta-feira, 28 de janeiro, site especial com informações sobre o caso conhecido como Operação Lava Jato. No endereço, estão disponíveis dados completos sobre a operação, incluindo histórico e fluxo das investigações, relação da Lava Jato com o caso Banestado, atuação dos doleiros e demais investigados, perguntas e respostas. Também é possível encontrar a íntegra das denúncias apresentadas pelo MPF, as decisões judiciais já proferidas, entre outros documentos. O site foi produzido pela força-tarefa que atua na Lava Jato e pela Secretaria de Comunicação da Procuradoria Geral da República.

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Segundo o coordenador da força-tarefa, o procurador da República Deltan Martinazzo Dallagnol, o site reforça o compromisso do MPF com a transparência e a prestação de contas do trabalho já realizado. “Trata-se  da maior investigação de corrupção e lavagem de dinheiro que o país já teve. Com as denúncias, o MPF começa a romper a impunidade dos poderosos grupos econômicos e políticos que, há muitos anos, articulam-se contra os interesses do país”, diz ele. “É essencial que a sociedade acompanhe os trabalhos e compreenda de que forma o esquema atuava, para que situações como essa não se repitam”. O site será atualizado constantemente com os desdobramentos das investigações.A Operação Lava Jato investiga um esquema de corrupção responsável pelo desvio de recursos da Petrobras. Até agora, foram instaurados 279 procedimentos, com 150 pessoas e 232 empresas sob investigação. Os procuradores da República que atuam no caso ofereceram 18 denúncias contra 86 pessoas, pelos crimes de corrupção, organização criminosa, lavagem de ativos, entre outros. Os crimes já denunciados envolvem o desvio de aproximadamente R$ 2,1 bilhões, sendo que R$ 450 milhões já foram recuperados pelo MPF, que também pediu o ressarcimento de cerca de R$ 1 bilhão das construtoras na Justiça. “O trabalho continua e outros resultados estão por vir”, conclui o coordenador da força-tarefa.

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O escandaloso preço da gasolina e as ariranhas do Governo

Na imagem, um político devora, com gosto, sua propina.
Na imagem, um político devora, com gosto, sua propina.

A gasolina custa R$1,30 o litro nos Estados Unidos, depois das últimas quedas do petróleo no mercado internacional. Isso quer dizer que no Brasil o Governo e a Petrobras estão ficando com no mínimo R$1,80. E o Governo diz que a CIDE – Contribuições de Intervenção no Domínio Econômico tem data marcada para voltar. Quando desapareceu, por motivos eleitoreiros, a CIDE estava em R$0,80 por litro.

Tudo isso para financiar os relevantes investimentos da Petrobras, entre os quais enriquecer um bando de empreiteiros e políticos, a maior quadrilha de ariranhas malfeitoras que já atacou o País. Haja Sérgio Moro para segurar este samba!

Ressarcimento e multa

Os procuradores do Ministério Público Federal (MPF) que integram a força-tarefa da Operação Lava Jato vão apresentar, até o próximo mês, uma série ações cíveis de improbidade administrativa contras as empreiteiras envolvidas nos desvios em contratos com a Petrobras. As maiores empresas do setor e seus respectivos diretores serão responsabilizados pelos prejuízos bilionários contra a estatal.

As ações devem guardar correspondência com as denúncias criminais oferecidas pelo MPF no início de dezembro contra sete funcionários e executivos da Camargo Corrêa, OAS, Engevix, Mendes Junior, Queiroz Galvão, UTC e Galvão Engenharia.

Essas ações serão apresentadas na Justiça Federal do Paraná. Entre outras penalidades, esse tipo de ação pode levar, em caso de condenação, à suspensão dos direitos políticos por até oito anos e à proibição de contratar com o Poder Público por até cinco anos.

As empresas e seus executivos também ficam obrigados a ressarcir integralmente o dano e a pagar multa em valor correspondente a duas vezes o prejuízo causado. Os procuradores, contudo, ainda não definiram quais punições vão requerer à Justiça. “Estamos terminando as ações para protocolar”, disse um integrante da força-tarefa.

A fase apimentada da Operação Lava Jato começa agora

Charge de Elder Galvão
Charge de Elder Galvão

Da revista Carta Capital, editado por este jornal.

As denúncias contra Nestor Cerveró, ex-diretor da Área Internacional da Petrobras, e Fernando Baiano, apontado como lobista a serviço do PMDB, encerraram os trabalhos da Operação Lava Jato no ano passado. A nova leva de arrolados pelo Ministério Público, composta basicamente de políticos envolvidos no escândalo, deve começar a pipocar em fevereiro, conforme deu a entender Rodrigo Janot, procurador-geral da República. O primeiro trimestre de 2015 assistirá, portanto, à fase mais aguda de uma investigação iniciada em 2008, a partir de um pequeno caso em Londrina, no Paraná.

Naquele ano, baseada em uma série de denúncias do empresário Hermes Magnus, a Polícia Federal instaurou um inquérito para investigar a utilização do empreendimento Dunel Indústria e Comércio como fachada para a lavagem de dinheiro proveniente dos desvios praticados pelo deputado José Janene, do Partido Progressista. Mesmo após a morte do parlamentar, em 2010, a apuração prosseguiu e chegou ao doleiro Carlos Habib Chater, cuja rede de lavandeira, localizada em Brasília, deu nome ao que viria a ser uma das maiores operações contra a corrupção da história do País: a Lava Jato.

Magnus sentia-se prejudicado pelo sócio Janene e temia represálias por ter descoberto a função espúria de sua empresa no esquema de lavagem patrocinado pelo ex-deputado e seus comparsas. Com base no depoimento do empresário e em outras provas colhidas preliminarmente, a Polícia Federal solicitou a quebra do sigilo telefônico de Chater e de seus funcionários do Posto da Torre. O resultado das interceptações foi a descoberta de uma intrincada rede de doleiros responsável por reciclar perto de 10 bilhões de reais por meio de empresas de fachada. Surpresos com os personagens do esquema criminoso, os delegados encontraram no cinema os nomes dos novos inquéritos instaurados para cada um dos núcleos de doleiros mapeados.

No cinema norte-americano, os policiais inspiraram-se no clássico do diretor Michael Curtiz e batizaram de Casablanca o grupo comandado pelo conhecido doleiro Raul Henrique Srour. Preso em 2006 durante os desdobramentos da Operação Farol da Colina, Srour e suas atividades ilícitas foram descobertos graças às ligações com a autointitulada “última dama do mercado”, a doleira Nelma Kodama. Os dois utilizavam a Tov Corretora de Câmbio e Valores.

O nome da operação cujo alvo era Kodama, detida ao tentar embarcar para Roma com 200 mil dólares escondidos nas roupas íntimas, saiu do acervo do cineasta italiano Federico Fellini. Batizada de Dolce Vita, a investigação contra a “Greta Garbo” do mercado negro de dólar, por sua vez, origina-se de outro inquérito nominado em homenagem a Fellini. Focada no doleiro Alberto Youssef e em suas empresas de fachada, a Bidone é a matriz da investigação cujo resultado foi o desmantelamento do cartel de empreiteiras que teriam atuado entre 2004 e 2014 na Petrobras.

Enquanto as outras frentes seguiam com suas diligências em busca de provas materiais dos crimes praticados pelos núcleos de doleiros, a Bidone era tratada com carinho especial pelos investigadores. O motivo fica claro em um apontamento da PF no pedido de busca e apreensão contra indivíduos ligados a Habib Chater. “Nelma Penasso, Raul Henrique Srour e Alberto Youssef são figuras conhecidas do mercado de câmbio, sendo Youssef o protagonista do que se convencionou chamar de Caso Banestado, sendo considerado o maior doleiro do Brasil.”

Desaparecido do noticiário policial desde a assinatura do seu primeiro acordo de delação premiada, em 2004, Youssef pagara a pena de sete anos no regime semiaberto por ter movimentado boa parte dos 30 bilhões de reais enviados ao exterior via contas CC5 do banco estadual do Paraná, o Banestado. Para as autoridades, entre elas o juiz federal Sergio Moro, responsável por homologar a delação na qual Youssef entregou os maiores operadores de câmbio em atuação no País, o doleiro havia cumprido o acordo de não mais delinquir e levava uma vida tranquila na capital paulista. A realidade não era essa.

Pouco tempo depois de iniciar o acompanhamento das comunicações do doleiro, os investigadores perceberam que, além de ainda operar transações de dólar-cabo, Youssef transformara-se em um influente lobista. A morte de seu padrinho político, o deputado Janene, o elevara ao posto de operador do Partido Progressista nas principais construtoras. Sua atuação extrapolava o mercado negro e alcançava o setor de infraestrutura, energia e medicamentos. Em todos os casos com tentáculos em órgãos públicos e licitações milionárias.

Os primeiros indícios foram amealhados com o surgimento do empresário Márcio Bonilho, da Sanko-Sider, como interlocutor constante em conversas telefônicas e mensagens via Blackberry Messenger. Não bastasse, ao longo de 2013, as interceptações apontaram uma intensa movimentação financeira patrocinada por Youssef por meio de suas empresas de fachada, em especial a GFD Investimentos, CSA Project e MO Consultoria. Nas conversas, amiúde, surgiam citações a grandes empreiteiras, seus diretores e alguns nomes, depois confirmados como de parlamentares. Entre eles estavam os petistas André Vargas e Cândido Vacarezza e Luiz Argolo, do Solidariedade. Ainda não era possível entender, porém, como se dava a atuação de Youssef em obras públicas. As dúvidas começaram a ser esclarecidas em 21 de outubro de 2013, quando o nome de Paulo Roberto Costa surgiu em uma conversa entre Youssef e Bonilho. Tempos depois, uma nota fiscal de 250 mil reais referente à compra de uma Land Rover Evoque surgiu em um e-mail monitorado.

Com base nesses indícios e muitos outros coletados no inquérito da Bidone, a Polícia Federal pediu a prisão do doleiro e de 16 comparsas. Todas foram cumpridas em 17 de março. No mesmo pedido, a PF solicitava a Moro o encaminhamento coercitivo de Costa para prestar depoimento no Rio de Janeiro. Em um primeiro momento, os investigadores queriam descobrir por qual motivo a nota da Land Rover estava com o doleiro. Dois dias depois da visita à sede carioca da PF, flagrado ao tentar destruir provas de sua ligação com Youssef, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras foi preso.

Os acontecimentos posteriores às prisões foram amplamente noticiados. O que era para ser apenas mais uma operação contra o mercado paralelo de dólar, com a prisão de Costa alcançou a engrenagem financeira de um cartel integrado por algumas das maiores empreiteiras e responsável por lotear ao menos 59 bilhões de reais em contratos com a estatal brasileira, segundo os investigadores. Costa era mais um dos agentes públicos corrompidos para facilitar a ação do que foi chamado pelos próprios investigados de “bingo” das empreiteiras. Sem saída, o ex-diretor e o doleiro assinaram um acordo de delação premiada no qual entregaram outros agentes públicos integrantes do esquema.

Para 2015, além da Petrobras, estão na mira empreendimentos do setor elétrico, saneamento e fundos de pensão. Da estatal, os alvos serão outras empresas fornecedoras e ex-diretores como Renato Duque, da Área de Serviços, e funcionários ligados ao gerente-executivo e delator Pedro Barusco. Nos bastidores, os investigadores afirmam a necessidade de ao menos mais 15 operações para encerrar a investigação. Ao que parece, a dificuldade será encontrar nomes de filmes para batizá-las.

Lava Jato: Justiça concede mais 15 dias para PF concluir inquéritos

A Justiça Federal do Paraná concedeu mais 15 dias para que a Polícia Federal (PF) apresente a conclusão dos inquéritos abertos na Operação Lava Jato, que investiga esquema de pagamento de propina, lavagem de dinheiro e evasão de divisas que, segundo as autoridades policiais, movimentou cerca de R$ 10 bilhões.

A prorrogação atende a um pedido da própria PF, que alegou precisar de mais tempo para avaliar alguns documentos colhidos durante a sétima fase da operação, deflagrada no último dia 14, que resultou na prisão de 25 pessoas, dentre as quais dirigentes de algumas das maiores construtoras do país.

Em seu despacho, o juiz da 13ª Vara Federal do Paraná, Sérgio Moro, disse que concederia o pedido, mas que seria “desejável” não haver mais prorrogações. “Alerto que não haverá nova prorrogação, e é desejável que não seja utilizado todo o prazo”, escreveu no despacho publicado hoje (1º).

Com a prorrogação, os inquéritos que expirariam no último sábado (29) terão até o dia 13 para ser concluídos. Foram prorrogados, até o momento, os inquéritos que investigam a participação das empreiteiras Mendes Júnior, Engevix, OAS e Galvão Engenharia e do Consórcio CNCC-Camargo Corrêa no pagamento de propinas em contratos com a Petrobras. Da Agência Brasil.

madame-almerindaTreze de dezembro, um sábado graças a Deus. Se fosse sexta-feira, seria apenas o início do apocalipse. Como prevê Madame Almerinda, “entre mortos e feridos salvar-se-ão todos”. 

STJ nega habeas corpus a executivos da OAS

José Aldemário: continuidade na prisão
Ricardo Pessoa, da UTC: continuidade na prisão

O desembargador convocado do Superior Tribunal de Justiça (STJ),  Newton Trisotto, negou hoje (17) dois habeas corpus que pediam a soltura de quatro executivos e um advogado da construtora OAS, presos na última sexta-feira (14) na sétima fase da Operação Lava Jato, da Polícia Federal (PF). Eles estão presos na carceragem da PF, em Curitiba (PR).

Os envolvidos são suspeitos de participação em um esquema criminoso de superfaturamento de contratos e obras da Petrobras que, segundo a PF, pode ter movimentado mais de R$ 10 bilhões.

O desembargador convocado manteve a decisão da desembargadora Maria de Fátima Freitas Laberrère, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), de Porto Alegre. Ela que negou os pedidos de habeas corpus impetrados no sábado (15), pelo advogado Marcelo Leal de Lima Oliveira para que José Aldemário Pinheiro Filho, presidente da OAS; Agenor Franklin Magalhães Medeiros, diretor-presidente da Área Internacional da empreiteira; Mateus Coutinho de Sá Oliveira e José Ricardo Nogueira Breghiroll, funcionários da construtora OAS; e Alexandre Portel Barbosa, advogado da empresa, fossem soltos.

O circo vai pegar fogo

A busca de Adarico Negromonte pela Polícia Federal e Interpol para depoimentos na Justiça Federal, em Curitiba, é apenas o fio da meada do grande sambalelê que atingirá a política baiana nos próximos dias. Na sequência da operação Lava Jato, a Polícia Federal deverá indiciará, dizem, um grupo de mais de 70 políticos dos mais variados calibres.

Adarico tinha, segundo fontes não autorizadas, profundas ligações com Alberto Youssef, chegando a ser transportador de confiança de malotes de dinheiro vivo para beneficiários do propinoduto da Petrobras.

Se Dilma Rousseff está desviando-se dos futuros indiciados na composição do novo ministério, certamente Rui Costa também terá o mesmo trabalho na composição do secretariado de Estado na Bahia.

O circo vai pegar fogo e isso continua sendo a alegria de todo palhaço.

 

Feirão-na-Praça

Empreiteiros dormem em colchões no chão na PF. Um final-de-semana inesquecível.

Foto A Tarde/UOL
Foto A Tarde/UOL

Entre o fim da noite de sexta-feira e este sábado, o vice-presidente da construtora Mendes Júnior, Sérgio Cunha Mendes, e os dirigentes da Camargo Corrêa, Dalton dos Santos Avancini e João Ricardo Auler, se apresentaram à Polícia Federal em razão de prisão decretada durante a etapa da Operação Lava-Jato intitulada “Juízo Final”. São, portanto, 22 os presos até agora.

Os executivos da Camargo Corrêa apresentaram-se em São Paulo, no fim da manhã de hoje. Eles tiveram prisão temporária decretada e não foram localizados pela Polícia Federal (PF) ontem.

Os dois foram encaminhados de avião para Curitiba, sede das investigações e ações penais decorrentes dos inquéritos policiais. Avancini é diretor-presidente da Camargo Corrêa Construções e Participações S/A. Auler preside o conselho de administração da empreiteira.

Eduardo Leite, vice-presidente da Camargo Corrêa, que se entregou à PF no fim da tarde de ontem, cumpre prisão preventiva e pode responder ao processo atrás das grades. Seus advogados buscam obter habeas corpus no Tribunal Regional Federal (TRF) da 4ª Região (Sul) para suspender a detenção cautelar.

Os executivos presos são suspeitos de envolvimento em esquema de pagamento de propinas com recursos supostamente desviados de contratos com a Petrobras. Leia a íntegra da matéria de André Guilherme Vieira e Marcos de Moura e Souza, do jornal Valor Econômico.

Conforme o prometido, investigações continuam.

Um dia após a deflagração da sétima fase da Operação Lava Jato, o ministro da Justiça José Eduardo Cardozo disse, hoje (15), em entrevista na sede da Presidência da República em São Paulo, que a Petrobras “não pode e não vai parar”, apesar do escândalo de corrupção que envolve a empresa. “Se por um lado as investigações tem que prosseguir, de outro lado, a Petrobras não pode parar”, disse o ministro.

Ele ressaltou que conversará com a presidenta da empresa, Graça Foster, para que “se tenha clareza” sobre a forma como o governo atuará com relação aos contratos firmados entre a Petrobras e as demais empresas envolvidas na investigação de corrupção. “A Petrobras não parará, continuará atuando e a lei será respeitada. A melhor defesa que precisamos fazer da Petrobras, que é uma empresa vital para o país, é investigar os fatos, apurar as ocorrências e punir pessoas”.

Entre 5 e 6 mil manifestam-se contra o Governo

Entre 5 mil e 6 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), concentraram-se neste sábado (15) em frente ao Museu de Arte de São Paulo (Masp) onde fecharam todos os sentidos da Avenida Paulista. Eles pediram o impeachment da presidenta Dilma Rousseff. A manifestação foi acompanhada por mais de 500 policiais militares.

Em sua maioria, os manifestantes vestiram camisas nas cores verde e amarelo e seguravam bandeiras do Brasil gritando “fora PT”. A maior parte deles fez uma caminhada pela Avenida Paulista em direção a Praça da Sé.

Cinco trios elétricos foram parados em frente ao Masp e dividiram os manifestantes. Em minoria, alguns manifestantes defenderam a ditadura militar e, em outro grupo, pessoas que se manifestaram contra a ditadura e defendiam a democracia. No entanto, esse grupo que reuniu a maioria dos manifestantes, pediu a anulação das eleições.

O período da ditadura militar durou 20 anos (1964-1985) e ficou conhecido como “os anos de chumbo”. Os militares e civis que aderiram ao golpe de 1964, perseguiram, torturaram e mataram estudantes, artistas, jornalistas, políticos e qualquer pessoa que fosse contrária ao regime. Os direitos civis foram cassados pelos generais presidentes e o Congresso foi fechado. Os perseguidos foram obrigados a deixar o país para não sofrerem as consequências do regime militar.

Em Brasília, colégio eleitoral que votou majoritariamente com a Oposição, apareceram 400 gatos pingados para protestar.

70 políticos podem estar envolvidos na Operação Lava Jato

Informação relevante do blog do jornalista Fernando Rodrigues:

“Está muito próximo o dia em que a Operação Lava Jato, que investiga corrupção na Petrobras, chegará de uma vez ao mundo da política. O ministro Teori Zavascki, relator do caso no Supremo Tribunal Federal, analisa o que fazer com os nomes de 70 pessoas citadas nas investigações e delações premiadas.

Esses 70 nomes são de pessoas com foro privilegiado –que só podem ser julgadas pelo STF, ou seja, políticos com mandato no Congresso Nacional, por exemplo.

Quem contou ao Blog sobre o volume de nomes de políticos em análise no STF foi o presidente nacional de um dos maiores partidos brasileiros. Ele teve acesso à informação, mas não aos nomes exatamente que estão nas mãos do ministro Teori Zavascki.”

As agremiações mais atingidas, de longe, são PMDB, PP e PT.”

Se 70 deputados e senadores forem eliminados do meio político, a denominação Lava Jato, que se refere à lavagem de dinheiro, ganha outro significado, aquele que se refere à assepsia parcial da classe.

PF prende hoje pela manhã empresários da Operação Lava Jato

A Polícia Federal cumpre neste momento 85 mandados judiciais, sendo 21 de prisão temporária, nove de condução coercitiva e 49 de busca e apreensão na sétima fase da Operação Lava Jato. A ação decorre da análise de material aprendido e de depoimentos colhidos em fases anteriores. Deflagrada no dia 17 de março, a operação desarticulou uma organização que tinha como objetivo a lavagem de dinheiro em seis estados e no Distrito Federal.

As ordens estão sendo cumpridas nos estados do Paraná, de São Paulo, do Rio de Janeiro, de Minas Gerais, de Pernambuco e no DF. Foi decretado o bloqueio de aproximadamente R$ 720 milhões em bens pertencentes a 36 investigados. Segundo a PF, entre os mandados de busca e apreensão, 11 estão sendo cumpridos em grandes empresas.

À Justiça, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa disse que as empresas Odebrecht, Camargo Corrêa, Andrade Gutierrez, Iesa, Engevix, Mendes Júnior, UTC Engenharia, Queiroz Galvão e Galvão Engenharia participavam do esquema de superfaturamento de contratos firmados com a Petrobras e repasse de propina aos partidos.

A Receita Federal também participa das ações de desta sexta-feira. As atividades envolvem ainda uma força-tarefa do Ministério Público Federal. As buscas da Receita servirão para verificar pagamentos por serviços contratados que possam não ter sido prestados, especialmente de assessoria ou consultoria, cujos valores, contabilizados como custos operacionais, reduziriam de forma fraudulenta a base de cálculo de tributos. Participam da operação 60 servidores da Receita Federal, além de 300 policiais federais.

Segundo a Polícia Federal, o grupo investigado, “além de envolver alguns dos principais personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil”, é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas em crimes como tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração e contrabando de pedras preciosas e desvio de recursos públicos. A operação foi intitulada Lava Jato porque o grupo usava uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar o dinheiro.

Mantega não comenta o assunto

O ministro da Fazenda e presidente do Conselho de Administração da Petrobras, Guido Mantega, não comentou a notícia de que a empresa de auditoria PriceWaterhouseCoopers decidiu não assinar as demonstrações contábeis da companhia até o fim das investigações sobre denúncias de corrupção e a consequente decisão da empresa de adiar a divulgação do balanço trimestral.

Procurada, a assessoria de imprensa do Ministério da Fazenda informou que Mantega acompanha o tema, mas não comentou o assunto. O ministro está em Brisbane, na Austrália, para a reunião de cúpula do G-20 que começará neste sábado, 15. Mantega está no mesmo hotel da presidente Dilma Rousseff. Nesta sexta-feira, 14, a presidente Dilma recebeu informações sobre o caso e, assim como Mantega, não comentou o tema com jornalistas.

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Acuado, Argôlo põe todo mundo na roda e prega sua inocência

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De Fernando Machado, do ZDA.

O deputado federal Luiz Argôlo (SD/BA), declarou na última segunda-feira, 18, que foi vítima de extorsão por parte da ex-contadora Meire Bonfim da Silva Poza.

O parlamentar baiano é acusado de possuir vínculo com o doleiro Alberto Yousseff, preso na Operação Lava Jato. Em entrevista a jornalistas na tarde de ontem, Argolo contou detalhes do caso e afirmou que foi usado pelos verdadeiros culpados.

“Não existe um processo jurídico contra mim. Nesse processo de investigação contra Alberto Yousseff, tem falas com diversas pessoas. E o que eles encontraram nessas falas? ‘Pegaram’ um ‘cabra’ do interior, que não tem padrinho nenhum, e colocaram pra falar”, defendeu-se.

Na semana passada, Meire Bonfim, que durante quatro anos prestou serviços contábeis a empresas de Alberto Yousseff, foi ao Conselho de Ética da Câmara e denunciou o envolvimento do deputado, bem como de outros de outros parlamentares, com o esquema.

A contadora disse conhecer bem Argôlo, que, de acordo com ela, era chamado de “bebê Johnson”. “Só estive com essa mulher uma vez e, não sei como, ela descobriu o meu telefone celular e mandou uma mensagem para mim, dizendo que precisava falar comigo urgentemente”, contrapõe o deputado.

Segundo ele, seu advogado marcou um encontro com Meire, que declarou problemas financeiros e pediu uma quantia em dinheiro.

“Na ocasião, ela disse que não queria prejudicar ninguém. Disse que Yousseff não queria resolver a vida dela, e pediu R$ 300 mil para pagar um advogado e algumas contas que estavam acumuladas. Ela chegou a mostrar um extrato da conta bancária”, relatou, acrescentando que se recusou a dar o dinheiro, por nada dever nem temer, o que teria motivado a declaração de Meire no Conselho.

Inocência

Aos jornalistas, Luiz Argôlo confirmou manter relações comerciais com Alberto Yousseff, mas negou a acusação de qualquer negócio ilícito.

O primeiro contato do parlamentar baiano com o doleiro teria ocorrido em 2011, quando o membro do SD elegeu-se deputado federal pelo PP.

“Conheci Yousseff, em um jantar de boas-vindas para os deputados. Do meu partido, na casa do também deputado João Leão. No fim de 2011, o partido fez uma festa de confraternização e Yousseff estava lá novamente. Ele me disse que tinha alguns investimentos aqui na Bahia, como um hotel e um terreno em Salvador e outro hotel em Porto Seguro. Eu o conheci como investidor. E como defendo a bandeira do investimento, vou atrás de investidor para o meu estado”, contou, e disse ainda que, após as eleições de 2012, teria vendido um imóvel a Yousseff, motivo para a transação financeira que o doleiro fez para a sua conta.

Amplamente noticiado pela imprensa nacional, o nome de Luiz Argôlo tem sido manchete nos principais jornais e sites brasileiros. “Aí eu pergunto: que tamanho tenho para ter tanto direcionamento por parte da mídia nacional? Estou em um partido que foi criado agora, sou o deputado mais novo da Bahia, com apenas 34 anos, e só tenho três anos e meio de mandato”, questionou-se.

Para ele, tamanha exposição se trata de uma tentativa de desviar o foco para o que realmente importa: “’Pegaram’ um ‘cabra’ do interior, que não tem padrinho nenhum para crucificar”, acusou.

Entre uma das hipóteses levantadas para explicar as acusações, Luiz Argôlo acredita que está servindo de bode-expiatório e boi de piranha pelos deputados realmente envolvidos com o esquema de lavagem de dinheiro.

Para ele, os verdadeiros culpados não querem se comprometer a pouco mais de um mês das eleições. “A disputa eleitoral esse ano está muito acirrada. Os deputados estão muito preocupados porque não estão conseguindo fazer a leitura do eleitorado. Pensaram o seguinte: vamos bater em Luís para haver um desgaste. Para que os holofotes se voltem para ele. Fazem isso porque têm a convicção de que eu tenho uma cadeira. É o jogo das cadeiras”, acredita.

De acordo com ele, Alberto Yousseff lhe deve mais de R$ 150 mil do imóvel comprado pelo doleiro. Sendo assim, as gravações de conversas obtidas pela Polícia Federal se referem apenas a esse assunto. “A única coisa seria o terreno que foi vendido pra ele. Ele me garantiu que iria me pagar, mas nunca fez isso” disse, afirmando que nunca soube que Yousseff era doleiro: “Por acaso o ‘cara’ vem com cartão de doleiro?”.

Argolo destacou também que políticos bem mais influentes poderiam ajudar ou ter negócios com Yousseff e que ele seria um mero integrante do sub-baixo clero, com pouco ou nada a oferecer ao doleiro e aproveitou para lembrar que quando o diretor da Petrobras envolvido em denúncias foi indicado para o cargo ele nem era deputado. “Querem me pegar de qualquer jeito, mas com inverdades jamais conseguirão” arremata ele.

Luiz Argôlo está tentando a reeleição para deputado federal pelo SDD.

Argolo “trabalha” vereadores do Oeste. Veja denuncia sociedade com doleiro

O doleiro, Argolo e as mensagens difíceis de explicar para a Polícia Federal.
O doleiro, Argolo e as mensagens difíceis de explicar para a Polícia Federal.

O deputado federal Luiz Argolo, uma das estrelas da “Operação Lava Jato” da Polícia Federal, ao ser flagrado na troca de mensagens românticas com o doleiro Alberto Youssef, realizou, neste final de semana, uma operação ousada de conquista de apoios no Oeste baiano. Seus opositores reclamam que o Deputado, que também estrela seis páginas da revista Veja neste final de semana, fez uma operação de cooptar vereadores prometendo mundos e fundos, mais fundos do que mundos. Os vereadores de Luís Eduardo Magalhães receberam uma promessa de natal antecipado de R$80 mil. A vereadora Karlucia, de Barreiras, foi tentada com uma promessa semelhante, para trocar de dobradinha, mas parece que não engoliu a isca. No entanto, poucos sabem se a vereadora Marileide resistiu. Também foram vítimas do assédio,  vereadores de Santa Rita de Cássia e de outros colégios eleitorais menores da região.

A reportagem de Veja

capa380A Veja relata, com base em depoimento da secretária e caixa de Youssef, que malas e malas de dinheiro circulavam nos escritórios do doleiro, rumo às mãos de políticos.

“Como contadora de Alberto Youssef, Meire Bonfim Poza conheceu de perto as engrenagens da quadrilha que girava em torno do doleiro pego na Operação Lava Jato da Polícia Federal.”

E ela resolveu contar o que viu, ouviu e fez.

 “Beto (Youssef) lavava o dinheiro para as empreiteiras e repassava depois aos políticos e aos partidos’, afirma, em entrevista exclusiva à reportagem de VEJA, revelando os nomes de cinco parlamentares que encabeçavam a lista de ‘beneficiários”.

Ela disse à Veja:

“Luiz Argolo era cliente e ao mesmo tempo sócio de Beto. Eles tinham parcerias em obras e negócios. Eu fiz muitos pagamentos para o Argolo. Ele vivia no escritório”.

Como os rios correm para o mar, o dinheiro dos contribuintes pode estar fazendo seu retorno agora, ao bolso dos eleitores mais suscetíveis a esse tipo de “apelo” político.

Veja parte da matéria da Veja clicando aqui.

Na eleição de 2010, Luiz Argolo teve o apoio do atual presidente da Câmara de Luís Eduardo, Cabo Carlos, que lhe conseguiu uma pífia votação de cento e poucos votos. Esta semana, um carro adesivado com propaganda de Argolo ficou um longo tempo estacionado na Câmara. Será que Argolo vai repetir a experiência malograda? 

Janot, procurador da República: roubalheira da Lava Jato deve passar de 10 bilhões.

Janot, procurador geral da República.
Janot, procurador geral da República.

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou ontem que o esquema de lavagem de dinheiro investigado pela Operação Lava Jato, da Polícia Federal, envolve vários “destinos e destinatários” e teria movimentado uma quantia de recursos que ele nunca havia visto.

“O que eu posso dizer é que é um esquema enorme de lavagem de dinheiro. E esse dinheiro era utilizado em mais de uma utilidade. Então, tem campanha, corrupção, enfim. São vários os destinatários e destinos dessas importâncias”, disse Janot.

Questionado se o montante ultrapassaria as primeiras estimativas de desvios de R$ 10 bilhões, afirmou:

“Está difícil fazer uma estimativa ainda, mas é muito dinheiro, nunca vi tanto dinheiro na minha vida”.

O procurador-geral afirmou que, assim que o processo estiver “maduro” para ser encaminhado à Justiça, revelará os nomes dos envolvidos. Na lista devem constar alguns congressistas. Janot informou ainda que já está de posse dos dados fornecidos pelo governo da Suíça, que pode ter informações referentes a movimentações bancárias do ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa no país europeu. No mês passado, o Ministério Público da Suíça bloqueou US$ 23 milhões depositados em contas atribuídas ao ex-diretor da estatal. As informações são da Agência Estado, com edição do blogueiro Fábio Campana.

Juiz Linha Dura faz Ministro Zavascki reverter decisão de ontem

Sérgio Fernando Moro, em foto do Estadão  Conteúdo.
Sérgio Fernando Moro, em foto do Estadão
Conteúdo.

Respondendo ao questionamento do juiz Sérgio Fernando Moro, da 13ª Vara da Justiça Federal em Curitiba, o ministro do Supremo Tribunal Federal, Teori Zavascki, voltou atrás na sua decisão e manteve 11 acusados de participarem do esquema de lavagem de dinheiro desmantelado pela Polícia Federal durante a Operação Lava Jato. Com a decisão do ministro, apenas o ex-diretor da Petrobras,  Paulo Roberto Costa, deve permanecer solto. Entre os 11 que haviam sido libertados, numa penada, um deles estava envolvido com uma operação de tráfico de 750 kg de cocaína e lavagem do dinheiro resultante da operação.

O juiz Sérgio Moro é conhecido pela sua austeridade nas decisões que profere.

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Bomba: Ministro libera detidos na Operação Lava Jato da PF

O ministro Teori Zavascki decidiu soltar todos os 12 presos, detidos durante a Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Entre eles estão os homens bomba, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa.

Todos os inquéritos também foram suspensos pela decisão e devem ser remetidos ao Supremo, segundo o ministro. Ele acatou reclamação do advogado de Costa de que o juiz federal Sérgio Moro extrapolou a sua competência ao investigar o deputado André Vargas (sem partido-PR), que tem foro privilegiado. Para o ministro, o juiz deveria ter mandado o inquérito para o Supremo assim que apareceram os primeiros indícios de que havia na investigação um parlamentar. O juiz, no entanto, só encaminhou a parte sobre Vargas ao Supremo neste mês.

Zavascki afirmou na decisão, citando dois votos de ministros do próprio Supremo, que não cabe ao juiz de primeira instância definir o que deve ir para a instância máxima da Justiça. Os votos citados são dos ministros José Antônio Dias Tofolli e Marco Aurélio Mello. O deputado André Vargas surgiu na apuração em meados do ano passado. Trocas de mensagens entre o doleiro e Vargas apontam que o parlamentar ajudou o laboratório Labogen a conseguir uma parceria de R$ 31 milhões com o Ministério da Saúde para produzir medicamento considerado estratégico.

A PF diz que o laboratório é controlado pelo doleiro e não tinha condições de produzir nada de sofisticado, já que suas máquinas foram compradas em ferro velho e receberam uma maquiagem para parecerem novas. A Operação Lava Jato foi deflagrada no último dia 17 de março. A PF prendeu Youssef sob acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões e teria ramificações em partidos como o PT, PMDB, PP e SDD. Com a decisão, também foram soltos os doleiros Nelma Kodama, presa no aeroporto de Cumbica quando tentava embarcar com 200 mil euros na calcinha, e Carlos Habib Chater, que fazia negócios com Youssef. Foi liberado um grupo de doleiros suspeito de atuar com lavagem de dinheiro de tráfico de drogas. Um deles estava envolvido com uma operação de tráfico internacional de 700 quilos de cocaína. Em despacho encaminhado ao ministro, o juiz Sérgio Moro diz que não houve usurpação do poder do Supremo, já que o deputado não foi investigado durante a operação.

Conheço no mínimo umas duas duzias de vagabundos, que vendiam crack nas vilas do Oeste, que estão apodrecendo na cadeia, sem julgamento, sem advogado, sem alimento ou remédios, em masmorras infectas e superlotadas. Enquanto isso, os grandes ladrões do erário público voltam aos seus carros importados, seus apartamentos de alto luxo, para gozar de seus capitais depositados em paraísos fiscais.

Sem querer ser fantasioso ou apocalíptico, prevejo um levante civil em que milhares ou milhões de inocentes serão massacrados por culpa desta crescente ausência da Justiça, do desmando, dos privilégios dos poderosos.

Que não se confie na infinitude da cordialidade brasileira.  

PF tem relatório final da “Operação Lava Jato”

A Polícia Federal encaminhou nesta terça-feira, 15/4, os relatórios finais referentes aos quatro inquéritos que compõem a Operação Lava Jato, deflagrada em 17/3/2014, com o objetivo de desarticular organizações criminosas que atuavam no mercado clandestino de câmbio no Brasil. A elaboração dos relatórios finais neste momento decorre do término do prazo legal para a conclusão da investigação, diante da existência de indiciados presos.

Cada inquérito policial investigou a atuação de uma dessas quatro organizações criminosas, que eram lideradas por doleiros. Esses grupos, embora fossem independentes entre si, possuíam negócios em comum relacionados à lavagem de dinheiro.

Ao todo, a PF indiciou 46 pessoas pelos seguintes crimes: formação de organização criminosa, crimes contra o sistema financeiro nacional (operar instituições de câmbio sem autorização, falsa identidade em contrato de câmbio e evasão de divisas), falsidade ideológica e lavagem de dinheiro. Dois doleiros também foram indiciados por financiamento ao tráfico de drogas, diante de indícios da ligação deles com traficantes.

Foram cumpridos 105 mandados de busca e apreensão, 19 de prisão preventiva, 12 de prisão temporária e 27 conduções coercitivas. A Justiça Federal autorizou o sequestro de três hotéis e seis residências de alto padrão. Foram apreendidos 25 veículos com valores de mercado superior a R$ 100 mil cada. Aproximadamente R$ 6 milhões foram apreendidos em espécie, além de centenas de joias e várias obras de arte, que serão destinadas esta semana ao Museu Oscar Niemeyer para custódia.

Atualmente, 15 pessoas permanecem presas, sendo 14 em Curitiba/PR e uma em São Paulo/SP. Há duas pessoas foragidas.

A PF poderá apresentar complementos aos relatórios finais, a partir do estudo do material aprendido ainda não analisado, o que pode acarretar investigações autônomas dos seguintes crimes: fraude em licitação, desvio de recursos públicos, corrupção ativa e passiva, evasão de divisas, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

Operação Lava Jato, da Polícia Federal, faz novas prisões e apreensões.

pfederal

A Polícia Federal cumpriu, nesta sexta-feira (11), nova etapa da Operação Lava Jato, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro de R$ 10 bilhões. Foram cumpridos dois mandados de prisão temporária, quatro de condução coercitiva (quando o suspeito é levado a depor), e 15 de busca e apreensão de documentos nas cidades de São Paulo, Campinas (SP), Rio de Janeiro, Macaé e Niterói (RJ).

Na capital fluminense, a sede da Petrobras foi alvo da PF. A primeira parte da operação foi deflagrada em 17 de março, quando um dos doleiros acusados de envolvimento no esquema, Alberto Youssef, foi preso. Três dias depois, o ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto da Costa, foi preso pela PF sob a suspeita de corrupção passiva em razão de suas relações com o doleiro.

As investigações apontam que o grupo envolve personagens do mercado clandestino de câmbio no país, que atuam para promover lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas. Nas últimas semanas, foi denunciada a ligação entre Youssef e o deputado André Vargas (PT-PR), que chegou pedir licença do cargo.

Câmara e STF vão iniciar processos contra deputado da Operação Lava Jato

Lava roupa todo dia, que agonia / Na quebrada da soleira, que chovia / Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada / Uma mulher não deve vacilar... Aliás, nem a mulher, nem o doleiro, muito menos o Vice-Presidente da Câmara. Que mancada!
Lava roupa todo dia, que agonia / Na quebrada da soleira, que chovia / Até sonhar de madrugada, uma moça sem mancada / Uma mulher não deve vacilar… Aliás, nem a mulher, nem o doleiro, muito menos o Vice-Presidente da Câmara. Que mancada!

O presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, acatou nesta segunda-feira o parecer jurídico da Mesa Diretora da Casa e decidiu encaminhar à Corregedoria Parlamentar o pedido de investigação por quebra de decoro feito hoje pelo Psol para apurar as denúncias contra o 1º vice-presidente, deputado Andre Vargas (PT-PR). O parlamentar pediu  licença por 60 dias do seu mandato a partir desta segunda (7).

A Mesa Diretora, por meio do presidente Henrique Alves, também encaminhou ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar arepresentação feita pelo PSDB, DEM e PPS, nesta segunda-feira, também por quebra de decoro. Lá o processo será aberto, um relator será sorteado e testemunhas serão ouvidas.

Denúncias
Desde o início de abril, são publicadas denúncias de ligações irregulares entre o deputado e o doleiro Alberto Youssef, preso em operação da Polícia Federal contra lavagem de dinheiro. O jornal Folha de S. Pauloinformou que Vargas usou um avião contratado por Youssef para uma viagem de férias a João Pessoa (PB).

Neste fim de semana, reportagem da revista Veja divulgou mensagens interceptadas pela Polícia Federal em que Vargas teria prometido ajudar Youssef em contratos que o doleiro pretendia fechar com o governo federal na área da Saúde.

Massacre midiático
Andre Vargas ocupou a tribuna do Plenário, na semana passada, e afirmou que suas relações com Youssef são de amizade, com quem se relacionava há 20 anos, e que desconhecia suas atividades ilegais.

Hoje, em nota, o deputado afirmou que, com o pedido de licença pretende, antes de tudo, preservar a Câmara dos Deputados, enquanto prepara sua defesa diante do que classifica de “massacre midiático”. Ele afirma que “esse massacre está sendo abastecido pelo vazamento ilegal de informações”.

Investigação preliminar
De agora em diante, caberá à Corregedoria fazer uma investigação preliminar e encaminhar um parecer à Mesa Diretora, que decidirá sobre o encaminhamento a ser seguido. Caso sejam comprovadas as denúncias, o Código de Ética e Decoro Parlamentar prevê diversas penalidades, que vão de perda de mandato a suspensão por até 90 dias, censura verbal ou censura por escrito.

Pedido anterior indeferido
Alves também acatou o parecer da Mesa Diretora e indeferiu o pedido encaminhado pelo Psol na semana passada. Segundo a assessoria jurídica da Mesa, o primeiro ofício do Psol não trouxe elementos que fundamentassem uma decisão do presidente favorável à representação contra Vargas. Diferente do que foi feito hoje, quando a Mesa considerou válidos os argumentos apresentados pelo partido.

Exoneração do gabinete
Com a publicação do pedido de licença, que deverá ocorrer amanhã no Diário da Câmara, Andre Vargas perde direito, pelo período em que estiver fora da Casa, à remuneração mensal de R$ 26.723,13 e à Cota para o Exercício da Atividade Parlamentar e à verba de gabinete, que hoje é de R$ 78.000,00.

Os funcionários empregados no seu gabinete pessoal serão exonerados. No entanto, os servidores que estiverem ligados à 1ª vice-presidência serão mantidos, pois exercem atividade institucional. Do Portal da Câmara dos Deputados.

Hoje caíram nas escutas da PF deputados do Partido Progressista e o PP da Bahia.

A Justiça Federal no Paraná determinou hoje (7) que parte da investigação da Operação Lava Jato, da Polícia Federal, na qual o deputado federal André Vargas (PT-PR)  é citado, seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão foi tomada pelo juiz Sérgio Fernando Moro após constatar ˜elementos probatórios˜ que apontam para relação entre Vargas e o doleiro Alberto Youssef. O deputado não é investigado na operação, mas diálogos e mensagens entre os dois foram encontrados durante as investigações.

Moro determinou também que a Polícia Federal reúna, em uma investigação separada das provas colhidas na operação, os fatos que envolvem Vargas e o doleiro para que a relação entre os dois seja analisada pelo Supremo. De acordo com o juiz, a Justiça Federal não tem competência para processar e julgar fatos envolvendo o deputado federal. A remessa ao STF deve ocorrer em dez dias.

“Revendo os autos, constato que entre os diversos fatos investigados foram colhidos, em verdadeiro fortuito de provas, elementos probatórios que apontam para relação entre Alberto Youssef e André Vargas, deputado federal. Prematura a afirmação de que tal relação teria natureza criminosa”, afirmou o juiz.

O deputado André Vargas, primeiro-vice-presidente da Câmara, pediu hoje (7) licença da Casa pelo prazo de 60 dias para tratamento de assuntos de interesse particular. Nesse período, ele ficará afastado tanto do cargo de deputado quanto do de vice-presidente da Câmara.

Também na tarde de hoje, o PSOL entrou com nova representação na Mesa. O partido vai, ainda, entrar com ação no Ministério Público para que o órgão investigue Vargas. O PSOL pede que sejam investigadas a utilização do avião particular por André Vargas, a relação entre ele e o doleiro e as condutas do deputado no âmbito do Ministério da Saúde.

A Operação Lava Jato foi desencadeada no dia 17 de fevereiro. A Polícia Federal cumpriu 24 mandados de prisão e 15 de condução coercitiva, além de 81 mandados de busca e apreensão em 17 cidades. Cerca de 400 policiais participaram da operação.

A organização criminosa contava com quatro grupos, que tinham à frente doleiros que lucravam com câmbio paralelo ilegal, mas também praticavam crimes como tráfico de drogas, exploração e comércio ilegal de diamantes e corrupção de agentes públicos.

 

Estamos evoluindo: do dinheiro nas cuecas para euros na calcinha!

Kodama: pelo tamanho da japinha, não era calcinha. Era calção.
Kodama: pelo tamanho da japinha, não era calcinha. Era calção.

Alvo da Operação Lava Jato, Nelma Mitsue Penasso Kodama foi presa pela Polícia Federal na madrugada de sábado, 15, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, quando tentava embarcar para Milão, na Itália, com € 200 mil escondidos sob a roupa. Segundo reportagem de Fausto Macedo, para o jornal O Estado de S. Paulo, quase todo o dinheiro estava dentro da calcinha de Nelma, que foi concunhada do ex-juiz federal João Carlos da Rocha Mattos – condenado na emblemática Operação Anaconda, deflagrada em outubro de 2003 para combater suposto esquema de venda de sentenças judiciais.

Nelma já estava com a prisão preventiva decretada pela Justiça Federal em Curitiba, no âmbito da Lava Jato, sob suspeita de prática de lavagem de dinheiro.

Na Delegacia da PF em Cumbica, ela foi autuada em flagrante por tentativa de evasão de divisas. Quando a abordaram, os federais já tinham informações sobre o pacote de euros a partir de interceptação telefônica que estava em andamento.

Nelma declarou que trabalha no ramo de design e decoração e que iria usar o dinheiro para fazer compras de bens móveis na Europa. Alegou que não declarou os valores porque a Secretaria da Receita Federal estaria fechada.

Além de Nelma, a Operação Lava Jato prendeu outros três doleiros, Alberto Youssef, Raul Srour e Carlos Habib Chater. Do Diário do Poder.

PF desbarata quadrilha que lavou R$10 bilhões em vários estados

Do portal Diário do Poder

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta segunda-feira a operação Lava-Jato, destinada a desbaratar uma quadrilha acusada de lavagem de dinheiro em sete estados. Os valores envolvidos na fraude são estimados em R$ 10 bilhões. A ação policial começou às 6h desta segunda-feira (17) em Curitiba e outras 16 cidades do Paraná, São Paulo, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Mato Grosso do Sul.

Mais de 400 policiais devem cumprir 81 mandados de busca e apreensão, 18 de prisão preventiva, 10 de prisão temporária e 19 de condução coercitiva, para depoimento na delegacia. Conforme a PF, os montantes investigados passam de R$ 10 bilhões.

De acordo com as investigações, o grupo envolve personagens do mercado clandestino de câmbio no Brasil e é responsável pela movimentação financeira e lavagem de ativos de diversas pessoas físicas e jurídicas envolvidas com vários crimes. Entre eles estão tráfico internacional de drogas, corrupção de agentes públicos, sonegação fiscal, evasão de divisas, extração, contrabando de pedras preciosas, desvios de recursos públicos, dentre outros.

Um dos grupos fazia uso de uma rede de lavanderias e postos de combustíveis para movimentar os valores oriundos de práticas criminosas.  participam da ação. Também serão cumpridas ordens de seqüestro de imóveis de alto padrão, apreensão de patrimônio adquirido por meio de práticas criminosas, e bloqueio de dezenas de contas e aplicações bancárias.

Lavanderia Brasil: nunca fecha. Se há tanto dinheiro a lavar, imagine aquele que é gasto em moeda sonante, na boca dos caixas, sem  necessidade de limpeza.