
Palácio Araguaia, em Palmas: por aqui poderiam passar as ordens de funcionamento da Lavanderia do Boi.
Leandro Mazzini, do blog Coluna Esplanada, ancorado no UOL, parece estar bem informado sobre a Operação Rei do Gado, da Polícia Federal, que deve estender suas investigações para a Bahia. Veja o que ele informa:
A Operação Reis do Gado realizada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (28) no Tocantins, que enquadrou o atual (Marcelo Miranda) e o ex-governador (Siqueirinha Campos), é uma preparatória para coletar provas para cercar o curral inteiro: os federais vão deflagrar uma operação a partir de Santa Catarina, que passará pelo Paraná e chegará à Bahia.
O alvo codinome Momô, marido de uma importante congressista, é suspeito de lavar dinheiro para empresários e políticos do grupo.
Os codinomes dos alvos investigados são Vaca, Momô, Nariz, Pinguim e MR, irmão de um ex-governador. É sinal de que a PF apenas abriu a porteira.
A lavagem de dinheiro em operações de compra e venda de gado são bastante simplórias. As aquisições são frias, comprovadas com nota fiscal, e as vendas, com boa margem de lucro, também são frias. Tudo consiste em gerar lucro fictício para os lavadores trazerem seu dinheiro mal havido à luz do sol. O certo é que nessas operações não entra nenhuma figura de quatro patas e dois chifres da vida real. É apenas papel.
Em um País em que deputados e bicheiros lavam dinheiro comprando bilhetes premiados de loterias, a compra e venda fictícias de gado pode significar até uma sofisticação. Desde que o lavador não coloque mais gado em uma fazenda do que ela realmente suporta, como aconteceu, ou cometa outros erros primários.
