Na sessão ordinária da Câmara de Vereadores de Luís Eduardo, nesta terça, a Oposição tentou, liderada pela loiríssima Katerine Rios, medir forças com o Executivo. O pomo da discórdia eram os requerimentos ao Prefeito sobre aluguéis, funcionários contratados e carros locados. Não deu certo. O pedido de vistas, por parte do vereador Juvenal Canaã, foi aprovado por 8 votos a 4, uma esmagadora maioria. Vôga Pelissari, na condição de presidente, só votaria em caso de empate.
Katerine estava eufórica: desfez dos colegas que votaram pelo pedido de vistas, cobrou de uns e de outros a aprovação dos requerimentos e acabou levando uma bola nas costas do próprio Renildo do Sindicato, que começou o ano como um dos principais oposicionistas e está arrefecendo suas forças. Na terça, votou pelas vistas, que adiam por uma sessão a votação dos requerimentos.
-Eu sou uma mulher retada, eu me sinto a tal. Não sabia que esses requerimentos eram tão importantes para o Prefeito, disse Katerine. Se os requerimentos não forem aprovados, me sentirei ainda mais lisonjeada, pois é sinal que o Prefeito se preocupa comigo.
Katerine afirmou também que não se preocupa com a não aprovação dos requerimentos nas próximas sessões:
-Já entreguei os requerimentos ao Ministério Público e acho que lá a tramitação vai ser mais eficaz.
Alaídio: bolachinhas e café preto durante a sessão para amenizar as batalhas contra o Executivo.
Fábrica de rapadura
Outro vereador que afirmou a preocupação do Prefeito com os requerimentos, foi o ex-líder do Governo, Sidnei Antonio Giachini:
“São coisas simples. Por que não podemos saber onde o Governo Municipal gasta R$19 milhões por mês?”
Giachini deveria saber, pois foi líder do Prefeito durante dois anos e voltou-se contra o Executivo depois de preterido duas vezes como candidato a vice-prefeito e uma vez como candidato à Presidência da Câmara.
Foi mais a frente: “Gostaria de saber porque, em 4 anos e meio de mandato de Humberto, não se instalou nenhuma indústria em Luís Eduardo, nem uma singela fábrica de rapadura?”
E para o vereador Guinho da Contem, que oscila entre oposição e situação, fez um chamamento: “Estamos fundando um novo partido, Guinho, e você poderá ser nosso companheiro”.
Ao ocupar a tribuna, Guinho fez uma longa algaravia sobre a liberdade de expressão, liberdade de opinião e democracia, que pouca gente entendeu. Preparava-se para votar contra a Oposição no caso dos requerimentos.
Jarbas Rocha: esgrimindo contra a Oposição e assessorando Zezé da Farmácia, que andou se perdendo nos números dos projetos
Sindicância por quebra de decoro
No calor da discussão, o líder do Governo, Jarbas Rocha, pediu ao Presidente a instalação de uma comissão de sindicância contra Giachini, que andou ofendendo o pequenino mas valente Vereador.
E foi taxativo:
“Na hora que o Vereador quiser qualquer documento do Executivo, desde 2011, não precisa de requerimento. É só falar comigo”.
Jarbas Rocha também prometeu 4 novos projetos-de-lei, que “vão lotar o plenário”, a exemplo da regulamentação do serviço de mototaxistas.
-Agora vamos disciplinar a prestação de serviços funerários e dos ambulantes.
Vôga: ocupou a Presidência com serenidade e firmeza
A indústria dos quebra-molas
Os vereadores Erick Café, Katerine Rios e Juvenal Canaã pediram mais quebra-molas. Os dois primeiros para o mesmo local na rua São Francisco, provavelmente a via que tenha mais quebra-molas em todo o mundo. E Juvenal na sombria e desconhecida rua da Mutamba – que na verdade nem ele sabia o nome – uma via do Jardim das Acácias, entre a rua JK e a marginal da BR 242, costeando a Indústria Galvani.
Desconfia-se que os insignes vereadores estejam sofrendo a influência de fabricantes e comerciantes de molas e amortecedores, para pedir tanto esses antiquados redutores de velocidade.