Ucrânia: a história vai se repetir?

paisagem-do-verão-em-ucrânia-17228756A história se repete com uma constância terrível e avassaladora: quando Hitler, na 2ª Grande Guerra, pregava o “Espaço Vital”, o Lebensraun, e uma política expansionista, estava falando principalmente das terras férteis da Ucrânia, o controle do Mar Negro e do petróleo da Rússia. Agora, quando estamos vendo a diplomacia e os tambores de guerra prestes a soar, Otan e Rússia se engalfinham pelo mesmo motivo. Tropas russas na Criméia e aviões da OTAN na Polônia são sinais de um contencioso que pode não acabar bem. Se os grandes não intervirem, vai acontecer uma guerra de guerrilhas que pode acabar com aquele belo e próspero país. Novamente.

O princípio do fim: Kadafi entra em contagem regressiva para ser ejetado do poder.

A França reconheceu nesta quinta-feira a liderança rebelde da Líbia – reunida no Conselho Nacional de Transição Interino (CNTR) – como governo legítimo do país imerso em conflito.

A decisão foi anunciada em Paris pelo gabinete do presidente Nicolas Sarkozy, um dia depois de deputados do Parlamento Europeu terem feito um apelo à União Europeia (UE) a reconhecer os rebeldes.

A alta representante para Relações Exteriores da UE, Baronesa Ashton, disse que não tinha mandato para tomar a decisão. Um enviado do CNTR vinha buscando apoio na Europa, mas diplomatas da UE disseram à BBC que precisavam compreender quem eram os líderes rebeldes, e se o grupo era verdadeiramente representativo da oposição.

Também nesta quinta-feira, o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, assinou um decreto que proíbe a exportação, venda e entrega de armas de qualquer tipo para a Líbia. Munições e peças de reposição também estão na lista de itens proibidos.

No fim de fevereiro, a Rússia votou a favor de uma resolução da Organização das Nações Unidas (ONU) que impõe sanções severas ao regime do líder líbio, Muamar Kadafi, entre elas o embargo sobre a venda de armas. A OTAN – Organização Militar do Tratado do Atlântico Norte e a União Européia estão reunidas com objetivo de estabelecer uma zona de exclusão aérea.

Sem reposição de armamentos, com dificuldades na dominação territorial e os aviões no chão, não só os dias, mas as horas do ditador estão contadas.