PF cumpre mandados contra governador do Republicanos que ‘impedia investigações’ sobre desvios.

Bolsonaristas oferecem gado em troca de votos indígenas no Tocantins — Brasil de FatoA herança maldita da corrupção: o Governador afastado e o ex-presidente condenado.

Ações autorizadas pelo STF visam impedir destruição de provas por Wanderlei Barbosa, do Tocantins, afastado desde setembro.

A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira (12/nov) a Operação Nêmesis, cumprindo 24 mandados de busca e apreensão em Palmas e Santa Tereza do Tocantins, com o objetivo de desarticular uma rede suspeita de obstruir investigações sobre desvios de recursos públicos durante a pandemia de Covid-19.

Entre os alvos, segundo matéria na Veja, destaca-se o governador Wanderlei Barbosa (Republicanos), que já enfrentava afastamento do cargo desde setembro.

As ações, autorizadas pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ), visam impedir a destruição de provas e identificar novos envolvidos em um esquema que envolveu emendas parlamentares e contratos superfaturados para fornecimento de cestas básicas.

Agentes da PF durante cumprimento de mandado de busca na Operação Nêmeses — Foto: Polícia Federal/Divulgação

De acordo com as apurações, os suspeitos teriam utilizado veículos oficiais e influência de cargos públicos para remover documentos sensíveis, frustrando o andamento das investigações em curso na Corte Especial do STJ.

A PF identificou indícios de que tais manobras ocorreram logo após a segunda fase da Operação Fames-19, em 3 de setembro, quando Barbosa foi temporariamente afastado por seis meses.

Movimentação de carros oficiais e particulares em frente à casa da sogra do Governador, em fotos da PF.

Durante as buscas desta manhã, agentes apreenderam celulares e outros materiais que podem esclarecer a extensão da obstrução, incluindo a possível ocultação de ativos desviados.

O contexto atual remete diretamente à Operação Fames-19, iniciada em 2020 para combater fraudes em licitações emergenciais.

Naquele período, o estado de emergência sanitária facilitou contratos sem concorrência plena, permitindo o desvio estimado em R$ 73 milhões apenas em compras de cestas básicas e frangos congelados.

Wanderlei Barbosa, então vice-governador e responsável pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social (Setas), é apontado como possível mandante do esquema, que envolveria propinas de R$ 550 mil e lavagem de dinheiro via aquisição de imóveis de luxo, como a pousada Pedra Canga, ligada à família do político.

A primeira-dama Karynne Sotero, os filhos Rérisson Castro e o deputado Léo Barbosa, além de ex-secretários como Thomas Jefferson e o coronel Wander Araújo, e a deputada Cláudia Lelis, também figuram como alvos recorrentes nessas ramificações.

Em nota oficial, Barbosa expressou estranheza com a timing da operação, alegando que aguarda julgamento de habeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) para retornar ao cargo.

Ele reiterou disponibilidade para colaborar e confiança na Justiça, negando qualquer irregularidade e argumentando que, na época dos fatos iniciais, atuava como vice sem poder de ordenar despesas.

A defesa de outros investigados, como Thomas Jefferson, classificou as acusações de absurdas, enfatizando que ações foram estritamente laborais.

O histórico de instabilidade no Tocantins agrava o cenário. Barbosa assumiu o governo em 2021, sucedendo Mauro Carlesse, afastado por suspeitas semelhantes de corrupção.

Fames-19 já havia revelado, em sua primeira fase, o uso de emendas parlamentares para remunerar empresas fantasmas, com crimes como peculato, corrupção passiva, frustração de licitação e formação de organização criminosa.

Em outubro de 2025, reportagens detalharam como o esquema se estendia a compras de gado e pagamentos pessoais, com depósitos fracionados em espécie para Barbosa.

Esses elementos explicam a escalada para a Nêmesis, que busca não só provas concretas, mas também mapear a rede de influência que perpetuou as fraudes mesmo após o fim da pandemia.

As investigações prosseguem sob sigilo, com a PF incentivando denúncias via e-mail ou WhatsApp.

Especialistas em compliance público destacam que casos como esse reforçam a necessidade de auditorias independentes em emendas, especialmente em estados com histórico de trocas frequentes de liderança.

Enquanto o STJ analisa os próximos passos, o afastamento de Barbosa completa dois meses, deixando o Tocantins sob interinidade e sob escrutínio nacional sobre governança em tempos de crise.

Com edição do URBS Magna e O Expresso.

 

Forças policiais do Tocantins desarticulam quadrilha de assaltantes de bancos

Uma operação da Delegacia Estadual de Investigações Criminais-DEIC Divisão Antirroubo a Bancos, com apoio Grupo de Operações de Operações Táticas  Especiais-GOTE, com apoio Grupo de Operações de Operações Táticas  Especiais-GOTE, desarticulou na madrugada deste dia  07/06/2017 uma quadrilha interestadual de roubo à instituições financeiras.

A quadrilha foi interceptada no momento em que se preparava para furtar mediante emprego de ferramentas, as agências do Bradesco e Correios da cidade de Novo Acordo/TO.

No momento da abordagem os assaltantes empreenderam fuga pelo matagal na Zona Rural desta cidade e foram capturados na manhã de hoje pelas equipes de Buscas da DEIC e GOTE.

Jefferson Mendes da Conceição, Joanesburgo Hussen Lopes Fernandes, Alexandre Ferreira de Souza, presos na operação, também são suspeitos de terem praticado furto nas agências dos Correios das cidade de Porto Nacional e na quadra 1106 Sul em Palmas. Foram apreendidos com a quadrilha dinheiro proveniente das ações criminosas, bem como ferramentas usadas nas ações, celulares e quatro veículos utilizados nos crimes.

O bando tem atuação nos Estados do Mato Grosso, Paraná, Bahia e Tocantins e atuavam com apoio de membros locais da quadrilha.

Operação Reis do Gado da PF vai se estender até a Bahia

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Palácio Araguaia, em Palmas: por aqui poderiam passar as ordens de funcionamento da Lavanderia do Boi.

Leandro Mazzini, do blog Coluna Esplanada, ancorado no UOL, parece estar bem informado sobre a Operação Rei do Gado, da Polícia Federal, que deve estender suas investigações para a Bahia. Veja o que ele informa:

A Operação Reis do Gado realizada pela Polícia Federal nesta segunda-feira (28) no Tocantins, que enquadrou o atual (Marcelo Miranda) e o ex-governador (Siqueirinha Campos), é uma preparatória para coletar provas para cercar o curral inteiro: os federais vão deflagrar uma operação a partir de Santa Catarina, que passará pelo Paraná e chegará à Bahia.

O alvo codinome Momô, marido de uma importante congressista, é suspeito de lavar dinheiro para empresários e políticos do grupo.

Os codinomes dos alvos investigados são Vaca, Momô, Nariz, Pinguim e MR, irmão de um ex-governador. É sinal de que a PF apenas abriu a porteira.

A lavagem de dinheiro em operações de compra e venda de gado são bastante simplórias. As aquisições são frias, comprovadas com nota fiscal, e as vendas, com boa margem de lucro, também são frias. Tudo consiste em gerar lucro fictício para os lavadores trazerem seu dinheiro mal havido à luz do sol. O certo é que nessas operações não entra nenhuma figura de quatro patas e dois chifres da vida real. É apenas papel.

Em um País em que deputados e bicheiros lavam dinheiro comprando bilhetes premiados de loterias, a compra e venda fictícias de gado pode significar até uma sofisticação. Desde que o lavador não coloque mais gado em uma fazenda do que ela realmente suporta, como aconteceu, ou cometa outros erros primários.

Agrotins aposta na diversificação da geração de renda

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Não só de grandes produtores, estações temáticas, oferta e venda de máquinas pesadas e linhas de financiamento para aquisição de equipamentos é composta a Agrotins Brasil 2015. Paralelo a estes espaços, o comércio de alimentos, artesanato e demonstrativo de pequenas atividades rurais também ilustram a programação deste ano.

O Pavilhão da Agricultura Familiar, uma parceria com a Prefeitura de Palmas, possui uma área destinada ao turismo rural. No local, funcionam estandes que pretendem incentivar a geração de renda por meio do aproveitamento dos atrativos naturais e da comercialização de alimentos em pequenas propriedades rurais próximas às cidades.

Segundo a extensionista rural Amanda Oliveira, a proposta é incentivar a utilização de sítios, chácaras e fazendas no fortalecimento da economia local, como também na oferta de novos postos de trabalho. “São pequenos restaurantes e propriedades com atrativos naturais para visitação, que podem facilmente ser aproveitados como forma de geração de renda”, explicou.

Inovações

Na área da transferência de tecnologia, o Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins) possui uma unidade demonstrativa de tomate que pretende diminuir o uso de defensivos com a utilização de um galpão coberto, protegendo a produção de fatores climáticos e pragas naturais.

De acordo com a engenheira agrônoma do Instituto, Geane Rodrigues, a proposta visa a produção de tomate das espécies cereja e santa clara, adaptáveis ao clima tocantinense. “São equipamentos que podem facilmente ser adquiridos mediante um baixo investimento financeiro ou mesmo contando com linhas simplificadas de financiamento”, afirmou.

Para o visitante Valdir Antunes, que produz diversos alimentos derivados do leite na Capital, o investimento em tomate protegido pode ser uma nova forma de renda. “Eu tenho um galpão na minha propriedade. Vendo esta unidade de tomate, achei interessante e vou pesquisar sobre como produzir”, disse.

Alimentos e bebidas

Na área de comércio de alimentos e bebidas, a vendedora de água de coco Erlene Viana da Silva confia no forte calor da região para garantir o consumo deste isotônico natural. “Todo mundo sente sede, na hora que o calor apertar, eu estarei aqui vendendo o meu produto”, afirmou. Já a empresária Irene Lopes, há 12 anos comercializa, na Agrotins, a tradicional paçoca de carne de sol com farinha de mandioca, considerada uma das principais comidas típicas da culinária tocantinense. “Tem gente que vem aqui e compra até para mandar para outros estados”, comemorou.

Quem também decidiu inovar na oferta de guloseimas regionais foi a comerciante Leidiane Souza Castro, que montou uma tapiocaria na área de alimentos da Agrotins Brasil 2015. “Estamos, pela primeira vez, aqui na Agrotins e oferecendo sete opções de recheio, entre salgados e doces. Nossa expectativa é muito boa, porque quase todo mundo gosta de comer uma tapioca recheada”, garantiu.

Artesanato

A Agrotins Brasil 2015 também oferece espaço na divulgação de artesanato regional confeccionado pelas etnias indígenas tocantinenses. Contando com um estande no Pavilhão da Agricultura Familiar, o rico artesanato produzido pelas comunidades tradicionais é apreciado e comercializado. De acordo com Siewe Xerente, líder indigenista de uma aldeia próxima da Capital, a parceria com o Ruraltins favorece a divulgação e a comercialização dos produtos oriundos das comunidades. “Podemos vender nosso artesanato e também dialogar com os visitantes sobre a importância das comunidades indígenas do Tocantins”, relatou.

Realização

A Agrotins Brasil 2015 é promovida pelo Governo do Estado do Tocantins, por meio da Seagro e vinculadas, Agência da Defesa Agropecuária (Adapec), Instituto de Desenvolvimento Rural do Tocantins (Ruraltins), Instituto de Terras do Tocantins (Itertins) e apoio de instituições financeiras e entidades de classe ligadas ao setor produtivo.

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Palmas inundada por chuvas fortes durante a manhã

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A chuva que cai desde o meio da manhã desta quinta-feira (12) em Palmas, está provocando o caos na cidade. Várias ruas estão alagadas e além dos motoristas não conseguem passar pelas vias, há registro de carros que foram arrastados pela correnteza. O Corpo de Bombeiros informou que no momento pelo menos cinco casas foram invadidas pela água e dois carros estão presos em alagamentos. Em um dos casos, uma ambulância do Samu está presa no centro da cidade com um paciente dentro, que está em atendimento.

Segundo o meteorologista da Fundação Universidade do Tocantins Luiz Cabral, a chuva forte acontece por causa da atuação da zona de convergência da umidade. Nesta quinta-feira chove muito também em Gurupi, Paranã e Formoso do Araguaia.

O fenômeno está atuando com força na região central do país e segundo o meteorologista é o mesmo que está provocando estragos no Rio de Janeiro e no Espírito Santo. A chuva deve continuar em Palmas até o fim de semana. A previsão, segundo Cabral, é que o centro-sul do Tocantins tenha um aditivo maior no volume médio de precipitação. Do Portal G1, onde o leitor poderá ver mais fotos como esta de Elisangela Farias.

Na redação de O Expresso a precipitação foi de apenas 3 mm nas últimas 24 horas.

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Delegado federal é assassinado no Tocantins.

No vizinho estado do Tocantins, a coisa não é fácil:  o corpo do delegado da Polícia Federal, Edward Neves Duarte, assassinado segunda-feira, 19, em Palmas (TO), foi enterrado na tarde desta terça-feira, 20, em Brasília. Duarte levou dois tiros, na porta de sua residência, na Quadra 208 Sul, região central da capital tocantinense. Ele investigava venda de sentenças no Tribunal de Justiça do Tocantins.

Uma sentença lúcida que virou um manifesto contra a corrupção no País.

A Escola Nacional de Magistratura incluiu, em seu banco de sentenças, o despacho pouco comum do juiz Rafael Gonçalves de Paula, da 3ª Vara Criminal da Comarca de Palmas, em Tocantins. A entidade considerou de bom senso a decisão de seu associado, mandando soltar Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, detidos sob acusação de furtarem duas melancias:

“Trata-se de auto de prisão em flagrante de Saul Rodrigues Rocha e Hagamenon Rodrigues Rocha, que foram detidos em virtude do suposto furto de duas (2) melancias. Instado a se manifestar, o Sr. Promotor de Justiça opinou pela manutenção dos indiciados na prisão.
Para conceder a liberdade aos indiciados, eu poderia invocar inúmeros fundamentos: os ensinamentos de Jesus Cristo, Buda e Ghandi, o Direito Natural, o princípio da insignificância ou bagatela, o princípio da intervenção mínima, os princípios do chamado Direito alternativo, o furto famélico, a injustiça da prisão de um lavrador e de um auxiliar de serviços gerais em contraposição à liberdade dos engravatados e dos políticos do mensalão deste governo, que sonegam milhões dos cofres públicos, o risco de se colocar os indiciados na Universidade do Crime (o sistema penitenciário nacional)…
Poderia sustentar que duas melancias não enriquecem nem empobrecem ninguém. Poderia aproveitar para fazer um discurso contra a situação econômica brasileira, que mantém 95% da população sobrevivendo com o mínimo necessário apesar da promessa deste ou desta presidente que muito fala, nada sabe e pouco faz.
Poderia brandir minha ira contra os neo-liberais, o consenso de Washington, a cartilha demagógica da esquerda, a utopia do socialismo, a colonização européia….
Poderia dizer que os governantes das grandes potências mundiais jogam bilhões de dólares em bombas na cabeça dos iraquianos, enquanto bilhões de seres humanos passam fome pela Terra – e aí, cadê a Justiça nesse mundo?
Poderia mesmo admitir minha mediocridade por não saber argumentar diante de tamanha obviedade.
Tantas são as possibilidades que ousarei agir em total desprezo às normas técnicas: não vou apontar nenhum desses fundamentos como razão de decidir.
Simplesmente mandarei soltar os indiciados. Quem quiser que escolha o motivo.”
Expeçam-se os alvarás.
Intimem-se.
Rafael Gonçalves de Paula
Juiz de Direito