Agricultores fazem “vaquinha” para consertar estradas estaduais do Oeste

Por Estelita Hass Carazzai, enviada especial da Folha de São Paulo ao Oeste.

A estrada que corta o mar de lavouras no oeste da Bahia é de chão batido. Tal como outras rodovias da região do Matopiba – que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, no cerrado–, está sujeita a buracos e lama depois que a chuva passa. Este ano ele foi mais intensa na época da colheita, quando é preciso escoar a safra.

Para que a rota fique transitável, anualmente os agricultores fazem uma vaquinha para obras de manutenção.

A doação é em sacas de soja, e varia conforme o tamanho da fazenda.

“Se esperar pelo governo, faz nada”, diz o produtor Marildo Mingori, 55, que deu 2.000 sacas de soja neste ano para terraplenar a BA-458 –o equivalente a R$ 120 mil.

A prática é comum a outras regiões agrícolas do Brasil.

Se chover, a BA 458 não aguenta o tráfico pesado

“Se não for assim, não entra insumo e não sai grão”, diz o agrônomo Rafael Maschio, diretor-executivo da Aprosoja Piauí (Associação dos Produtores de Soja).

Na Bahia, os produtores começaram doando o combustível que abastecia máquinas de prefeituras ou do Estado para consertar estradas.

Aos poucos, as doações informais viraram parcerias com o poder público. Há quatro anos, foi criado o Prodeagro (Fundo para o Desenvolvimento da Agropecuária da Bahia), chamado de Fundão.

Do lado dos agricultores, ele recebe as doações de soja; do governo, são créditos tributários de indústrias processadoras de soja e milho.

Com o dinheiro, as associações de produtores compraram máquinas e contrataram mão de obra. São 18 pessoas e dez máquinas nas estradas durante todo o ano.

Na safra passada, foram gastos R$ 19 milhões em 20 estradas. Neste ano, serão R$ 6 milhões.

“Todo ano é assim; choveu, não passa”, diz o motorista Augusto José Lopes, 44, que encalhou o caminhão vazio a caminho de uma fazenda em Luís Eduardo Magalhães. “Se estivesse cheio, perigava tombar.”

A parceria com o poder público já é hábito em Mato Grosso, onde foram criadas as chamadas “PPPs caipiras”, no início dos anos 2000. O resultado foi a redução de 20% nos gastos com transporte, segundo o Movimento Pró-Logística do Mato Grosso.

“Infelizmente, as coisas no Brasil só acontecem pelo voto. E a região aqui não é tão habitada”, comenta Maschio.

O governo argumenta que não tem orçamento, mas diz estar aberto a parcerias. Os produtores têm uma reunião marcada na próxima semana, para negociar as primeiras PPPs no Estado. 

Governo e Prefeitura planejam PPP para hospital em Luís Eduardo

O prefeito Humberto Santa Cruz, reuniu-se nesta sexta-feira, 22, com o Secretário Estadual de Saúde Jorge Solla, em Salvador, para discutir sobre uma Parceria Pública Privada- PPP. No encontro criou-se uma comissão com membros do município e do estado, para estudar a viabilidade deste tipo de parceria a ser adotada. Além de estratégias para captação de recursos foram debatidasSONY DSC maneiras para construção e gestão do futuro hospital em Luís Eduardo Magalhães.

Abapa realizará o lançamento do Projeto Patrulha Mecanizada na próxima sexta

abapa 000A Abapa – Associação Baiana dos Produtores de Algodão, representada pela presidente Isabel da Cunha e pelos diretores João Carlos Jacobsen Rodrigues e Celito Missio, apresentou ontem (20), para o prefeito de Luís Eduardo Magalhães, Humberto Santa Cruz, o Projeto de Conservação dos Recursos Naturais e Escoamento da Produção e a proposta de parceria público-privada.  Também chamado de Patrulha Mecanizada, o projeto tem o objetivo recuperar as estradas vicinais dos núcleos produtores de algodão do município. O lançamento oficial será realizado pela Abapa, durante o Fórum Regional sobre a Helicoverpa, que acontecerá no dia 22 de fevereiro, a partir das 14 horas, no Espaço Quatro Estações, em Luís Eduardo Magalhães. 

De acordo com a presidente da Abapa, Isabel da Cunha, “Iremos realizar reuniões com os prefeitos de todos os municípios contemplados para firmamos a parceria. Atualmente um dos principais problemas enfrentados pelos produtores é a logística precária para a entrada de insumos e escoamento da produção. Com a recuperação das estradas vicinais, através do Projeto Patrulha Mecanizada, iremos reduzir esse gargalo na produção”, destacou.

O prefeito Humberto Santa Cruz, disse que a parceria entre a Prefeitura de Luís Eduardo Magalhães e a Abapa é uma excelente oportunidade para melhorar o escoamento da produção e as condições das estradas. “Não mediremos esforços para firmar essa parceria de sucesso, que irá trazer grandes benefícios para o nosso município”, ressaltou.

A Abapa adquiriu as máquinas e os veículos auxiliares com recursos do IBA- Instituto Brasileiro do Algodão. O Projeto Patrulha Mecanizada contempla os municípios de Barreiras, Luís Eduardo Magalhães, São Desidério, Formosa do Rio Preto, Baianópolis, Jaborandi, Riachão das Neves, Cocos e Correntina. De Cristiane Barilli / Assessora de Imprensa da Abapa.

chapadão agricola out

Governo do Estado fará novos investimentos no aeroporto de Luís Eduardo

Em primeiro plano, maquete do terminal de passageiros. À esquerda e acima, os hangares da aviação privada, um dos quais já está construído.

Informa o jornalista Fernando Machado, do ZDA, com base em matéria distribuída pela Comunicação do Governo do Estado, que o governador Jaques Wagner deseja atrair recursos para a construção do terminal de passageiros do Aeroporto de Luís Eduardo Magalhães, que tem projeto orçado em R$6 milhões. Iniciativa privada, Governo do Estado e Prefeitura Municipal já investiram perto de R$20 milhões na pista, hangares e pátio de estacionamento.

Com o aporte governamental deverá ser complementada a taxi way, a sinalização noturna, o abastecimento, bem como o início das obras de complementação da pista (hoje com 2.000 metros), que ficará com 3.050 metros, quarenta metros mais extensa que a de Salvador.

O objetivo principal de um grupo de 13 empresários que estão à frente do empreendimento é exportação de frutas frescas para a Europa, com valor multiplicado em até 5 vezes daquele conseguido no mercado interno.

O Jornalista lamenta ainda que o Aeroporto de Barreiras continue “relegado ao próprio destino”. O que não deve contrariar a ordem natural das prioridades de infraestrutura, já que a demanda por passageiros e carga é maior em Luís Eduardo do que em Barreiras.

Neste sábado, o aeroporto sediará um encontro de ultraleves e exposição de modelos de aeronaves da aviação privada e, no domingo, será inaugurado, às 9 horas, oficialmente o novo aeródromo.

Linha Timbaúba e Rodoagro vão ganhar asfalto.

Vila Coaceral, grande região produtora de grãos, isolada entre Formosa do Rio Preto e Luís Eduardo Magalhães, espera com ansiedade pela chegada do asfalto.

A Parceria Público-Privada(PPP) que reunirá agricultores, Governo do Estado e Prefeitura Municipal de Luís Eduardo Magalhães para o asfaltamento da Linha Timbaúba (entre as localidades de Carolina e Taboada) deu o seu segundo grande passo. Esta semana o prefeito Humberto Santa Cruz entregou o projeto técnico ao secretário de Estado da Infraestrutura, Otto Alencar. Segundo Humberto o projeto de 45 quilômetros deverá custar R$380 mil o quilômetro, com metade custeada pelo Estado e metade pelos produtores:

-Não entra dinheiro de nenhuma das partes para o asfaltamento: o Estado deverá custear a massa asfáltica, parte dos combustíveis e parte das máquinas; os produtores também contribuirão com parte dos combustíveis, caminhões para transporte de materiais e alguns equipamentos, afirma o Prefeito.

O projeto entregue foi custeado pelos produtores e custou R$9 mil por quilômetro.

Humberto Santa Cruz também informou que as PPPs para a construção da Rodoagro, 220 km entre o Anel da Soja e a Coaceral, bem como a Estrada da Soja, em Roda Velha, com 33 km, estão tendo seus projetos desenvolvidos, com a realização de licitações. A Rodoagro é uma parceria de entre Governo do Estado, Banco do Nordeste e AIBA – Associação dos Produtores e Irrigantes da Bahia e tem um valor orçado de R$80 milhões.

Estradas do Oeste podem comprometer escoamento da super safra.

Os recordes de produção que fizeram do Oeste da Bahia a maior fronteira agrícola do Brasil estão ameaçando a sua própria viabilidade. Isto porque a precariedade das estradas comprometem o escoamento da safra. Esta situação aumenta os custos para o produtor e tira sua competitividade, onde cada real economizado na produção tem grande peso na remuneração do agricultor.

 O Oeste deve colher, na safra 2011/12, sete milhões de toneladas de grãos, segundo a estimativa do Conselho Técnico da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba). Dentre as principais culturas estão a soja, o milho e o algodão. O transporte rodoviário, praticamente o único modal de escoamento dos grãos, é comprometido pelas péssimas condições das rodovias estaduais. Não bastasse a falta de manutenção da grande malha viária vicinal, as chuvas sazonais prejudicaram ainda mais o pouco asfalto remanescente, e tornam intrafegáveis muitos dos trechos.

Ameaçados pelo problema, os agricultores, representados pela Aiba, propõem a instituição de uma Parceria Público Privada (PPP) para a recuperação e manutenção das rodovias. A entidade formalizou o pleito no início do ano, com cartas protocoladas em audiência com o secretário de Infraestrutura do Estado da Bahia, Otto Alencar, e ao Departamento de Infraestrutura e Transportes da Bahia, Derba.

  De acordo com o vice-presidente da Aiba, Sérgio Pitt, a proposta é uma ação emergencial para minimizar os problemas no escoamento da safra atual. Pela proposta, o Derba participa com as máquinas e equipamentos, e os produtores entram com o transporte do cascalho e assistência nas frentes de trabalho.

 “Trata-se de uma solução paliativa para não inviabilizar esta safra. Em médio prazo, esperamos a pavimentação de alguns trechos estratégicos para o que contratamos projetos executivos no âmbito do Programa de Rodovias Estaduais do Oeste Baiano, para uma parceria entre Aiba, Governo da Bahia e Banco do Nordeste”, diz Pitt.

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Cidade ganha Praça de Alimentação e calçadão na rua Ruy Barbosa

Uilham Hillebrand

O Governo Municipal de Luís Eduardo Magalhães deverá dar início a construção do Calçadão e da nova Praça de Alimentação da cidade, localizada no Centro – Rua Rui Barbosa, trecho entre a Rua Paraná e Paraíba. A obra, resultado de parceria com  o Grupo Imobiliário Alto dos Cerrados e Campos Elísios, deve iniciar, no próximo dia 15 de agosto.

Em reunião nesta sexta-feira, 12, na sede da Prefeitura Municipal, foram definidos os últimos detalhes do projeto pelos secretários Cândido Trilha, do Planejamento Orçamento e Gestão, e Sérgio Verri, da Infraestrutura, juntamente com os representantes executivos do grupo, Uendel Hillebrand e Uilham Hillebrand.

Tão logo sejam concluídas as obras, a atual Praça de Alimentação será desativada. A Prefeitura conta com o apoio da população durante esse período, tendo em vista que a intenção é melhorar o espaço. Paralelamente, haverá também a revitalização da Praça Sérgio Alvim Motta, tornando-a, mais moderna e atrativa para o lazer e o entretenimento. 

Em um espaço de 630 metros quadrados, o complexo da Praça da Alimentação envolve 12 quiosques, seis banheiros, sendo dois para pessoas com necessidades especiais. O término das obras está previsto para outubro deste ano. A intenção é que toda a estrutura esteja pronta para receber a festa de Natal, proporcionando conforto a quem visitar o local.

Novas rodovias para agricultura

10:57

Uma das regiões de maior expansão do pólo agrícola do cerrado baiano terá um aporte de 800 km na sua malha rodoviária. O incremento logístico será o resultado de uma inédita Parceria Público Privada (PPP) no estado para implantação, manutenção e operação de estradas, como parte do Programa de Rodovias Estaduais no Oeste Baiano, cujo protocolo de intenções foi assinado na última sexta-feira (28), pelo governador Jaques Wagner, o secretário da Infra-estrutura, João Leão, o diretor de Negócios do Banco do Nordeste, Paulo Sérgio Ferraro e o vice-presidente da Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba), Sérgio Pitt. Com a conclusão prevista para 30 dias, os estudos serão realizados por representantes das três instituições parceiras do projeto.

 As obras serão iniciadas pelo trecho de 200 km que interligará o município de Luís Eduardo Magalhães a Formosa do Rio Preto, passando por Barreiras e Riachão das Neves, conectando a BA 459 (Anel da Soja) à BA 225 (Coaceral). O valor para este corredor viário, que foi batizado de Rodoagro, é estimado em R$80 milhões. Ele atenderá diretamente a 500 mil hectares de lavouras, em uma das áreas de maior expansão agrícola do cerrado baiano, com perspectiva de chegar a 1 milhão de hectares dentro de quatro ou cinco anos.