PSD aprovado em 9 estados, quer colar imagem no passado glorioso do século 20.

A repercussão dos casos de fraude no recolhimento das assinaturas para a fundação do Partido da Social Democracia (PSD) não impediram que a nova legenda conseguisse, com o aval dos tribunais regionais eleitorais, a instalação de diretórios regionais em 9 estados pelo país.

O último estado em que o TRE homologou o registro foi o Acre, dispensando até a Bahia, um dos principais redutos do novo partido, liderado nacionalmente pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, mas que tem sua organização conduzida pelo vice-governador Otto Alencar.

Também deram o aval Santa Catarina, Tocantins, Rio Grande do Norte, Goiás, Rio de Janeiro, Paraná, Rondônia e Mato Grosso.

Com os 9 diretórios, o PSD ingressará com o pedido de registro nacional Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Se concedido antes do dia 8 de outubro, dará à legenda o direito de filiar eleitores e participar das eleições municipais de 2012.

Kassab, em entrevista ao G1, comemorou: “É lógico [que vamos disputar as eleições de 2012]. Estamos habilitados. A partir de agora, vamos começar o processo de filiação no país inteiro, transformando em filiados aqueles que eram associados. E, assim como qualquer partido, estamos nos preparando para entregar à Justiça no dia 7 de outubro a relação de nossos filiados, em especial aqueles que serão candidatos a vereador e a prefeito”, declarou.

O PSD informa ter recebido 538.263 assinaturas de apoio para sua criação. Por lei, são necessárias aproximadamente 490 mil assinaturas.

Ulysses, Luiz Vianna Filho e Juscelino Kubitscheck, três grandes políticos, do tempo em que eles morriam pobres e pautavam a vida pública pelos verdadeiros interesses da Nação.

A nova agremiação quer aproveitar um pouco da imagem do antigo Partido Social Democrático (PSD), fundado em 17 de julho de 1945 e extinto pela ditadura militar, pelo Ato Institucional Número Dois (AI-2), em 27 de outubro de 1965.

Foi formado sob os auspícios de Getúlio Vargas, de caráter liberal-conservador, reunindo antigos interventores do governo federal nos estados, como Benedito Valadares em Minas Gerais, Fernando de Sousa Costa de São Paulo, Almirante Ernâni do Amaral Peixoto do Rio de Janeiro, seu irmão Augusto, no então Distrito Federal, depois Guanabara e Agamenon Magalhães de Pernambuco. Entre 1945 e 1964, junto com o Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), formava o bloco pró-getulista da política brasileira, em oposição à União Democrática Nacional (UDN), antigetulista.

Durante sua existência, foi o partido majoritário na Câmara dos Deputados, tendo eleito dois presidentes da República: Eurico Gaspar Dutra, em 1945, e Juscelino Kubitschek de Oliveira, em 1955; na breve experiência parlamentarista, teve um primeiro ministro de sua legenda, o mineiro Tancredo Neves; o PSD teve próceres como o cearense Armando Falcão, o pernambucano Etelvino Lins, o baiano Luiz Vianna Filho, o gaúcho Ildo Meneghetti, o catarinense Carlos Luz ou os paulistas Auro de Moura Andrade e Ulysses Guimarães, ou ainda o mineiro Negrão de Lima, que chegou a ser eleito Governador da Guanabara.

Após a extinção do PSD, seus membros se dividiram: uns foram para o Movimento Democrático Brasileiro (MDB), único partido de oposição à ditadura permitido após a instituição do bipartidarismo com o AI-2; e outros ingressaram na Aliança Renovadora Nacional(Arena), o partido que apoiava o regime instalado em 1964; em ambas as legendas, os ex-pessedistas se organizavam como alas à parte, em sublegendas. Com informações dos jornais e da Wikipédia.