Paulinho da força denunciado por desviar recursos do BNDES

Os fatos envolvem os parlamentares Alberto Fraga, Paulo Pereira da Silva e Antônio Roberto Góes

 A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu por unanimidade três denúncias oferecidas pelo Ministério Público FederalPaulinho da Força (MPF) contra os deputados federias Alberto Fraga (DEM/DF), Roberto Góes (PDT/AP) e Paulo Pereira da Silva (SD/SP), conhecido como Paulinho da Força. Na decisão, a turma seguiu voto do ministro Teori Zavascki, relator dos três casos.

O deputado Paulinho da Força deverá responder ação penal por prática de crime contra o Sistema Financeiro Nacional, previsto no artigo 20 da Lei 7.492; por lavagem de dinheiro, prevista no artigo 1º, inciso VI, da Lei 9.613; e por formação de quadrilha, no artigo 288 do Código Penal (Inquérito 2725).

Segundo a denúncia, o parlamentar teria desviado recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), utilizando financiamentos concedidos pela instituição a uma loja de roupas e à prefeitura de Praia Grande, em São Paulo.

Além da denúncia contra Paulinho da Força, o MPF reapresentou as denúncias contra os deputados Alberto Fraga e contra Roberto Góes, por fatos anteriores à diplomação dos dois como deputados federais.

No Inquérito 3966, o MPF denunciou Alberto Fraga, ex-secretário de Transportes do Distrito Federal, por receber R$ 350 mil reais para assinar contrato de adesão entre o governo do DF e uma cooperativa de transportes. A cooperativa concorria em licitação para o fornecimento de um lote de microonibus. Segundo denúncia do MPF, o dinheiro foi entregue pelo motorista de Fraga, Afonso Andrade de Moura, também denunciado no inquérito.

O parlamentar responderá por prática do crime de concussão, que consiste em exigir vantagem indevida em razão do cargo. O delito está previsto no artigo 316 do Código Penal.

Já o deputado Roberto Góes vai responder por fraudes envolvendo licitações para o governo de Macapá, quando ele era prefeito da capital (Inquérito 4022). De acordo o MPF, o réu contratou cooperativas para locação de veículos sem licitação, com desvio de recursos públicos.

Roberto Góes é acusado de peculato (artigo 312 do Código Penal), associação criminosa (artigo 288 do Código Penal), falsificação de documento (artigo 297 do Código Penal) e lavagem de dinheiro.

Pelego e picareta. Agora o Paulinho perde parte da força.

STF abre inquérito contra o “pelego” Paulinho da Força

O Ministro e o Pelêgo
O Ministro e o Pelego

O Supremo Tribunal Federal (STF) determinou a instauração de um inquérito contra o deputado Paulo Pereira da Silva (SD-SP), suspeito de corrupção.

De acordo com denúncia da Procuradoria-Geral da República, ele é acusado de comercializar autorizações do Ministério do Trabalho para criar sindicatos, as chamadas “cartas sindicais”, por R$ 150 mil.

A decisão foi tomada pelo ministro Gilmar Mendes, que determinou à Polícia Federal que apure se Paulinho participava do esquema de venda.

Recentemente, Paulinho, que fundou o partido Solidariedade, defendeu os xingamentos feitos à presidente Dilma Rousseff no Itaquerão, no jogo de abertura da Copa do Mundo.

“Quando ela sai e aparece no telão, o povo esculhamba porque vai na televisão pra mentir”, disse, dias depois do ocorrido. “O povo mandou ela para o lugar que tinha que mandar”, defendeu o parlamentar, que apoia o tucano Aécio Neves à Presidência.

Baiano Arthur Maia é o primeiro vice-líder do Solidariedade

arthur e paulinho da Força
O deputado federal Arthur Maia foi escolhido na manhã desta quarta-feira, 09, primeiro vice-líder do Partido da Solidariedade na Câmara dos Deputados. Na função de vice-líder, o parlamentar será o principal interlocutor da nova sigla junto ao Palácio do Planalto. 

“Como um partido recém-criado, o Solidariedade recebeu parlamentares da base e da oposição. Já temos o líder, o deputado Fernando Francischini, do Paraná, com uma postura mais oposicionista. Coube então a mim a tarefa de intermediar as relações do Partido na Câmara com o Governo e, estando mais próximo da base, ser o responsável pelo diálogo com o Executivo”, conta Arthur Maia. 

 
O parlamentar informou que está marcada para o fim da tarde de hoje uma audiência com a ministra de Relações Institucionais da Presidência da República, Ideli Salvatti, para deliberar algumas pautas “importantes para o Solidariedade e para o Brasil”.

Ao vice-líder, entre outras articulações, cabe substituir o líder no Plenário, na definição da pauta de votações, além de representar os 23 deputados do SDD em reuniões de decisões e também junto às comissões permanentes da Casa.