Mais um ficha suja é extirpado da política

Maluf preso em 2008: desvio de verbas públicas
Maluf preso em 2008: desvio de verbas públicas

Em julgamento acirrado e após mais de uma hora e meia de debate, os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), por maioria, negaram recurso do deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) e barraram o registro de candidatura do político nas eleições deste ano. Maluf busca a reeleição na Câmara dos Deputados, mas teve seu pedido de registro indeferido pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP). O político foi enquadrado nas hipóteses de inelegibilidade da Lei da Ficha Limpa, em razão da condenação por improbidade administrativa. No final do ano passado, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) condenou o deputado por improbidade sob acusação de superfaturamento na construção do Túnel Ayrton Senna, obra realizada durante sua gestão como prefeito da capital paulista.

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Maluf oferece U$1 milhão, mais uma joia da mulher, para se livrar da prisão

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Ex-prefeito de São Paulo e deputado federal pelo Partido Progressista (PP-SP), Paulo Maluf, de 82 anos, passou as últimas três décadas entoando o mantra “eu não tenho conta no exterior”. Mas para se livrar de uma ordem de prisão preventiva expedida em 2009 pela Justiça americana e voltar a viajar pelo mundo sem correr o risco de ser preso, Maluf fez uma proposta reveladora à Promotoria de Nova York: estaria disposto a pagar uma multa de US$ 1 milhão para encerrar o processo contra ele. Ou seja, mesmo que indiretamente, ele acabou assumindo que tem dinheiro fora do País. No acordo proposto, o ex-prefeito entregaria também à Justiça americana um anel de sua esposa, Sylvia Maluf, avaliado em meio milhão de reais, hoje em poder da Justiça dos EUA. A joia da senhora Maluf, um anel de rubi e diamantes, foi confiscada pelos promotores nova-iorquinos em uma casa de leilão da cidade.

O parlamentar é procurado pela polícia de 190 países e, atualmente, seu nome aparece em uma lista de 18 páginas ao lado de outros 160 criminosos brasileiros, entre os quais assassinos, assaltantes, traficantes de drogas, também perseguidos pela Interpol. Maluf e seu filho Flávio são réus nos Estados Unidos sob a acusação de roubo, fraude e lavagem de dinheiro. O deputado é acusado de desviar recursos públicos de obras quando ele era prefeito da capital paulista entre 1993 e 1996. Em 2007, pai e filho tiveram a prisão decretada em Nova York, porque, segundo promotores paulistas de um total de R$ 758 milhões desviados, US$ 17 milhões teriam passado pelo banco Safra daquela cidade.

A resposta da Justiça norte-americana por ora, é negativa. A não ser que o valor proposto pelo parlamentar seja significativamente aumentado. A procuradoria alega que a proposta é muito baixa, ante o rombo de quase ­R­$ 8­00 milhões deixado por Maluf. Da Revista Isto É, editado por este jornal.

O que se quer saber é onde entra a Justiça do Brasil nessa pendenga. E quais atitudes vem sendo tomadas pela direção do Partido Progressista, base do Governo Federal, sobre denuncias que remontam a duas décadas sobre corrupção de Maluf.

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Irma Fink

Maluf, condenado, perde direitos políticos por 5 anos.

A Justiça de São Paulo negou hoje (4) o recurso do deputado Paulo Maluf (PP-SP) no processo em que ele é acusado de envolvimento em desvio de recursos públicos no período em que foi prefeito da capital paulista, de janeiro de 1993 a dezembro de 1996. A ação refere-se ao superfaturamento das obras do Túnel Ayrton Senna.

De acordo com o despacho judicial, Maluf teve os direitos políticos suspensos por cinco anos e, em conjunto com os demais réus arrolados no processo, terá de devolver ao município R$ 42,2 milhões, importância que está sujeita a atualização monetária. Ainda cabem recursos da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e no Supremo Tribunal Federal (STF).

Os advogados de Maluf divulgaram nota na qual afirmam que ele não será punido pela Lei da Ficha Limpa. “A decisão tomada hoje pelo Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo não impede que Paulo Maluf participe das próximas eleições”, diz a nota.

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Maluf deve devolver uma parte do que roubou

A corte de Jersey chegou ao valor final que o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) terá de devolver à Prefeitura de São Paulo por causa de desvios de recursos entre 1997 e 1998 –US$ 28,3 milhões, o correspondente a R$ 57,9 milhões quando se corrige o valor pelo dólar comercial.

A sentença com o valor foi divulgada nesta sexta-feira em Jersey, uma ilha no canal da Mancha, ao lado da Inglaterra. Informação da Folha.

De onde se conclui que o PT aprendeu muito com os companheiros do PP, que aprendeu com o PDS, que aprendeu com a ARENA. 

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Maluf, o especialista.

 O ex-prefeito Paulo Maluf terá que devolver aos cofres municipais cerca de US$ 22,5 milhões, equivalente ao montante desviado acrescido de juros compostos. Só nas contas de Jersey (uma ilha ao largo da Inglaterra) Maluf tem US$400 milhões depositados. Pelo que se denota que esses caras do mensalão são mesmo uns amadores.

Agora entendo porque Lula pediu o apoio de Maluf nas eleições de São Paulo. Era apenas transferência de know how. As transações agora, sim, ficarão cada vez mais tenebrosas.

Alta rejeição à aliança Maluf/Haddad

Pesquisa Datafolha divulgada nesta quarta-feira (27) mostra que o apoio do deputado Paulo Maluf (PP-SP) a Fernando Haddad (PT) na corrida eleitoral na capital paulista é rejeitado por 62% dos eleitores de São Paulo. Entre os petistas, a reprovação é maior: 64%, segundo o levantamento.

Este é o primeiro levantamento após o ex-presidente Lula obter o apoio de Maluf. A parceria levou a ex-vice da chapa, Luiza Erundina (PSB), a abandonar a chapa. O levantamento foi encomendado pelo jornal “Folha de S. Paulo”.

O Datafolha ouviu 1.081 eleitores na capital paulista entre segunda (25) e terça-feira (26). A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) sob o número 87/2012. Do G1.

Que a burrada sirva como exemplo aqui nas nossas pequenas aldeias. Alianças feitas a qualquer custo podem ter efeito devastador. Outras pesquisas mostram que Haddad perdeu até 2% na preferência do eleitorado após o encontro com Maluf. Será que o 1,5 minuto adicional do tempo no rádio e televisão vai compensar essa queda que recém inicia?

Vergonha na cara!

O ilustre leitor perguntará, abismado: o que estarão fazendo nesta foto o presidente de maior popularidade do País, o representante das esquerdas que foi eleito pelo povo para inaugurar uma nova era de justiça social, e Paulo Maluf, corrupto procurado pela Interpol, justamente por roubar do povo,  e com entrada vetada em diversos países?

Pois é: o primeiro quer eleger o segundo, o poste da vez, o ex-ministro da Educação, Fernando Haddad, com o apoio do terceiro. Vai conseguir ou apenas perderá mais eleitores. A ex-prefeita Luiza Erundina desistiu de ser a vice na chapa da Hadad por pura vergonha na cara. Não admitiu ser “cumpanhera” de Maluf na campanha pela prefeitura de São Paulo. 

Maluf retirado do avião

Ainda repercute na mídia o episódio, relatado pelo jornalista Leandro Mazzini, em que o deputado Paulo Maluf foi retirado do avião e conduzido à sala de embarque para passar novamente pelo sistema de Raio X:

O deputado federal Paulo Maluf (PP-SP) afrontou as regras no Aeroporto Internacional de Brasília e foi humilhado pela Polícia Federal. Na quinta-feira à tarde, ele passou pelo raio x do embarque sem dar satisfação aos funcionários, apesar de o aparelho ter acusado presença de metal, o que obriga a revista do passageiro. Maluf já estava acomodado em seu assento na aeronave quando foi abordado por dois agentes da PF e levado escoltado de volta ao raio x, onde teve de passar novamente pelo aparelho. Tudo resolvido, o parlamentar embarcou revoltado. Disse que nunca fora “tratado dessa maneira”.

O Maluf só é deputado para manter o foro privilegiado? É prática comum entre os deputados: refugiam-se na Câmara para livrar-se dos julgamentos em seus estados.

STF vai abrir o cofre da Lavanderia Maluf & Filhos.

Por 7 votos a 1, o Supremo Tribunal Federal (STF) recebeu denúncia apresentada pelo Ministério Público Federal (MPF) contra o deputado federal Paulo Maluf (PP-SP), integrantes de sua família e empresários por lavagem de dinheiro. A acusação de crime de quadrilha foi rejeitada pelo Plenário somente em relação a Paulo Maluf e sua mulher, Sylvia, em virtude da prescrição do delito.

Maluf e familiares movimentaram quase R$1 bilhão no Exterior. Como pode um homem desses estar livre, leve e solto?

44% da bancada do PP na Câmara tem ‘folha corrida’.

O jornalista Augusto Nunes, da Veja, diz que o ministro Mario Negromonte tem razão quando disse que a bancada do PP deveria evitar a luta pelo poder entre seus membros, para evitar colocar as vísceras de todos ao sol.

“Em briga de família morre todo mundo”, diz Negromonte.

Citando o Globo, Nunes, diz que a edição desta sexta-feira, mostra que dos 41 integrantes da bancada do PP na Câmara, 18 respondem ou responderam a algum processo na Justiça por irregularidades. Outros 19 nomes são acusados de ilicitudes variadas, informa um levantamento da ONG Tranparência Brasil. Confira abaixo a turma da folha corrida.

PARLAMENTARES COM ‘FOLHA CORRIDA’

Aguinaldo Ribeiro (PP-PB)
Responde a dois inquéritos no Superior Tribunal Federal (STF) e no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJ-PB), além de carregar nos ombros 10 ações de execução fiscal e uma notícia-crime.

Aline Corrêa (PP-SP)
É investigada em ação penal no STF por falsificação do selo do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI).

Arthur Lira (PP-AL)
Responde por crimes contra a administração pública e improbidade administrativa. Foi acusado de envolvimento em desvio de dinheiro da Assembléia Legislativa de Alagoas.

Beto Mansur (PP-SP)
Foi autuado por trabalho escravo e condenado por usar recursos públicos para promoção pessoal. Responde a pelo menos 35 processos por irregularidades em licitações em Santos, onde foi prefeito.

Carlos Magno (PP-RO)
Acionado pelo Ministério Público por peculato e acusado de usar material e trabalhadores de uma obra pública em uma obra particular sua. Respondeu por desvios de recursos da Assembléia Legislativa de Rondônia.

Carlos Souza (PP-AM)
Já foi autuado por trabalho escravo e responde a inquéritos no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) por tráfico e uso de drogas.

Dirceu Sperafico (PP-PR)
Enfrenta ação penal por crime contra o patrimônio e apropriação indébita.

Dimas Fabiano (PP-MG)
É alvo de uma ação de execução fiscal e uma ação penal no Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG).

Esperidião Amin (PP-SC)
Responde a nove ações civis públicas por danos aos cofres públicos e improbidade administrativa no Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJ-SC). Já foi condenado a devolver dinheiro às Centrais Elétricas do estado e está recorrendo.

João Pizzolatti (PP-SC)
Condenado a devolver dinheiro público em Pomerode, perda da função pública, suspensão dos direitos políticos, pagamentos de multas e proibição de contratar com o poder público e receber benefícios ou incentivod fiscais ou creditícios. Está recorrendo.

José Linhares (PP-CE)
No STF, consta como indiciado em inquérito (não especificado).

José Otávio Germano (PP-RS)
Alvo de inquérito no STF por peculato. É investigado por desvios e fraudes em licitações no Rio Grande do Sul. Teve bens bloqueados pela Justiça.

Luiz Argôlo (PP-BA)
Responde a vários inquéritos por uso de documento falso, captação ilícita de votos e corrupção eleitoral.

Paulo Maluf (PP-SP)
É alvo de ações penais diversas por crimes contra o sistema financeiro, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e falsidade ideológica, além de inúmeras ações civis públicas. Figura na Lista Vermelha da Interpol, ao lado dos 290 bandidos mais procurados do mundo.

Renato Molling (PP-RS)
Responde a duas ações civis públicas (não especificado).

Roberto Balestra (PP-GO)
Processado por danos ao erário na Justiça de Goiás.

Roberto Britto (PP-BA)
É alvo de ação penal por captação ilícita de votos na Bahia.

Roberto Dorner (PP-MT)
Processado pelo Ministério Público Estadual do Mato Grosso por danos ambientais. Em Marcelândia, é processado por crime ambiental.