Paulo Octávio, ex-vice-governador do DF, é preso por corrupção

Foto do Diário do Poder
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O empresário Paulo Octávio, ex-vice-governador do Distrito Federal, foi preso nesta segunda-feira acusado de corrupção e formação de quadrilha. Segundo informações da Polícia Civil, ele era alvo da Operação Atrio e foi detido após corromper funcionários públicos que expediam alvarás para seus prédios. Paulo Octávio é um dos maiores empresários do ramo imobiliário de Brasília.

Ex-vice de José Roberto Arruda, governador que foi preso e cassado durante a operação que desvendou o chamado Mensalão do DEM, Paulo Octávio foi detido em um dos hotéis de sua propriedade, no centro de Brasília, e levado para a carceragem da Divisão Especial de Repressão ao Crime Organizado da Polícia Civil. O advogado dele, Antonio Carlos de Almeida Castro, está em Paris e afirmou ao Terra que ainda não tinha detalhes sobre a prisão do cliente.

Informações preliminares do Ministério Público do Distrito Federal apontam que foram oferecidas sete denúncias contra Paulo Octávio e pessoas ligadas a ele. A Operação Atrio investiga tentativa de suborno para liberação de alvarás e violação de normas urbanísticas e ambientais referentes a diversos empreendimentos imobiliários nas regiões administrativas de Taguatinga e Águas Claras. O mandado de prisão contra o empresário foi expedido pelo juiz Wagno Antonio de Souza. De Gustavo Gantois, para o portal Terra.

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Salve-se quem puder no Distrito Federal.

O jornalista Mário Coelho, do site Congresso em Foco, afirma que os políticos remanescentes do DF agora só pensam em salvar a cabeça.

“Alvo de pressões vindas de entidades representativas, como a Ordem dos Advogados do Brasil do Distrito Federal (OAB-DF) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT-DF), o governador em exercício do Distrito Federal Paulo Octávio (DEM) terminará o carnaval e entrará na quaresma tentando sobreviver. Octávio jogará a partir desta semana todas as suas fichas na formação de uma coalizão suprapartidária. De hoje, 14, até quarta-feira (17), ele vai conversar com presidentes de 12 partidos políticos para viabilizar sua manutenção no cargo enquanto José Roberto Arruda (sem partido) estiver preso e afastado do governo.

Na sexta-feira, pressionado por caciques do partido, Paulo Octávio deixou a presidência do DEM no Distrito Federal. Ontem, afirmou que, para garantir a governabilidade, não vai se candidatar a qualquer cargo público em outubro. Sua preocupação é terminar o mandato que herdou com a prisão de Arruda. Porém, por ser citado várias vezes nos depoimentos do ex-secretário de Relações Institucionais do GDF, Durval Barbosa, e também em gravações, ele corre o risco de enfrentar um processo de impeachment na Câmara. Quatro pedidos já foram protocolados.”