Ui! Agora a casa cai. Delator entrega 33 políticos para a Polícia Federal

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O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa, delatou pelo menos 32 deputados e senadores e um governador em depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira. Eles receberiam 3% de comissão do valor de cada contrato firmado pela Petrobrás durante a sua gestão. As informações são do jornal O Estado de São Paulo.

O ex-diretor relatou a formação de um cartel de empreiteiras dentro da Petrobrás. Segundo ele, cinco partidos políticos eram beneficiários de recursos desviados por meio de comissões em contratos arranjados. Ainda de acordo com Costa, os desvios nos contratos envolveriam desde funcionários do terceiro escalão até a cúpula da empresa, durante sua gestão – entre 2004 e 2012.

Como os políticos tem foro privilegiado, os depoimentos serão remetidos para a Procuradoria Geral da República, que só irá receber a documentação ao final do processo de delação.

Paulo Roberto está prestando depoimento em regime de delação premiada para obter perdão judicial. O número de políticos mencionados ainda pode aumentar até o final do processo, que começou no dia 29 de agosto. Ele é réu da Operação Lava-Jato que desmantelou um esquema de lavagem de dinheiro e corrupção na Petrobrás. Com edição de Zero Hora.

Penitencias dobradas e redobradas em todo o País

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Tem político na Bahia rezando, ajoelhado em grãos de milho, pedindo a Deus que o Paulo Roberto Costa, o assaltante da Petrobras, só comece a falar depois de 5 de outubro. Faltam mais de 40 dias. Vai que esse coitadinho que só roubou R$10.000.000.000,00 da Petrobrás resolve divulgar toda a lista, de pequenos e grandes propineiros da Nação.

A delação premiada de Paulo Roberto Costa pode interromper eleições?

Paulo Roberto, em Foto de Luiz Marenco, da Folhapress
Paulo Roberto, em foto de Luiz Marenco, da Folhapress

Por Mario Cesar Carvalho, da Folha de São Paulo

O ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa aceitou fazer na tarde desta sexta-feira (22) um acordo de delação premiada com procuradores que atuam na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, para deixar a prisão.

Costa é considerado uma bomba política pelos contatos que tinha. Ele foi indicado em 2004 para a diretoria da Petrobras pelo PP, obteve posteriormente o apoio do PT e tinha trânsito no PMDB. Ao mesmo tempo, tinha contato com a cúpula das maiores empreiteiras do país. Ficou no cargo até 2012.

Ele teria dito na prisão que se contasse tudo o que sabe à Justiça não haveria eleições neste ano.

A decisão sobre a delação ocorreu no mesmo dia em que a Justiça autorizou operações de busca e apreensão em 13 empresas no Rio de Janeiro que pertencem a uma filha, um genro e um amigo de Costa.

Delação premiada ou colaboração com a Justiça é um recurso no qual um réu fornece informações para a Justiça em troca de uma pena menor. No caso de Costa, sua família quer que ele deixe a prisão o mais rapidamente possível.

Uma nova advogada, especializada em delação premiada, foi enviada pela família a Curitiba para discutir os termos da delação. Beatriz Catta Preta, a defensora escolhida pelos familiares, já cuidou da colaboração dos doleiros Raul Srour e Richard Andrew de Mol van Otterloo.

O advogado que defendia Costa, Nelio Machado, deixou o caso por discordar da estratégia da família. “A defesa do Paulo Roberto é absolutamente viável. Estão trocando uma defesa certa por uma aventura”, disse Machado à Folha.

O ex-diretor da Petrobras foi preso pela segunda vez no dia 11 de junho, após as autoridades da Suíça informarem a Justiça brasileira que ele tinha contas com US$ 23 milhões naquele país. Ele havia sido preso inicialmente em 20 de março sob acusação de ocultar provas, mas foi liberado 59 dias depois por decisão do ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal.

Costa foi diretor da Petrobras no período em que a estatal começou uma de suas maiores obras, a refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, que já consumiu US$ 18,5 bilhões (R$ 42,2 bilhões). A construção de Abreu e Lima estava subordinada à diretoria ocupada por Costa na Petrobras.

Ele é réu em um processo sob acusação de ter superfaturado contratos da refinaria e o valor a mais pago teria retornado a ele como propina. O doleiro Alberto Youssef, preso junto com Costa, é acusado de cuidar da lavagem do dinheiro recebido como suborno.

Na única entrevista que deu após a sua primeira prisão, à Folha, Costa negou que houvesse superfaturamento e suborno em contratos da Petrobras.

A Folha revelou no dia 10 de agosto que Youssef também queria colaborar com a Justiça por não ver saída jurídica para o seu caso tamanha é a quantidade de provas contra ele.

O doleiro é réu em 12 processos e pode ser condenado a mais de cem anos de prisão. No caso de Youssef, porém, havia resistência dos procuradores porque eles não confiam no doleiro e já tinham documentos para provar uma plêiade de crimes contra ele.

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O homem bomba, prestes a explodir

Paulo Roberto Costa, prestes a explodir. Quem irá tomar a termo o seu depoimento?
Paulo Roberto Costa, prestes a explodir. Quem irá tomar a termo o seu depoimento?

Lauro Jardim, de Veja, emite aviso aos navegantes:

Paulo Roberto Costa está nervoso, muito nervoso. De volta à prisão no Paraná desde junho, Costa é tratado com rigor. Tem usado regularmente algemas, mesmo dentro do presídio, de acordo com relatos de pessoas próximas.

Seu estado mental está perto do derretimento. E já avisou a um interlocutor: “Se eu falar, não vai ter eleição”. Aparentemente, um terremoto que atingiria vários partidos indiscriminadamente. Sua família o visita todas as quartas-feiras e sua mulher, Marici, já defende a delação premiada. O que os que temem suas revelações poderiam dar em troca para calá-lo se ele resolver explodir com tudo?

Fala aí, Paulo Roberto Costa, talvez sobrevenha uma revolução fundamentalista e você seja o primeiro convidado ao patíbulo popular, na Esplanada dos Mistérios (sic), em Brasília.

Bomba: Ministro libera detidos na Operação Lava Jato da PF

O ministro Teori Zavascki decidiu soltar todos os 12 presos, detidos durante a Operação Lava Jato, da Polícia Federal. Entre eles estão os homens bomba, o doleiro Alberto Youssef e o ex-diretor da Petrobras, Paulo Roberto da Costa.

Todos os inquéritos também foram suspensos pela decisão e devem ser remetidos ao Supremo, segundo o ministro. Ele acatou reclamação do advogado de Costa de que o juiz federal Sérgio Moro extrapolou a sua competência ao investigar o deputado André Vargas (sem partido-PR), que tem foro privilegiado. Para o ministro, o juiz deveria ter mandado o inquérito para o Supremo assim que apareceram os primeiros indícios de que havia na investigação um parlamentar. O juiz, no entanto, só encaminhou a parte sobre Vargas ao Supremo neste mês.

Zavascki afirmou na decisão, citando dois votos de ministros do próprio Supremo, que não cabe ao juiz de primeira instância definir o que deve ir para a instância máxima da Justiça. Os votos citados são dos ministros José Antônio Dias Tofolli e Marco Aurélio Mello. O deputado André Vargas surgiu na apuração em meados do ano passado. Trocas de mensagens entre o doleiro e Vargas apontam que o parlamentar ajudou o laboratório Labogen a conseguir uma parceria de R$ 31 milhões com o Ministério da Saúde para produzir medicamento considerado estratégico.

A PF diz que o laboratório é controlado pelo doleiro e não tinha condições de produzir nada de sofisticado, já que suas máquinas foram compradas em ferro velho e receberam uma maquiagem para parecerem novas. A Operação Lava Jato foi deflagrada no último dia 17 de março. A PF prendeu Youssef sob acusação de comandar um esquema de lavagem de dinheiro que teria movimentado R$ 10 bilhões e teria ramificações em partidos como o PT, PMDB, PP e SDD. Com a decisão, também foram soltos os doleiros Nelma Kodama, presa no aeroporto de Cumbica quando tentava embarcar com 200 mil euros na calcinha, e Carlos Habib Chater, que fazia negócios com Youssef. Foi liberado um grupo de doleiros suspeito de atuar com lavagem de dinheiro de tráfico de drogas. Um deles estava envolvido com uma operação de tráfico internacional de 700 quilos de cocaína. Em despacho encaminhado ao ministro, o juiz Sérgio Moro diz que não houve usurpação do poder do Supremo, já que o deputado não foi investigado durante a operação.

Conheço no mínimo umas duas duzias de vagabundos, que vendiam crack nas vilas do Oeste, que estão apodrecendo na cadeia, sem julgamento, sem advogado, sem alimento ou remédios, em masmorras infectas e superlotadas. Enquanto isso, os grandes ladrões do erário público voltam aos seus carros importados, seus apartamentos de alto luxo, para gozar de seus capitais depositados em paraísos fiscais.

Sem querer ser fantasioso ou apocalíptico, prevejo um levante civil em que milhares ou milhões de inocentes serão massacrados por culpa desta crescente ausência da Justiça, do desmando, dos privilégios dos poderosos.

Que não se confie na infinitude da cordialidade brasileira.  

PF calcula que ex-diretor da Petrobras desviou R$ 300 milhões

 

 

Apesar de ter retornado à custódia da PF, eu não apostaria 1/2 dúzia de mariolas na saúde de Paulo Roberto. O homem que sabe demais pode ser implodido a qualquer momento.
Apesar de ter retornado à custódia da PF, eu não apostaria 1/2 dúzia de mariolas na saúde de Paulo Roberto. O homem que sabe demais pode ser implodido a qualquer momento.

A Polícia Federal (PF) calcula que o grupo supostamente chefiado pelo ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, preso na Operação Lava-Jato, desviou cerca de R$ 300 milhões em negócios da estatal, entre 2004 e 2012.
A PF chegou a esse número a partir de documentos apreendidos em poder de Costa e do doleiro Alberto Youssef, também um dos alvos centrais da Lava-Jato.
Os investigadores suspeitam ainda que o grupo do ex-diretor tenha se apropriado de boa parte da “address commission”, desconto de 1,25% que armadores tradicionalmente concedem em contratos de fretamento de navio.
A PF começou a suspeitar dos desvios dos descontos especiais tendo por base uma das planilhas apreendidas em poder do ex-diretor da Petrobras. Os dados nessa lista corresponderiam ao valor da comissão. A polícia descobriu a coincidência desses números com a ajuda de um técnico da Petrobras. Informações do jornal O Globo: http://glo.bo/1s9GzQq

O colunista Cláudio Humberto denuncia hoje que Paulo Roberto, apelidado Paulinho pelo ex-presidente Lulalá da Silva, é suspeito de ser dono de uma frota de 10 navios que serviam a Transpetro. E que a PF descobriu a maioria dos crimes de Paulinho porque ele registrava todos os negócios que fazia.

O que é inverossímil é que todo o aparato de informações do Governo não tenha descoberto antes essa fonte inesgotável de recursos. Ou esse dinheiro furtado estava à disposição do projeto de poder do Governo? 

Paulo Roberto Costa, da Petrobras, o homem-bomba prestes a explodir

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O jornalista Claudio Humberto, do portal Diário do Poder,  afirma que Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, fará delação premiada para reduzir sua pena e livrar familiares, que também vêm sendo investigados na Operação Lava Jato; segundo ele, foi levado de volta à PF, porque, no presídio comum, “poderia ser alvo de queima de arquivo”.

As maiores empreiteiras do País estão com comitês de crise montados, neste momento, em seus quartéis-generais. O motivo é que o maior homem-bomba do País acendeu seu pavio. Dono de 36 pen drives em poder da Polícia Federal, nos quais fez anotações detalhadas sobre os negócios em que atuou como diretor de Abastecimento da Petrobras, Paulo Roberto Costa registrou nomes de executivos com os quais se relacionou, os tipos de problemas que trataram e as “soluções” encontradas. As primeiras explosões em cima dessa lista podem ser feitas por Costa dentro da própria Petrobras, que o chamou para falar numa comissão interna de apuração.

Mas PR, como o preso já é conhecido na Polícia Federal, em razão das rubricas que fazia sobre seu nome nos documentos apreendidos, pode ir muito mais além.

A delação premiada e a entrada no programa nacional de proteção a testemunhas estão nos planos do ex-diretor preso. Ele se sente absolutamente inseguro e vazou um novo bilhete, o segundo, relatando pressões e ameaças ali. Ele chegou a ser transferido para um presídio comum, mas retornou à PF em razão de risco de morte por ‘queima de arquivo’. A filha e o cunhado de Costa foram indiciados em inquérito por suspeita de queima e extravio de documentos. PR não tem muito a perder.

O advogado e ex-ministro Marcio Thomaz Bastos está advogando para a Camargo Corrêa, empreiteira mais atingida pela Operação Lava Jato.

Bastos avisou os sócios da companhia que o material em poder da PF é absolutamente explosivo. A empresa já se prepara para enfrentar o pior. Em março de 2009, na Operação Castelo de Areia, a Polícia Federal tomou a sede da empreiteira em São Paulo e prendeu quatro diretores e três secretárias, além de três homens apontados como doleiros. A história pode se repetir a qualquer momento.