Governo privatiza estradas no Sul. Adivinha quem vai pagar por essa festa?

A free way em trecho da BR 290: em média um pedágio a cada 50 kms.

O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, assinou nesta sexta-feira (11), em Porto Alegre, a concessão da Rodovia de Integração do Sul (RIS), que interliga 32 cidades gaúchas. A rodovia é formada por trechos da BRs 101, 290, 386 e 448.

A concessão por 30 anos foi contratada com o Grupo CCR, por meio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI). Conforme estabelecido, a empresa terá que investir R$ 7,8 bilhões na melhora da rodovia durante o período de concessão, além dos gastos de custeio, estimados em R$ 5,6 bilhões, para conservação, operação e monitoramento da estada. A CCR instalará sete pedágios em todo o trecho.

Pois é: o usuário paga até 50% de imposto do valor do carro adquirido. E não sai da loja sem pagar IPVA e seguro obrigatório.

E para trafegar paga de novo os pedágios, que em alguns casos como São Paulo e Paraná chegam a R$20,00 em cada posto de cobrança.

Até agora pedágio para caminhão vazio não tem diferença de preço

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Parece até mentira, mas Congresso e Executivo ainda não conseguiram implantar a política de não cobrar pedágio dos caminhões com eixos levantados. A disposição ainda não entrou em vigor devido à dificuldade em comprovar se o veículo está, de fato, sem cargas. Representantes de transportadores reclamaram da demora do Poder Público em pôr em prática o dispositivo.

Um seminário realizado na tarde desta terça-feira (16), na Câmara,  pela comissão especial destinada a elaborar o Marco Regulatório de Transportes Rodoviários de Cargas foi marcado por divergências. O estado e o modelo de gestão das rodovias foram alguns dos pontos que causaram polêmica.

O diretor-geral substituto da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Marcelo Prado, afirmou que o órgão está tomando providências, a fim de possibilitar o cumprimento da norma. “Estamos criando mecanismos para que possa ser exercida a fiscalização sobre a existência ou não de carga”, comentou. “Entendo que hoje a grande reclamação dos transportadores é que as rodovias estaduais, não abrangidas pela lei federal, não estão seguindo o modelo que foi implementado pelas estradas federais”, prosseguiu.

Outra que não se resolve nunca: a reabertura das balanças do DNIT, fechadas por representação do Ministério Público do Trabalho contra a utilização de pessoal não concursado. Em outubro de 2014, O Expresso denunciou o fechamento das balanças. Hoje já se completam mais de dois anos de balanças fechadas e o DNIT não foi capaz de realizar o concurso e contratar o pessoal para operar. Enquanto isso, as estradas brasileiras sucumbem ao peso das carretas com sobrepeso.  Clique no link para ver como começou essa história trágica de desmazelo do Executivo.