Pedaladas fiscais de Bolsonaro somam R$ 55 bilhões em 2019.

Paulo Guedes: pintando e bordando com as finanças ´públicas.

O jornal Valor Econômico, do grupo Globo, chamou de “drible”, uma metáfora pra lá de mal intencionada,  as pedaladas fiscais de Bolsonaro.

O governo teve no ano passado ao menos R$ 55 bilhões de despesas que ficaram de fora do limite estabelecido pelo teto de gastos. Parte desse dinheiro continuará gerando despesas neste e nos próximos anos, sem pressionar o limite constitucional.

O Valor ainda tenta defender o Presidente dos juros gerados por suas pedaladas, ao dizer que as despesas geradas não vão pressionar o limite constitucional.

O valor é superior às operações realizadas no governo Dilma, de R$ 36,07 bilhões e R$ 52 bilhões, nos anos de 2013 e 2014, respectivamente, e que motivaram o processo de impeachment, produzido por Janaína Paschoal e Miguel Reale Jr., a mando do PSDB.

 

Dona Dilma paga pedaladas e agora só pedala na sua “magrela”

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A Presidente da República ordenou, ontem, o repasse de saques, do Executivo, às instituições financeiras controladas pelo Governo, como Caixa, Banco do Brasil e BNDES. Como não deve mais nada das chamadas “pedaladas fiscais” foi pilotar sua bicicletinha com a consciência tranquila.

O Tesouro Nacional informou ontem (30) que a União pagou R$ 72,375 bilhões em passivos junto a bancos públicos e ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Do total, R$ 55,572 bilhões se referem a passivos de 2014 e R$ 16,803 bilhões a obrigações de 2015.

O Tesouro explicou que fez os pagamentos seguindo entendimento do Tribunal de Contas da União (TCU).

Do volume em pagamentos, R$ 70,9 bilhões são recursos da conta única do Tesouro. Destes, R$ 21,1 bilhões são recursos de emissões de títulos realizadas anteriormente, sem necessidade de emitir novos títulos. Os R$ 49,8 bilhões restantes vieram de outras fontes da conta única.

Além disso, o Tesouro informou que cerca de R$ 1,5 bilhão, devido ao Banco do Brasil, será acertado por meio da emissão direta de títulos, sem necessidade de realização de novos leilões. O secretário do Tesouro Nacional, Otávio Ladeira, concede entrevista esta tarde para falar sobre o pagamento dos repasses atrasados.

A verdadeira pedalada fiscal tem 20 anos e faz a alegria dos rentistas

Essas ‘pedaladas’ de R$300 BILHÕES não são discutidas porque não interessa ao sistema financeiro, financiador das campanhas políticas e da grande mídia.

Por Najla Passos, em Carta Capital

 

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Enquanto a oposição golpista se utiliza dos questionamentos do Tribunal de Contas da União (TCU) sobre a suposta pedalada fiscal do governo para reforçar a tese da necessidade do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, a coordenadora da Auditoria Cidadã, Maria Lúcia Fattorelli, afirma que a maior maquiagem contábil já feita nas contas da União ocorre sistematicamente todo ano, desde o lançamento do Plano Real, no governo Itamar Franco (1994), e serve a um único propósito: garantir ao sistema financeiro o pagamento dos juros da dívida pública brasileira, avaliada hoje em R$ 3,3 trilhões.

Em termos contábeis, pedaladas fiscais são maquiagens que adiam despesas de um período para o outro, de forma que os balanços imediatos pareçam mais positivos do que realmente o são. Por isso, o TCU quer explicações de o porquê do governo Dilma manter as contas no azul às custas do atraso nos repasses devidos aos bancos públicos, calculados pelo órgão em cerca de R$ 40 bilhões. E isso justamente em 2014, ano eleitoral. O assunto inunda o discurso da oposição e as manchetes da grande mídia. E dá sustentação a tese do impeachment.

Entretanto, a auditora fiscal aposentada da Receita Federal que hoje trabalha na auditoria da dívida Grega denuncia que as pedaladas de Dilma não são nada perto da maquiagem elaborada por orientação do sistema financeiro para garantir o exorbitante pagamento da dívida pública, há 20 anos. E essas pedaladas não entram na agenda de discussão pública porque não interesse ao sistema financeiro, financiador das campanhas políticas e da grande mídia. “A verdadeira pedalada fiscal não sai nos jornais”, afirma Fattorelli. Leia mais em Carta Maior.