China perde 20 milhões de toneladas de suínos e Brasil fortalece valor da produção de carnes em até 24%.

Porcos mortos na Ásia, depois de mostrarem sintomas da peste.

A Confederação Nacional da Agricultura  registrou, após pesquisa, o forte crescimento do Valor Bruto de Produção dos setores produtivos da proteína animal. O crescimento está relacionado com a exportação de carnes para a China, que perdeu em torno de 50% do seu plantel de suínos, o maior do mundo, com a peste suína africana. A China detinha 50% da produção global de carne suína.

O estudo da CNA apontou alta de 4% no valor bruto da carne bovina em 2019, para 106,7 bilhões de reais; de 14,1% na de frangos, para 45,9 bilhões; e aumento de 24,7% em suínos, para 17,3 bilhões de reais.

O VBP da pecuária ainda é formado pela produção de ovos e leite, sendo que este último registrará aumento de 8,1% no ano, para 54,1 bilhões de reais.

O suíno abatido (carcaça) que era vendido, no varejo, há 2 anos, no máximo a R$6,70, esta semana bateu em R$9,00 o quilo. Os cortes nobres, como costelinha, lombo e pernil devem facilmente ultrapassar os R$15,00.

O suíno vivo, que era comercializado a R$4,20 o quilo, agora já está em torno de R$6,00 e subindo, acompanhando a explosão dos preços da carne bovina.

A produção anual de carne de porco da China deve recuar em 20 milhões de toneladas neste ano e só existe perspectiva de restabelecimento da produção, ainda que 20% menor, no final de 2020, dentro de uma previsão muito otimista. Agora que está se registrando um aumento de matrizes instaladas, em percentual mínimo, menor que 1%. Uma leitegada fica em ponto de abate depois de seis meses.

Até agosto, quase 6 milhões de suínos tinham sido sacrificados na China, no sudeste asiático e na Coreia do Norte, onde os focos de contaminação da PSA contam-se às centenas.