Um levantamento feito pela CNT/MDA aponta que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera todos os cenários para eleição de 2018.
Segundo a pesquisa, divulgada nesta terça-feira (19) pelo jornal Valor Econômico, na consulta espontânea para o primeiro turno, o petista aparece em primeiro com 20,2% das intenções de voto.
No mesmo quadro, o deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ) vem em segundo, com 10,9% (ante 6,5% no levantamento anterior).
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB-SP) aparece em terceiro, com 2,4%.
Em quarto lugar está Marina Silva (Rede), com 1,5%. Ela é seguida pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), e Ciro Gomes (PDT), ambos com 1,2%.
Estimulada
Na pesquisa estimulada, Lula tem 32,4% das intenções de voto. No cenário, seguem Bolsonaro (19,8%), Marina Silva (12,1%), Ciro Gomes (5,3%) e Aécio Neves (3,2%).
Se o nome do PSDB fosse Alckmin e não Aécio, as intenções de voto passariam a ser de 32% para Lula, 19,4% para Bolsonaro, 11,4% para Marina Silva, 8,7% para Alckmin e 4,6% para Ciro Gomes. Material editado pelo Bahia.ba e O Expresso.
Nas péssimas estradas do País acidentes fatais se repetem. A cada feriadão, cerca de uma centena de pessoas morrem e quase mil ficam feridas.
Estudo da CNT mostra que 57,3% têm alguma deficiência no estado geral; 86,5% dos trechos são de pista simples e de mão dupla
A Pesquisa CNT de Rodovias 2015 percorreu e avaliou mais de 100 mil quilômetros de rodovias pavimentadas por todo o país, um acréscimo de 2.288 km (2,3%) em relação à Pesquisa de 2014. Esse marco demonstra ainda mais a relevância do estudo, tornando-se a cada ano uma referência ainda maior para o setor de transporte, para o governo e para vários segmentos da sociedade.
Da extensão total avaliada nessa 19ª edição, 57,3% apresentaram algum tipo de deficiência no estado geral (que inclui a avaliação conjunta do pavimento, da sinalização e da geometria da via), sendo que 6,3% estavam em péssimo estado, 16,1% ruim e 34,9% regular. Possuem condições adequadas de segurança e desempenho 42,7%, que tiveram classificação ótimo ou bom no estado geral.
Em relação ao pavimento, foram identificados 48,6% da extensão com algum tipo de deficiência. A sinalização apresenta problemas em 51,4% da extensão avaliada, e a geometria da via em 77,2%. Os problemas das rodovias brasileiras tornam-se ainda mais graves com a constatação de que 86,5% dos trechos avaliados apresentam rodovias simples de mão dupla.
A série histórica desse estudo consolidado revela a necessidade de priorizar o setor de transporte para que a logística se torne mais competitiva e para que o Brasil ofereça melhores condições de segurança para a sociedade. As indicações da Pesquisa CNT de Rodovias são uma referência para a definição e aplicação dos recursos de forma eficaz.
O principal objetivo da Pesquisa CNT de Rodovias é contribuir com o transportador rodoviário do Brasil, apontando as deficiências e as necessidades de melhoria da infraestrutura das rodovias por meio de avaliação dessas características – pavimento, sinalização e geometria da via. O modal rodoviário possui a maior participação na matriz de transporte de cargas (61%). Portanto, investir em rodovias e na integração com os outros modais é fundamental para o desenvolvimento do país.
Em um país que optou, à revelia dos contribuintes, pelas rodovias durante os anos da ditadura, em detrimento das ferrovias, com o transporte de cargas pesadas sobre obras fora de qualquer especificação razoável, é óbvio que um dia a carruagem ia desandar. A grande maioria das estradas brasileiras, com exceção das pedagiadas em São Paulo, não passam de carreadores carroçáveis.
O problema é tão grande e tão extenso que hoje o País não conta com nenhuma balança para controlar o peso excessivo. Guardas rodoviários ficam catando notas fiscais em cabines de caminhões para configurar o crime de circular com mais de 80 toneladas em caminhões com capacidade para menos da metade disso.
Não basta os carros zero km pagarem mais de 50% do seu valor em impostos; não basta o IPVA de cerca de 4% ao ano e os pedágios absurdos. O contribuinte arca ainda com a manutenção pesada dos seus carros, testados e destruídos em estradas em que o termo pavimentação não passa de uma singela figura de retórica.
Os responsáveis pelas roubalheiras nas estradas brasileiras estão quase todos presos em Curitiba, implicados na operação Lava Jato. Lá tem lugar também para ex-diretores do DNIT. Depende só vontade do Ministério Público Federal.
Dois terços das cargas transportadas e 90% dos passageiros viajam pelas estradas. Mesmo assim sobe a taxa de estradas em má conservação no País. A pesquisa da CNT não fala de saturação de rodovias, com tráfego superior à sua capacidade de escoamento. E nem da escolha estratégica errada de 50 anos de desgovernos no País, que abandonou a navegação de cabotagem, a navegação fluvial e, principalmente os trens. A malha férrea brasileira é menor hoje que há 50 anos e está amplamente sucateada. A ferrovia Norte Sul está desde 1986 em construção e ainda não está operacional. E a Oeste Leste é apenas uma promessa.
O investimento público federal em rodovias em 2013 deveria ser de R$12,7 bilhões, mas o total pago até o início de outubro era de apenas R$4,2 bilhões.
Segundo a CNT, 30 mil km precisam ser duplicados e 18 mil km construídos, com investimento de R$355 bilhões.
BR 317, no Acre. Na região amazônica, as piores estradas.
O estado geral das rodovias brasileiras teve uma piora no último ano. De acordo com a Pesquisa CNT de Rodovias 2013, 63,8% da extensão avaliada apresentam alguma deficiência no pavimento, na sinalização ou na geometria da via. Em 2012, o índice havia sido de 62,7%. Também aumentaram os pontos críticos, passando de 221 para 250. São consideradas como pontos críticos situações que trazem graves riscos à segurança dos usuários, como erosões na pista, buracos grandes, quedas de barreira ou pontes caídas.
Em relação à sinalização, 67,3% da extensão pesquisada apresentam algum problema. No ano passado, o percentual era de 66,2%. O pavimento tem alguma deficiência em 46,9% do total avaliado. Em 2012, o índice era 45,9%. E em relação à geometria, o percentual da extensão que não se encontra favorável passou de 77,4% para 77,9%. Conforme o estudo, a maior parte da extensão pesquisada (88%) é formada por pistas simples e de mão dupla e 40,5% do total avaliado não possuem acostamento.
Regiões produtoras, onde as estradas são mais necessárias, o asfalto desapareceu
Esta é a 17ª edição da Pesquisa CNT de Rodovias e foram avaliados 96.714 km em 30 dias de coleta em campo. São pesquisadas toda a malha federal pavimentada e as principais rodovias estaduais.
De acordo com o presidente da CNT, senador Clésio Andrade, os números mostram a necessidade urgente de aumentar os investimentos nas rodovias brasileiras, principalmente em duplicação.“O governo tem uma dificuldade gerencial. Muitos projetos não saem do papel. Há um excesso de burocracia. Os investimentos precisam ser ampliados de fato para que o Brasil possa melhorar sua competitividade”, diz o senador.
Em 2013, o total autorizado pelo governo federal para investimentos em rodovias é de R$ 12,7 bilhões, muito pouco perto dos R$ 355,2 bilhões que a CNT estima que as rodovias do país precisam. Entretanto, apenas 33,2%, ou R$ 4,2 bilhões, foram pagos até o início de outubro. Em 2012, do total autorizado (R$ 18,7 bilhões), foram pagos R$ 9,4 bilhões (50,3%).
Custo operacional
O presidente da CNT destacou ainda que a atual situação das rodovias brasileiras tem um efeito ruim para o transporte e para a economia. “As condições do pavimento geram um aumento médio no país de 25% no custo operacional do transportador. Esse valor é muito elevado e dificulta o desenvolvimento”, avalia o senador Clésio Andrade. A região que apresenta o maior incremento nesse custo operacional devido ao pavimento é a Norte (39,5%), seguida pelo Centro-Oeste (26,8%), Nordeste (25,5%) e Sudeste (21,5%). O menor acréscimo de custo ocorre no Sul (19%).
Concessão
A pesquisa mostra a diferença de qualidade das rodovias na comparação entre a extensão sob jurisdição federal ou estadual e as extensões concessionadas à iniciativa privada. O senador Clésio Andrade enfatiza “que as concessões são fundamentais para permitir o investimento necessário para melhorar a infraestrutura rodoviária do país”.
A comparação com as concessionadas mostra que as maiores dificuldades estão nas rodovias mantidas pelos governos federal e estaduais. Em relação ao estado geral, apenas 2,7% da extensão sob gestão pública foi considerada ótima e 24%, boa. Já em relação ao estado geral das concedidas, os percentuais de classificação de extensão ótima e boa são de 48,5% e de 35,9%, respectivamente
Meio ambiente
Rodovias com estado de conservação adequado também são fundamentais para o meio ambiente. Proporcionam uma economia no consumo de combustível de até 5% na comparação com rodovias que apresentam alguma deficiência. Se for considerado o consumo de óleo diesel no Brasil em 2013, com a melhoria das condições do pavimento, seria possível uma economia de 661 milhões de litros (R$ 1,39 bilhão) e uma redução da emissão de 1,77 megatonelada de gás carbônico, principal gás de efeito estufa.
Importância
A Pesquisa CNT de Rodovias é uma importante ferramenta para se conhecer melhor o perfil da malha rodoviária, para saber quais são os principais problemas e, assim, incentivar o investimento adequado nas políticas públicas que garantam um transporte de qualidade. É a maior avaliação nacional de infraestrutura rodoviária realizada no país.
No Brasil, cerca de 65% da movimentação de cargas e 90% da movimentação dos passageiros ocorrem pelas rodovias. O estudo da CNT é mais uma contribuição da Confederação Nacional do Transporte para a busca do constante aperfeiçoamento e crescimento do setor de transporte no Brasil. Da assessoria de comunicação da CNT, com edição e comentários deO Expresso.