Brasil bate recorde e supera 4 milhões de barris de petróleo diários.

Brasil bate recorde e supera 4 milhões de barris de petróleo diários

Produção coloca país como potencial terceiro maior da Opep e gera US$ 37,5 bilhões em exportações até outubro.

Tudo começou em 1973, ano do primeiro grande choque do petróleo. Em 1973, a produção diária de petróleo no Brasil era de aproximadamente 180 mil barris por dia (bpd). 

Naquela época, o Brasil consumia cerca de 700 mil barris de petróleo por dia, o que significa que a produção nacional supria apenas cerca de 20% das necessidades do país. Essa alta dependência de importações, que representavam cerca de 80% do consumo total, tornou a economia brasileira extremamente vulnerável à crise do petróleo que eclodiu naquele ano, quando os preços internacionais quadruplicaram. 
A crise de 1973 teve um impacto econômico significativo no Brasil e motivou o governo a buscar maior autossuficiência energética, incentivando a exploração doméstica e programas de energia alternativa, como o Proálcool. 

Agora a  produção de petróleo no Brasil chegou a 4,030 milhões de barris por dia, segundo dados da ANP. O gás natural alcançou 194,780 milhões de metros cúbicos por dia, totalizando 5,255 milhões de barris de óleo equivalente. Sendo um recorde histórico para o período.Se o Brasil pertencesse à Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) seria o terceiro maior produtor de petróleo, ficando atrás somente da Arábia Saudita e Iraque. As exportações de petróleo resultaram numa receita de US$ 37,5 bilhões até outubro.

Caso a exploração seja bem-sucedida, projeções do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) e da ANP sugerem que a produção diária na Margem Equatorial poderia atingir cerca de 1,1 milhão de barris por dia a partir de 2029. 

Petrobras recebe licença do Ibama para perfurar Margem Equatorial.

Estatal diz que pesquisa exploratória deve começar “imediatamente”

A Petrobras obteve a licença do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para iniciar operação de pesquisa exploratória na Margem Equatorial. A região, localizada no norte do país, é apontada como novo pré-sal devido ao seu potencial petrolífero.

O Ibama fez o anúncio no começo da tarde desta segunda-feira (20).

De acordo com a Petrobras, a sonda exploratória se encontra na região do bloco FZA-M-059 e a perfuração está prevista para começar “imediatamente”. O poço fica em águas profundas do Amapá, a 175 quilômetros da costa e a 500 quilômetros da foz do rio Amazonas.

A perfuração dessa fase inicial tem duração estimada em cinco meses, segundo a companhia. Nesse período, a empresa busca obter mais informações geológicas e avaliar se há petróleo e gás na área em escala econômica. “Não há produção de petróleo nessa fase”, frisou a Petrobras no comunicado.

A autorização foi obtida cerca de dois meses depois da última fase do processo de licenciamento, a chamada avaliação pré-operacional (APO), que consiste em um simulado de situação de emergência e plano de reação, com atenção especial à fauna.

Promessa de segurança

A Petrobras informou que atendeu a todos os requisitos estabelecidos pelo Ibama – órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima – cumprindo integralmente o processo de licenciamento ambiental.

A presidente da companhia, Magda Chambriard, classificou a obtenção da licença como “uma conquista da sociedade brasileira”.

“Revela o compromisso das instituições nacionais com o diálogo e com a viabilização de projetos que possam representar o desenvolvimento do país”, afirmou Chambriard no comunicado.

Ela lembrou que foram cinco anos de diálogo com governos e órgãos ambientais municipais, estaduais e federais até a licença. Chambriard considera que a estatal pôde comprovar “a robustez de toda a estrutura de proteção ao meio ambiente”.

“Vamos operar na Margem Equatorial com segurança, responsabilidade e qualidade técnica. Esperamos obter excelentes resultados nessa pesquisa e comprovar a existência de petróleo na porção brasileira dessa nova fronteira energética mundial”, completou.

Ibama

Por meio de nota, o Ibama informou que a emissão da licença ocorreu após “rigoroso processo de licenciamento ambiental”. Esse processo contou com elaboração de Estudo de Impacto Ambiental (EIA/RIMA), três audiências públicas e 65 reuniões técnicas setoriais em mais de 20 municípios do Pará e do Amapá. Também foram feitas vistorias em todas as estruturas de resposta à emergência e unidade marítima de perfuração, além da realização da APO, que envolveu mais de 400 pessoas.

Ainda de acordo com o órgão ambiental, após a negativa de 2023, foi iniciada uma “intensa discussão” com a Petrobras, que permitiu “significativo” aprimoramento substancial do projeto apresentado, especialmente em relação à estrutura de resposta a emergência.

Entre os avanços, o Ibama cita a construção e operacionalização de mais um centro de atendimento à fauna, no município de Oiapoque (AP), que se soma ao já existente em Belém.

O Ibama afirmou que as exigências adicionais foram fundamentais para a viabilização ambiental do empreendimento, considerando as características ambientais excepcionais da região da bacia da Foz do Amazonas.

O instituto antecipou que, durante a atividade de perfuração, será realizado novo exercício simulado de resposta a emergência, com foco nas estratégias de atendimento à fauna.

Nova fonte de petróleo

Margem Equatorial ganhou notoriedade nos últimos anos, por ser tratada como nova e promissora área de exploração de petróleo e gás. Descobertas recentes de petróleo nas costas da Guiana, da Guiana Francesa e do Suriname, países vizinhos ao Norte do país, mostraram o potencial exploratório da região, localizada próxima à linha do Equador. No Brasil, a área se estende do Rio Grande do Norte até o Amapá.

A busca pela licença de exploração se iniciou em 2013, quando a petrolífera multinacional britânica BP arrematou a licitação da área. Por decisão estratégica, a companhia repassou a concessão para a Petrobras em 2021.

A Petrobras tem poços na nova fronteira exploratória, mas, até então, só tinha autorização do Ibama para perfurar os dois da costa do Rio Grande do Norte.

Em maio de 2023, o Ibama chegou a negar a licença para a área chamada de Bacia da Foz do Amazonas, o que fez a Petrobras pedir a reconsideração.

Além da companhia, setores do governo, incluindo o Ministério de Minas e Energia e o próprio presidente Luiz Inácio Lula da Silva, defenderam a liberação da licença. No Congresso, presidente do senado, Davi Alcolumbre (União-AP), foi um dos principais articuladores para apressar e autorizar a licença.

Segundo a Petrobras, a espera pela licença de exploração custou R$ 4 milhões por dia à empresa.

Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) estima que o volume potencial total recuperável da Bacia da Foz do Amazonas pode chegar a 10 bilhões de barris de óleo equivalente. Para efeito de comparação, dados da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) mostram que o Brasil tem 66 bilhões de barris entre reservas provadas, prováveis e possíveis.

Críticas

A exploração é criticada por ambientalistas, preocupados com possíveis impactos ao meio ambiente. Há também a percepção, por parte deles, de que se trata de uma contradição à transição energética, que significa a substituição dos combustíveis fósseis por fontes de energia renováveis, que emitam menos gases do efeito estufa, responsáveis pelo aquecimento global.

A Petrobras insiste que a produção de óleo a partir da Margem Equatorial é uma decisão estratégica para que o país não tenha que importar petróleo na próxima década. A estatal frisa que, apesar do nome Foz do Amazonas, o local fica a 540 quilômetros da desembocadura do rio propriamente dita.

 

 

Você acredita que a gasolina custa R$2,71 nas refinarias e nós pagamos mais de R$6,50

Na calada da noite

UFN 3

Publicado na página da AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobras

Ao apagar das luzes, a última diretoria Bolsonaro-Guedes na Petrobrás impõem sacrifícios à população, vende mais um ativo e satisfaz o “mercado” e acionistas minoritários

Os últimos diretores da Petrobrás nomeados pelo governo Bolsonaro mostraram a que vieram e a quem serviam. Na noite dessa terça-feira (24) anunciaram um reajuste de 7% no preço da gasolina, isso a menos de 48 horas da reunião do Conselho de Administração da empresa, convocada para sacramentar o nome do senador Jean Paul Prates como novo presidente.

A justificativa, como sempre, é que “o aumento acompanha a evolução dos preços de referência e é coerente com a prática de preços da Petrobras, que busca o equilíbrio dos seus preços com o mercado, mas sem o repasse para os preços internos da volatilidade conjuntural das cotações e da taxa de câmbio”, ou seja, clara manutenção da nefasta política de Preço Paritário de Importação.

É um afago ao “mercado” e à Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), que diziam que a defasagem da gasolina era de 14% e do diesel 9%. Agora que passaram as eleições, estão buscando tirar essa defasagem, devido à pressão dos acionistas minoritários, e colocar a culpa no novo governo.

O fato é que, mesmo no apagar das luzes, a gestão bolsonarista da Petrobrás continua com as negociações para privatização de mais ativos da companhia, com a distribuição abusiva de mega dividendos para acionistas e, também, definindo os preços dos combustíveis no Brasil de forma incorreta.

A mesma diretoria, também na calada da noite do dia 24, informa: “A Petrobrás, em continuidade ao comunicado divulgado em 29/08/2022, informa que, observada a governança interna aplicável, foi aprovado o encerramento do processo competitivo, que estava na fase vinculante, para venda integral da Unidade de Fertilizantes Nitrogenados III (UFN-III).

A Petrobrás avaliará seus próximos passos relacionados ao desinvestimento do ativo em questão, em alinhamento ao Plano Estratégico 2023-2027 vigente, e reforça o seu compromisso com a ampla transparência de seus projetos de desinvestimento e de gestão de seu portfólio.”

Ou seja, no apagar das luzes, deram sinal verde para a concretização da venda do ativo. Mas pelo teor da mensagem, esses diretores sabem que isto não deve ocorrer. Mas deixará implicações jurídicas à Petrobrás.

Sobre a UFN-III

A UFN-III é uma unidade industrial de fertilizantes nitrogenados localizada em Três Lagoas, no estado de Mato Grosso do Sul. A construção da UFN-III teve início em setembro de 2011, mas foi interrompida em dezembro de 2014, com avanço físico de cerca de 81%. Após concluída, a unidade terá capacidade projetada de produção de ureia e amônia de 3.600 t/dia e 2.200 t/dia, respectivamente.

Como já afirmou na Nota sobre a indicação de Prates à presidência da Petrobrás, a AEPET tem uma atuação política e programática, impessoal e transparente e espera da nova diretoria ações concretas e rápidas para reverter o desmonte da Petrobrás e a penalização da grande maioria dos brasileiros.

ENERGIZANDO

*Desde 2019, Petrobras teve 64 ativos vendidos

https://monitormercantil.com.br/desde-2019-petrobras-teve-64-ativos-vendidos/

**Ministro de Minas e Energia anuncia a criação do Conselho Nacional de Política Mineral

https://petronoticias.com.br/ministro-de-minas-e-energia-anuncia-a-criacao-do-conselho-nacional-de-politica-mineral/

Pintam e bordam: povo de Bolsonaro faz maracutaia grossa na Petrobras.

www.brasil247.com - Roberto Castello Branco

Roberto Castelo Branco, em foto da Agência Brasil.

Petrolífera administrada por ex-presidente da Petrobrás lucra meio bilhão com campos que ele próprio ajudou a vender. A 3R Petroleum, que tem seu conselho presidido por Roberto Castello Branco, registrou receita no terceiro trimestre deste ano de R$ 502 milhões.

A 3R Petroleum tem em sua cúpula alguns ex-diretores da Petrobrás e atua exclusivamente em campos comprados da estatal. A empresa adota a prática de porta giratória, tirando executivos de uma ponta do processo e passando-os para o outro lado do balcão, em companhias privadas que compram justamente espólio da estatal da qual vieram, explica o The Intercept Brasil.

A petrolífera privada tem 12 profissionais com passagens pela Petrobrás, inclusive o ex-presidente da companhia, Roberto Castello Branco, atual presidente do Conselho de Administração da 3R.

A 3R comprou nove polos de gás e petróleo da Petrobrás – todos durante o governo Jair Bolsonaro (PL) e a gestão de Paulo Guedes no Ministério da Economia. Guedes é ex-sócio e fundador do banco BTG Pactual, que detém 3,68% do capital social da 3R. O BTG ajudou a levantar os fundos para que a petrolífera pudesse fechar os negócios com a Petrobrás.

No último balanço divulgado, a 3R registrou receita no terceiro trimestre de 2022 de R$ 502 milhões, um aumento de 161% em relação ao mesmo período de 2021 e de 1.364% comparado ao trimestre anterior.

Durante a gestão de Castello Branco na Petrobrás, a estatal vendeu 37 campos de petróleo. Só com a 3R, nesse período, os campos negociados renderam cerca de R$ 3,8 bilhões, em valores atuais. Castello Branco presidiu a empresa de janeiro de 2019 até 12 de abril de 2021.

A ida de Castello Branco para a 3R respeitou a quarentena de seis meses prevista em lei, para evitar conflito de interesses.

Editado pelo Brasil247

Bolsonaro já vendeu 56% dos ativos da Petrobras.

Confira os 6 tipos de plataformas petrolíferas - O PETRÓLEO - Notícias de Petróleo e Gás, Energia e Offshore

Onde estão os generais nacionalistas, os patriotas que cantam em prosa e verso eslogans do tipo Deus, Pátria, Família, os conservadores que não conservam nem o patrimônio estratégico do País, como o petróleo, os territórios, as florestas, a biodiversidade, os recursos naturais e o regime de águas?

Formam apenas uma caterva de entreguistas, um conluio entre sacripantas, Calabares e Joaquins Silvério dos Reis, entregando tudo aquilo que temos de maior valor em troca de meia dúzia de caraminguás. Estas hienas passarão para a história como malditos, por eles e por seus descendentes. 

Desde março de 2015, quando teve início o plano de desinvestimento da Petrobrás, até 7 de dezembro deste ano, já foram vendidos 64 ativos e participações acionárias da estatal, somando R$ 243,7 bilhões. Mais da metade das privatizações aconteceu no governo de Jair Bolsonaro, com a negociação de R$ 138,2 bilhões, o equivalente a 56,7% do valor total. O primeiro ano do atual mandato, em 2019, registrou o maior valor de vendas anual de todo período, contabilizando R$ 74,7 bilhões, o que representa 30,6% do acumulado.

O levantamento é do Observatório Social da Petrobrás (OSP), realizado com base nos relatórios trimestrais e nos comunicados ao mercado feitos pela empresa até o dia 7 de dezembro. Os números foram atualizados, seguindo a variação da taxa de câmbio para a conversão da moeda e a inflação do período.

Os dados apontam que a menor arrecadação de venda de ativos ocorreu no governo de Dilma Rousseff (PT), nos anos de 2015 e 2016, somando R$ 26,9 bilhões (11%). Esse valor quase triplicou no mandato de Michel Temer (PMDB), entre 2017 e 2018, quando foram negociados R$ 78,5 bilhões (32,2%). Montante que aumentou em mais R$ 59,7 bilhões, algo em torno de 76%, nos últimos três anos, durante a presidência de Bolsonaro.

PONTO DAS SOLDAS: PLATAFORMAS DE PETRÓLEO

Em 2019, de acordo com o levantamento, foi concluída a venda do ativo mais caro desse período analisado. A TAG (Transportadora Associada de Gás), rede de gasodutos do Norte e Nordeste, subsidiária da Petrobrás, foi vendida por mais de R$ 42 bilhões. A NTS (Nova Transportadora do Sudeste), subsidiária que controlava a malha de gasodutos mais estratégica do país, que interliga toda a região Sudeste, foi o segundo ativo mais valioso. Sua negociação terminou em 2017, ultrapassando R$ 23 bilhões. O terceiro ativo mais caro foi privatizado em julho deste ano, a venda integral da BR, maior distribuidora de combustíveis do Brasil, por R$ 12 bilhões.

Segundo o levantamento, 2019 registrou recorde de arrecadação, com a venda de 10 ativos, mas foi em 2020 que a empresa teve maior número de privatizações. Foram vendidos 23 ativos e participações acionárias, somando R$ 52,8 bilhões. Neste ano, até dia 7 de dezembro, já haviam sido fechadas 15 negociações, num total de R$ 30,2 bilhões.

Marco histórico

Na retrospectiva das privatizações, 2021 será lembrado como um marco histórico, quando foi vendida a primeira refinaria da Petrobrás, a Rlam (Refinaria Landulpho Alves), na Bahia, por R$ 10 bilhões. Neste ano também foram negociados a Refinaria Isaac Sabbá (Reman), em Manaus, no Amazonas, e seus ativos logísticos associados por R$ 1 bilhão, além da Unidade de Industrialização do Xisto (SIX), em São Mateus do Sul (PR), por R$ 183 milhões.

A lista de desinvestimentos dos últimos três anos inclui ainda a venda da Liquigás e de diversos campos de petróleo em terra e mar, termelétricas, usinas eólicas e de biodiesel, o arrendamento das Fábricas de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia e de Sergipe e o fechamento, em 2020, da Fafen-PR.

“O levantamento do OSP demonstra que o processo de privatização da Petrobrás se aprofundou no governo Bolsonaro e em meio à grande crise ocasionada pelo aumento dos combustíveis este ano, fruto de uma política errada, construída pela direção da estatal com cunho privatista, que manteve, com o Preço de Paridade de Importação (PPI), os valores deslocados totalmente da realidade dos brasileiros. Campos de petróleo, refinarias e empresas de infraestrutura de distribuição construídas historicamente com investimentos públicos estão sendo vendidos para multinacionais estrangeiras, quando deveríamos estar buscando maior autonomia energética nacional, ouvindo a população brasileira – sócia majoritária da estatal – sobre a necessidade de termos um preço mais justo dos combustíveis, e não o preço definido pelo mercado internacional”, declara Tiago Silveira, economista do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps).

Fonte: Observatório Social da Petrobrás e FNP

Você está no País certo. Mas com os governantes errados.

Brasil estuda construir usina binacional com Bolívia | Agência Brasil

De um internauta no Twitter:

Salário mínimo no Brasil compra 157 litros de gasolina. Na Alemanha, 1.200 litros. Na Inglaterra, 1.550. Nos EUA, 2.200. Isso porque o Brasil é dito autossuficiente em petróleo.

O Presidente da Petrobras diz que se houver “represamento” dos preços da gasolina, poderá acontecer desabastecimento. E que por isso não abre mão da margem de rentabilidade da estatal.

O Presidente da Petrobras tem salário de R$ 260.400,00. O suficiente para comprar até 37.200 litros por mês de gasolina. Mas claro que ele roda, nos carros da companhia e faz muito tempo que não abre a carteira pra pagar o posto.

Pois os caminhoneiros autônomos estão prometendo greve para o dia 1º de novembro, com paralisação de 15 dias, se o Governo não der um jeito no diesel. Vamos ver se o governicho segura o desabastecimento de gêneros e combustíveis durante 15 dias.

A Petrobras está confiscando dos brasileiros mais vulneráveis o aumento do valor do frete nos alimentos e gêneros de primeira necessidade. Jair Messias e Luna e Silva estão achando bom.

Novo aumento de combustíveis é resultado da “subordinação do país e da sua maior empresa aos interesses financeiros estrangeiros”

Petrobras acelera desmonte da bacia de Campos e mira o pré-sal | VEJA

Mito da Pe­tro­brás que­brada, criado desde 2014, não foi com­ba­tido e des­qua­li­fi­cado pelas di­re­ções da Pe­tro­brás desde então. É lógico que o esfacelamento da Estatal em favorecimento das estrangeiras rende muito dinheiro aos donos do poder. O mesmo ocorre com a Eletrobras. Propinodutos fartos e de alta vazão. Nenhum lavajatista é inocente.

Em me­ados de abril, a di­reção da Pe­tro­brás anun­ciou o sexto au­mento do preço dos com­bus­tí­veis e seus de­ri­vados apenas em 2021, a des­peito do de­sem­prego e da ca­restia que voltam a as­solar o país. Nesta en­tre­vista ao Cor­reio Ci­da­dania, Fe­lipe Cou­tinho, en­ge­nheiro da Pe­tro­bras, ex­plica o ar­ranjo po­lí­tico e ide­o­ló­gico que tomou conta da em­presa desde 2015 e, a partir da po­lí­tica de de­sin­ves­ti­mentos e da pa­ri­dade aos preços de im­por­tação, pro­duziu a per­ma­nente alta de preços.

“O maior plano de pri­va­ti­zação da his­tória da com­pa­nhia foi apre­sen­tado em 2015. O mito da Pe­tro­brás que­brada, criado desde 2014, não foi com­ba­tido e des­qua­li­fi­cado pelas di­re­ções da Pe­tro­brás desde então. Apesar de a di­reção da com­pa­nhia dispor de todas as evi­dên­cias con­tá­beis ne­ces­sá­rias para fazê-lo”.

Dessa forma, Cou­tinho afirma que poucos se­tores, parte deles se­quer se­diada no país, têm a ga­nhar. Perde o con­su­midor, perde a com­pa­nhia e, acima de tudo, perde a nação, cada vez mais es­va­ziada em suas ca­deias pro­du­tivas. Tudo isso num mundo onde a pro­pri­e­dade es­tatal do pe­tróleo é ten­dência do­mi­nante.

“As mai­ores com­pa­nhias de pe­tróleo do mundo são es­ta­tais; das cinco mai­ores, são quatro es­ta­tais. En­quanto das 25 mai­ores, as es­ta­tais são 19. Con­trolam mais de 90% das re­servas e cerca de 75% da pro­dução de pe­tróleo. As pe­tro­lí­feras es­ta­tais são com­pa­nhias in­te­gradas ver­ti­cal­mente e que au­mentam sua im­por­tância re­la­tiva ao longo do tempo”.

Se os re­flexos já se veem na de­sin­te­gração so­cial pela qual passa o país, com seus ele­va­dís­simos ín­dices de de­sem­prego, pre­ca­ri­zação do tra­balho e em­po­bre­ci­mento, é cada vez mais ur­gente re­tomar o papel do Es­tado e da Pe­tro­brás.

“O fim do pe­tróleo ba­rato de se pro­duzir e a re­dução do ex­ce­dente ener­gé­tico e econô­mico da in­dús­tria pe­tro­leira estão trans­for­mando, ace­le­ra­da­mente, a so­ci­e­dade. É ne­ces­sário ga­rantir a pro­pri­e­dade do pe­tróleo e ficar com seu valor de uso. Atender as ne­ces­si­dades dos bra­si­leiros e er­guer a in­fra­es­tru­tura dos re­no­vá­veis para uma nova or­ga­ni­zação so­cial”, sin­te­tizou.

A en­tre­vista com­pleta com Fe­lipe Cou­tinho a se­guir.

Cor­reio da Ci­da­dania: Como ana­lisa os au­mentos de R$ 0,10 (3,7%) no preço do di­esel e de R$ 0,05 (1,9%) no da ga­so­lina, anun­ci­ados pela Pe­tro­brás em 15 de abril? Quais as causas que le­varam a mais este re­a­juste?

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Juíza que homologou acordo do MPF de Curitiba com a Petrobras é processada.

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) mandou instaurar Processo Administrativo Disciplinar contra a juíza Gabriela Hardt, substituta da 13ª Vara de Curitiba (PR).

A magistrada é acusada de ter agido em conluio com a força-tarefa da Lava-Jato ao homologar e tornar sigiloso o acordo do MPF com a Petrobras, que previa a criação de um fundo de R$ 2,5 bilhões com recursos da estatal, a ser administrado por fundação de direito privado que seria gerida por membros do MPF de Curitiba.

Após representação apresentada por deputados(as) e senadores(as) do PT, o CNJ requer: a declaração de ilegalidade da conduta da magistrada; que se ordene a abstenção imediata da magistrada homologar qualquer acordo de teor semelhante; e a aplicação das sanções disciplinares cabíveis, dentre advertência, censura e remoção compulsória.

A informação é de Luiz Muller.

Conta-se que, na época, Deltan Dallagnol, chegou a procurar diretores de bancos para negociar taxas de remuneração do capital. A maracutaia derreteu quando a imprensa botou a boca no mundo.

Governo já pensa em “mecanismos compensatórios” para evitar alta dos combustíveis.

O diretor geral da ANP, Décio Oddone, o ministro das Minas e Energia, Bento Albuquerque, e o presidente da Pretrobrás, Roberto Castello Branco, durante coletiva no MME.

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, afirmou hoje (6), após se reunir com o presidente Jair Bolsonaro, que o governo federal estuda formas de compensar uma eventual alta no preço dos combustíveis, caso a crise envolvendo Estados Unidos e Irã impacte com mais força o preço internacional do petróleo.  

“Temos que criar, talvez, mecanismos compensatórios que compensem esse aumento sem alterar o equilíbrio econômico do país. Que isso não gere inflação, mas também não frustre expectativa de receitas”, adiantou o ministro em coletiva de imprensa, ao lado do presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, e do diretor-geral da Agência Nacional de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (ANP), Décio Odone.

Albuquerque praticamente descartou a possibilidade de o governo instituir algum tipo de subsídio para segurar alta do combustível, como foi feito, em 2018, no governo de Michel Temer, frente ao aumento no preço do óleo diesel, uma das principais reclamações dos caminhoneiros, que paralisaram o país durante uma greve em maio daquele ano.

“Não sei se será feito com impostos [subsídios], certamente não vamos procurar esse caminho dos impostos para não onerar mais ainda, mas se há maior receita, talvez possa haver uma compensação em cima disso e esse é um dos instrumentos que estão sendo analisados”, disse.

Redução de ICMS

Uma proposta apresentada pelo próprio presidente da República é a possibilidade do estados reduzirem a alíquota do ICMS sobre combustíveis, um imposto estadual, que tem forte impacto na formação do preço final nos postos.    

“Aproximadamente um terço do preço combustível, no final, são impostos estaduais, o ICMS. No Rio de Janeiro, por exemplo, está em 30%”, afirmou Bolsonaro a jornalistas na portaria do Ministério de Minas e Energia.

O preisidente Jair Bolsonaro, e o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, falam à imprensa após reunião no ministerio de Minas e Energia

O presidente voltou a dizer que não adotará nenhuma política de controle de preços. “Não existe interferência do governo. Não sou intervencionista, e essa política está muito bem conduzida pelo nosso ministro, almirante Bento”.

Na coletiva de imprensa, perguntado sobre uma possível compensação tributária por parte dos estados, Bento Albuquerque disse que a ideia está sendo estudada e que poderá ser discutida no âmbito do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), que reúne secretários da Fazenda dos estados, integrantes da pasta e o governo federal. “Isso já está sendo discutido, no âmbito do governo, para que quando tiver essa pauta, possam haver uma reunião, no mais alto nível, com o presidente e os governadores”.

Política de preços

O presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, afirmou que não sofre qualquer pressão para interferir nos preços praticados pela companhia, que controla 98% do refino de combustível no Brasil. “A lei, desde 2002, diz que existe liberdade de preços de combustíveis. E o governo Bolsonaro vem praticando isso. Não recebi, em nenhum momento, pedido, pressão, sugestão, nem do almirante Bento, nem do presidente Bolsonaro, para baixar o preço, fazer isso ou aquilo. Existe liberdade total, na prática, para o preço de qualquer derivado de petróleo”.  

Megaleilão do pré-sal ‘fracassa’ e apenas 2/3 do valor previsto é arrecadado

E as duas compras foram feitas pela própria Petrobras. Menos de 7 bilhões de reais vieram de fora, de estatais chinesas.

O chamado megaleilão do pré-sal, realizado na manhã desta quarta-feira (6), não atingiu as expectativas do governo federal. A previsão é que os quatro blocos excedentes da Cessão Onerosa do pré-sal poderiam ser arrematados por até R$ 106 bilhões, mas a abertura dos envelopes nesta manhã revelou propostas para apenas dois blocos leiloados e uma arrecadação de R$ 70 bilhões.

O maior bloco oferecido hoje, em Búzios (RJ), foi arrematado com o lance mínimo por um consórcio formado pela Petrobras e as estatais chinesas Cnodc e Cnooc, no valor de R$ 68,194 bilhões, que serão pagos até o dia 27 de dezembro. A Petrobras havia manifestado preferência pelo bloco e teve participação de 90% no consórcio, no qual atuará como operadora. As duas companhias da China participaram com 5% cada uma.

Nos leilões do Regime de Partilha, os lances são avaliados conforme o percentual de excedente em óleo que é oferecido à União. No caso do bloco de Búzios, era pedido um mínimo de 23,24%, participação que foi a oferecida pelo consórcio vencedor.

Já o segundo bloco, de Itapu, na Bacia de Santos (SP), foi arrematado pela Petrobras, que não formou consórcio e ofereceu sozinha o bônus de assinatura de R$ 1,76 bilhão. O percentual de excedente em óleo foi de 18,15%, o lance mínimo que era exigido.

O dinheiro arrecadado pela União com o leilão será repartido entre o estado produtor, o Rio de Janeiro, e entre os municípios, unidades da federação e a própria Petrobras, que precisa ser ressarcida pelo contrato de Cessão Onerosa, assinado em 2010. A expectativa é que os estados e municípios pudessem receber cerca de R$ 10,8 bilhões se o leilão atingisse as expectativas do governo federal, mas deverão receber cerca de R$ 5,3 bilhões. De acordo com o G1, o Rio Grande do Sul deverá receber cerca de R$ 218 milhões. O Rio de Janeiro, estado que abriga o maior bloco, receberá a maior fatia da distribuição, R$ 1,147 bilhão.

Para a Federação Única dos Petroleiros (FUP), o resultado foi um “fracasso do governo”. “Um processo apresentado com pompa e o governo levou mais um revés”, disse Zé Maria, coordenador nacional da FUP ao Brasil de Fato.

Para Zé Maria, o ponto de maior destaque do leilão foi a falta de interesse nos blocos oferecidos, uma vez apenas sete das quatorze empresas inscritas participaram do evento. “Não há segurança jurídica para a operação”, afirmou. “Nós estamos denunciando a série de incertezas que o país vive, que é fruto desse governo, que expõe essa insegurança jurídica e isso deixou os investidores inseguros”.

Por outro lado, ele considerou como positiva a manutenção do protagonismo da Petrobras na exploração do pré-sal. “Para o governo é um fracasso, queria arrecadar R$ 106 bilhões, arrecadou R$ 70 bilhões, um verdadeiro fracasso. Agora, tem que ressaltar que a Petrobras adquiriu o melhor campo, que é o campo de Búzios, que para nossa empresa é extremamente positivo, mas foi um verdadeiro fracasso”, disse.

*Com informações da Agência Brasil e do Brasil de Fato, editado pelo Sul21.

Nesta quarta-feira teremos o dia mais triste da história do Brasil.

Artigo de Antônio Lisboa.

O próximo dia 06 de novembro tem tudo para ser o dia mais triste da História recente do Brasil. Mais que o impeachment de Dilma, mais que a prisão de Lula, mais que o golpe de Temer, mais que a eleição do fascista (se bem que é difícil existir algo mais triste que isso). Mesmo porque todos esses dias aconteceram para que chegasse finalmente o que vem por aí no sexto dia do próximo mês: o Mega Leilão do Pre-sal, ou melhor, do chamado “excedente da cessão onerosa”.

O palavrão que significa em português claro: todo o excedente das reservas de petróleo encontradas que não eram previstas pela Petrobrás quando fez o investimento em perfurar os poços em profundidade. A Petrobrás esperava encontrar uma quantidade, mas encontrou três vezes mais. São esses dois terços a mais que serão entregues para o capital inter e transnacional.

Um patrimônio estimado em mais de um trilhão de reais. Os tais royalties que durante anos tanto se falou no Brasil e cuja destinação para o “eu quero mais emprego, mais saúde e educação” era pauta fundamental dos protestos de 2013″. Mas como na canção de Rita Lee, “tudo virou bosta”.

Socializada, hoje, só as manchas do crudo misterioso que se espalha pelo litoral nordestino.

Mas o mais bizarro disso tudo é que todo esse petróleo excedente será explorado agora sem a parceria da Petrobrás, desde que durante o golpe o Congresso Nacional aprovou a proposta de José Serra de extinguir o sistema de partilha criado no governo Lula (uma das coisas mais geniais dos governos petistas).

Ou seja, a Petrobrás investiu sozinha no desenvolvimento da caríssima e especialíssima tecnologia de extração do pre-sal. Mas daqui em diante nem parceira será mais, perdendo o controle não só do petróleo, mas da própria tecnologia desenvolvida pelo Brasil a um custo altíssimo.

Dia 06, o futuro do Brasil será literalmente entregue e o País será velado, cremado e sepultado. Ou o povo (esquerda, centro e direita) se une enquanto é tempo e paramos o país em greve geral e nas ruas, ou assinaremos embaixo do maior suicídio já visto de uma quase-nação.”

Brasil já perdeu mais de US$ 700 bilhões com venda de reservas do pré-sal (partilha)

Até o momento foram realizadas 5 rodadas de venda de reservas do pré-sal em regime de partilha. A 1ª foi em 2013 (Libra) no governo Dilma As demais (2ª a 5ª) foram realizadas entre 2017 e 2018 no governo Temer. Ao todo já foi vendido um volume recuperável estimado de 40(*) bilhões de barris de petróleo.

Considerando um preço de US$ 60 por barril podemos prever que recursos no montante de US$ 2,4 trilhões (60×40) serão arrecadados e distribuídos pelos participantes durante os próximos 25/30 anos.

Tendo em vista os critérios pelos quais estas reservas foram adquiridas (bônus, royalties, óleo lucro da União, conteúdo local , participação da Petrobras e um custo de produção estimado em US$30 por barril) podemos calcular que do total dos recursos a serem arrecadados apenas 58% (US$ 1,4 trilhões) vão ficar no Brasil cabendo aos participantes estrangeiros a apropriação de 42% (US$ 1 trilhão).

US$ 1,4 trilhões significa um incremento de renda de US$ 56 bilhões por ano, durante um período de produção de 25 anos.
Nada mal pois representa um incremento de 2,8 % do PIB nacional. Mas isto não poderia ser bem melhor ?

Lembramos que a Noruega (e outros países), mesmo não contando com uma empresa nacional do porte e do nível tecnológico da Petrobras, nos leilões que fez conseguiu garantir que 80% dos recursos arrecadados fossem retidos em casa.

Mas o Brasil, que dispõe de uma empresa como a Petrobras, tecnologicamente líder mundial em exploração em águas profundas, não poderia deixar passar esta clara oportunidade de rápido e forte crescimento econômico, entregando a ela e só a ela, a responsabilidade de exploração das reservas descobertas.

Assim como ocorre na Arábia Saudita e em outros países grandes produtores de petróleo, onde a exploração é entregue a uma empresa estatal nacional, se esta função fosse atribuída à Petrobras 90% dos recursos arrecadados ficariam no Brasil.

Ou seja, um incremento de US$ 760 bilhões sobre o que efetivamente vai ser arrecado. Um crescimento adicional do PIB de 1,5%. Com isto a Petrobras mesmo que venha a conceder uma maior parcela de óleo lucro para a União, poderia aumentar sua geração operacional de caixa em US$ 16 bilhões por ano. Recursos mais do que suficientes para cobrir qualquer modelo de financiamento.

Notem que o processo de entrega da renda do pre-sal para empresas estrangeiras teve início no governo Dilma do PT. Partido considerado como sendo de “esquerda”. A paralisação dos investimentos da Petrobras bem como a venda de ativos da empresa, também tiveram início no governo Dilma. Ela nunca se explicou ao povo brasileiro por estes fatos.

Já no governo Temer, considerado de “direita”, este processo foi acelerado e incrementado por uma política de preços (Preço de Paridade de Importação-PPI) absurda, que não existe em lugar nenhum do mundo, prejudica a economia nacional e penaliza os consumidores brasileiros.

Verificamos portanto que, no Brasil, governos de “esquerda” ou de “direita” só divergem em questões de menor relevância. Para questões de maior importância eles atuam da mesma forma.

Barbosa Lima Sobrinho dizia que no Brasil só existem dois partidos : o partido de Tiradentes e o partido de Silvério dos Reis.

De fato, se analisarmos bem, vamos encontrar nos partidos de “esquerda” ou de “direita” no Brasil , igualmente apoiadores de “Tiradentes” ou de “Silvério dos Reis”. Tudo misturado.

O governo Bolsonaro trouxe esperança de mudança, mas nada ocorreu. A política de preços suicida foi mantida e anunciada a 6ª rodada do pre-sal, prevista para o próximo mês de novembro.

Nesta rodada serão ofertados 17 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, segundo o presidente da ANP, Decio Odonne, equivalentes a uma arrecadação de recursos da ordem de US$ 1,02 trilhões (60×17). Desta renda apenas 49,5% (US$ 505 bilhões) deverão ficar no Brasil . Se a exploração ficasse com a Petrobras a renda brasileira subiria para US$ 918 bilhões, uma diferença de US$ 413 bilhões apenas nesta rodada.

Com isto as perdas com os 6 leilões somariam US$ 1,17 trilhões (760 + 413 ), que ao câmbio de US$ 1 = R$ 4, alcançaria o montante em reais de 4,7 trilhões.

Enquanto isto nossos prefeitos e governadores brigam por uma fatia de R$ 25 bilhões do bônus da 6ª rodada, que lhes garantem algum recurso imediato, provavelmente de olho nas eleições do próximo ano. Além disso garantem apoio ao governo na votação da reforma da previdência.

A verdade é que ninguém está preocupado com o Brasil e seu futuro.

Certamente no futuro, nossos filhos, netos, bisnetos e a história nos cobrarão por tudo isto.

(*) O volume “in situ” das reservas é estimado de 50,2 bilhões de barris. Consideramos um valor recuperável de 40 bilhões (que pode ser entendido como elevado ) para compensar vantagens financeiras concedidas nos contratos, de difícil elaboração de previsões, não utilizadas neste exercício. Por outro lado a forma de apropriação das despesas em regime de caixa tornarão extremamente custoso para o governo (se não impossível ) efetuar algum controle.

Claudio Oliveira é economista e funcionário aposentado da Petrobrás

O fim da Petrobras e da indústria pesada, o grande crime que a posteridade vai cobrar.

 

Ouça Guilherme Estrela, o maior conhecedor de Petróleo do Brasil, pai do pré-sal, geógrafo de carreira da Petrobrás, diretor de exploração, saiu ileso do caso petrolão.

Ele explica como o Golpe resolveu acabar com a indústria pesada, com a Petrobras e com o pré-sal. Um crime inominável, um latrocínio do futuro, que os golpistas cometeram.

Se venderam, como Judas, por 30 dinheiros e acabaram com aquela que chegou a ser a 2ª maior empresa do mundo.

Enquanto isso, as Forças Armadas, tradicionalmente nacionalistas, emudeceram e entraram em um casulo. Agora fazem ouvidos moucos e olhos poucos às riquezas continentais, o rico sub-solo e os recursos da biodiversidade da Amazônia.

Divisão do pré-sal deve ser votada nesta quarta na Câmara, diz líder no Senado

Líderes chegaram a um acordo para acelerar a votação da chamada cessão onerosa.

O líder do governo no Senado, senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), afirmou que os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), chegaram a um acordo para acelerar a votação da partilha dos recursos do próximo leilão do petróleo do pré-sal entre estados e municípios. A proposta, segundo ele, irá à votação na Câmara nesta quarta-feira (9) e no Senado na semana seguinte, na terça-feira (15).

De acordo com Fernando Bezerra Coelho, a proposta de acordo mantém a distribuição dos 15% a serem destinados aos municípios de acordo com critérios do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Já os 15% dos estados seriam distribuídos da seguinte maneira: 2/3 pelos critérios do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e 1/3 para compensar os estados exportadores pela Lei Kandir.

Ele disse ainda que os prefeitos poderão usar os recursos para investimentos. Já os estados poderão usá-los para equilibrar as contas da Previdência, para investimentos e para o pagamento de precatórios de pessoas físicas.

“Tive uma reunião com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, e há um apoio expressivo dos líderes de diversos partidos”, disse Bezerra Coelho, que também conversou com governadores. Houve uma manifestação, se não unânime, uma manifestação ampla de que esse encaminhamento atenderia à necessidade de equilíbrio entre os diversos estados da federação”, garantiu o líder.

O líder do governo no Senado informou ainda que a proposta de acordo terá que passar ainda pelo crivo do ministro da Economia, Paulo Guedes, e pelos ministros da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e pelo ministro Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo.

Cessão Onerosa

Lei 12276/10 permitiu à Petrobras pagar R$ 74,8 bilhões à União, sem licitação, pela exploração de 5 bilhões de barris de óleo equivalente na Bacia de Santos em campos do pré-sal – é a chamada cessão onerosa. Após avaliações, descobriu-se que essa reserva tem, a mais, de 6 bilhões a 15 bilhões de barris.

É esse excedente da cessão onerosa que o governo quer leiloar agora. A equipe econômica concordou em dividir com os entes federados parte do que a União arrecadará no leilão após devolver à Petrobras cerca de R$ 33,6 bilhões, fruto de um acordo com a estatal decorrente de oscilações nos preços do petróleo. Reportagem – Antonio Vital. (Com informações da Agência Senado)

Petrobras vende três campos de petróleo em águas rasas na costa do Rio de Janeiro

A Petrobras anunciou nesta 3ª feira (8.out.2019) a conclusão do processo de venda da totalidade de sua participação nos campos de Pargo, Carapeba e Vermelho, localizados em águas rasas na costa do Rio de Janeiro, à empresa franco-britânica Perenco.

Segundo informe ao mercado divulgado pela Petrobras (íntegra), a operação foi concluída após o cumprimento de todas as condições precedentes com o pagamento de cerca de US$ 324 milhões, já com os ajustes previstos no contrato. Esse valor se soma ao montante de US$ 74 milhões que foram pagos à estatal na assinatura dos contratos de venda.

Descobertos entre 1975 e 1982, os campos de Pargo, Carapeba e Vermelho tiveram concessões outorgadas à Petrobras em 1998, na chamada Rodada Zero de licitações. O sistema de produção desses campos é integrado e consiste em sete plataformas do tipo jaqueta fixa. Com o fechamento da transação, a Perenco passa a ser a operadora dos campos.

A Petrobras destacou que a venda de sua participação nos campos à Perenco “está alinhada à otimização do portfólio e à melhoria de alocação do capital da companhia, visando à geração de valor para os nossos acionistas“. Do Poder360.

O portal da AEPET – Associação dos Engenheiros da Petrobras afirma que a privatização, como está sendo feito na Estatal, resulta em preços altos, investimentos baixos, desemprego, riscos econômicos e desnacionalização

Novo vídeo da AEPET mostra que até para os parâmetros do mercado, mas sob uma ótica produtiva, a desintegração da Petrobrás não é a estratégia adequada para a empresa nem para o Brasil. Na prática, uma privatização fatiada terá como resultado a entrega da empresa pela via da desnacionalização de estruturas importantes como refino, transporte e distribuição de combustíveis.

Tal entrega não garantirá redução de preços, aumento de investimentos ou geração de empregos. Ao contrário, desnacionalizando, por exemplo, metade da capacidade de refino sob controle do país, para quem os brasileiros vão reclamar de preços abusivos de combustíveis estratégicos como o gás ou o diesel?

O vídeo destaca ainda as medidas necessárias para garantir estabiildade econômica e custo de energia compatíveis com o crescimento do consumo, tanto pela população quanto pelos agentes econômicos.

Clique aqui para assistir.

É de se perguntar: e os nacionalistas, aqueles que defendiam o patrimônio nacional, morreram todos em no aziago 31 de agosto de 2016?

Não existe um intelectual, um militar, com capacidade de vir a público para desmascarar o processo de fatiamento da Petrobras?

Ou a joia da Coroa, a segunda maior empresa do mundo, é apenas parte do pagamento com que os golpistas remuneram os seus financiadores estrangeiros?

Bolsonaro vai tirar áreas da Petrobrás de R$ 3,2 trilhões e vender por R$ 100 bi

Guedes faz demagogia, mas quer entregar o pré-sal aos gringos e transferir o dinheiro aos bancos.

O engenheiro Fernando Siqueira, conselheiro eleito da Petros e diretor da AEPET afirmou que o governo Bolsonaro está cometendo um crime gravíssimo contra o patrimônio brasileiro ao anunciar a decisão de leiloar as áreas de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, da cessão onerosa da Petrobrás. 

Ele denunciou que estas riquezas imensas estão sendo oferecidas ao capital estrangeiro por um preço de “banana”, ou seja, “por um preço infinitamente menor do que elas valem”.

“O governo pretende leiloar o excedente da Cessão Onerosa, obrigando a Petrobrás a repassar ao cartel internacional do petróleo quase 21 bilhões de barris descobertos por ela”, observou Siqueira. “Com a entrega, o Planalto espera arrecadar no máximo R$ 100 bilhões a título de bônus”, diz ele.

“Só que esses 21 bilhões de barris, ao custo de US$ 65 o barril, e com um custo total de produção por barril de US$ 25, renderá cerca de US$ 800 bilhões a quem se apoderar do petróleo, ou seja, ao câmbio de hoje, o lucro das multinacionais com a comercialização deste produto poderá chegar a R$ 3,2 trilhões”, explicou o engenheiro.

“Inicialmente, em 2010, o governo cedeu à Petrobrás o direito de exploração de 5 bilhões de barris de petróleo nas áreas da Cessão Onerosa, na Bacia de Santos. A Petrobrás pagou por isso R$ 74,8 bilhões”, esclareceu Siqueira. “Só que a Petrobrás descobriu na área um volume de petróleo muito maior. Ou, mais precisamente, 17 bilhões de barris a mais”, prosseguiu o diretor da AEPET.

“Pelo Projeto de Lei da Câmara n° 78, de 2018, aprovado em junho do ano passado, a estatal seria obrigada a entregar para leilão esses 17 bilhões de barris, além de 70% da área da cessão onerosa original”, denunciou o engenheiro.

Como o projeto acabou não sendo votado pelo Senado, o governo Bolsonaro decidiu atropelar o país, os senadores e o próprio TCU e assinar a revisão do contrato com a Petrobrás mesmo sem a aprovação da nova lei.

O governo estava ansioso pela assinatura do acordo de revisão do contrato com a Petrobrás para poder entregar o óleo ao cartel. A tentativa feita por Temer no ano passado não teve sucesso porque o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou a legalidade do leilão antes da aprovação da lei e da revisão com a Petrobrás.

O ajuste do contrato era obrigatório porque quando a Petrobrás pagou pela Cessão Onerosa, o barril de petróleo estava a US$ 100. Ela teria que receber a diferença, causada pela variação dos preços. O barril está hoje a US$ 65.

Agora saiu a confirmação do valor de US$ 9,058 bilhões (R$ 34,6 bilhões ao câmbio de hoje) com os quais o governo pretende “indenizar” a Petrobrás.

A Petrobrás só receberá depois que entrarem os recursos do bônus. Isso porque há uma cláusula no acordo que condiciona o pagamento à estatal à entrada dos recursos dos vencedores do leilão. Os entreguistas estão comemorando a assinatura do acordo.

Fernando Siqueira alerta que “a Petrobrás terá um grande prejuízo com este ‘acordo’ que a obriga a entregar as áreas da Cessão Onerosa”. “É bom negócio pagar R$ 34 bilhões à Petrobrás para ela deixar de explorar US$ 800 bilhões?”, indagou o diretor da AEPET.

“Tudo isso será feito às custas de perder um volume de recursos diretos e indiretos muito maior por abrir mão de uma energia não renovável e ainda sem paralelo para satisfazer as necessidades da sociedade moderna”, criticou Siqueira.

O cartel não participou do negócio tentado por Temer porque os açambarcadores queriam ter certeza de que a Petrobrás ficaria de fora. Sem a revisão do contrato, não havia segurança de que o assalto fosse efetivado com sucesso.

Integrantes do governo Bolsonaro deixaram isso claro esta semana. “Essa aprovação do termo aditivo do contrato entre União e Petrobrás muito contribui para que as incertezas em relação ao leilão sejam minimizadas, diria que praticamente não existe mais incerteza”, disse nesta quarta-feira (10) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para regozijo dos integrantes do cartel chefiado pela Exxon.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, que esteve junto com Bolsonaro nos EUA, “oferecendo” o Brasil de bandeja aos cartéis e especuladores, comemorou a decisão. Ele quer agradar as multinacionais do petróleo e está de olho também nos R$ 100 bilhões do bônus.

O ministro veio com uma conversa de que poderia usar uma parte desse dinheiro para transferir para estados e municípios, mas isso não passa de demagogia. Ele quer, com essa conversa, tentar obter votos para sua proposta de desmonte da Previdência pública. Faz essa demagogia porque sabe que não há legislação que permita esse repasse extra de recursos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou isso claro ao dizer que o repasse para estados e municípios precisaria de aval do Congresso. “Para liberar dinheiro para os Estados, fatalmente precisará de uma emenda constitucional, porque não tem teto [de gasto] no governo federal para liberar o valor. O governo federal não tem margem”, declarou Maia.

O que Guedes faz é demagogia porque o que ele pretende mesmo é entregar o pré-sal aos gringos e usar o dinheiro do bônus para transferir aos bancos, na forma de pagamento de juros da dívida.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nem esperou. Antes mesmo do acordo, já havia marcado o megaleilão para 28 de outubro. Se não ocorrer nada até lá, serão leiloadas as áreas de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, na Bacia de Santos. Da Hora do Povo.

Nota da Redação:

A dívida pública brasileira rondou, em 2018, os 4 trilhões de reais. Pela qual paga todo ano acima de R$500 bilhões do serviço da dívida (juros + amortizações). Com apenas os dividendos de acionista majoritário da Petrobras, o Governo poderia pagar essa dívida, depois 10 anos, só pra citar um exemplo menos otimista. 

“O governo brasileiro tem a palavra final nas decisões da Petrobras, porque detém 57,6% (inclindo as ações do BNDESpar) das ações com direito a voto da Petrobras (ON)”
A União detém 39,8% do capital total da empresa.

Os bancos públicos federais venderam, nos últimos nove meses, ao todo, R$ 12,4 bilhões em ações da estatal de petróleo nos últimos nove meses. Se o BNDES vender sua parcela de ações a participação do Estado chegará a 28%.

Com a crise que se avizinha no Oriente Médio, com o petróleo podendo de novo ultrapassar os US$100, a importância desses campos do pré-sal dobram de valor da noite para o dia.

30 empresas convidadas para construir central de gás da Petrobras. Nenhuma brasileira.

O golpe rende os seus primeiros grandes frutos.

A Petrobras já iniciou os trâmites para retomar as obras para a Unidade de Processamento de Gás Natural (UPGN) no Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj), em Itaboraí. Na última semana, a estatal convidou empresas para concorrerem à licitação de sua maior obra nos próximos anos. No entanto, na lista das 30 empresas concorrentes constam apenas nomes estrangeiros.

Para o diretor do Sindicato dos Petroleiros do Rio de Janeiro (Sindipetro-RJ), Emanuel Cancella, essa decisão faz parte do golpe de estado instaurado no país, com o impeachment de Dilma Rousseff.

“A gente defende, desde o início da operação Lava Jato, que os diretores corruptos sejam afastados para que a empresa continue funcionando normalmente, para que haja emprego para os brasileiros e a economia continue funcionando. Mas é a destruição da Petrobras que eles estão querendo e também o enfraquecimento das empresas brasileiras”, argumenta.

Quando a lista das empresas foi divulgada, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, afirmou que a escolha pelas estrangeiras aconteceu como desdobramento da operação Lava Jato, que impediu as construtoras brasileiras de participar de concorrências da companhia.

Desde dezembro de 2014, um bloqueio cautelar da Justiça Federal suspendeu negócios da petroleira com 23 empresas citadas na investigação.

Porém, muitas delas já assinaram seus acordos de leniência, inclusive a Odebrecht, que acertou uma das maiores multas do mundo, totalizando R$ 6,7 bilhões, a ser paga em 20 anos. Com a leniência, espécie de delação premiada de empresas, a companhia admite irregularidades em contratos com o governo e, em troca, pode continuar sendo contratada pelo poder público, mas ainda não pela Petrobras.

Para voltarem a participar de licitações da petroleira, as empresas precisam seguir uma série de medidas, dentre as quais estabelecer mecanismos internos de compliance, que significa firmar série de regulamentos internos, e controle de processos.

“É uma incoerência total. Com as brasileiras ficam colocando mil barreiras, enquanto as estrangeiras, que também estão sendo investigadas lá fora por grandes esquemas de corrupção, estão autorizadas. Essa é a prova de que um dos objetivos da operação Lava Jato é inviabilizar as construtoras brasileiras”, acrescenta o coordenador geral da Federação Única dos Petroleiros (FUP), José Maria Rangel.

Escândalos de corrupção

A lista de empresas convidadas para a licitação inclui a espanhola Acciona, a inglesa Amec Foster Wheeler, a norte-americana Chicago Bridge & Iron Company, entre outras, envolvidas em escândalos de corrupção em seus países de origem. O prazo apertado foi a justificativa da Petrobras pela preferência do mesmo modelo de contratação utilizado na licitação que escolheu a Queiroz Galvão, empresa que era responsável pelas obras do Comperj até ser afastada após as denúncias da Lava Jato. A licitação prevê que a petroleira privilegie fornecedores de grande porte, com capacidade para contratar todos os equipamentos e montá-los.

Esse modelo é criticado pela FUP e pelo Sindipetro-RJ. “A Petrobras tinha um modelo em que cada empresa ganhava um pouquinho da obra e se complementava. Depois abriram espaço para as grandes empresas que fazem tudo e ganham a licitação pelo menor preço. Mas nem sempre o menor preço é o melhor. Normalmente, a empresa não consegue terminar a obra e precisa fazer aditivos. Isso tem que acabar”, explica Rangel.

A retomada das obras do Comperj devem gerar cerca de 23.300 empregos, considerando postos de trabalho diretos, indiretos e os impactos na cadeia de serviços. “O Comperj é o braço petroquímico mais lucrativo da Petrobras. Além dos empregos gerados pela obra, é onde se produz mais de 3 mil variedades de produtos, entre celulares, tablets e tênis. É uma obra importantíssima para o país que precisa ser tocada pela indústria nacional”, conclui Cancella.

Edição: Vivian Virissimo, do Brasil de Fato.

Os bons negócios que estão fazendo com os ativos da Petrobras. Alugando os dutos, empresará devolverá o dinheiro em 18 meses.

Na última quarta (19), A Comissão de Desenvolvimento Regional do Senado realizou uma Audiência Pública sobre a venda da Transportadora Associada de Gás (TAG) pela Petrobrás. Uma advogada explicou no Senado o engodo da venda dos ativos.

Em pauta, um Debate sobre os aspectos legais, infralegais, logísticos, fiscais, financeiros e contábeis que justificaram a transferência de controle acionário da, bem como apresentar os principais desafios regulatórios e socioeconômicos da cadeia produtiva de gás natural, na perspectiva do desenvolvimento regional do Nordeste brasileiro.

O encontro contou com a participação de Márcio Félix Carvalho Bezerra, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis – SPG; Hélio da Cunha Bisaggio, superintendente de Infraestrutura e Movimentação; Claudia da Costa Vasques Zacour, gerente geral da Carteira de Aquisições e Desinvestimentos e Relacionamentos com Órgãos Externos; Marcelo Lima de Mendonça, diretor de Estratégia e Mercado e Raquel Sousa, advogada especialista em petróleo e gás.

“A Venda da TAG é um crime contra a soberania do Brasil e contra o patrimônio brasileiro, construído por seu povo. A malha de dutos da TAG é imensa e nova construída com o dinheiro público. A TAG teve um lucro líquido em 2016 de R$ 7bi, sendo vendida por R$ 33 bi. Ou seja, foi vendida por pelo menos cinco anos de seu lucro líquido.”

“A Constituição Federal em seu artigo 37 diz que um dos princípios da administração pública é o da eficiência. É eficiente vender uma empresa por menos de cinco anos do seu lucro líquido? Os prejuízos com esse tipo de venda já foram anunciados lá atrás quando se vendeu a NTS, empresa de dutos da Região Sudeste. Nós temos duas grandes malhas de gás no Brasil a TAG e a NTS, o fato que usaram a desculpa de se acabar com o monopólio da Petrobrás para vender essas empresas para esse monopólio parar nas mãos de duas empresas privadas: o Fundo de Investimentos canadense Brookfield , que adquiriu a NTS também por cinco anos de seu lucro liquido, e agora o monopólio da TAG pela francesa Engie.”

“Isso significa que do ponto de vista da soberania nacional que a Petrobrás, produtora de grande parte do gás do Brasil está nas mãos de duas empresas privadas estrangeiras para operar o seu transporte de gás. Isso é eficiente, garante a concorrência, garante a soberania nacional? Essa são perguntas que deveriam ser respondidas aqui nesta audiência – indagou a advogada Raquel Sousa que também atua para a FNP em sua apresentação.”

Para termos ideia do prejuízo dessas vendas, no caso a NTS, a própria Petrobrás em relatórios trimestrais aponta o aumento nos custos logísticos por conta dessas transações para o pagamento de tarifas a terceiros, a partir de 2016. O absurdo é que menos de 18 meses a Petrobrás vai ter pagado de aluguel todo o dinheiro obtido com venda da malha da própria NTS.

Isso só mostra que a esse negócio da NTS foi um grande prejuízo da mesma forma que será com a TAG.

Assembleia aponta caminhos para manter fábrica de nitrogenados na Bahia

Uma Sessão Especial ocorrida nesta segunda-feira (17) na Assembleia Legislativa da Bahia debateu os prejuízos causados pela parada das FAFENs (Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados) da Bahia e Sergipe e definiu a produção de um documento que será encaminhado ao presidente da República, Congresso Nacional e à diretoria da PETROBRAS com alternativas para manter as empresas em funcionamento.

Eduardo Salles chamou a atenção para os prejuízos causados à saúde de 130 mil pacientes renais crônicos, a necessidade estratégica de o país ter a produção de fertilizantes e o caos que pode gerar a economia com o fechamento das FAFENs.

“Não sou defensor de estado grande, mas acredito que setores como petróleo, energia e produção de fertilizantes são estratégicos à economia do país e ao bem-estar da população. Não podemos deixar esses setores reféns à instabilidade do mercado internacional”, disse o parlamentar.

O deputado se refere à interrupção de fornecimento de Dióxido de Carbono (CO2) à CARBONOR, única empresa na América do Sul a fabricar bicarbonato de sódio em grau de hemodiálise para atender 130 mil pacientes renais crônicos no Brasil.

“Os três maiores produtores de grãos do mundo, USA, China e Índia, produzem mais de 50% dos seus adubos nitrogenados. O Brasil, quarto maior produtor mundial, atualmente só produz cerca de 20% e, ao invés de aumentar nossa produção, com a parada das FAFENs reduzirá a zero, tornando a agropecuária nacional, locomotiva de nossa economia, totalmente dependente de importação deste insumo fundamental à produção de alimentos”, revolta-se Eduardo Salles.
Marina Mattar, diretora da ABQUIM (Associação Brasileira de Indústria Química), apresentou números que mostram os prejuízos causados pela decisão da PETROBRAS. Conforme os dados, o governo federal e os governos baiano e sergipano deixarão de arrecadar R$ 1,6 bilhão em impostos.

José Augusto Carvalho, secretário estadual de Desenvolvimento Econômico de Sergipe, reclamou que a justificativa da PETROBRAS para as paradas das FAFENs não se sustenta. “A empresa não pode alegar que o custo do gás natural inviabiliza a operação porque é a própria estatal quem produz e distribui o produto, ela que estabelece a regra de preços”, disse.

O gás natural produzido no Brasil atualmente custa US$ 12,00 por milhão de BTU, enquanto na Europa, que não produz, está US$ 8,00 e no USA o valor é de US$ 3,00.

O deputado estadual sergipano Zezinho Sobral chamou a atenção que os valores praticados pela PETROBRAS atualmente são fora de mercado e que muitas empresas têm importado o produto. “Alguns empreendimentos adquirem o gás no Qatar, liquefazem para transportar, e precisam gaseificar quando chegam aqui. Mas, mesmo assim, sai 40% mais barato”.

No último final de semana, a PETROBRAS anunciou a descoberta, em Sergipe e Alagoas, de seis campos de exploração que permitirão a exploração de 20 milhões de metros cúbicos por dia de gás natural, o que equivale atualmente a um terço da produção nacional.

Além da elaboração da Carta Bahia/Sergipe, que será entregue ao presidente da República, ao Congresso Nacional e à diretoria da PETROBRAS, elencando os motivos para a suspensão imediata da paralisação das FAFENs, outras propostas foram apresentadas.

“Vamos estudar como os governos de Bahia e Sergipe podem, de forma conjunta, oferecer incentivos fiscais à produção de fertilizantes e dividir os custos de transporte do gás natural fornecido as duas FAFENs”, garantiu Zezinho Sobral.

Participaram também da Sessão os deputados federais, estaduais, presidentes de diversas empresas do polo petroquímico, ex-gerentes da FAFEN, representantes da Associação Comercial da Bahia, FECOMÉRCIO, FIEB, Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico, COFIC (Comitê do Fomento Industrial de Camaçari), SINDPEQ (Sindicato da Indústria de Produtos Químicos) e LIDE (Grupo de Líderes Empresariais), entre outros.

Justiça proíbe Petrobras de fechar fábrica de nitrogenados da Bahia

O Sindipetro-BA ingressou, em outubro de 2018, com Ação Popular na Justiça Federal da Bahia buscando barrar a hibernação da FAFEN – Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados.

Os advogados argumentaram mostrando o grave prejuízo que representaria para a região, para o Estado da Bahia e para a segurança alimentar brasileira a saída da Petrobrás do mercado de fertilizantes.

Posteriormente, o Sinpeq (Sindicato das Indústrias de Produtos Químicos) entrou com ação buscando também barrar a hibernação na Justiça Estadual de Camaçari. A Justiça Estadual da Bahia decidiu que o processo deveria ser apensado a Ação Popular proposta pelo Sindipetro na Justiça Federal.

O Juízo da 13ª Vara Federal da Bahia, no dia 30 de janeiro, deferiu o pedido liminar do Sinpeq para determinar que a Petrobrás se abstenha de praticar quaisquer atos de hibernação ou paralisação da FAFEN-BA que interrompam ou limitem o fornecimento de insumos ao Polo Petroquímico de Camaçari-BA.

Portanto, no momento, a Petrobrás está proibida de dar prosseguimento à hibernação.

STJ libera venda da transportadora de gás da Petrobrás

TAG, a Transportadora de gás representa um terço da liquidação de ativos da Petrobrás

A Advocacia-Geral da União (AGU) derrubou no Superior Tribunal de Justiça (STJ) decisão liminar que impedia a Petrobras de vender 90% da Transportadora Associada de Gás (TAG), subsidiária da estatal que opera gasodutos.

A AGU ressaltou que a venda da TAG deve responder por praticamente um terço dos R$ 21 bilhões que a Petrobras espera arrecadar com o Programa de Parcerias e Desinvestimentos.

Na decisão em que acolheu o pedido de suspensão da liminar, o presidente do STJ, ministro João Otávio de Noronha, afirmou que a paralisação do processo afetaria o “interesse público” e traria “grave lesão à ordem e à economia públicas”.

STF suspende vendas de ativos na Petrobrás

Decisão põe freio à farra do governo com vendas sem licitação

Atendendo a um pedido do Partido dos Trabalhadores (PT) – Ação Direta de Inconstitucionalidade 5942/18, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu a eficácia do decreto 9355/2018, através do qual o presidente Michel Temer liberou a Petrobrás fazer compras e assinar contratos sem licitação.

O decreto 9.355, de abril deste ano, permitia que a estatal vendesse, por exemplo, blocos de petróleo para outras empresas sem necessidade de fazer licitação. A decisão ainda será submetida ao plenário do STF, mas a advogada Raquel Sousa, autora da ação, acredita que os demais ministros irão confirmar a decisão, por se tratar de iniciativa inconstitucional e entreguista do atual presidente.

“A decisão de Marco Aurélio Mello põe freio à farra na Petrobrás e no governo, cuja conseqüência é a depredação do patrimônio público. A decisão não anula as vendas já efetuadas, mas suspende os demais procedimentos em curso”, esclarece Raquel, ressalvando que, por enquanto, se trata de uma liminar, passível de ser cassada.

“Acreditamos que o plenário vai confirmar a decisão porque Temer usurpou os poderes do Congresso, que neste ano já aprovara a chamada lei das estatais (13.303/2018). Temer simplesmente rasgou os artigos desta lei que tratavam de licitação, com o objetivo de legalizar a sistemática de desinvestimento”, resume a advogada.

Grupo financeiro multinacional informa que Petrobras será fatiada com altos dividendos pagos

Uma das maiores reservas do mundo de petróleo e um patrimônio incalculável, tudo jogado pelo ralo.

Por isso foi iniciada a Operação Lava-Jato; por isso foi colocado um quixote no poder. Em setembro de 2010 a Petrobras, após um processo de capitalização, se tornou a quarta maior empresa do Mundo, valendo US$ 217 bilhões.

Goldman Sachs confirma: objetivo é dilapidar a Petrobrás

Um artigo de Cláudio da Costa Oliveira 
Economista aposentado da Petrobras

A Money Times informou que nesta quinta-feira (06/12) o Goldman Sachs, um dos maiores bancos de investimentos do mundo, enviou relatório a seus clientes informando da análise do novo Plano de Negócios e Gestão –PNG da Petrobras, divulgado na quarta-feira (05/12), conclui-se que a empresa pretende fazer uma distribuição adicional de dividendos, no período 2019/2023, num montante equivalente a US$ 40 bilhões.

Veja aqui

Há muito tempo venho alertando que os PNG’s elaborados à partir da entrada de Pedro Parente escondem de maneira sórdida e sorrateira os verdadeiros objetivos das premissas sob as quais são montados.

Em janeiro de 2017 denunciei o PNG 2017/2021 como a prova do crime de lesa-pátria em andamento:

Veja aqui.

Em julho de 2018, estarrecido demonstrei que o PNG 2018/2022, havia sumido com US$ 25 bilhões da Geração da Caixa, sem nenhuma explicação. Uma verdadeira fraude.

Veja aqui

Na última semana, com a divulgação do PNG 2019/2023, publiquei artigo (vide abaixo) constatando que o rombo cresceu para US$ 60 bilhões. Tudo disfarçado com informações irrelevantes, mostrando total falta de compromisso com a transparência.

Veja aqui

Passado todo este tempo, até hoje não li uma linha sequer, escrita por comentaristas econômicos brasileiros ou estrangeiros, sobre este verdadeiro escândalo.

Agora aparece o Goldman Sachs, que a Wikipedia diz ser conhecido como “a hidra” por sua habilidade de infiltrar-se nas altas instâncias dos Estados, cujos técnicos avaliam existir um adicional de US$ 40 bilhões de pagamentos de dividendos no PNG 2019/2023.

Na minha estimativa considerei que este adicional seria de US$ 60 bilhões, uma diferença de US$ 20 bilhões para o cálculo da Goldman Sachs. Creio que os técnicos da Goldman Sachs não consideraram que grande parte da Geração de Caixa futura virá da Cessão Onerosa, onde a companhia é isenta do pagamento da “participação especial”.

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, disse em recente entrevista: “A Petrobras não tem recursos para explorar o pré-sal.”

É claro, se a empresa destina um adicional de US$ 60 bilhões para pagamento de dividendos não vai sobrar nada para o pré-sal.

Hoje, se a Petrobras quiser, num estalar de dedos, consegue captar mais de US$ 100 bilhões para investir no pré-sal.

É uma questão de opção :

a) Pagar dividendos excessivos para os fundos abutres e entregar o pre-sal para as petroleiras estrangeiras

ou

b) Investir no pré-sal gerando empregos, renda, tecnologia e impostos no Brasil.

Caberá ao novo governo a decisão.

 

Associações de Engenheiros da Petrobrás tem perguntas sobre medidas ao fim do Governo Temer

Por que a Petrobrás não fez propostas para os campos de Saturno, Titã e Pau Brasil, no quinto leilão do pré-sal, se estes tem uma reserva estimada em mais de 10 bilhões de barris?

A indagação foi feita pelo Fernando Siqueira, representante da AEPET na Assembleia Geral Extraordinária (AGE) da Petrobrás, realizada na quinta-feira (4). Considerando que o barril do petróleo já ultrapassa os US$ 80 – certamente superará os US$ 100 em curto prazo – e é um produto altamente estratégico, Siqueira questionou as verdadeiras razões de a diretoria renunciar à compra de áreas tão promissoras.

“Se a Petrobrás tem toda a tecnologia necessária, e o custo da produção está abaixo de US$ 20 por barril, por que renunciar a lucros tão altos e de baixíssimos riscos?” 

Valendo-se das prerrogativas dos pequenos acionistas, previstas na Lei 6404, a AEPET aguarda resposta da Petrobrás para estas e outras iniciativas da atual diretoria, às vésperas das Eleições Gerais de 2018, entre elas o pagamento de de R$ 11 bilhões a investidores americanos, antes das ações transitarem em julgado, sob alegação de que o risco jurídico seria alto.

A Associação deixou registrado também o pedido de esclarecimento sobre os motivos que levaram à mudança de dois conselheiros de administração em pleno período eleitoral, ainda mais considerando que o governo Temer, o mais impopular da história do país, estar a menos de três meses de deixar o poder.

Clique aqui para ler as perguntas protocoladas no Conselho de Administração da Petrobrás.

Nota da Redação:

-E entreguista que chama?

Produção de petróleo do pré-sal avança e bate novo recorde

A produção de petróleo da camada pré-sal avançou novamente no mês de abril, registrando recorde de 1,785 milhão de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d). O crescimento foi de 2,3% em relação a março, que foi de 1,745 (Mmboe/d) e também sobre fevereiro, que havia registrado o recorde anterior, de 1,763 (Mmboe/d). Barris de óleo equivalente representam a produção conjunta de petróleo e gás natural.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (4) pela assessoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo a nota, foram produzidos 1,423 milhão de barris de petróleo por dia e 58 milhões de metros cúbicos diários de gás natural por meio de 86 poços. A produção no pré-sal correspondeu a 54,4% do total produzido no Brasil.

Em abril deste ano, a produção de petróleo e gás do país – nas camadas pré-sal, pós-sal e em terra – ficou em 3,281 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A produção total vem declinando, pela menor produção sucessiva na camada pós-sal.

Foram produzidos 2,597 milhões de barris de petróleo por dia (bbl/d), um aumento de 1,5% na comparação com o mês de março e de 2,3%, se comparada com abril de 2017. A produção de gás natural totalizou 109 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 1,7% em comparação ao mês de março e de 6%, se comparado com abril de 2017.

Os campos marítimos produziram 95,6% do petróleo e 82,9% do gás natural. A produção ocorreu em 7.519 poços, sendo 727 marítimos e 6.792 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 94,1% do petróleo e gás natural.

Os três principais estados produtores de petróleo são o Rio de Janeiro, com 1,837 milhão barris por dia, seguido por Espírito Santo, com 363.975 mil barris por dia, e São Paulo, com 277.655 barris por dia. Os dados podem ser acessados na íntegra na página da ANP na inernet.

Governo, pressionado, vai subsidiar o diesel. Na gasolina, ninguém fala.

Foto de Junior Ferrari. Bloqueio na BR 242.

A Rede Globo citou de passagem, no Jornal da Noite, ontem, a prática de locaute ou lock out, quando patrões, no caso as empresas de transporte rodoviário, no atendimento dos seus interesses, proíbem o trabalho dos seus motoristas.

A insinuação da Globo só complica um pouco mais a situação de empresários e autônomos do ramo, que conseguiram apenas uma vitória parcial depois de um acordo assinado ontem, entre o Governo e 8 das 10 associações presentes à mesa de negociações.

O impacto forte do movimento gerou inclusive uma teoria conspiratória, que os empresários do setor desejavam a quebra da ordem constitucional, com o afastamento do presidente Michel Temer e a antecipação das eleições, indiretas, por suposto.

Com as eleições indiretas se afastariam os riscos que a direita brasileira teria com a próxima consulta eleitoral de outubro. Um novo golpe, dentro do golpe, mas sempre com uma maquiagem constitucional.

Parece que não deu certo. Até para a Petrobras que perdeu, em apenas um dia, 13,11% do valor de suas ações, algo em torno de 67 bilhões de reais do seu valor acionário, passando em um dia de empresa mais valiosa do País para a segunda colocação.

A redução dos preços de óleo diesel nas refinarias por 15 dias – aumentada para 30 dias pelo Governo – representa uma perda de R$ 350 milhões nas receitas previstas da Petrobras. No entanto o Governo prometeu compensar a empresa com subsídios, retirados dos cofres públicos. Os contribuintes então continuarão pagando a conta. Seja pelo preço final dos produtos nas prateleiras dos supermercados, seja por uma menor contrapartida do Governo em serviços públicos.

Na manhã desta sexta-feira o Governo ainda se reúne com os secretários da Fazenda dos estados para tentar a redução e equalização do ICMS – Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre os preços do óleo diesel. Bem como para ajustar redução proporcional para os eixos suspensos de caminhões vazios nos pedágios sobre responsabilidade dos respectivos estados.

Sobre o preço da gasolina, que experimenta majorações galopantes, ninguém falou. Será necessário que os donos de pequenos veículos fechem as estradas?

Até a meia-noite de ontem, nenhum dos bloqueios estabelecidos pelos grevistas foi desarticulado.

Nesta sexta-feira saberemos se o acordo Governo-líderes classistas, de fato, foi chancelado pelos motoristas.

As ameaças de uso da força parecem não intimidar os caminhoneiros. Até porque é muito fácil retirar o bloqueio de um local e instalá-lo 20 ou 30 quilômetros adiante, na mesma estrada. O gran finale da opereta ainda não aconteceu.

Ouça o áudio abaixo, com a insatisfação de um líder dos autônomos.

Petrobrás fechará fábrica de fertilizantes instalada há 47 anos na Bahia

Após apresentar resultado negativo de cerca de R$ 200 milhões em 2017, a Petrobras anunciou o fechamento da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia (Fafen-BA), localizada no Polo Petroquímico de Camaçari. O anúncio foi feito na noite de segunda (19) e o fechamento deve ocorrer até o final do primeiro semestre deste ano.

A decisão foi tomada, devido ao fato de que nos últimos anos, a Petrobras implementou diversas ações para otimização de custos, aumento de produtividade e melhoria de desempenho operacional, mas o resultado continuou abaixo do esperado e o cenário ainda aponta que resultados negativos podem seguir para os próximos anos.

Além da fábrica da Bahia a decisão também inclui o fechamento da unidade produtiva de fertilizantes de Sergipe.

A Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados da Bahia é a primeira fábrica do Polo Petroquímico de Camaçari e foi a primeira fábrica de ureia do Brasil. Teve suas operações iniciadas em 1971. A fábrica é responsável pela produção de 474 mil toneladas/ano de ureia, 474 mil toneladas/ano de amônia e 60 mil toneladas/ano de gás carbônico.

O desmantelamento da Petrobras serve a quem? Aos acionistas? Ou aos interesses estrangeiros na obtenção de novos e rentáveis mercados? Imagine o impacto de uma medida dessa amplitude em termos de empregos, recolhimento de impostos e outros aspectos sociais. Os empregos diretos devem ser remanejados. E os terceirizados, que costumam ser uma grande maioria?

Está certo isso: a Petrobras entregando 100% do nosso petróleo?

Nota do G1 sobre programa de desinvestimento (olha só, que linda palavra!) da Petrobras:

“A Petrobras informou nesta sexta-feira (9) que iniciou a etapa de divulgação da venda da totalidade de sua participação nos campos de Piranema e Piranema Sul, ambos localizados em águas profundas na Bacia de Sergipe-Alagoas.

Neste projeto, a Petrobras, operadora com 100% de participação, oferece a totalidade dos direitos nas concessões marítimas de Piranema, campo em produção, e Piranema Sul, campo não desenvolvido, segundo comunicado.

A produção média de petróleo do campo de Piranema foi de 4 mil barris por dia no ano passado. Todo o gás produzido no campo é reinjetado.

A venda faz parte do plano de desinvestimento da Petrobras, que pretende conseguir US$ 21 bilhões em ativos vendidos em 2017 e 2018 para aliviar seu endividamento.”

A pergunta que resta é: onde estão os nacionalistas?

Veja, meu querido pato, por que você está pagando 20% a mais na hora de abastecer seu carro

Petrobras: um salto para o passado. Foto: FABIO MOTTA/ESTADÃO

Cláudio da Costa Oliveira, funcionário aposentado da Petrobras, demonstra como o Brasil, mesmo autossuficiente em petróleo, tornou-se estranhamente dependente da importação de gasolina e óleo diesel. Petrobras está exportando óleo cru, mantendo suas refinarias na ociosidade, e deixando para a Ipiranga e a Shell importarem derivados dos EUA.

Meus amigos, pode até parecer brincadeira, mas o assunto é muito sério. Durante a entrevista de divulgação dos resultados da Petrobras no 3º trimestre de 2017, ocorrida nesta segunda-feira (13) o diretor financeiro Ivan Monteiro confirmou o que já sabíamos: “Um market share menor certamente fez com que tivéssemos uma margem menor o que impactou no balanço”. Aliás, temos falado sobre isto desde o ano passado.

O atual presidente da empresa Pedro Parente procurou disfarçar um pouco mais: “O país vive uma nova realidade que é positiva para o país, mas que sem dúvida impacta os nossos resultados que é o aumento das importações. O nosso market share neste período diminuiu”.

Como assim? Que a política de preços lançada em outubro de 2016 (vide anexo I) com grande estardalhaço midiático prometendo recuperar o market share só serviu para enganar, nós já comentamos muito. Mas, que a nova política iniciada na virada do semestre (exatamente em 30 de junho) prometendo corrigir os erros da primeira versão (vide anexo II) também não funcionou ficamos sabendo agora.

Os prejuízos para a Petrobras são enormes e temos escrito muito sobre isto.

Até o momento tínhamos alertado que os principais beneficiados desta política eram a Ultrapar (Ipiranga) de onde é originário Ivan Monteiro e a Raizen (Shell) de onde é originário Nelson Silva, diretor de estratégias.

Agora o blog “O Cafezinho” fez um estudo mostrando o espantoso crescimento das exportações de diesel e gasolina das refinarias americanas para o Brasil no governo Temer.

No período jan/out 2015 os EUA exportaram US$ 1,41 bilhões em diesel e gasolina para o Brasil. Em 2017 neste mesmo período o valor subiu para US$ 4,11 bilhões. Diesel e gasolina passaram ser o principal item da pauta de exportação americana para o Brasil.

Ou seja, a Petrobras está exportando óleo crú, mantendo suas refinarias na ociosidade, e deixando para a Ipiranga e a Shell importarem derivados dos EUA, para distribuição no mercado interno. Com isto é óbvio, como disseram Ivan Monteiro e Pedro Parente, as margens de lucro da companhia diminuíram. Que negócio é este?

E não venham dizer que existe alguma dificuldade em estabelecer os preços internos para combater as importações de terceiros. As siderúrgicas brasileiras fazem isto a décadas sem nenhum problema. E notem que no Brasil existem diversas siderúrgicas, enquanto a Petrobras é uma só. Por outro lado, a logística para importação de aço é muito mais simples que para importação de derivados de petróleo.

A verdade é que isto é uma armação e não pode ser aceita por nenhum brasileiro.

A Petrobras, dentro de condições normais, é uma empresa estruturada para lucrar R$ 5 a 7 bilhões por trimestre.

Hoje o resultado da empresa depende de itens não operacionais.

O lucro acumulado no período jan/set 2017 de R$ 5 bilhões, só foi possível graças ao resultado contábil com a venda da NTS de R$ 6,9 bilhões. A receita e o lucro bruto da empresa só fazem cair (vide anexo V), e vão se estabilizar num patamar muito baixo. As vendas de ativos (Liquigas, NTS etc.etc.) todas empresas altamente lucrativas, não vão mais contribuir para o resultado da holding.

Ricardo Semler, insuspeito tucano, em seu livro “Nunca se roubou tão pouco” (vide ANEXO VI) explica que quando o Brasil não tinha petróleo e muito menos refinarias, a corrupção ocorria na importação da gasolina, onde os políticos recebiam uma comissão sobre tudo que era importado.

Será que a Petrobras está mudando para o passado?

Malandragem oficial: Petrobras aumenta gás de cozinha novamente

Mesmo que o salário mínimo tenha encolhido em valores absolutos, o Governo está autorizando mais um reajuste do gás em 23 dias, sempre com índices bem acima da inflação.

A partir deste domingo (5), o valor do gás de cozinha ficará em média 4,5% mais caro. O reajuste foi anunciado pela Petrobras nesta sexta-feira (3).

“O reajuste foi causado principalmente pela alta das cotações do produto nos mercados internacionais, influenciada pela conjuntura externa e pela proximidade do inverno no Hemisfério Norte. A variação do câmbio também contribuiu”, afirmou a estatal.

E tem ameaça na nota:

A nova política de preços adotada pela Petrobras prevê reajuste do preço do gás todos os meses.

O último reajuste aconteceu no dia 10 de outubro.

Se é acima dos índices inflacionários, argumentos do aumento do preço nos mercados internacionais é um bobagem inominada.

A tradução da malandragem chama-se “confisco”. E o pior é que o confisco recai mais fortemente sobre as camadas menos privilegiadas da população, em proveito dos acionistas e do Governo, o principal detentor do capital.

Entrega do pré-sal aos estrangeiros pode se tornar o maior assalto do País

Como nos tempos do governo de Fernando Henrique Cardoso, a venda de ativos do País está ocorrendo, com campos de petróleo sendo entregue à sanha e à cobiça de empresas estrangeiras. Agora, tudo acontece de novo com grande parte das reservas do pré-sal.

A Petrobrás diz que o Governo arrecadará R$24 bilhões até 2019 com a venda das reservas. E que são necessários investimentos de R$250 bilhões para tornar os campos leiloados produtivos.

Atualmente, são produzidos 1,276 milhão de barris de petróleo por dia, oriundos da camada pré-sal. Setenta e três poços estão em produção, representando 47% da a produção de óleo e gás no país.

Não sei porque, mas pressentimos que o grande assalto está acontecendo, depois daquele praticado por PT e PMDB na Petrobras. O óleo do pré-sal está escorrendo entre nossos dedos e não vejo ninguém se levantar contra isso.

A ignorância do brasileiro só é comparável à sua preguiça e à total despreocupação com os destinos do País.

No auge da crise do desemprego, Temer exporta empregos da indústria do petróleo

Pedro Parente: entregando o tesouro aos bandidos!
Pedro Parente: entregando o tesouro aos bandidos!

Uma reunião na Casa Civil do Governo, em Brasília, decidiu hoje, em pouco mais de uma hora, que os fornecedores de equipamentos para a produção de petróleo não precisam ser nacionais. A reunião que decidiu pela quebra do conteúdo local foi realizada na tarde desta quarta-feira (22), na Casa Civil, em Brasília.

Agora, a nova lista de exigências de conteúdo local terá cinco segmentos: em áreas terrestres, o nível será de 50%; na exploração e produção em campos marítimos, o percentual será de 18%, na construção de poços, 25%; os sistemas de coletas e escoamento terão 40% e, por fim, as unidades estacionárias dos FPSOS – Unidade flutuante de produção, armazenamento e transferênciaterão, terão índice de apenas 25% de serviços e conteúdo nacional.

“Com essa medida, estamos possibilitando que as rodadas que vão acontecer ao longo do ano de 2017, 2018 e de agora em diante, sejam realizadas a partir dessa base. Isso vai trazer oportunidades a uma série de empresas estrangeiras e nacionais que exploram e produzem óleo no Brasil, tendo um percentual mínimo obrigatório que seja completamente exequível a preços competitivos pelas indústrias brasileiras”, justificou o ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho.

O porta-voz do “Movimento Produz Brasil”, que congrega várias entidades representantes da cadeia nacional de fornecedores, José Ricardo Roriz, comentou que hoje, de fato, foi um dia comparável ao 7 a 1 no futebol, na Copa do Mundo, para a indústria brasileira. A decisão do governo, na opinião do executivo, foi frustrante para as empresas brasileiras, que participaram das discussões da revisão da política de conteúdo local. Ele ainda destacou que a decisão vai contra a necessidade do Brasil, com 12 milhões de desempregados, já que com menores índices, menos vagas serão abertas em nosso País.

“O mais negativo da nova política de conteúdo local é não separar os serviços dos bens. Isso foi o pior que aconteceu. A gente não consegue enxergar onde entrará a engenharia nesses novos índices apresentados, o que para nós muito ruim. Tudo começa pela engenharia. Foi um golpe muito grande”, afirmou.

Os gols foram marcados pelo Ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, outro pelo Ministro das Minas e Energia, Fernando Bezerra Coelho Filho, dois pelo presidente da IBP – Instituto Brasileiro do Petróleo, Jorge Camargo, que representa as petroleiras, e três golaços do Presidente da Petrobrás, Pedro Parente.

Petrobras continua venda de ativos. Agora, açúcar, álcool e petroquímica.

guarani

A Petrobras acertou nesta quarta-feira (28) duas vendas de ativos no valor total de US$ 587 milhões. A subsidiária Petrobras Biocombustível (PBIO) vendeu para a Tereos Participations a totalidade da sua participação na Guarani, correspondente a 45,97% do capital da companhia, pelo valor de US$ 202 milhões.

A Guarani ocupa a terceira posição entre os maiores produtores de açúcar do Brasil e também produz etanol.

O Conselho de Administração (CA) da Petrobras também aprovou nesta quarta a venda da Companhia Petroquímica de Pernambuco (Petroquímica Suape) e da Companhia Integrada Têxtil de Pernambuco (Citepe) para duas subsidiárias da empresa mexicana Alpek pelo valor de US$ 385 milhões.

A PetroquímicaSuape e a Citepe são subsidiárias integrais da Petrobras e fazem parte do Complexo Industrial Químico-Têxtil da companhia, localizado em Ipojuca, no estado de Pernambuco.

Justiça suspende venda da Petrobras Distribuidora

brA 3ª Vara da Justiça Federal em Sergipe determinou à Petrobras e à Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) que suspendam a venda de participação acionária na Petrobras Distribuidora. A decisão, em caráter liminar, ainda comporta recurso ao Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-5).

A ação foi movida pelos petroleiros José Hunaldo Nunes Santos e Fernando Borges da Silva, ligados ao Sindipetro-Alagoas. Os dois acusam a estatal petrolífera de infringir a legislação ao planejar se desfazer do controle acionário da BR Distribuidora vendendo 51% das ações sem realizar uma licitação.

A denúncia acatada pelo juiz Edmilson da Silva Pimenta nessa sexta-feira (2) é semelhante àquela que, há duas semanas, motivou a juíza federal Telma Maria Santos Machado, da 1ª Vara Federal de Sergipe, a determinar a suspensão da venda dos direitos de concessão dos campos de Baúna e Tartaruga Verde. A primeira ação popular também foi ajuizada por José Hunaldo Nunes Santos, que demonstrou que a própria Petrobras estava anunciando a venda de 100% da participação dos dois campos sem licitá-los.

Lá se vai mais um pedaço da Petrobras: Liquigás tem autorização para venda

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O Conselho de Administração da Petrobras aprovou hoje (17) a assinatura do contrato para venda da Liquigás Distribuidora S.A. para a companhia Ultragaz S.A., subsidiária da Ultrapar Participações S.A..
 
O valor estimado do negócio é de cerca de R$ 2,8 bilhões, mas só será definido após correção pelo Certificado de Depósito Interbancário (CDI) entre as datas de assinatura e de fechamento da operação. “O valor ainda estará sujeito a ajustes em razão das variações de capital de giro e da posição da dívida líquida da Liquigás entre 31/12/2015 e a data de fechamento da transação”, destacou a estatal por meio de nota.
 
A venda da Liquigás faz parte do Plano de Desinvestimentos 2015-2016 da Petrobras. A operação foi conduzida por meio de processo competitivo.
 
“Essa transação ainda está sujeita à aprovação das assembleias gerais da Petrobras e da Ultrapar e ao cumprimento de condições precedentes usuais, incluindo a aprovação pelo Conselho Administrativo de Defesa da Concorrência (Cade”, informou a Petrobras.
 
Primeira distribuidora de gás liquefeito de petróleo (GLP) do Brasil, a Ultragaz atende a cerca de 11 milhões de domicílios no segmento envasado e 50 mil clientes no segmento a granel.
 
A Liquigás é subsidiária integral da Petrobras e atua no engarrafamento, distribuição e comercialização de GLP e atua em quase todos os estados brasileiros, com 23 centros operativos, 19 depósitos, uma base de armazenagem e carregamento rodoferroviário e uma rede de aproximadamente 4,8 mil revendedores autorizados.

Petrobras se prepara para ser fatiada entre os concorrentes

A Petrobras suspenderá a produção por até um ano em 25 plataformas. As áreas estarão sob negociação para venda ao setor privado enquanto estiverem paralisadas.

A suspensão já foi autorizada pela Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) na última semana e, além das 25, já foi solicitada também a paralisação da produção em outras nove unidades.

Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo desta quinta-feira (14), as unidades estão situadas nos estados da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Sergipe e Espírito Santo.

Ao todo, as unidades com paralisação solicitada abrangem 24 campos maduros, sendo 11 em terra. A maior parte das áreas já integra o plano de desinvestimentos da companhia, apresentado em março, com 104 concessões que representam 2% da produção da estatal.

petro

Em reunião com sindicalistas, na última terça-feira (12), o presidente da estatal, Pedro Parente, reforçou que não há “solução” para a petroleira sem a venda de ativos. Junto com diretores, o executivo falou que trabalha para “salvar” a companhia e indicou que estuda a entrada de um parceiro investidor na Transpetro para saldar dívidas da subsidiária. 

Em resposta aos desinvestimentos, os sindicatos já iniciaram mobilização para um novo movimento grevista na estatal. Sindicatos do Norte e Nordeste, onde estão concentrados os campos terrestres já colocados à venda, iniciaram também na terça-feira assembleia para votar indicativo de greve a partir do próximo mês. Com edição do Bocão News.

CIDE, a maligna invenção de FHC, ronda novamente o bolso dos consumidores.

cide gasolina

Ela já está valendo. Mas tende a sofrer um aumento substancial, que vai refletir diretamente nos bolsos dos consumidores, na hora de abastecer o carro, nos fretes dos alimentos, nas passagens aéreas e rodoviárias e, veja bem, até na hora de preparar os alimentos no fogão a gás. Não querem aumento de Imposta de Renda, imposto sobre grandes fortunas e CPMF, então toma-lhe uma dose extra de CIDE, embutida na comercialização dos combustíveis.

Lei n º 10.336, de 19 de dezembro de 2001 , instituiu a Cide – Combustíveis, Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico, incidente sobre a importação e a comercialização de gasolina e suas correntes, diesel e suas correntes, querosene de aviação e outros querosenes, óleos combustíveis ( fuel-oil ), gás liquefeito de petróleo (GLP), inclusive o derivado de gás natural e de nafta, e álcool etílico combustível.

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A corrupção brasileira e os seus ilimitados feitos

Foto: Aubrey Gemignani/ NASA
Foto: Aubrey Gemignani/ NASA

Custo da construção e operação da Sonda Juno, nos último cinco anos: US$1,1 bilhão ou R$3,63 bilhões pela cotação de hoje do dólar. Só em 2015 a Petrobras amargou um prejuízo de R$34 bilhões, causado pelos desvios em obras, gestão política da estatal e outros quetais.

Dava pra mandar 10 sondas a Júpiter e ainda era capaz de sobrar um troquinho. Ou construir mais umas 680.000 casas populares.

Está sentindo qual é o custo da corrupção?

Polícia Federal está nas ruas para prender e buscar provas na Lava Jato

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A Polícia Federal deflagrou na manhã de hoje (4) a 31ª fase da Lava Jato – denominada Operação Abismo – para investigar desvios em licitações para a reforma do Cenpes (Centro de Pesquisa da Petrobras), no Rio de Janeiro, onde são feitos estudos sobre a exploração em águas profundas.

Um dos alvos da operação é o ex-tesoureiro do PT, Paulo Adalberto Alves Fernandes, que já se encontra preso desde o dia 23 na superintendência do órgão em São Paulo, em decorrência da operação Custo Brasil, também da PF. Imagens de TV mostraram carros da polícia em frente ao edifício no qual ele possui um imóvel em Brasília.

A operação é feita em parceria com a Receita Federal, que mobilizou 20 de seus servidores para auxiliarem o trabalho dos 110 policiais que atuam nesta manhã no cumprimento de 35 ordens judiciais, sendo uma prisão preventiva, quatro prisões temporárias, sete conduções coercitivas e 23 mandados de busca e apreensão. A diligências são realizadas em São Paulo, Rio de Janeiro e Distrito Federal.

São investigados os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e fraude em licitação, no que configurou, segundo a PF, um esquema que impôs prejuízos sistemáticos à Petrobras, através inclusive da realização de pagamentos indevidos a funcionários da companhia e repasses de dinheiro a partido político em decorrência de negócios fechados com outras empresas.

Criado há 40 anos, o Cenpes –  Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Petrobrás – foi recentemente ampliado e modernizado para atender às demandas de exploração do pré-sal. A reforma do local já havia aparecido em delações premiadas anteriores como fonte de desvios de recursos públicos para partidos.