Dinheiro para projetos na serra fluminense não sai do papel

A cidade de Petrópolis, no Rio de Janeiro, mais uma vez sofre com as fortes chuvas da região. Ao todo, já foram registradas 17 mortes e 560 desabrigados. A repetição dos fatos, o descaso das autoridades com a região se mostra evidente. Segundo a última cartilha estadual do PAC, as quatro ações voltadas para prevenção em áreas de risco ainda se encontram em fase de licitação ou em contratação, ou seja, não saíram do papel. Veja a íntegra da matéria de Dyelle Menezes, no site Contas Abertas.

Já são mais de 280 mortos pela chuva no Rio de Janeiro. É um cenário de guerra e a chuva não cessa.

 

Foto de Vanderlei Almeida, da AFP, para a Folha

 

Enquanto ontem pela manhã contavam-se 60 mortos e 40 desaparecidos, no início da madrugada de hoje, 13, já eram mais de 280 mortos nos deslizamentos de terra e grandes enxurradas na região serrana do Rio de Janeiro, principalmente nas cidades de Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo. Os prejuízos materiais são incalculáveis. Defesa Civil, bombeiros, Marinha e Exército estão coordenando as buscas e o atendimento aos desabrigados.

Foto de Paulo Whitaker, da Reuters, para a Folha de São Paulo.

Segundo o jornal Folha de São Paulo, a prefeitura de Teresópolis informa que 130 pessoas morreram. A Secretaria Estadual de Saúde e Defesa Civil dizem que são 107 mortos em Nova Friburgo, entre eles três bombeiros.

Mais de 1.000 homens dos Bombeiros, Defesa Civil e prefeituras trabalham nos regastes nas três cidades. Nove helicópteros, sendo 7 do Estado e 2 da Marinha, ajudam nas operações.

Os trechos da BR-116, entre Teresópolis e Além Paraíba, e BR-495, entre Petrópolis e Teresópolis, estão interditados. Vários pontos da BR-040 estão com tráfego em meia pista e com desvios. Na RJ-116 também há trechos atingidos por deslizamentos.

Hoje, 13, em torno das 18 horas, as vítimas passavam de 500. No entanto, estatísticas não oficiais dizem que os desaparecidos ultrapassam a cifra de 500. Já é a maior tragédia dessa natureza no País e só o prefeito de Teresópolis estima que os danos causados às obras públicas sejam maiores que 800 milhões de reais. A chuva continua, ainda que com menor intensidade e uma grande frente fria está estacionada no sudeste.

Tragédia atinge zona serrana do estado do Rio.

Teresópolis, Petrópolis e Nova Friburgo já contam com 60 mortos, 40 desaparecidos e milhares de desabrigados. Choveu perto de 300 milímetros em 24 horas, as encostas desabaram e são incontáveis o número de casas e até prédios soterrados pela terra. Algumas partes das cidades estão inundadas e os prejuízos materiais são de monta. E o pior: chove mais nas próximas 36 horas.