Grande vitória dos professores no STF.

O pleno do STF, ontem, em imagem de Carlos Humberto. Clique na imagem para ampliar.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) comemorou a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que declarou constitucional a lei do piso nacional dos professores. A legislação estabelece um piso atualizado em 2011 para R$ 1.187,14 a ser pago a docentes de escolas da rede pública, com jornada de 40 horas semanais. Para o presidente da entidade, Roberto Leão,“foi uma grande vitória da educação brasileira”.

“Não é uma vitória apenas dos professores, mas de todos que defendem uma escola pública de qualidade. A partir de hoje, temos um novo patamar para a educação brasileira”, disse àAgência Brasil.

A lei foi sancionada em 20008 e contestada naquele mesmo ano pelos governadores de Mato Grosso do Sul, do Paraná, de Santa Catarina, do Rio Grande do Sul e Ceará. O STF negou pedido de liminar aos estados mas o mérito da questão só foi retomado hoje, dois anos depois da sanção.

O STF decidiu pela constitucionalidade da lei, mas também determinou que o piso deve ser considerado como vencimento inicial. Isso significa que as gratificações e outros extras não podem ser incorporados na conta do piso. Leão afirmou que agora começa uma novo batalha em todos os estados e municípios para garantir o cumprimento da lei. Amanda Cieglinski, da Agência Brasil.

Regionalmente, temos um caso típico que deve ser resolvida pela decisão de ontem: a prefeita Jusmari de Oliveira contesta a greve dos professores de Barreiras, dizendo que eles ganham valores superiores ao piso. No entanto, isso só é verdade se forem acrescentadas as vantagens que a Prefeitura Municipal paga. Agora, piso é realmente o piso e as vantagens devem ser adicionadas ao menor salário.

O que os gestores não entendem ou não querem entender é que os salários devem se tornar atrativos para os professores, sob pena de se fazer uma seleção inversa do material humano do ensino. Com professor e educação não se deve economizar dinheiro para financiar ações populistas como carnaval, São João e outras festas.