Fazenda no Cerrado registra recorde brasileiro na produtividade de trigo

Condições de clima favoráveis, boas práticas e novas cultivares desenvolvidas para a região explicam o bom resultado da cultura do trigo no Cerrado, que registrou nesta safra o recorde de produtividade do País: 139,8 sacos por hectare (sacos/ha), ou 8.388 quilos por hectare (kg/ha) de grãos, enquanto a média nacional é de 46,66 sacos/ha ou 2.800 kg/ha. Esse resultado foi alcançado pelo produtor Paulo Bonato, na fazenda Dom Bosco, em Cristalina (GO). O agricultor atingiu esse recorde de produtividade ao plantar, em 101 hectares de sua fazenda, a cultivar da Embrapa BRS 254.

Atualmente, 80% das variedades de trigo cultivadas no Cerrado foram desenvolvidas pela Embrapa. A mais utilizada é a BRS 264, plantada atualmente tanto na safrinha (sequeiro), quanto no sistema irrigado. Calcula-se que cerca de 65% das lavouras de trigo da região façam uso dessa cultivar. Já a BRS 254, que proporcionou os resultados na fazenda de Bonato, ocupa um espaço menor na região, mas possui alta qualidade industrial, elevada força de glúten, excelente estabilidade e é voltada para panificação. Outra cultivar da Embrapa utilizada por produtores da região é a BRS 394.

O produtor iniciou o plantio no dia 8 de maio, e a colheita foi finalizada em 21 de setembro. O custo de produção acabou sendo um pouco maior do que a média: ficou em R$ 3,7 mil/ha, sendo que normalmente esse número gira em torno de R$ 2,8 mil/ha a R$ 3,2 mil/ha. “O custo dele é um pouco maior, pois necessita de mais insumos, mais investimento, mais irrigação, usa mais defensivos, utiliza adubos foliares e micronutrientes”, contou o engenheiro- agrônomo responsável pela área de fomento do trigo da Cooperativa Agropecuária da Região do Distrito Federal (Coopa-DF), Claudio Malinski, referindo-se à lavoura de Paulo Bonato.

Bonato utilizou nesse plantio 190 quilos de sementes por hectare. “Noventa e seis por cento germinaram”, comemora o produtor. Uma grande preocupação dele foi com o controle da brusone do trigo. Além de aplicações preventivas de fungicidas, ele também utilizou produtos que fornecem resistência maior à doença:

“Credito essa produtividade a um conjunto de fatores: manejo adequado, cuidado em trocar o ativo dos fungicidas utilizados, ênfase aos aspectos nutricionais. E o clima que realmente ajudou muito. É uma grande satisfação produzir tão bem.”

“Os produtores rurais da região já conhecem bastante a cultura do trigo. Eles sabem conduzir bem a lavoura, fazem boas adubações com tratos culturais muito bem adequados. Somando-se a tudo isso, a genética do trigo é muito boa, e em 2017 contamos com a ajuda do clima, já que o frio fez com que o trigo desempenhasse seu potencial genético mais a contento”, analisou Claudio Malinski.

O frio de fato foi um grande diferencial. O produtor Vilson Baron, do grupo Agro Aliança, também conseguiu produtividades elevadas nesta safra com o trigo. Ele plantou em sua propriedade, em Água Fria de Goiás (GO), 114 hectares da BRS 264 e 80 hectares da BRS 254. Conseguiu produtividades de 127 e 131 sacos, respectivamente. O início do plantio se deu na primeira semana de maio e a colheita começou no dia 10 de setembro.

O produtor usou cerca de 200 quilos de sementes por hectare, e o custo de produção ficou em R$ 2,2 mil/ha, ainda sem contabilizar custos operacionais de plantio, pulverização, colheita e transporte. “Nossa média histórica está bem expressiva, estamos sempre na casa de 120 sacos”. Segundo Baron, o que muda normalmente é mesmo o clima. “Quando chove muito no mês de maio, temos problema com a brusone. Como este ano quase não choveu, pode-se dizer que foi quase perfeito para o trigo.”

Na Fazenda Capão da Onça, também em Água Fria de Goiás, o cultivo do trigo tinha ficado de fora há oito anos, voltando nesta safra para compor a rotação após a soja e o feijão sob pivô. O resultado surpreendeu os sócios Leomar Fontana, Joel Pes e Sergio Zimmermann, com a produtividade média de 129,3 sacos/ha, em 90 hectares, com a cultivar BRS 264. “O clima ajudou bastante a cultura do trigo, e houve até um longo período de frio nos meses de junho e julho, que permitiu às plantas apresentarem todo o potencial”, confirmou Leomar Fontana. A produção foi comercializada a R$ 800 a tonelada.

Já no Moinho 7 Irmãos, em Uberlândia (MG), a expectativa é abastecer 60% da moagem com trigo mineiro. A produção no estado foi de 230 mil toneladas, um crescimento de 5,2% com relação ao ano passado. Na avaliação da responsável por suprimento do Moinho, Isabel Alves, o volume de grãos foi considerado bom e capaz de abastecer o moinho até o início de 2018. “A qualidade é aceitável pela indústria, mas houve muitas variações no pH. Recebemos desde trigo básico a melhorador, o que está exigindo mais esforço na segregação”, explicou.

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Diálogos eróticos no Planalto Central

Dois amigos conversam no Facebook:

marcela– O Temer?
– É.
– O que acho dele?
– Isto.
– Torço todos os dias pra que aquela linda esteja dando pra outro.
– É? Por que?
– Traíra.
– Entendi. Mas esse outro era tu, né?
– Eu não!
– Por que?
– Já viu aquela cara? Aquele botox moderado?
– Que que tem?
– Parece figura do Tarantino.
– Malvado?
– Muito. Somem com teu corpo.
– Humm…
– Mais seguro que outro coma.
– Eu, então.
– Tu comia?
– Comia.
– Putz. Não tem medo?
– Me cago de medo. Mas comia.
– Caraca. E a Maria?
– Que Maria?
– A do Rosário? Comia também?
– Claro. Já pensou aquela voz na cama, te irritando?
– Tesão, né? E a Dilma?
– Tenho especial atração por ela. Comia fácil.
– Hum. Deixa ver…e a Erundina?
– Bom…se tivesse clima.
– Caralho.
– Que?
– Te admiro.
– Já sei. Me comia.
– Bom…se tivesse clima.
– Tomanocu.
– Tifudê.

Câmara analisa criação do Estado do Planalto Central

A Câmara analisa proposta que convoca plebiscito entre os eleitores de Goiás e do Distrito Federal para criação de um novo estado, o Planalto Central. A medida está prevista no Projeto de Decreto Legislativo 1127/13.

A intenção é que o novo ente federativo seja composto “pelo desmembramento das áreas onde se situam as Regiões Administrativas do DF”, mas o texto não especifica quais. Hoje, o DF conta com 31 regiões administrativas, incluindo Brasília.

De acordo com a proposta, o novo estado também deverá englobar os seguintes municípios de Goiás: Abadiânia, Água Fria de Goiás, Águas Lindas de Goiás, Alexânia, Alvorada do Norte, Buritinópolis, Cabeceiras, Cidade Ocidental, Cocalzinho, Corumbá de Goiás, Cristalina, Damianópolis, Flores de Goiás, Formosa, Luziânia, Mambaí, Mimoso de Goiás, Novo Gama, Padre Bernardo, Planaltina de Goiás, Santo Antônio do Descoberto, São João da Aliança, Simolândia, Sítio d’Abadia, Valparaíso de Goiás e Vila Boa de Goiás.

O autor da proposta, deputado Francisco Escórcio (PMDB-MA), acredita que a criação do estado do Planalto Central deve gerar desenvolvimento, principalmente para a região do entorno do DF.

“Além de o Distrito Federal figurar como capital, é patrimônio cultural da humanidade, o que impossibilita o desenvolvimento de meios de sustentação próprios, dependendo dos recursos do governo central”, observa o parlamentar.

“Mas, paradoxalmente, grandes fluxos migratórios foram atraídos para a região, gerando crescimento urbano desordenado e caótico, de difícil administração, o que gerou carências de escolas, hospitais, saneamento básico e outras necessidades de atendimento à coletividade”, argumenta.

PRIMEIRO PASSO

O plebiscito é o primeiro passo necessário para a criação de um novo estado. Caso as populações envolvidas aceitem a mudança, os parlamentares ainda precisam aprovar uma lei complementar, que seguirá para sanção presidencial.

TRAMITAÇÃO

A proposta será analisada pelas comissões de Integração Nacional, Desenvolvimento Regional e da Amazônia; de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça e de Cidadania antes de seguir para votação pelo Plenário.

Fonte: Agência Câmera – Brasília