Governo aposta todas as fichas na produção acima de 200 milhões de toneladas

lavoura

Tecnologias aplicadas à agricultura, investimentos em logística, uma política bem definida de crédito ao produtor rural contribuem para expectativa de que a produção agrícola nacional deste ano atinja marca histórica de 200 milhões de toneladas. De acordo com o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Neri Geller, a decisão do governo em aumentar oferta de linhas de crédito para agricultores de todos os portes está afinada com o potencial de crescimento do setor.

“Nós exportamos quase R$ 100 bilhões e um superávit de R$ 82 bilhões, gerando muitas divisas para o nosso país. E isso se deu alinhado ao poder de incorporar tecnologia, a capacidade de produção do nosso produtor, mas também a uma política bem definida de crédito, de comercialização e também do seguro”, disse Geller.

Com foco no apoio estratégico aos médios produtores, o Plano Agrícola e Pecuário para a safra 2014/2015 tem recursos recordes à disposição do produtor nacional: serão R$ 156 bilhões em crédito, um aumento de 14,7% em relação à safra anterior e com taxa de juros variando entre 4,5 e 7,5%. Apenas para a faixa dos produtores de médio porte, serão R$ 16,7 bilhões disponibilizados por meio do Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp), registrando acréscimo de 26,5% em relação ao ano passado. Além disso, o Pronamp, este ano, aumentou em 10% os limites de financiamento para custeio e investimento.

Instituído em 2007, inicialmente com R$ 100 milhões, o seguro rural hoje conta com R$ 700 milhões em recursos do Tesouro Nacional para proteger o produtor agrícola, priorizando regiões com risco de desastres naturais, como seca, enchentes e geadas.

Atendendo reivindicações do setor, foi postergada para 1º de julho de 2015 a obrigatoriedade da contratação do seguro rural nas operações de custeio agrícola feitas por médios produtores. Além disso, o limite de financiamento para a comercialização de sementes passa a ser de R$ 25 milhões por beneficiário, tendo como referência o preço de mercado.

Com a indústria rodando a taxas negativas, o comércio e os serviços deprimidos, só resta mesmo ao Governo apostar seu cacife na Agricultura, que, a bem da verdade, tem prosseguido com as próprias pernas há muito tempo. Como sempre se repete, o Governo tem que fazer a sua lição da porteira para fora. Da porteira para dentro, pode deixar por conta do agricultor que ele sabe o que está fazendo. 

Governo não sai do “nunca dantes”, muito menos na agricultura.

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Wagner Rossi, detalhou, na manhã desta segunda-feira (7), os principais pontos do Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2010/2011, que será anunciado hoje, às 15 horas, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Rossi destacou o volume de R$ 100 bilhões em recursos destinados à agricultura empresarial: “É o maior de toda a história e extremamente significativo por conta do crescimento da agricultura brasileira”. Ele ressaltou que nenhum programa do Plano terá aumento de juros. Alguns, inclusive, terão as taxas reduzidas, em comparação com anos anteriores. Ainda segundo o ministro, esta edição do PAP tem enfoque nas questões ambientais e no enfrentamento de alguns gargalos da agricultura brasileira.

No último ano do Governo Sarney, o financiamento agrícola era de 30 bilhões de dólares. Considerada a inflação do dólar, algo como 105 bilhões de reais hoje. E a área de plantio era a metade do que é hoje. Lula definitivamente ainda não está fazendo milagres.