Plano Nacional de Banda Larga já começou com adiamento.

A meta do Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) de levar a conexão em alta velocidade a 100 cidades ainda este ano foi adiada para abril do ano que vem. O presidente da Telebras, Rogério Santanna, disse hoje (30), durante a terceira edição do Fórum Brasil Conectado, que o motivo do adiamento foi a falta de tempo hábil para assinar os contratos com os fornecedores que já foram licitados.
Inicialmente, o governo planejava levar a banda larga de baixo custo às 100 primeiras cidades em novembro ou dezembro deste ano. Questionamentos judiciais sobre o PNBL também atrasaram a implantação do sistema.
A previsão de Santanna é que até a metade de dezembro todos os contratos sejam assinados. A Telebras celebrou até agora apenas dois contratos com fornecedores para o PNBL. O presidente garantiu também que ainda este ano algumas cidades próximas a Brasília podem ser atendidas. (Da Agência Brasil).

Lula lança plano de internet com Telebras no comando.

Depois de seguidos adiamentos, o governo Lula anuncia hoje seu Plano Nacional de Banda Larga, tendo a Telebras como a gestora do programa que pretende universalizar o acesso à internet rápida no país.
Ontem à noite, diante da “decisão governamental”, a Telebrás enviou fato relevante à CVM (Comissão de Valores Mobiliários) informando que será a gestora do plano, uma obrigação por se tratar de empresa de capital aberto.
Segundo fato relevante, a Telebrás ficará responsável por “implementar a rede privativa de comunicação da administração pública federal, prestar apoio e suporte a políticas públicas de conexão de internet em banda larga para universidades, centros de pesquisas, hospitais e postos de atendimento”, além de prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações prestados por empresas privadas e prestar serviço de conexão à internet em banda larga para usuários finais nas localidades onde não exista oferta adequadas desses serviços.

Se não ficar na mesma situação dos PACs e de outras milhares de obras planejadas, pode ser uma boa nova para os consumidores.

Banda larga já começa com um cheiro acre no ar

A rede Eletronet de fibras óticas

O Plano Nacional de Banda Larga (PNBL) do governo federal ainda não foi finalizado, mas já levanta polêmicas. Para levá-lo a cabo, prevê-se a reestatização da Telebrás, operação que trará custos não somente econômicos, mas também políticos. Há também questões jurídicas envolvidas.

Operadoras e empresas privadas temem a entrada de uma nova estatal para competir, apesar de acreditarem que terão parte no plano com a Telebrás como provedora da malha principal

A Oi negocia a compra da dívida da Eletronet com seus credores por cerca de R$ 140 milhões, quase 20% do valor total, estimado em R$ 800 milhões, de acordo com reportagem da Folha. O objetivo é retirá-la da falência e, como contrapartida, explorar comercialmente a rede da companhia. Caso seja concretizado, será outro negócio controverso da Oi envolvendo o Governo Federal. Reativar a Telebrás para o plano de banda larga pode custar R$ 15 bilhões. A notícia é manchete no Brasil Econômico.

Esse tal de Plano Nacional da Banda Larga já começou a cheirar mal. É a chamada obsolescência planejada. Ou garantia de deterioração rápida. Ou ainda: quanto mais mexe, pior o odor. Quando mensaleiros, de qualquer sigla, se revezam na colher, desanda o merengue.

No Brasil, só 5% da população tem acesso via banda larga.Como se vê pelo mapa, a rede atual de fibra ótica, que ainda não funciona, passa muito longe do Oeste da Bahia. Isso quer dizer que pela próxima década continuaremos com a internet a lenha à qual já nos acostumamos.

Governo diz que banda larga estará em todo o País em 2010.

Hélio Costa, em imagem da ASCOM do Ministério das Comunicações

O ministro das Comunicações, Hélio Costa, afirmou, na semana passada, em Brasília, que a principal meta do ministério para 2010 é começar a levar a internet em banda larga a todo o país. “O principal desafio para o setor agora está lançado: é a banda larga. Temos o ano todo para realmente fazermos o Plano Nacional de Banda Larga vingar. Temos consciência de que é impossível fazer tudo em um ano, mas nós vamos começar”, disse, durante a cerimônia de consignação de canais digitais para a cidade de São Luis (MA).

O ministro explicou que o Plano Nacional de Banda Larga deve ser encarado como um projeto para o país. “O próximo governo, seja ele qual for, certamente fica na obrigação de continuar a implantação de um plano que tem como objetivo chegar a todo o território nacional com essa ferramenta hoje indispensável em qualquer meio social”, salientou.

Hélio Costa lembrou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou no fim de novembro o prazo até meados de janeiro para receber um documento reunindo novas informações e propostas para o Plano Nacional de Banda Larga.

O ministro disse que o presidente Lula tem insistido que toda obra de infra-estrutura a ser desenvolvida no país contemple também a infra-estrutura de telecomunicações, o que fortalecerá o projeto de universalização da internet em banda larga. “Para se construir uma estrada, será preciso fazer também a estrutura de comunicações, o que facilita muito”, explicou.

O que Hélio Costa não diz é que a telefonia e a banda larga no País estão nas mãos do maior monopólio da América do Sul, com política cartorial extremamente demarcada e reservas de mercado. Tem sentido uma cidade como Luís Eduardo ainda não ter oferta de banda larga via telefonia? A OI mantém centrais analógicas antiquadas, desfaz do mercado altamente demandado e deixa o consumidor na mão de empresas com ética mercadológica flexível. Em Luís Eduardo, telefonia fixa, telefonia celular e provimento de internet são serviços radicalmente precários.