Produtores e Governo devem fixar área de refúgio em 20% das lavouras com transgênicos

O refugio com variadades convencionais preserva predadores naturais e evita aumento da resistência das pragas
O refugio com variedades convencionais preserva predadores naturais e evita aumento da resistência das pragas

O setor produtivo e o governo federal finalizam nesta semana o texto da portaria do refúgio para o plantio de variedades geneticamente modificadas com a tecnologia Bt. A reunião será realizada na quinta-, dia 21, no Ministério da Agricultura, com os integrantes do Grupo de Trabalho de Manejo e Resitência (GTMAR), formado para discutir o assunto. Participam pesquisadores da Embrapa, USP/Esalq e Universidade de Grande Dourados (MS), além de representantes de entidades como Aprosoja, Abramilho, Abrapa e Abrasem.

O texto trará o percentual das empresas detentoras das tecnologias, que recomendam 20% da lavoura deverá ser reservada para área de refúgio. A decisão agrada às entidades do setor produtivo, que acreditam que 20% de área de refúgio é um índice considerável. Também defendem que, neste primeiro momento, o ideal é seguir a recomendação das empresas, que tem base científica a respeito da eficácia nas lavouras.
A portaria será publicada até o fim do mês, de acordo com o diretor do Departamento de Sanidade Vegetal do Ministério da Agricultura, Luís Eduardo Rangel, e prevê que o grupo de trabalho analise os resultados do uso de 20% de refúgio, e, se considerar necessário, sugira alterações para os próximos plantios. Do Canal Rural.

Normas para refúgio na lavoura serão implantadas em 6 meses

refugio

O ministro da Agricultura, Neri Geller, disse nesta quinta-feira (24/7) que as normas para a utilização do refúgio no Brasil devem ser implantadas dentro de quatro a seis meses. De acordo com ele, as discussões estão em fase final e envolver governo, empresas, setor produtivo e instituições de pesquisa.

“É uma necessidade e está sendo concluída a discussão. Vamos implantar dentro de critérios técnicos em um prazo de quatro a seis meses”, disse Geller.

O refúgio é utilizado para evitar a criação de resistência a tecnologias usadas nas lavouras, especialmente a BT. Consiste no plantio de um porcentual de sementes convencionais junto com as transgênicas para manter a população de pragas sensível à tecnologia. A regulamentação desta prática é defendida por representantes do setor. E as próprias empresas fornecedoras das tecnologias têm suas recomendações para cada cultura. Do Globo Rural.