Geddel: ‘É hora de sair, não de pedir ministério’

O colunista Josias de Souza, do UOL, transcreve declarações do virtual candidatos das oposições na Bahia, que, óbvio, não quer nem ver falar de PT e de situação. Veja o texto:

“Membro da Executiva Nacional do PMDB, Geddel Vieira Lima afirma que a legenda “precisa ter mais respeito por si mesma.” Ex-ministro de Lula, ele não se conforma com o fato de dirigentes do partido ainda pedirem ministérios a Dilma Rousseff. “É hora de sair, de entregar ministérios, não de pedir mais. Isso nos arrebenta, acaba com a nossa imagem.”
Irônico, Geddel evoca o Lepo Lepo, sucesso da banda Psirico no Carnaval de 2014, para resumir a situação do PMDB. “O partido não tem nada, é tratado pela presidente da República com requintes de crueldade, é apresentado como fisiológico e se mantém no governo. Ficar com Dilma por quê? Só pelo Lepo Lepo? Na prática, é o que está acontecendo.”

Veja mais no blog do Josias.

Amanhã, 11, a Executiva do PMDB estará reunida para resolver o impasse entre o Partido e o Governo que apoia. Se os peemedebistas aceitarem o canto da sereia do vice-presidente Michel Temer, vão jogar sobre suas cabeças mais um punhado de cinzas e enterrar definitivamente a história do partido que resistiu bravamente aos golpistas de 1964, após a reforma partidária originada no AI-5.

PMDB acusa: PT quer hegemonia sem precedentes.

Personagem da semana, o deputado Eduardo Cunha, líder do PMDB na Câmara, deu entrevista ao repórter Diego Escosteguy. Disse que o PMDB “não quer mais cargos”. Definiu o blocão como “uma aliança sem líder” constituída de “partidos cansados de ser negligenciados pela articulação política do governo”. Acusou o PT de tramar uma “hegemonia sem precedentes”. E vaticinou um futuro amargo para o seu PMDB se o partido não reagir. “Viraremos o DEM do PT.”

”Abrimos mão dos cargos. A bancada do PMDB não indicará mais cargos no governo Dilma. Essa visão do PMDB como um partido meramente fisiológico, que vive mendigando cargos, tem muito de fantasia. É uma fantasia maniqueísta, que dá ao governo o falso argumento de que está, ao não respeitar a base aliada, apenas agindo eticamente, como arauto da moral, resistindo aos maus da política. Balela. Serve para justificar a incompetência do Planalto no diálogo com os parlamentares que deveriam, afinal, integrar um governo de coalizão. E para dizer: ‘O PMDB é assim mesmo, chantageia o governo até obter mais um ministério’. A gente não quer isso.”

A íntegra da entrevista pode ser lida aqui.

Agora o PMDB chegou ao ponto de não retorno. Ou rompe com o PT a nível nacional ou vai sumir nas próximas eleições. Ninguém gosta de covardes, muito menos de indecisos.

DIA DAS MULHERES 02