
A arena que sairá mais cara para os cofres públicos, em todo o País, é a construção do Estádio da Fonte Nova, de Salvador. O governo do Estado da Bahia pagará parcelas anuais de R$ 99 milhões, por 15 anos, que fará com que o custo total chegue a R$ 1,485 bilhão.
Compare com outros números importantes: um presídio padrão, com 400 vagas, custa hoje em torno de R$22 milhões. A Bahia precisa de 15 desses presídios, para abrigar mais de 5.000 prisioneiros que estão amontoados em delegacias, ao arrepio da lei. O custeio de cada presídio destes custa R$1 milhão por mês, mas deste valor deve ser descontando o que já custam hoje os prisioneiros das delegacias. Na verdade o custo é quase igual.
Pergunta: custava a Bahia ficar fora da Copa e construir, com essa verba, os presídios, livrando a população trabalhadora da Bahia da insegurança? E com o resto da verba construir mais uma duzia de hospitais regionais. Ou ainda: umas 50 novas escolas, necessárias em todo o Estado?
A verdade é que presídio não dá voto, não é? Assim como saneamento, educação, saúde e outras obrigações do Estado. O que dá voto é carnaval. E propaganda. Certo?

