Polícia Civil prende 5 dos 6 supostos mandantes e matadores de Paulo Grendene

Cinco suspeitos de executar o empresário Paulo Grendene, em junho deste ano, foram presos na manhã desta quarta-feira (21), na Operação Bandeirantes, realizada nos municípios de Barreiras, Formosa do Rio Preto e Santa Rita de Cássia.

A operação foi deflagrada pelo Departamento de Polícia do Interior (Depin).

Dentre os presos, estão policiais militares e empresários. Armas, munições, celulares, computadores e documentos também foram apreendidos para identificação de possíveis provas. “A operação está sendo bastante positiva. Já cumprimos até o momento cinco dos seis mandados de prisão e 11 mandados de busca e apreensão”, disse a diretora do Depin, delegada Rogéria Araújo.

Durante a Operação  Bandeirantes foram apreendidos 8 armas , três carros e um moto usados para homicídios, porções de maconha e inúmeras munições.  Dois alvos de cumprimento de mandado de prisão também  foram autuados em flagrante  por posse ilegal de arma de fogo.

As autoridades policiais ainda não revelaram os nomes dos suspeitos detidos hoje, mas sabe-se, extraoficialmente, que na lista dos presos estão um policial militar do Tocantins, um policial de Barreiras e até um ex-candidato a prefeito em Santa Rita de Cássia.

Participam da operação policiais da Superintendência de Inteligência da Secretaria da Segurança Pública (SSP), Corregedoria Geral da SSP (Coger-SSP), Assessoria Executiva de Operações de Polícia Judiciária (AEXPJ), Coordenação de Operações Especiais (COE), Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Departamento de Inteligência Policial (DIP) e o Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas e Investigações Criminais (Gaeco), do Ministério Público Estadual.

 

Polícia contra polícia. Resultado: ameaça de greve em pleno carnaval.

Os policiais civis devem parar temporariamente as atividades em protesto contra a morte do agente da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos, Valmir Borges Gomes, de 54 anos. Na assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (3), a proposta majoritária é a que apenas 30% do efetivo deve ser mantido para garantir a segurança do carnaval de Salvador. “Tudo leva a crer que só vamos voltar depois que as pessoas envolvidas na execução do colega Valmir forem apresentadas presas na Corregedoria. Até lá, vamos atuar apenas com o essencial”, revelou o diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Cláudio Lima, em entrevista ao Bahia Notícias. Valmir foi executado por policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes que investigavam a suposta atuação de uma quadrilha de extorsão, a qual ele integraria, na noite desta quarta-feira (2), durante troca de tiros na Rua Paulo VI, na Pituba.

Por outro lado, a Secretaria de Segurança informou hoje pela manhã que a Corregedoria da Polícia Civil está apurando as circunstâncias do confronto entre policiais civis, ocorrido na noite de quarta-feira (2), no bairro da Pituba. O confronto resultou na morte de Valmir Gomes, investigador da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). Ele estava acompanhado de outras duas pessoas numa viatura não padronizada. Os três reagiram quando foram abordados por uma equipe de investigadores da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), que foi ao local averiguar uma denúncia de extorsão.

A denúncia foi feita diretamente à Corregedoria Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que acionou a Polícia Civil. Foi relatado que policiais civis estavam exigindo dinheiro para não prender um jovem que estava comprando lança-perfume. O jovem foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil para prestar depoimento. Os integrantes das equipes que participaram da operação também foram ouvidos. Os carros envolvidos na troca de tiros estão sendo periciados e todas as armas foram apreendidas.

Com a troca de tiros, os outros dois homens fugiram e estão sendo procurados. Além dos agentes da DTE, os policiais que foram checar a denúncia contavam com o apoio da Coordenadoria de Operações Especiais (COE).