Os policiais civis devem parar temporariamente as atividades em protesto contra a morte do agente da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos, Valmir Borges Gomes, de 54 anos. Na assembleia realizada na manhã desta quinta-feira (3), a proposta majoritária é a que apenas 30% do efetivo deve ser mantido para garantir a segurança do carnaval de Salvador. “Tudo leva a crer que só vamos voltar depois que as pessoas envolvidas na execução do colega Valmir forem apresentadas presas na Corregedoria. Até lá, vamos atuar apenas com o essencial”, revelou o diretor jurídico do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (Sindpoc), Cláudio Lima, em entrevista ao Bahia Notícias. Valmir foi executado por policiais da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes que investigavam a suposta atuação de uma quadrilha de extorsão, a qual ele integraria, na noite desta quarta-feira (2), durante troca de tiros na Rua Paulo VI, na Pituba.
Por outro lado, a Secretaria de Segurança informou hoje pela manhã que a Corregedoria da Polícia Civil está apurando as circunstâncias do confronto entre policiais civis, ocorrido na noite de quarta-feira (2), no bairro da Pituba. O confronto resultou na morte de Valmir Gomes, investigador da Delegacia de Repressão a Furtos e Roubos (DRFR). Ele estava acompanhado de outras duas pessoas numa viatura não padronizada. Os três reagiram quando foram abordados por uma equipe de investigadores da Delegacia de Tóxicos e Entorpecentes (DTE), que foi ao local averiguar uma denúncia de extorsão.
A denúncia foi feita diretamente à Corregedoria Geral da Secretaria da Segurança Pública (SSP), que acionou a Polícia Civil. Foi relatado que policiais civis estavam exigindo dinheiro para não prender um jovem que estava comprando lança-perfume. O jovem foi levado para a Corregedoria da Polícia Civil para prestar depoimento. Os integrantes das equipes que participaram da operação também foram ouvidos. Os carros envolvidos na troca de tiros estão sendo periciados e todas as armas foram apreendidas.
Com a troca de tiros, os outros dois homens fugiram e estão sendo procurados. Além dos agentes da DTE, os policiais que foram checar a denúncia contavam com o apoio da Coordenadoria de Operações Especiais (COE).
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