Em Luís Eduardo Magalhães, no mínimo 6 policiais civis já testaram positivo para a contaminação pelo Covid-19. Na PM a contaminação não é expressiva.
Os policiais civis da Bahia decidiram, por meio de assembleia virtual realizada nesta quinta-feira (2), paralisar as atividades por 24h em todo o estado no próximo dia 8, quarta-feira. A informação é do Sindicato dos Policiais Civis do Estado da Bahia (SINDPOC).
De acordo com Eustácio Lopes, presidente da entidade representativa, a categoria amarga o descaso por parte da gestão da Polícia Civil (PC-BA), assim como do governo do Estado, fato agravado pela pandemia. O sindicato contabiliza a infecção de 218 agentes da segurança pela Covid-19 até esta sexta-feira (3).
“Enquanto a Secretaria de Segurança ignora a pauta da categoria, cresce o número de policiais civis infectados, que até a presente data, já contabiliza 218 policiais positivados pelo novo coronavírus, e até o momento continua ignorando leis, normas e os protocolos de Biossegurança, sem fornecer regularmente os Equipamentos de Proteção Individual, assim como, a testagem para todos os policiais civis, que hoje servem de carcereiros para presos custodiados, que muitas vezes estão positivados para à Covid-19”, pontua.
Por meio de nota, a PC-BA alegou desconhecer decisão da categoria e contestou que esteja ignorando as normas de segurança de prevenção à Covid-19. “Somente na capital foram realizadas mais de 800 testagens, entre RT-PCR (swab) e testes rápidos para anticorpos, enquanto no interior, os servidores passam pelos mesmos exames, realizados pelos órgãos municipais de saúde, a partir de um convênio entre o Departamento Médico da Polícia Civil (Demep), a Secretaria Estadual de Saúde da Bahia (Sesab) e as pastas municipais”, ressalta a PC.
Acrescenta ainda que já adquiriu mais de “60 mil itens entre equipamentos de proteção individual e materiais de limpeza”, os quais “são distribuídos em todas as unidades, desde o início da pandemia”. Afirma ainda ações de higienização e desinfecção são realizadas nas delegacias com regularidade.
Membros da Polícia Judiciária da Bahia e da Polícia Federal fizeram hoje, às 9 da manhã, uma grande apreensão de drogas no fundo falso de uma carreta que tinha origem no Paraná e se dirigia a uma cidade do Nordeste ainda desconhecida das autoridades. O confronto deu-se em Canarana, na Chapada Diamantina, a 468 km de Salvador.
Os policiais perseguiam de perto um Celta, tripulado por dois bandidos, que faziam a segurança da carreta, quando eles sentindo a perseguição entraram na cidade. O carro foi abalroado por uma viatura discreta das forças policiais, uma VW Amarok. Os bandidos ainda iniciaram um tiroteio, mas foram subjugados pelos policiais. Ninguém ficou ferido no tiroteio.
Os bandidos, inclusive o motorista da carreta, foram apresentados na Delegacia de Polícia Judiciária de Irecê.
A cadeia pública de Eunápolis foi interditada em junho de 2010 e proibido o recolhimento de presos na unidade, por força de decisão judicial, até que fossem feitas as adaptações necessárias pelo Estado.
Em Luís Eduardo, o acontecido esta semana, que gerou inclusive a visita do Juiz Corregedor e a abertura de inquéritos administrativos, nenhuma resolução foi tomada.
A próxima fuga, apesar da vigilância dos policiais encarregados, em flagrante desvio de função, na condição de carcereiros, é questão de tempo.
O Ministério Público afirma, em nota à imprensa, que, assim que tomou conhecimento da retirada dos presos da cela, onde faziam um túnel, instruiu o delegado Rivaldo Luz para efetuar “remanejamento dos presos para outras delegacias da região”. Que outras delegacias?
Não é fato desconhecido da imprensa, da comunidade, de juízes da Vara Crime e do Ministério Público do Estado da Bahia, a superlotação das custódias das delegacias com números acima de qualquer equação racional.
Como não existe a determinação de prisões preventivas ou condenações, além do fato de que as transferências aos presídios da Capital exigem alto custo logístico, o problema parece insolúvel. Até porque não existem vagas nesses presídios, também superlotados.
O problema não é só da Bahia, sejamos justos. Vagas em delegacias e presídios são inexistentes em todo o País.
Na Bahia, ou se constroem presídios em regime de emergência, ou continuarão as fugas, a insegurança da população, o cansaço dos carcereiros e uma sensação que as autoridades de Salvador estão cada vez mais preocupadas apenas em inquéritos administrativos e, por outro lado, menos atentas à gravidade da situação.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) inaugura nesta quarta-feira (20), 9h, a sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), no bairro Pituba, em Salvador.
O prédio vai abrigar seis delegacias, um efetivo de 120 policiais e mais 110 profissionais reunidos nas equipes do Serviço de Investigação de Local de Crime (SILC), que trabalham em escalas de turnos extras. Segundo a SSP, outras cinco delegacias estão sendo criadas no interior do Estado.
O governador Jaques Wagner, o secretário da Segurança Pública Maurício Telles Barbosa, o delegado-geral Hélio Jorge, o comandante da Polícia Militar (PM), coronel Nilton Mascarenhas, o diretor do novo departamento, delegado Arthur Gallas, e demais autoridades estarão presentes no evento.
Pois o cidadão de nome Alvino Santana de Oliveira, natural de Barreiras e residente no Jardim das Acácias, em Luís Eduardo, foi preso na semana passada por homicídio. Ele confessou o crime.
Na segunda-feira, Alvino foi solto, porque sua prisão não foi feita em flagrante.
Acontece que, na madrugada desta segunda-feira, o mesmo Alvino foi preso novamente pela Polícia Militar, em companhia de Alex Santana de Oliveira, na posse de cocaína, maconha e crack, em quantidades acima daquela prevista para o consumo próprio, além de uma balança de precisão, dois cartuchos de munição 380 e um cartucho calibre 22. Os dois foram enquadrados em tráfico de drogas, tendo a Delegacia local lavrado o flagrante delito.
A “hospedaria” do Estado exerce especial atração sobre seus hóspedes.
Depósitos de carros apreendidos da Polícia Judiciária
A ASSOMIBA, a ACELEM e o CONSEG-LEM têm assumido muitas tarefas espinhosas pela segurança de Luís Eduardo. Uma delas foi o novo estacionamento para veículos apreendidos pela Polícia Judiciária. Cercou, pavimentou com brita, iluminou e até transportou os veículos para dentro do estacionamento, arcando com os custos do guincho. Enquanto isso, o que fez o Governo do Estado? Mandou uma camionete para a Delegacia, uma viatura reformada para a PM, trocou o comando e mandou 16 novos praças. Dia 12 o Governador deverá ser cobrado por essa inércia. A Sociedade Civil Organizada, vereadores e Executivo querem questionar Jaques Wagner sobre os fatos ocorridos desde a morte de dois comerciantes na cidade.