
Os subsídios, desonerações e regimes tributários diferenciados que beneficiam toda sorte de empresas, entre elas portos, indústrias químicas, empresas de petróleo, fabricantes de equipamentos de energia eólica e o agronegócio, serão reavaliados pelo provável governo de Michel Temer.
Eles custam R$270 bilhões aos cofres do Tesouro, mais de 10 vezes o valor dos programas sociais do atual Governo e mais que o dobro dos R$120 bilhões do déficit primário dos cofres públicos.
Isso significa, em palavras mais objetivas, que o processo de impedimento orquestrado pela avenida Paulista, que pede menos impostos – hoje em 32% sobre o PIB – poderá ser o primeiro a ser chargeado por um novo Governo.
Como se tem comentado aqui, o Agronegócio, quase unânime nos protestos contra Dilma Rousseff, cresceu de maneira espetacular na última década, beneficiado principalmente por isenções na previdência, que considera empresários que faturam acima de bilhão como pessoas físicas, poderá perder os seus benefícios mais significativos.
E emblemático o quadro econômico da industria automobilística que, depois de gozar durante mais de 2 anos de desonerações federais de monta, saturou o mercado, enfrentando agora a respectiva recessão que sempre sucede a euforia econômica. Hoje se mostra incapaz de carregar, por outro lado, a enorme carga tributária proporcionada pelos estados, que chega a 30% do valor de um carro novo.
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