
O deputado Cacá Leão viveu uma semana entre a cruz e a caldeirinha, assediado pela direção do Partido Progressista, cuja direção nacional fechou questão a favor do impeachment de Dilma Rousseff, e as boas relações do PP com o PT na Bahia, em especial a da campanha vitoriosa de 2014.
Mas hoje ele esclareceu, em comunicado à imprensa, que, da sua decisão, dependia não só o seu futuro político e de seu pai, João Leão, como e principalmente a de 170 candidatos a prefeito e mais de 900 candidatos a vereador em toda a Bahia nas próximas eleições de outubro:
-Se votasse contra a orientação do Partido, poderíamos perder a legenda e comprometer a campanha de centenas de candidatos. Se votasse a favor da decisão partidária, estaríamos comprometendo a boa relação que mantemos com o PT. Não podíamos jogar essa relação no lixo. No momento que votássemos contra a direção do Partido, estaríamos sujeitos a punições como as que aconteceram no Maranhão e no Ceará, onde aconteceram intervenções nos diretórios desses dois estados.”
A decisão de se abster de votar foi criticada por governistas e opositores. Mas Cacá agiu com responsabilidade, não só com o seu futuro político, mas com a história construída pelo PP e por seus companheiros de toda a Bahia.
Veja aqui punições já impostas pela direção nacional do PP a dissidentes na votação do impeachment na Câmara.