O dia que começou o golpe foi aquele no qual Lula sujou os 9 dedos de petróleo

Dizer que o golpe começou com a greve dos R$ 0,20 em São Paulo não corresponde à realidade. O golpe começou quando o Brasil descobriu o pré sal. Dilma aprovou a lei de partilha dos recursos petróleo. Precisavam retirar o PT e prender Lula para roubar nosso petróleo. É o que diz o internauta de codinome José Hilton, no Twitter.

Fizeram mais que isso. Em conjunto com agências de informação norte-americanas acionaram um juiz federal de primeira instância, comprovadamente venal e amistoso com os EUA e uma quadrilha de procuradores venais, na caça de dinheiro fácil, e armaram a pior conspiração político-jurídica da nossa história.

Tiraram Dilma do poder com forceps, prenderam Lula e acabaram, de plano, com a indústria da construção pesada no País. As plataformas que construíamos em Rio Grande e Rio de Janeiro hoje são produzidas na Ásia, acabando com centenas de milhares de empregos no Brasil.

E como gran finale da opereta bufa, colocaram, a custo de muito dinheiro um fronteiriço, no sentido psiquiátrico do termo, na Presidência da República.

Hoje se arranham e se cospem como em um cabaré de quinta em busca de poder. Repete-se a velha sentença: todo golpe é autofágico.

Produção do Pré-Sal já atinge 70% de todo petróleo do País

A produção de petróleo e gás natural no pré-sal ultrapassou 70% da produção nacional pela 1ª vez na história. Em julho, alcançou 2,738 milhões de barris de óleo por dia.

De acordo com a PPSA (Pré-Sal Petróleo S.A.), empresa vinculada ao Ministério de Minas e Energia, a produção corresponde a 70,26% do total registrado no país, de 3,898 milhões de barris por dia.

De acordo com o órgão, a produção já vinha se aproximando da marca nos meses anteriores. Em junho foi de 69,9%, somando 2,671 milhões de barris por dia. Um mês antes, foram produzidos 2,363 milhões de barris diários (67,82%).

A PPSA informou ainda que o Campo de Lula, na Bacia de Santos, manteve a liderança na produção de petróleo e gás natural no pré-sal, com média diária de 987.510 barris de petróleo e 43,150 milhões de metros cúbicos de gás natural.

Já a plataforma P-76, no Campo de Búzios, também na Bacia de Santos, e com só 4 poços produtores, teve a maior produção de petróleo por instalação em julho, com média diária de 168.649,40 barris. Segundo a PPSA, a produção da P-76 foi superior à soma do que foi produzido por todos os 6.326 poços terrestres.

Com informações da Agência Brasil.

Brasil já perdeu mais de US$ 700 bilhões com venda de reservas do pré-sal (partilha)

Até o momento foram realizadas 5 rodadas de venda de reservas do pré-sal em regime de partilha. A 1ª foi em 2013 (Libra) no governo Dilma As demais (2ª a 5ª) foram realizadas entre 2017 e 2018 no governo Temer. Ao todo já foi vendido um volume recuperável estimado de 40(*) bilhões de barris de petróleo.

Considerando um preço de US$ 60 por barril podemos prever que recursos no montante de US$ 2,4 trilhões (60×40) serão arrecadados e distribuídos pelos participantes durante os próximos 25/30 anos.

Tendo em vista os critérios pelos quais estas reservas foram adquiridas (bônus, royalties, óleo lucro da União, conteúdo local , participação da Petrobras e um custo de produção estimado em US$30 por barril) podemos calcular que do total dos recursos a serem arrecadados apenas 58% (US$ 1,4 trilhões) vão ficar no Brasil cabendo aos participantes estrangeiros a apropriação de 42% (US$ 1 trilhão).

US$ 1,4 trilhões significa um incremento de renda de US$ 56 bilhões por ano, durante um período de produção de 25 anos.
Nada mal pois representa um incremento de 2,8 % do PIB nacional. Mas isto não poderia ser bem melhor ?

Lembramos que a Noruega (e outros países), mesmo não contando com uma empresa nacional do porte e do nível tecnológico da Petrobras, nos leilões que fez conseguiu garantir que 80% dos recursos arrecadados fossem retidos em casa.

Mas o Brasil, que dispõe de uma empresa como a Petrobras, tecnologicamente líder mundial em exploração em águas profundas, não poderia deixar passar esta clara oportunidade de rápido e forte crescimento econômico, entregando a ela e só a ela, a responsabilidade de exploração das reservas descobertas.

Assim como ocorre na Arábia Saudita e em outros países grandes produtores de petróleo, onde a exploração é entregue a uma empresa estatal nacional, se esta função fosse atribuída à Petrobras 90% dos recursos arrecadados ficariam no Brasil.

Ou seja, um incremento de US$ 760 bilhões sobre o que efetivamente vai ser arrecado. Um crescimento adicional do PIB de 1,5%. Com isto a Petrobras mesmo que venha a conceder uma maior parcela de óleo lucro para a União, poderia aumentar sua geração operacional de caixa em US$ 16 bilhões por ano. Recursos mais do que suficientes para cobrir qualquer modelo de financiamento.

Notem que o processo de entrega da renda do pre-sal para empresas estrangeiras teve início no governo Dilma do PT. Partido considerado como sendo de “esquerda”. A paralisação dos investimentos da Petrobras bem como a venda de ativos da empresa, também tiveram início no governo Dilma. Ela nunca se explicou ao povo brasileiro por estes fatos.

Já no governo Temer, considerado de “direita”, este processo foi acelerado e incrementado por uma política de preços (Preço de Paridade de Importação-PPI) absurda, que não existe em lugar nenhum do mundo, prejudica a economia nacional e penaliza os consumidores brasileiros.

Verificamos portanto que, no Brasil, governos de “esquerda” ou de “direita” só divergem em questões de menor relevância. Para questões de maior importância eles atuam da mesma forma.

Barbosa Lima Sobrinho dizia que no Brasil só existem dois partidos : o partido de Tiradentes e o partido de Silvério dos Reis.

De fato, se analisarmos bem, vamos encontrar nos partidos de “esquerda” ou de “direita” no Brasil , igualmente apoiadores de “Tiradentes” ou de “Silvério dos Reis”. Tudo misturado.

O governo Bolsonaro trouxe esperança de mudança, mas nada ocorreu. A política de preços suicida foi mantida e anunciada a 6ª rodada do pre-sal, prevista para o próximo mês de novembro.

Nesta rodada serão ofertados 17 bilhões de barris de petróleo recuperáveis, segundo o presidente da ANP, Decio Odonne, equivalentes a uma arrecadação de recursos da ordem de US$ 1,02 trilhões (60×17). Desta renda apenas 49,5% (US$ 505 bilhões) deverão ficar no Brasil . Se a exploração ficasse com a Petrobras a renda brasileira subiria para US$ 918 bilhões, uma diferença de US$ 413 bilhões apenas nesta rodada.

Com isto as perdas com os 6 leilões somariam US$ 1,17 trilhões (760 + 413 ), que ao câmbio de US$ 1 = R$ 4, alcançaria o montante em reais de 4,7 trilhões.

Enquanto isto nossos prefeitos e governadores brigam por uma fatia de R$ 25 bilhões do bônus da 6ª rodada, que lhes garantem algum recurso imediato, provavelmente de olho nas eleições do próximo ano. Além disso garantem apoio ao governo na votação da reforma da previdência.

A verdade é que ninguém está preocupado com o Brasil e seu futuro.

Certamente no futuro, nossos filhos, netos, bisnetos e a história nos cobrarão por tudo isto.

(*) O volume “in situ” das reservas é estimado de 50,2 bilhões de barris. Consideramos um valor recuperável de 40 bilhões (que pode ser entendido como elevado ) para compensar vantagens financeiras concedidas nos contratos, de difícil elaboração de previsões, não utilizadas neste exercício. Por outro lado a forma de apropriação das despesas em regime de caixa tornarão extremamente custoso para o governo (se não impossível ) efetuar algum controle.

Claudio Oliveira é economista e funcionário aposentado da Petrobrás

Bolsonaro vai tirar áreas da Petrobrás de R$ 3,2 trilhões e vender por R$ 100 bi

Guedes faz demagogia, mas quer entregar o pré-sal aos gringos e transferir o dinheiro aos bancos.

O engenheiro Fernando Siqueira, conselheiro eleito da Petros e diretor da AEPET afirmou que o governo Bolsonaro está cometendo um crime gravíssimo contra o patrimônio brasileiro ao anunciar a decisão de leiloar as áreas de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, da cessão onerosa da Petrobrás. 

Ele denunciou que estas riquezas imensas estão sendo oferecidas ao capital estrangeiro por um preço de “banana”, ou seja, “por um preço infinitamente menor do que elas valem”.

“O governo pretende leiloar o excedente da Cessão Onerosa, obrigando a Petrobrás a repassar ao cartel internacional do petróleo quase 21 bilhões de barris descobertos por ela”, observou Siqueira. “Com a entrega, o Planalto espera arrecadar no máximo R$ 100 bilhões a título de bônus”, diz ele.

“Só que esses 21 bilhões de barris, ao custo de US$ 65 o barril, e com um custo total de produção por barril de US$ 25, renderá cerca de US$ 800 bilhões a quem se apoderar do petróleo, ou seja, ao câmbio de hoje, o lucro das multinacionais com a comercialização deste produto poderá chegar a R$ 3,2 trilhões”, explicou o engenheiro.

“Inicialmente, em 2010, o governo cedeu à Petrobrás o direito de exploração de 5 bilhões de barris de petróleo nas áreas da Cessão Onerosa, na Bacia de Santos. A Petrobrás pagou por isso R$ 74,8 bilhões”, esclareceu Siqueira. “Só que a Petrobrás descobriu na área um volume de petróleo muito maior. Ou, mais precisamente, 17 bilhões de barris a mais”, prosseguiu o diretor da AEPET.

“Pelo Projeto de Lei da Câmara n° 78, de 2018, aprovado em junho do ano passado, a estatal seria obrigada a entregar para leilão esses 17 bilhões de barris, além de 70% da área da cessão onerosa original”, denunciou o engenheiro.

Como o projeto acabou não sendo votado pelo Senado, o governo Bolsonaro decidiu atropelar o país, os senadores e o próprio TCU e assinar a revisão do contrato com a Petrobrás mesmo sem a aprovação da nova lei.

O governo estava ansioso pela assinatura do acordo de revisão do contrato com a Petrobrás para poder entregar o óleo ao cartel. A tentativa feita por Temer no ano passado não teve sucesso porque o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou a legalidade do leilão antes da aprovação da lei e da revisão com a Petrobrás.

O ajuste do contrato era obrigatório porque quando a Petrobrás pagou pela Cessão Onerosa, o barril de petróleo estava a US$ 100. Ela teria que receber a diferença, causada pela variação dos preços. O barril está hoje a US$ 65.

Agora saiu a confirmação do valor de US$ 9,058 bilhões (R$ 34,6 bilhões ao câmbio de hoje) com os quais o governo pretende “indenizar” a Petrobrás.

A Petrobrás só receberá depois que entrarem os recursos do bônus. Isso porque há uma cláusula no acordo que condiciona o pagamento à estatal à entrada dos recursos dos vencedores do leilão. Os entreguistas estão comemorando a assinatura do acordo.

Fernando Siqueira alerta que “a Petrobrás terá um grande prejuízo com este ‘acordo’ que a obriga a entregar as áreas da Cessão Onerosa”. “É bom negócio pagar R$ 34 bilhões à Petrobrás para ela deixar de explorar US$ 800 bilhões?”, indagou o diretor da AEPET.

“Tudo isso será feito às custas de perder um volume de recursos diretos e indiretos muito maior por abrir mão de uma energia não renovável e ainda sem paralelo para satisfazer as necessidades da sociedade moderna”, criticou Siqueira.

O cartel não participou do negócio tentado por Temer porque os açambarcadores queriam ter certeza de que a Petrobrás ficaria de fora. Sem a revisão do contrato, não havia segurança de que o assalto fosse efetivado com sucesso.

Integrantes do governo Bolsonaro deixaram isso claro esta semana. “Essa aprovação do termo aditivo do contrato entre União e Petrobrás muito contribui para que as incertezas em relação ao leilão sejam minimizadas, diria que praticamente não existe mais incerteza”, disse nesta quarta-feira (10) o ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, para regozijo dos integrantes do cartel chefiado pela Exxon.

O ministro da Economia, Paulo Guedes, que esteve junto com Bolsonaro nos EUA, “oferecendo” o Brasil de bandeja aos cartéis e especuladores, comemorou a decisão. Ele quer agradar as multinacionais do petróleo e está de olho também nos R$ 100 bilhões do bônus.

O ministro veio com uma conversa de que poderia usar uma parte desse dinheiro para transferir para estados e municípios, mas isso não passa de demagogia. Ele quer, com essa conversa, tentar obter votos para sua proposta de desmonte da Previdência pública. Faz essa demagogia porque sabe que não há legislação que permita esse repasse extra de recursos.

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), deixou isso claro ao dizer que o repasse para estados e municípios precisaria de aval do Congresso. “Para liberar dinheiro para os Estados, fatalmente precisará de uma emenda constitucional, porque não tem teto [de gasto] no governo federal para liberar o valor. O governo federal não tem margem”, declarou Maia.

O que Guedes faz é demagogia porque o que ele pretende mesmo é entregar o pré-sal aos gringos e usar o dinheiro do bônus para transferir aos bancos, na forma de pagamento de juros da dívida.

O Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) nem esperou. Antes mesmo do acordo, já havia marcado o megaleilão para 28 de outubro. Se não ocorrer nada até lá, serão leiloadas as áreas de Atapu, Búzios, Itapu e Sépia, na Bacia de Santos. Da Hora do Povo.

Nota da Redação:

A dívida pública brasileira rondou, em 2018, os 4 trilhões de reais. Pela qual paga todo ano acima de R$500 bilhões do serviço da dívida (juros + amortizações). Com apenas os dividendos de acionista majoritário da Petrobras, o Governo poderia pagar essa dívida, depois 10 anos, só pra citar um exemplo menos otimista. 

“O governo brasileiro tem a palavra final nas decisões da Petrobras, porque detém 57,6% (inclindo as ações do BNDESpar) das ações com direito a voto da Petrobras (ON)”
A União detém 39,8% do capital total da empresa.

Os bancos públicos federais venderam, nos últimos nove meses, ao todo, R$ 12,4 bilhões em ações da estatal de petróleo nos últimos nove meses. Se o BNDES vender sua parcela de ações a participação do Estado chegará a 28%.

Com a crise que se avizinha no Oriente Médio, com o petróleo podendo de novo ultrapassar os US$100, a importância desses campos do pré-sal dobram de valor da noite para o dia.

O verdadeiro “Mecanismo”: desde 2003 já se organizava o golpe no País

Os norte-americanos sabiam da viabilidade do pré-sal desde o início do século. Quando o PT ganhou o poder iniciaram a conspiração pelo golpe, para dominar o petróleo e outros recursos naturais. Como foi tentado na Venezuela e realizado na Líbia, no Iraque, nos Emirados Árabes. Eles financiaram durante 10 anos a guerra Irã-Iraque para dominar todo o petróleo do Golfo Pérsico e neste momento, com o incêndio de dois petroleiros, estão tentando uma nova guerra contra o Irã.

“Roteiro da trapaça: um bilionário do petróleo americano, Rex Tillerson, proprietário da maior petrolífera Americana (Exxon) resolve ser dono de uma extensão territorial com reservas gigantescas de petróleo em solo do Brasil.

Montou uma base de informações e tecnologia em Curitiba, instalado na cidade em 2003, no início do governo Lula. Discreto. Mas iniciando a República de Curitiba.

Cooptou os líderes políticos influentes e donos de partidos, com trânsito em Washington, ex-presidentes e donos do PSDB e PMDB, FHC e Sarney. Aliciou agentes do judiciário e legislativo brasileiros. Cooptou instituições de empresários para executarem as manobras de Guerra. A Fiesp foi contratada para expandir um clima de “crise” em um país de pleno emprego.

E a divulgação e estratégias de desinformação a cargo da experiente rede americana de televisão Globo. Trapaça internacional simples, mas em terreno complex. O americano Rex Tillerson da Exxon é o golpista mestre.”

O material a seguir foi publicado no Diário Liberdade , com edição do portal 247

Segundo Julian Assange, fundador do site Wikileaks, há alguns indícios da participação do governo dos Estados Unidos no que chamou de “golpe constitucional” ou “golpe político” contra a ex-presidenta Dilma Rousseff, em agosto de 2016. Para ele, “a situação atual está sendo construída há muito tempo”.

Em entrevista ao jornalista e escritor Fernando Morais, para o blog Nocaute, o ciberativista australiano revelou que as espionagens feitas pelos órgãos do governo dos EUA, como a NSA (Agência Nacional de Segurança), a membros do governo brasileiro, como a própria presidenta, envolviam interesses políticos, econômicos e financeiros do país norte-americano.

“Cinquenta por cento do orçamento da NSA é destinado a entender qual o rumo que um país, gabinete ou presidente está tomando política e financeiramente, para que os EUA possam reagir e conduzi-lo a um caminho específico, incluindo na lista de alvos as importantes companhias energéticas”, declarou Assange.

A interceptação de conversas telefônicas se soma às informações fornecidas por políticos brasileiros, incluindo o atual presidente, Michel Temer, à embaixada dos Estados Unidos sobre a situação política do Brasil.

A Wikileaks publicou documentos que revelam que, em 2006, Temer foi pessoalmente à embaixada dos EUA fornecer informações e opiniões sobre o Brasil.

“Isso mostra um grau de conforto com a embaixada americana que é um pouco preocupante. O que ele terá como retorno? Ele está claramente dando informações internas à embaixada dos EUA por alguma razão, provavelmente para pedir algum favor aos EUA, talvez receber informações em troca”, opinou Assange.

Ele revelou também que a embaixada estadunidense consultou políticos de diversos partidos, do gabinete de Temer e até mesmo do próprio PT, partido da então presidenta Dilma e do ex-presidente Lula.

Os recursos petrolíferos brasileiros sempre estiveram na mira das grandes companhias estadunidenses.

Documentos publicados pela Wikileaks descrevem contatos entre políticos brasileiros e representantes norte-americanos do setor a respeito da entrega das então recém-descobertas reservas do pré-sal, que teriam a Petrobras como principal beneficiária em detrimento das empresas estrangeiras.

Os políticos defendiam a não exclusividade da Petrobras nos ganhos com a exploração do petróleo, favorecendo o acesso de empresas como a Chevron e a ExxonMobil.

“Considerando a intenção do Departamento de Estado dos EUA em maximizar os interesses da Chevron e da ExxonMobil, [o Brasil] está provendo aos Estados Unidos inteligência política interna sobre o que se passa politicamente no país e com essa informação pode fazer manobras pelo interesse das grandes companhias americanas de petróleo que não está necessariamente alinhado com os interesses do Brasil”, afirmou o ciberativista.

A garantia de 30% da exploração do pré-sal nas mãos da Petrobras – lei aprovada em 2010, cujo atual governo está tentando acabar – não favoreceria as multinacionais norte-americanas, mas sim competidores, como a estatal China Oil ou a russa Gazprom, que poderiam “aportar mais recursos ao Brasil”, de acordo com Assange.

“Essa questão da Petrobras é realmente uma questão sobre que tipo de estado o Brasil quer ser. Um estado forte ou um estado muito fraco com grandes empresas estrangeiras e multinacionais tomando conta dos seus recursos naturais?”, questionou.

Ainda segundo ele, a Petrobras é considerada um aliado do PT pelos opositores, o que faz com que queiram reduzir o poder da empresa, favorecendo as companhias estadunidenses.

“Portanto, uma maneira de trocar favores com os Estados Unidos é facilitar para a Chevron e a ExxonMobil o acesso a partes do petróleo.”

Todo esse processo poderia ficar ainda mais claro ao se observar que a Exxon foi o segundo maior frequentador da Casa Branca durante todo o mandato de Barack Obama, visitando-o, em média, uma vez por semana, segundo Assange.

Seu CEO, Rex Tillerson, foi nomeado o novo secretário de Estado por Donald Trump. Além disso, quando era secretária de Estado, a ex-candidata à presidência Hillary Clinton teve como uma de suas principais funções “pressionar a favor dos interesses das empresas de petróleo”.

“O que podemos ver nas mensagens [vazadas pela Wikileaks] é que o Departamento de Estado está constantemente focado em tentar conseguir bons acordos e tentar manipular em nome da Chevron e da Exxon”, destacou o ativista digital.

Para poder implementar com sucesso esses planos, foram fundamentais as campanhas nos meios de comunicação utilizando “robôs” nas redes sociais que difundiram massivamente boatos e convocaram a população para ir às ruas a favor do impeachment. Assange acredita que isso foi financiado por capital estadunidense.

“Essas coisas não acontecem na América Latina sem apoio dos EUA, financeira e logisticamente, por meio de Inteligência”, disse.

“O Brasil é um país que atrai muito interesse. Se você olhar para a quantidade de espionagem em diferentes países da América Latina, é o país mais espionado pelos EUA”, revelou. Explicou ainda que o motivo é simplesmente o Brasil ser “mais importante economicamente”.

Descobridor do pré-sal lamenta que país tenha perdido a oportunidade de desenvolver indústria

Fundamental garantir energia para o Brasil pelo século XXI e a expansão industrial que traz consigo

Um dos mais importantes geólogos do mundo, Guilherme Estrella foi diretor de Exploração e Produção da Petrobras de 2003 a 2012. Enquanto gerente da estatal no Iraque, nos anos 70, descobriu o gigantesco campo de Majnoon. Nada, porém, se compara à descoberta do pré-sal, em 2006, na Bacia de Santos, com formação geológica milenar do sal, quando da separação do continente americano da África. Além das gigantescas reservas de petróleo e gás, Estrella vislumbrava no pré-sal uma chance única para desenvolver o parque industrial brasileiro, gerando tecnologia, emprego e renda até 2050, o que mudaria a qualidade vida da população.

Em entrevista, no JORNAL DO BRASIL, a Gilberto Menezes Côrtes e Gabriel Vasconcelos, Estrella lamenta que, na Lava-Jato, o Brasil não tenha feito distinção entre a culpa dos empresários e a responsabilidade das empresas e seus quadros. Tal levou à destruição de um capital humano e empresarial que vai custar a ser recuperado. Para Estrella, o próximo presidente deve olhar o pré-sal sob a ótica da industrialização e da defesa da soberania nacional.

Leia a entrevista completa a seguir:

As grandes ocorrências do pré-sal na Bacia de Santos são únicas ou têm paralelo em outros locais do mundo?
Quem souber responder fica bilionário. Na separação entre os dois continentes, América e África, ocorreu a formação das rochas geradoras, dos reservatórios que contêm o petróleo sob pressão e do próprio sal. Então, se cogitava que, do lado africano, aconteceria o mesmo que aqui. Mas a ruptura não foi geometricamente no centro da faixa de separação. O recorte do litoral explica isso. É na reentrância do Golfo de Santos que fica a principal bacia do pré-sal. Uma área gigantesca, que, pelo menos, até agora, não foi identificada do lado africano.

O que explica a larga demanda pelos negócios do pré-sal, sobre a Bacia de Campos, por exemplo?
A Bacia de Campos foi e ainda é muito produtiva. Lá, há óleo em cima do sal. Óleo que migrou da parte de baixo para cima, mas o modelo de migração do óleo ainda não é bem conhecido. Por isso, se descobria um campo e se passava meses ou até anos para se descobrir outro. A vantagem do pré-sal na Bacia de Santos é que, ao final, você tem a garantia de grandes descobertas com pouco risco. Não se fura mais poço seco. E isso impacta a demanda organizada de equipamentos. Em Campos, os equipamentos eram contratados para um campo só. Era difícil utilizar a riqueza para um programa em escala de desenvolvimento nacional. O pré-sal permite isso.

Além disso, também tem o gás…
Sim. Mas o fundamental mesmo é a garantia de energia em forma de petróleo e gás para o Brasil pelo século XXI inteiro, além da possibilidade de expansão industrial que traz consigo. Essas reservas são de tão grande escala que a sua exploração permite a criação de um amplo e duradouro projeto de desenvolvimento industrial porque permite saber que vai precisar de cinco turbinas hoje e dez amanhã para navios de produção de petróleo (FPSO). É possível preparar um programa de 50 anos de turbinas elétricas e outros equipamentos para estes navios. Em cada navio-plataforma há três turbinas. Ora, se você vai ter 50 navios, são 150 turbinas e você pode organizar isso em 20, 30 anos. Nessa linha, as primeiras dez você importa, mas durante a fabricação e importação das outras dez, você monta um parque de fabricação interno e pode atrair quem faz essas turbinas aero-derivadas, a GE, Rolls Royce e Siemens, que têm o monopólio. Quando estava lá, a primeira exigência que fizemos foi a manutenção no Brasil. Porque, se queima uma turbina dessas, tem que mandar para a Escócia. Além do petróleo em si, a grande riqueza do pré-sal está no domínio da tecnologia e na oportunidade de ativação de uma enorme cadeia de indústria por décadas, gerando emprego e renda.

Por que as multinacionais não vieram?
Porque o Brasil cometeu um erro. Quando a Lava-Jato eclode, cancelam-se os contratos de construção dos navios, onde entrariam as compras não só dessas turbinas, mas também bombas, válvulas…Tudo vai a zero. Aí se desestrutura todo o projeto que tinha como base a engenharia nacional. O erro foi punirmos as empresas e não as pessoas. Que se puna os corruptos, mas não as empresas. O resultado é que muitas empresas foram à falência. Demitimos 50 mil engenheiros, milhares de trabalhadores e os estaleiros, que estavam sendo preparados para produzir equipamentos na fronteira tecnológica em termos de qualidade e segurança operacional, fecharam as portas de uma hora para outra.

Na crise americana, o governo americano não fez isso. A GE, a GM e o CitiBank estavam falidos. O que eles fizeram? Trataram o problema e injetaram dinheiro. Aqui, bastava manter os contratos da Petrobras. Poderiam ter chamado a Justiça para fazer intervenção na empresa, aprovar rapidamente um contrato de leniência que desse acesso aos lucros que adviriam dos contratos com a Petrobras e auditar os contratos para ver se os preços estavam na média internacional.

Os fornecedores locais, como a Sete Brasil, também não estavam muito endividados?
Quem descobriu o pré-sal, com projeções de 100 bilhões de barris e o petróleo a US$ 140, tinha crédito a vontade. Até hoje a Petrobras vai ao exterior e aparece na mesa do banqueiro três, quatro vezes mais do que o valor que precisa. O banco quer garantia de pagamento. Hoje, mesmo com os preços abaixo do que estavam na época, ainda vale a pena, até porque o custo caiu. O mais importante ainda é a garantia que a empresa dá, como operadora única, de pagar os empréstimos. Se você apresenta ao banqueiro um portfólio de projetos como esse, ele empresta. O pré-sal não tem risco.

Hoje o pré-sal tem seis operadoras, sendo cinco estrangeiras. Impor a Petrobras como operadora única não comprometeria a ativação dos campos enquanto o petróleo ainda é atraente ao mundo?
A matriz energética mundial tem, hoje, de 70% a 75% de combustíveis fósseis, dos quais 50% são petróleo e gás. As previsões até 2040 são de que isso mude muito pouco. Assim, para o projeto de desenvolvimento de médio e longo prazo apoiado no pré-sal, é necessário que a Petrobras seja operadora única, porque é o operador quem tem o poder de escolha dos produtos industriais e da engenharia que são utilizados na produção do petróleo. Essa é a grande briga. A Petrobras, inclusive, induziria a inovação. Porque o conceito moderno de indústria não é fabricar automóveis, mas sim acoplar o processo industrial à inovação. O PIB brasileiro tem 23% de participação industrial, a indústria de transformação em particular tem 12%. Quanto da nossa Indústria guarda inovação? Só 3%. Isso porque fabricamos modelos Volkswagen e Ford, mas o centro de inteligência e inovação estão nos países de origem. O pré-sal nos dá a chance de desenvolvermos os nossos próprios centros de inovação até para competirmos internacionalmente no futuro.

O que o senhor pensa da disputa presidencial?
Em qualquer análise da conjuntura brasileira, é preciso partir de uma visão sobre o que o país representa para o planeta em termos de recursos naturais. A Terra vai chegar a 10 bilhões de habitantes na metade do século e três bilhões têm pouco acesso a água potável e saneamento básico.

É nesse contexto que o Brasil é o 2º maior produtor de alimentos e o país mais rico do planeta em minério. Em um mundo sedento por água, somos o país com os dois maiores aquíferos subterrâneos do planeta, Alter do Chão e Guarani, e aquele melhor coberto por bacias hidrográficas. Entre outras coisas, isso significa irrigação e, portanto, potencial agrícola. Um lugar decisivo para a humanidade neste século e, portanto, alvo de enormes interesses estrangeiros. Dito isso, Fernando Haddad (PT) tem uma abordagem muito mais preocupada com esses aspectos, de preservação da soberania nacional sobre riquezas naturais e o uso disso em benefício do povo brasileiro, enquanto Jair Bolsonaro (PSL) é difuso. Não conhecemos a mensagem que ele traz. Sabemos apenas que seu guru econômico traz uma mensagem ultraliberal, que acena para uma flexibilização das relações de trabalho e privatização irrestrita, que incide, inclusive, sobre Saúde e Educação. Na minha visão de desenvolvimento nacional, portanto, não há dúvida. Isso para não falar da mensagem de Bolsonaro sobre costumes, que considero anti-civilizatória. O cidadão brasileiro precisa olhar para isso e saber que escolhe não só os rumos de sua própria vida, mas também o de seus filhos e netos.

Fonte: Jornal do Brasil

 

Produção de petróleo do pré-sal avança e bate novo recorde

A produção de petróleo da camada pré-sal avançou novamente no mês de abril, registrando recorde de 1,785 milhão de barris de óleo equivalente por dia (MMboe/d). O crescimento foi de 2,3% em relação a março, que foi de 1,745 (Mmboe/d) e também sobre fevereiro, que havia registrado o recorde anterior, de 1,763 (Mmboe/d). Barris de óleo equivalente representam a produção conjunta de petróleo e gás natural.

As informações foram divulgadas nesta segunda-feira (4) pela assessoria da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Segundo a nota, foram produzidos 1,423 milhão de barris de petróleo por dia e 58 milhões de metros cúbicos diários de gás natural por meio de 86 poços. A produção no pré-sal correspondeu a 54,4% do total produzido no Brasil.

Em abril deste ano, a produção de petróleo e gás do país – nas camadas pré-sal, pós-sal e em terra – ficou em 3,281 milhões de barris de óleo equivalente por dia. A produção total vem declinando, pela menor produção sucessiva na camada pós-sal.

Foram produzidos 2,597 milhões de barris de petróleo por dia (bbl/d), um aumento de 1,5% na comparação com o mês de março e de 2,3%, se comparada com abril de 2017. A produção de gás natural totalizou 109 milhões de metros cúbicos por dia, um aumento de 1,7% em comparação ao mês de março e de 6%, se comparado com abril de 2017.

Os campos marítimos produziram 95,6% do petróleo e 82,9% do gás natural. A produção ocorreu em 7.519 poços, sendo 727 marítimos e 6.792 terrestres. Os campos operados pela Petrobras produziram 94,1% do petróleo e gás natural.

Os três principais estados produtores de petróleo são o Rio de Janeiro, com 1,837 milhão barris por dia, seguido por Espírito Santo, com 363.975 mil barris por dia, e São Paulo, com 277.655 barris por dia. Os dados podem ser acessados na íntegra na página da ANP na inernet.

O Brasil, uma grande Venezuela. Por que perseguem Lula?

Descoberta e partilha do petróleo do Pré-Sal condenou Lula.

Por Nilson Lage

Por que perseguem Lula?
A primeira premissa de minha tese é que o real aparente – protagonismo dos juízes de uma safra incrivelmente medíocre, discurso único da mídia e ascensão de uma seleção de picaretas para compor o governo formal – é apenas máscara de nova intervenção norte-americana, tal como em todos os processos políticos traumáticos dos últimos 70 anos.

Lula não era, em princípio, antipático ao império gringo. Poderia seguir com sua política “populista” de favorecimento da população pobre e expansão da área social do Estado sem incomodar muito: afinal, como as fontes de receita tributária são limitadas, alguma crise econômica colocaria em xeque esses benefícios, em futuro previsível, e favoreceria a volta em pêndulo para o neoliberalismo ou algo parecido.

Lula começou a ser problema quando disse ao almirante que tocasse o projeto do submarino nuclear, plantou pelo país uma porção de centros tecnológicos e núcleos de pensamento estratégico nas diferentes áreas do saber, ou introduziu o ensino de humanidades no projeto de formação das escolas técnicas.

Todo mundo sabe que os mísseis brasileiros não voam mais de 300 quilômetros, não é permitido ao Brasil dominar tecnologias dos supersônicos, informática, nuclear ou espacial, construir grandes navios ou aviões; ocupar economicamente a Amazônia nem pretender implantar indústrias de semicondutores ou química fina. Várias dessas limitações estão sacramentadas ou implicadas em tratados internacionais aceitos por cumplicidade, ingenuidade ou estupidez.

Lula tratou de contornar tais barreiras, sem transpô-las.

Mas o golpe final e decisivo foi a escolha da partilha para a exploração de campos petrolíferos descobertos e prospectados com tecnologia própria na área do pré-sal que o Brasil conquistou mediante comprovação de capacidade. Eram os recursos e a alavanca de poder que faltavam.
Ao Brasil nunca foi permitido sonhar – muito menos viabilizar seus sonhos.

O aspecto pior dessa análise é que se, de fato, é o império que determina o suplício de Lula, são escassas as perspectivas de sua libertação em algum momento. Os Estados Unios não têm precedentes de permitir a sobrevivência de pessoas que elege como inimigos: mata-os, como a Saddam ou Kaddafi, ou anula-os, como a Assange.

Neste caso, só mesmo uma união nacional que transcendesse bandeiras partidárias salvaria o líder aprisionado.

Entreguismo: chove petroleiras nos próximos leilões do pré-sal

Os leilões para concessão de áreas para exploração de petróleo e gás natural na região do pré-sal brasileiro, agendados para outubro, receberam inscrição de 17 empresas interessadas, disse a jornalistas nesta quinta-feira o secretário de Petróleo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Félix.

A segunda e a terceira rodadas de licitação do pré-sal, em regime de partilha, serão ambas realizadas em 27 de outubro pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP). Eles oferecerão no total oito blocos nas bacias de Santos e de Campos. Da Revista Exame.

Melhor ainda quando se sabe que sumiram dos escritórios da Petrobras, há uns dois anos, um notebook e dois HD externos, com o conteúdo de 3 anos de pesquisa da estatal brasileira no pré-sal. Cada empresa candidata aos leilões sabe exatamente do que está se tratando.

O Brasil está virando o quintal dos alienígenas. Qualquer dia destes vamos precisar de passaportes para ir até Brasília.

As mentiras do “Grande Irmão do Norte” e a realidade geo-política do Oriente Médio

Mísseis Tomahawk, o big stick – grande porrete – da política externa dos EUA

Por Flávio Duarte

Os EUA disseram que o Osama foi o responsável pelo atentado nas Torres Gêmeas: invadiram o Afeganistão e restituíram a bilionária indústria do ópio que tinha sido quase extinta pelo Talibã por lá.

Os EUA disseram que Sadam tinha armas de destruição em massa: invadiram o Iraque e restabeleceram o padrão petrodólar que tinha sido substituído pelos pretroeuros anos antes.

Os EUA disseram que o Kadaffi matou pessoas com armas químicas: invadiram a Líbia, se apossaram do petróleo e impediram a implementação do Dinar de Ouro, moeda que seria lastreada nas amplas reservas de ouro do país e que unificaria monetariamente a África contra o dólar.

Os EUA dizem que  Assad matou civis com armas químicas quando a situação já estava quase totalmente pacificada no centro do país: agora vão invadir a Síria para brecar a construção do gasoduto China-Irã-Síria-Europa, o que afrontará mortalmente o padrão petrodólar.

Pensando bem, até que estamos no lucro. Aqui no Brasil os EUA não precisaram de nenhuma só bomba para se apossarem do Pré-sal e para também brecarem a consolidação do BRICS-BANK, o maior projeto orgânico mundial que faria frente ao padrão dólar.

Bastou-lhes somente um bando de patos vestidos com a camiseta da CBF.

Entrega do pré-sal aos estrangeiros pode se tornar o maior assalto do País

Como nos tempos do governo de Fernando Henrique Cardoso, a venda de ativos do País está ocorrendo, com campos de petróleo sendo entregue à sanha e à cobiça de empresas estrangeiras. Agora, tudo acontece de novo com grande parte das reservas do pré-sal.

A Petrobrás diz que o Governo arrecadará R$24 bilhões até 2019 com a venda das reservas. E que são necessários investimentos de R$250 bilhões para tornar os campos leiloados produtivos.

Atualmente, são produzidos 1,276 milhão de barris de petróleo por dia, oriundos da camada pré-sal. Setenta e três poços estão em produção, representando 47% da a produção de óleo e gás no país.

Não sei porque, mas pressentimos que o grande assalto está acontecendo, depois daquele praticado por PT e PMDB na Petrobras. O óleo do pré-sal está escorrendo entre nossos dedos e não vejo ninguém se levantar contra isso.

A ignorância do brasileiro só é comparável à sua preguiça e à total despreocupação com os destinos do País.

A mentira do Lula que está dando certo

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Quando Lula foi, em 2006, a uma plataforma que iniciava a exploração na camada profunda do pré-sal, não faltaram brasileiros da então oposição ao Governo que afirmassem que isso era uma grande lorota do então presidente. Hoje o próprio Palácio do Planalto está divulgando a notícia a seguir: um novo recorde de produção do pré-sal.

Produção do pré-sal foi recorde em janeiro

A produção do pré-sal foi recorde em janeiro deste ano, totalizando aproximadamente 1,588 milhão de barris de óleo por dia. O dado supera o número de dezembro de 2016, quando foi produzido, em média, 1,571 milhão de barris de óleo por dia. A produção, oriunda de 73 poços, foi de aproximadamente 1,276 milhão de barris de petróleo por dia e 49,5 milhões de metros cúbicos de gás natural diariamente, aumento de 1,1% em relação ao mês anterior. A produção do pré-sal correspondeu a 47% do total do Brasil.

O País já está produzindo, no total 2,95 milhões de barris de petróleo e gás equivalente diariamente e o atual governo está contando isso como uma grande vantagem. “Pongando”, como dizem os baianos, na grande obra da Petrobras, como fez há poucos dias com a transposição do rio São Francisco, apesar do grande movimento que se faz para entregar as reservas do pré-sal, da distribuição de combustíveis e da indústria naval voltada ao petróleo

Em política, nada como um dia depois do outro.

Pré-sal já produz quase metade do petróleo brasileiro

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A produção da exploração de petróleo do pré-sal correspondeu a 46% do total produzido no Brasil em dezembro. Entendeu agora o porquê do golpe, o impeachment e o posterior retalhamento da Petrobras? Por reservas menores que as do pré-sal, os EUA fizeram duas guerras e mantém estado de beligerância contínua no Golfo Pérsico.

Se não entendeu, vamos tentar desenhar.

O polígono do pré-sal do Brasil, uma área marítima que já resultou em algumas das maiores descobertas recentes de petróleo, pode conter ainda óleo e gás não descobertos suficientes para suprir as atuais necessidades do mundo por mais de cinco anos, disseram pesquisadores.

O polígono, que cobre a maior parte das bacias marítimas sedimentares de Campos e Santos, contém ao menos 176 bilhões de barris de recursos não descobertos e recuperáveis de petróleo e gás natural (barris de óleo equivalente), de acordo com um estudo publicado em agosto de 2015 por Cleveland Jones e Hernane Chaves, do Instituto Nacional de Óleo e Gás da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ).

Isso é quatro vezes mais do que os 30 bilhões a 40 bilhões de barris que já foram descobertos na área.

O resumo da ópera: porque “eles” queriam o golpe

 

Passam uma geração ou duas e a verdade vai cair no colo do povo.

As grandes potências do mundo querem o petróleo do pré-sal, inviabilizando a economia russa, derrubando Maduro e a maior reserva de petróleo do mundo na Venezuela, derrubando Dilma e as reservas de mercado da Petrobras e, principalmente, inviabilizando os países dos BRICs – Brasil, Rússia, Índia e China, que estavam a ponto de criar um novo acordo de Bretton Woods*, criando uma nova moeda paralela ao dólar.

Então o resumo da ópera, o libreto de todo o golpe é o seguinte: vocês nos entregam o petróleo, nos seguramos a Lava-Jato para peemedebistas, tucanos e aliados e esta Pátria morena continuará sendo o eterno País do Futuro, subdesenvolvido e comandado por uma camarilha venal de Brasília.

Como compensação ao patronato das empresas brasileiras, rasga a CLT, favorece a terceirização, esquece 13º, aumenta o número de horas trabalhadas, privatiza a saúde e a educação e devolve 40 milhões de emergentes à senzala. Estaria aqui o fulcro do ódio sistêmico que generalizou-se por uma classe média branca e privilegiada, aquela pequena burguesia que vestiu a camiseta da seleção, bateu panela e foi à paulista acoitar o pato da FIESP?

*Acordo de Bretton Woods: quando os norte-americanos estavam com a guerra na mão – em 1944 – e a economia mundial estava estraçalhada, os ianques quebraram o padrão ouro e criaram o padrão dólar. 

730 delegados de todas as 44 nações aliadas encontraram-se no Mount Washington Hotel, em Bretton Woods, New Hampshire, para a Conferência monetária e financeira das Nações Unidas. Os delegados deliberaram e finalmente assinaram o Acordo de Bretton Woods (Bretton Woods Agreement) durante as primeiras três semanas de julho de 1944.

Os norte-americanos não enfrentaram a guerra em seu território. Estavam, então, com a sua economia inteira, crescendo a taxas astronômicas e o resto do mundo numa depressão abissal, dependendo até das fardas produzidas nos EUA para mandar seus soldados para as frentes de combate.  Pela primeira vez o Império onde o sol jamais se punha, a Inglaterra, cedia, estraçalhada pela resistência aos alemães, sua liderança  ao Novo Império, que já domina o mundo há quase 7 décadas.

Um banqueiro alerta: o mundo vai murchar. Vamos aderir ou lutar?

Saltar para o vazio ou reconstruir as bases do desenvolvimento? O divisor de águas é a Petrobras: não capitalizar a estatal é enterrar a nação com ela.

por Saul Leblon, para Carta Capital

Foi preciso um banqueiro, Luiz Carlos Trabuco, presidente do Bradesco, dizer algumas coisas sonegadas pela mídia até agora, para, finalmente, a natureza demencial de um diagnóstico autodestrutivo ser deslocada do centro do debate e emergir aquilo que parte da esquerda tem ecoado solitariamente há algum tempo.

Não é o ‘lulopopulismo’ que está levando o Brasil ao desmanche.

O Brasil tem seus problemas –uma elite predadora e provinciana, um dos principais.

Mas é o mundo capitalista que tropeça de novo na própria lógica e conduz as nações a uma recidiva da crise global de 2008.

Os vetores desta vez são a freada chinesa e o mergulho sem termo das cotações do petróleo.

A embicada do barril –de US$130 para menos de US$30—tem razões de ordem geopolíticas e comerciais.

E escancara a  brutal deflação de ativos, isto é, o mergulho conjunto de todas as bolhas especulativas  –as novas e as suspensas mas não equacionadas desde 2008.

Todas elas agora murcham conjuntamente, perfuradas pela agulhada do último esteio de demanda agregada (consumo e investimento produtivo) do planeta: a China.

Segunda maior economia do globo, a China era responsável por 50% do consumo das principais matérias primas e alimentos negociados no mercado internacional.

O transatlântico chinês vive a indigestão de um superciclo de investimentos (por décadas o país investiu mais de 45% do seu PIB), catalisada pelas restrições que a crise de 2008 impôs às exportações da nova fábrica do mundo.

O conjunto impõe ao gigante asiático reordenar sua rota de longo curso.

A opção é a maior ênfase no consumo interno.

Significa investir menos e comprar um volume menor de matérias-primas –com exceção de alimentos, cujos produtores todavia serão atingidos de forma equivalente pela queda das cotações, agora no menor patamar dos últimos 16 anos, depois de caírem 19% em 2015, a quarta regressão anual sucessiva, segundo a FAO.

Uma cadeia de placas tectônicas enruga e retrai o assoalho econômico de todo o planeta.

Projetos, governos, empregos, riquezas estão sendo arrastados para o grande sumidouro de um capitalismo cuja viabilidade repousa na autodestruição cíclica.

Estamos a bordo de uma delas.

A farsa 

O ralo sistêmico engolfa e borbulha enquanto o arguto sociólogo FHC, seu poleiro de tucanos adestrados em truques institucionais, a mídia que lhes dá manchetes e rodelas de banana, e seu colunismo de linces analíticos, distraem a opinião pública e dispersam a prontidão nacional, com truques e cortinas de fumaça que subordinam o principal ao secundário.

A farsa anunciada em  manchetes faiscantes é essa que os Marinhos, os Frias e os Mesquitas repicam diuturnamente  com seus chicotinhos de domadores do discernimento social: ‘Allons enfants, vamos abrir a janela de oportunidade para destruir o PT e restaurar a monarquia plutocrática neoliberal; aqui e quiçá em toda a América Latina bolivariana –Macri, mostre-lhes como se fazia nos anos 90’.

O planeta avança em rota de colisão histórica com geleiras recessivas, uma subsequente à outra. E eles distraindo a plateia, enquanto hienas dos mercados fazem o serviço final: devorar o fígado, o coração, a mente, desta geração e da próxima.

Não há luz no fim desse túnel, advertiu o banqueiro Trabuco, em Davos, uma voz sistêmica solitária a sacudir os jornalistas de banco pelos ombros.

 

O circo pode pegar fogo, avisa o presidente do Bradesco. 

Em economês:  ‘A estabilização (desta vez) será no fundo do poço’, sinaliza de forma educada para dizer aos petizes da mídia que a tergiversação sobre as determinações globais da crise pode ter consequências arrasadoras.

Gente como  Trabuco quer preservar a riqueza financeira –antes de mais nada; mas sabe que até para isso será preciso enxergar além do ‘lulopopulismo’

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Enquanto o colunismo fantasia bolivarianismos & outras tucanolices (tolices tucanas), massas de forças descomunais semeiam a desordem neoliberal.

O vórtice da incerteza escapou da jaula.

Ao acionar o retraimento do crédito bancário às empresas, ligou um poderoso difusor sistêmico de retração em cadeia.

Apertem os cintos –avisou Trabuco sobretudo aos seus pares, mas também à elite cega.

Como se temia, uma recidiva da crise mundial encontra Estados e bancos públicos exauridos, ainda não recuperados do esforço unilateral para mitigar os gargalos dos últimos anos.

É o caso do Brasil.

Em 2008 o país foi um dos que melhor respondeu à retração do crédito privado, estimulando o consumo e o investimento, com a expansão acelerada dos bancos estatais.

O crédito imobiliário crescia a 45% ao ano.

Além de expandir o volume, o sistema financeiro público passou a oferecer taxas de juros  e spreads menores.

Enquanto o setor público avançou na oferta de liquidez, o setor privado recuou.

Hoje ainda os bancos públicos lideram a oferta de crédito (em mais de 50% até 2014), enquanto o BNDES – um dos maiores bancos de desenvolvimento do mundo, maior que o Banco Mundial– mantém-se solitário na oferta de recursos indispensáveis aos grandes projetos de longa maturação.

A recidiva da crise, em meio à mais frágil convalescença de uma recessão capitalista desde 1929, pega esse aparato anticíclico duplamente vulnerável.

De um lado, pelo esgotamento da receita fiscal, precipitada por uma recessão ingenuamente oferecida pelo governo, em troca da indulgência do mercado –que nunca veio e nem virá.

O flanco mais deletério, porém, vem do cerco  político demencial das milícias neoliberaloides, acantonadas na mídia e nas fileiras rentistas.

Ante a tempestade que se aproxima, requisitam todos os botes à salvação da riqueza financeira e à destruição do que denominam de ‘voluntarismo intervencionista’ .

‘Mais juros e mais recessão; à purga pelo mercado, –custe o que custar!’

A República do Paraná

O correlato político disso emergiu na República do Paraná.

Autonomeados senhores da vida e da morte da nação, procuradores ecoam hinos purificadores, ao pé da fogueira onde pretendem imolar os alicerces do petróleo brasileiro, da construção pesada, do presente e do futuro…

Cada elite tem o Rasputin que merece.

Essa é a borda do costão. Pedriscos escorregam sob os pés do país.

E os meninos do colunismo econômico dão duro para esgotar a capacidade de resistência do Estado , visualizando no despenhadeiro o ensejo de um repto demolidor.

A desforra do fracasso de 2002, 2005,  2006,  2010 e 2014 , quando tudo parecia apontar para o  fim do ‘lulopopulismo’.

A correlação de forças desta vez tem tudo para esgarçar o fiapo de soberania diante do novo arranque da crise.

 

O PT é esse fiapo no Brasil. 

‘Era’  — ouvimos diuturnamente das gargantas sôfregas à direita e das boas intenções trôpegas, à esquerda, nas vozes que acham indiferente um governo Dilma/Lula ou Aécio/FH; Cristina/ ‘La Cámpora’, ou Macri/fascistas.

A primeira atribui à heresia intervencionista a raiz da crise ‘endógena’ brasileira.

A segunda considera a denúncia do lulomercadismo –ou de Haddad, o barrabás do passe livre–  a chave mestra para resolver pendências com o capitalismo global, que tem no Brasil a unha encravada mais incômoda da AL.

O que o banqueiro Luiz Carlos Trabuco veio dizer em linguagem mais ou menos explícita é que essa crosta ideológica –da qual é personagem—  corre o risco de acuar a capacidade de reação do país, pondo a perder mais que o ‘lulopopulismo’.

Está em jogo a própria capacidade de o capitalismo brasileiro honrar a promessa de riqueza contida nas montanhas de ‘ativos’ financeiros em mãos do mercado nesse momento.

Esse é o ponto do desmonte em que nos encontramos.

O que se discute é se vamos para a terra arrasada, como pedem as narinas borboletantes do mercado-golpismo; ou se a nação resistirá ao botim em marcha, recusando-se a sacrificar o que se construiu nos últimos 12 anos, à revelia do mercado.

Inclua-se nessa transgressão:

– 60 milhões de novos consumidores,a cobrar cidadania plena;

– 20 milhões de novos empregados formais;

– um salário mínimo 70% maior em termos reais;

– um sistema de habitação popular ressuscitado;

– bancos públicos a se impor à banca privada;

– uma Petrobras e um BNDES fechando as lacunas da ausência de instrumentos estatais destruídos no ciclo tucano;

– políticas de conteúdo nacional a devolver um impulso industrializante ao desenvolvimento brasileiro;

É nessa hora que um pedaço da crítica progressista ao ciclo de governo do PT pode resvalar para a mesma avaliação conservadora do período.

O risco, repita-se, é subordinar a ação de governo a soluções de mercado para desequilíbrios macroeconômicos que só a luta política pode escrutinar.

De certa forma foi isso que Dilma tentou nos últimos 12 meses com as consequências devidamente estampadas em manchetes não propriamente indulgentes.

O mundo capitalista se contorce; um arrastão de energia devastadora afastou o mar da praia onde flutuava a embarcação do crescimento global.

O cenário internacional desandou para um novo tsunami.

A China resolveu cuidar da própria encruzilhada; a Europa que fingia respirar voltou ao balão de oxigênio; a deflação de ativos vai rebater na velocidade da retomada norte-americana.

Tudo a desaconselhar o arrocho pró-cíclico evocado pelos magos da peregrinação redentora às catacumbas e às bancarrotas.

Desde 2008 eles advertem: a resistência do Brasil à crise é um crime contra o mercado.

Nenhuma voz dentro ou fora de Brasília soube até agora salgar esse diagnóstico da crise ‘endógena’ com a salmoura pedagógica das evidências opostas.

É para isso que existe governo.

Para esclarecer a opinião pública quando o futuro da nação balança perigosamente no despenhadeiro das ameaças e das manipulações.

Não significa mistificar a cota doméstica de erros e responsabilidades.

Mas, sim, separa-la de interesses que não são os da nação.

Sim, escolhas estratégicas são mediadas pela correlação de forças.

Mas um pedaço importante da correlação de forças se define no diálogo com a sociedade.

Disputar as expectativas, em certos momentos, é tão decisivo quanto ajustar as linhas de passagem de um ciclo para outro.

Um governo que toma decisões ancorado em diálogo direto com suas bases, apoiado por elas, irradia uma capacidade de comando que desencoraja o assalto conservador.

Hugo Chávez? Não, Roosevelt, da ‘Conversa ao Pé da Lareira’, de 1933, o programa radiofônico com o qual o presidente venceu a Depressão de 29 disputando o imaginário social com o mercado e seus abutres.

Cada vez que falava à Nação, a voz de Roosevelt dizia coisas inteligíveis à angústia do pai de família que acordara empregado e fora dormir temendo ser demitido. Suas mensagens e políticas pavimentavam o futuro sem negligenciar a emergência. Traziam respostas para o presente.

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O quadro hoje é outro, comparado à capacidade fiscal do Estado em 1929 ou 2008?

Sempre é outro.

De novo: é para isso que existe governo.

Se a história fosse estável e previsível, bastariam burocracias administrativas.

Há duas formas de descascar o abacaxi.

A escolha conservadora dispensa o penoso trabalho de coordenação defensiva da economia pelo Estado, ademais de elidir a intrincada mediação dos conflitos do desenvolvimento em um hiato de crescimento.

O que o jogral conservador reclama é um arrocho neoliberal com desmonte do que sobrou de ferramenta pública para o desenvolvimento –‘o entulho intervencionista que possibilitou Lula’.

Por isso o desmonte da Petrobras é um divisor de águas –econômico, político e simbólico.

Até quando o governo vai adiar a capitalização da empresa?

Será necessário oferecer-lhe o argumento do Proer – o Programa de Estímulo à Reestruturação e ao Sistema Financeiro, criado por FHC, em 1995, que custou ao país cerca de R$ 200 bi em dinheiro de hoje?

Salvar a banca era importante –  fortalecer a Petrobrás não é? Por quê?

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Não estamos falando apenas de um negócio de sucção de óleo a US$ 25/barril (ainda assim competitivo a um custo do pre-sal a 1/3 disso, desde que capitalizada a Petrobras).

Estamos falando justamente do oposto martelado pela fuzilaria conservadora nos dias que correm.

Qual seja, a natureza decisiva da presença do Estado na luta pelo desenvolvimento.

Transformar a história de sucesso da  Petrobras em um desastre de proporções ferroviárias é um requisito para desautorizar essa evidência histórica que o pre-sal veio ratificar

Não por acaso, o martelete contra  o ‘anacronismo intervencionista do PT’  interliga a ação dos procuradores de Moro à matilha dos coveiros da estatal.

Ao propiciar não apenas a autossuficiência, mas o potencial de um salto tecnológico, capaz de contribuir para  o impulso industrializante de que carece o país, a Petrobrás reafirma a relevância insubstituível da presença estatal na ordenação do desenvolvimento econômico.

Há problemas? 

Sim; a empresa arcou com sacrifícios equivalentes ao seu peso no país, vendendo combustível abaixo do custo de importação por quatro anos seguidos.

Ainda assim, até 2013 foi a petroleira que mais investiu no mundo: mais de US$ 40 bilhões/ano, o dobro da média mundial do setor.

E se tornou campeã mundial no decisivo quesito da  prospecção de novas reservas. Com resultados que retrucam o jogral do ‘Brasil que não deu certo’.

O pré-sal já produz cerca de 1,1 milhão de barris de óleo equivalente por dia.

A equação posta pelo novo estirão  da crise mundial não admite meio termo.

Capitalizar a Petrobras é dar um sinal de que a democracia brasileira não abdicou de reordenar seu desenvolvimento.

Não fazê-lo emitirá um bônus de reforço à prostração.

A mãe de todas as batalhas gira em torno dessa questão.

Há pouco tempo para escolhas.

Mas há muito a perder se elas não forem feitas em defesa do Brasil.

Oh! Que surpresa! A Shell diz que tem interesse no pré-sal.

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Em meio às discussões sobre alterações no marco regulatório do pré-sal, para permitir a participação de empresas estrangeiras na operação dos campos de águas profundas, a Shell confirmou, nesta segunda-feira, que tem interesse em atuar no segmento. Para Ben van Beurden, CEO global da empresa, a abertura a outras petroleiras além da Petrobrás diminui o risco da operação e amplia os investimentos no País. A informação é do Estadão, numa longa reportagem.

Todos devem ler. A Shell quer “dividir” os riscos de prospecção do pré-sal.

A mágoa e o ódio pela estatização do pré-sal podem ser maior que o imaginável

Esta matéria foi publicada em dezembro de 2010 em uma página denominada Wikileaks Carta Capital. Vale a pena ler com atenção, clicar nos links acessórios e tirar suas conclusões, neste momento em que se fala em desinvestimento na Petrobras e a retomada pela 7 irmãos do petróleo das reservas do pré-sal. 

Nos bastidores, o lobby pelo pré-sal

 “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?”. Este é o título de um extenso telegrama enviado pelo consulado americano no Rio de Janeiro a Washington em 2 de dezembro do ano passado.

Como ele, outros cinco telegramas a serem publicados hoje pelo WikiLeaks mostram como a missão americana no Brasil tem acompanhado desde os primeiros rumores até a elaboração das regras para a exploração do pré-sal – e como fazem lobby pelos interesses das petroleiras.

Os documento revelam a insatisfação das pretroleiras com a lei de exploração aprovada pelo Congresso – em especial, com o fato de que a Petrobras será a única operadora – e como elas atuaram fortemente no Senado para mudar a lei.

“Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria afirmado Patrícia Padral, diretora da americana Chevron no Brasil, sobre a lei proposta pelo governo . Segundo ela, o tucano José Serra teria prometido mudar as regras se fosse eleito presidente.

Partilha

Pouco depois das primeiras propostas para a regulação do pré-sal, o consulado do Rio de Janeiro enviou um telegrama confidencial reunindo as impressões de executivos das petroleiras.

O telegrama de  27 de agosto de 2009 mostra que a exclusividade da Petrobras na exploração é vista como um “anátema” pela indústria.

É que, para o pré-sal, o governo brasileiro mudou o sistema de exploração. As exploradoras não terão, como em outros locais, a concessão dos campos de petróleo, sendo “donas” do petróleo por um deteminado tempo. No pré-sal elas terão que seguir um modelo de partilha, entregando pelo menos 30% à União. Além disso, a Petrobras será a operadora exclusiva.

Para a diretora de relações internacionais da Exxon Mobile, Carla Lacerda, a Petrobras terá todo controle sobre  a compra  de equipamentos, tecnologia e a contratação de pessoal, o que poderia prejudicar os fornecedores americanos.

A diretora de relações governamentais da Chevron, Patrícia Padral, vai mais longe, acusando o governo de fazer uso “político” do modelo.

Outra decisão bastante criticada é a criação da estatal PetroSal para administrar as novas reservas.

Fernando José Cunha, diretor-geral da Petrobras para África, Ásia, e Eurásia,  chega a dizer ao representante econômico do consulado que a nova empresa iria acabar minando recursos da Petrobrás. O único fim, para ele, seria político: “O PMDB precisa da sua própria empresa”.

Mesmo com tanta reclamação, o telegrama deixa claro que as empresas americanas querem ficar no Brasil para explorar o pré-sal.

Para a Exxon Mobile, o mercado brasileiro é atraente em especial considerando o acesso cada vez mais limitado às reservas no mundo todo.

“As regras sempre podem mudar depois”, teria afirmado Patrícia Padral, da Chevron.

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Combatendo a lei

Essa mesma a postura teria sido transmitida pelo pré-candidtao do PSDB a presidência José Serra, segundo outro telegrama enviado a Washington em 2 de dezembro de 2009.

O telegrama intitulado “A indústria de petróleo vai conseguir combater a lei do pré-sal?” detalha a estratégia de lobby adotada pela indústria no Congresso.

Uma das maiores preocupações dos americanos era que o modelo favorecesse a competição chinesa, já que a empresa estatal da China, poderia oferecer mais lucros ao governo brasileiro.

Patrícia Padral teria reclamado da apatia da oposição: “O PSDB não apareceu neste debate”.

Segundo ela, José Serra se opunha à lei, mas não demonstrava “senso de urgência”. “Deixa esses caras (do PT) fazerem o que eles quiserem. As rodadas de licitações não vão acontecer, e aí nós vamos mostrar a todos que o modelo antigo funcionava… E nós mudaremos de volta”, teria dito o pré-candidato.

O jeito, segundo Padral, era se resignar. “Eles são os profissionais e nós somos os amadores”, teria dito sobre o assessor da presidência Marco Aurelio Garcia e o secretário de comunicação Franklin Martins, grandes articuladores da legislação.

“Com a indústria resignada com a aprovação da lei na Câmara dos Deputados, a estratégia agora é recrutar novos parceiros para trabalhar no Senado, buscando aprovar emendas essenciais na lei, assim como empurrar a decisão para depois das eleições de outubro”, conclui o telegrama do consulado.

Entre os parceiros, o OGX, do empresário Eike Batista, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) e a Confederação Nacional das Indústrias (CNI).

“Lacerda, da Exxon, disse que a indústria planeja fazer um ‘marcação cerrada’ no Senado, mas, em todos os casos, a Exxon também iria trabalhar por conta própria para fazer lobby”.

Já a Chevron afirmou que o futuro embaixador, Thomas Shannon, poderia ter grande influência nesse debate – e pressionou pela confirmação do seu nome no Congresso americano.

“As empresas vão ter que ser cuidadosas”, conclui o documento. “Diversos contatos no Congresso (brasileiro) avaliam que, ao falar mais abertamente sobre o assunto, as empresas de petróleo estrangeiras correm o risco de galvanizar o sentimento nacionalista sobre o tema e prejudicar a sua causa”.

O Lobão, o Chapeuzinho Vermelho e o entreguismo

Por Sergio Augusto Oliveira Siqueira

O Brasil da Silva é muito mais entreguista do que você imagina. Como não tem competência para administrar o que é brasileiro e dos brasileiros, vai à cata de terceiros que, além de não dar trabalho – coisa que não é sua praia – dá lucro que não é mole. Para uns que outros é claro; todos da mesma pandilha de sempre, há quase trinta anos, desde que Sarney inaugurou a re/democracia nesse País.

Agora mesmo, o ministro Lobão, das Energias de Dilma, acaba de descartar qualquer mudança na data do primeiro leilão do pré-sal. Os protestos que correm pelo Brasil que se lixem. Os movimentos sociais exigem que o governo cancele a licitação marcada para o dia 21. 
A Nação, com a voz rouca das ruas, exige alerta que o tal leilão é “crime de lesa-pátria” que coloca em risco a soberania nacional. Já o Governo, do alto de sua credibilidade, com o aval da honradez de quem nunca mentiu pra ninguém, garante a riqueza será “revertida para os brasileiros”. Ah bom! Então vai ser.

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Pré-sal: Petrobras diz que produzirá 1 milhão de barris em 2017.

A produção de petróleo extraído da camada pré-sal pela Petrobras no Brasil deve superar 1 milhão de barris em 2017. A previsão está no Plano de Negócios e Gestão 2013-2017, apresentado hoje (19) pela empresa a investidores.

Segundo a presidenta da Petrobras, Graça Foster, a produção do pré-sal chegou a 300 mil barris por dia em fevereiro deste ano. Ela ressaltou que a empresa levou apenas sete anos para atingir essa marca. Na Bacia de Campos, por exemplo, foram necessários 11 anos, na porção americana do Golfo do México, 17 anos, e no Mar do Norte, nove anos.

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A luz no fim do túnel

Seul, capital da Coréia do Sul: desenvolvimento via Educação. Enquanto nossos universidades formam analfabetos funcionais, a Coréia forma técnicos em alta tecnologia.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, afirmou ontem (22) que o governo defende a aplicação de todos os recursos provenientes dos royalties do petróleo e do pré-sal na educação. O objetivo é ter uma receita que permita ao governo investir 10% do Produto Interno Bruto (PIB) em educação.

“O governo está disposto a colocar todos os royalties do petróleo e do pré-sal e pelo menos metade do fundo social do petróleo para educação, exclusivamente para educação, isso para os municípios, os estados e a União (…) Essa é a posição do governo, é isso que nós vamos defender no Congresso Nacional, é uma posição da presidenta”, disse o ministro, após reunir-se nesta quarta-feira com a presidenta Dilma Rousseff e o presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), Daniel Iliescu.

Veja artigo no portal Último Instante em que se relata a experiência da Coréia do Sul, que de país subdesenvolvido na década de 60, arrasado e dividido pela guerra, de parcos recursos naturais, entendeu que a força de trabalho de seu povo era seu grande capital. Investindo em educação parte significativa do seu PIB, potencializou o trabalho e hoje experimenta notável desenvolvimento econômico. 

 

ANP determina suspensão da atuação da CHEVRON no País.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) determinou a suspensão das atividades de perfuração no Campo de Frade até que sejam identificadas as causas e os responsáveis pelo vazamento de petróleo e também sejam restabelecidas as condições de segurança na área do acidente. A ANP suspende toda atividade de perfuração da Chevron do Brasil Ltda. em território nacional.

A ANP informa, em nota que,  rejeitou o pedido da empresa de perfurar novo poço no Campo de Frade com o objetivo de atingir o pré-sal, pois poderia causar “riscos de natureza idêntica aos ocorridos no poço que originou o vazamento, maiores e agravados pela maior profundidade”.