Governo volta a discutir amortecimento do preço dos combustíveis

Por Mariana Tokarnia – Repórter da Agência Brasil  Brasília

O acordo firmado com os caminhoneiros para o fim do movimento grevista define a redução de R$ 0,46 no preço do diesel. Agora, a intenção é incluir também na discussão os demais combustíveis, criando um mecanismo que proteja o consumidor da volatilidade dos preços finais.Segundo o MME, o grupo vai convidar especialistas no assunto para ajudar a buscar uma solução que permita, por um lado, a continuidade da prática de preços livres ao produtor e importador e, por outro, o amortecimento dos preços ao consumidor. A primeira foi na última sexta-feira (1º), com técnicos da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

Política de preços

Desde 2016, a Petrobras segue uma política de variação do preço dos combustíveis que acompanha a valorização do dólar e o encarecimento do petróleo no mercado internacional. Em nota, o MME diz que a política de liberdade de preços da Petrobras, assim como das demais empresas de petróleo que atuam no país, “é uma política de governo. A Petrobras teve e tem total autonomia para definir sua própria política de preços”.

Com os reajustes, no início de maio, a Petrobras anunciou um crescimento do lucro líquido de 56,5% no primeiro trimestre deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado, atingindo R$ 6,96 bilhões. O crescimento expressivo surge depois de quatro anos seguidos de prejuízos e de um processo de reestruturação e de redução do endividamento da companhia, que teve início após as denúncias da Operação Lavo Jato.

Este foi, segundo a estatal, o melhor resultado trimestral desde o início de 2013, quando a empresa havia lucrado R$ 7,69 bilhões, e terminou o trimestre com resultados positivos em sua métrica de segurança.

Flutuações

As flutuações, no entanto, causam impacto para o consumidor. Nesse fim de semana, a Petrobras aumentou em 2,25% o preço da gasolina em suas refinarias. Com isso, o litro do combustível ficou 4 centavos mais caro, passando de R$ 1,9671 para R$ 2,0113, de acordo com a estatal.

Em um mês, o combustível acumula alta de preço de 11,29%, ou seja, de 20 centavos por litro, já que em 1º de maio, ele era negociado nas refinarias a R$ 1,8072. O preço do diesel, que recuou 30 centavos desde o dia 23 de maio, no ápice da greve dos caminhoneiros, será mantido em R$ 2,0316 por 60 dias.

O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) diz, em nota técnica, que a política de presos resultou, entre o final de abril e maio, em 16 reajustes do preço da gasolina e do diesel nas refinarias. Para o consumidor final, os preços médios nas bombas de combustíveis subiram, considerando os impostos federais e estaduais, de R$ 3,40 para R$ 5, no caso do litro de gasolina (crescimento de 47%), e de R$ 2,89 para R$ 4, para o litro do óleo diesel (alta de 38,4%).

Gasolina alcança preços mais baixos do século nos Estados Unidos

Sem título

Nos Estados Unidos, que importa 8 milhões de barris de petróleo por dia, a gasolina já custa o equivalente a 2 reais por litro, a metade do que vale nos postos dos brasileiros. Hoje, postos norte-americanos anunciavam gasolina de 100 octanas a US$1,90 o galão (3,78 litros), o preço mais baixo dos 12 últimos anos.

A razão é o preço do petróleo bruto, que já ultrapassou para baixo os US$30. Por isso, os principais exportadores, como Arábia Saudita, Venezuela e Angola, além de Irã e Rússia tem suas economias encolhidas com violência.

Uma vantagem dos preços baixos é que os exploradores de gás e óleo de xisto norte-americanos estão quebrando em cascata. O que dizem ser o objetivo dos dirigentes da OPEP ao manterem preços em patamares tão baixos. A exploração do gás de xisto, além de cara é extremamente danosa ao meio ambiente. Os ianques previam, com a prospecção do xisto, a independência energética das importações.

 

Goiás tem seu abastecimento comprometido e Liquigás aumenta o preço do gás

gás

A nota a seguir é assinada por Alexandre Borjaili, presidente da Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR e preocupa por atingir todos os consumidores de gás do País, a grande maioria da população. A redução da oferta do produto e os constantes aumentos são dois indícios que nem tudo vai bem no setor:

“O setor do gás de cozinha nunca viveu uma crise como a atual, hora greve dos caminhoneiros, hora greve Petrobras, agora, temos um argumento de uma suposta manutenção na Petrobras, um produto essencial a vida de todos brasileiros ignorado especialmente por quem deveria regular visando a garantia do abastecimento seguro e com qualidade.

Em Goiás a situação esta grave, nossas revendas estão ficando sem gás, sexta-feira, dia 27/11/15, um revendedor enviou mais de dez caminhões para Liquigás para recarregar, somente um saiu, sábado nem se fala, nenhum.

Muitos revendedores estão buscando gás mais caro em cidades vizinhas que ainda tem estoque, chegando a pedir ajuda com colegas revendedores no Distrito Federal, São Paulo e Minas Gerais. Essas operações elevam muito o custo do gás, mas mesmo tal medida não tem atingindo seu resultado, revendas estão fechando por não ter seu abastecimento.

A Associação Brasileira dos Revendedores de GLP, ASMIRG-BR recebeu do setor duas informações que merecem a atenção de nossas autoridades, em especial de Goiás, a primeira que Goiás está sem gás em função de Paulínia/SP está em greve, já as revendas desta região de Paulínia afirmam que a base da Petrobrás está funcionando dentro de uma normalidade sem falta de gás. Resta saber qual a real situação que vem provocando esta crise de abastecimento no Estado de Goiás e se há algum interesse diverso para este descaso com nossos amigos goianos.

Não bastando a crise em Goiás, a Companhia Distribuidora Liquigás anunciou mais um aumento de quase R$ 1,00 (Um Real) a partir de terça-feira dia 01/12/2015. Esta Distribuidora esta na mídia, patrocinando formula I, se destacando com a qualidade Petrobrás. Hora, onde estão os órgãos de Defesa do Consumidor, todo o gás ofertado no Brasil tem como produtor a Petrobrás, nenhum é melhor ou pior, é o mesmo fornecido a todas as Distribuidoras, muda-se uma tampinha, uma cor no botijão e este é o gás que chega em todos lares.

A Liquigás vem sendo denunciada por nossas revendas de uma suposta  obrigatoriedade de pagamento elevado para sustentação de sua campanha Botijão da Sorte, chegam a depositar 25 mil Reais sem nenhum recibo fiscal, e este “convite” é do tipo, paga calado se não quer sofrer represálias.

Poderíamos questionar a ANP, que como órgão regulador, deveria em tese preocupar com o abastecimento, com um mercado aberto, seguro,  com os direitos do consumidor, o que está fazendo para garantir a população o abastecimento do tradicional gás de cozinha?

O Estado Brasileiro precisa acordar para este setor, precisamos rever conceitos, ações, que garantam o abastecimento seguro daqueles que mais precisam do gás de cozinha em seus lares, a continuidade da omissão do Governo Federal, do Poder Legislativo pode agravar tal cenário sentido não apenas em Goiás, mas em alguns municípios, hora por greve, hora por manutenção, hora por descaso com o povo brasileiro.”

 

Jornalista da Forbes goza brasileiros pelo preço dos carros.

Cherokee: carro de acesso da classe média aos veículos mais simples.

Os impostos sobre automóveis no Brasil são bem mais altos que nos EUA e na Europa. Eles equivalem a 30,4% do preço médio de um carro, segundo a Anfavea (associação dos fabricantes nacionais). Na Itália, no Reino Unido, na França e na Alemanha, essa proporção varia entre 15% e 17%. No Japão, é de 9,1%; nos EUA, de 6,1%.

Um jornalista da Forbes, Kenneth Rapoza, goza, em artigo no seu blog, os brasileiros que acreditam que circular em um Jeep Cherokee (US$ 28 mil nos EUA e U$80 mil no Brasil) signifique status e demonstração de riqueza. O chamado Custo Brasil e a ganância das montadoras são os principais motivos para pagarmos tão caro por carros tão simples.

Governo quer ajudar montadoras a desencalhar estoques

Com os pátios cheios e o crédito complicado, Governo anuncia hoje medidas de incentivo à compra de veículos novos. Não está na hora dos grandes fabricantes pensarem em preços melhores? A comparação com o preço dos veículos no Exterior é violenta: lá se compra mais qualidade pela metade do preço.

Prepare-se: vem aí aumento de combustíveis.

A Petrobras teria perdido R$ 350 milhões desde o início da crise do Oriente Médio por não ter reajustado o preço da gasolina e do diesel, segundo cálculos do economista Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE).

A gasolina e o diesel representam 70% da receita da venda de derivados. Pelas contas de Adriano Pires, a gasolina está defasada em 22%, e o diesel, 18%, em relação aos preços internacionais. Só que ninguém fala que estes preços eram os mesmos de quando o petróleo esteve a 40 dólares o barril e a estatal não teve coragem de diminuir os preços. Na verdade, a empresa financia, em larga escala, com o dinheiro dos consumidores o projeto político do partido que ora está no poder, apesar de ser companhia de economia mista e dever explicações aos seus acionistas.

Prepare-se: aí vem mais um saque ao bolso do consumidor.