115 presídios em construção esperam, com obras paradas, verba do Governo Federal

Foto de Luís Carlos Nunes: na Barra, Nestor Duarte assume, em 2013, compromisso de construir o Presídio Provisório de Barreiras. Cumpriu a promessa, mas até agora o Presídio não funcionou.
Foto de Luís Carlos Nunes: na Barra, Nestor Duarte,  secretário de Administração Pinitenciária e Ressocialização,assume, em 2013, compromisso de construir o Presídio Provisório de Barreiras. Cumpriu a promessa, mas até agora o Presídio não funcionou. Rui Costa deve explicação oficial à população do Oeste baiano.

 

De 115 presídios aprovados e contratados pelo Governo Federal, em parceria com os estados, 15 não foram iniciados e 42 – mais de 1/3 – estão apenas com 10 % das obras iniciadas. O presídio de Bom Jesus da Lapa é recordista nacional: depois de 10 anos da aprovação da obra, nenhuma pedra foi colocada no local.

O presídio provisório de Barreiras esbarra na velha constatação da gestão pública: é caro construir, mas muito mais caro ainda administrar.

Se todos os presídios contratados com verba federal estivessem em funcionamento proporcionariam 46 mil vagas, uma fração das 250 mil vagas necessárias.

A condição de calabouços medievais dos presídios atuais acaba sensibilizando Ministério Público e Justiça, que escolhem os bandidos menos perigosos para soltar. Isso resulta em crime continuado e enormes prejuízos para a sociedade.