Outubro ainda terá chuvas irregulares no Centro Oeste e Oeste baiano

Segundo Francisco de Assis Diniz – Chefe do Centro de Análise e Previsão do Tempo do Inmet, em entrevista ao Notícias Agrícolas, a região Central do país deve passar por mais um período seco a partir do dia 10 de outubro. Continuam previstas as condições de chuvas irregulares durante este mês.

Segundo Francisco, choveu em alguns pontos do país nos últimos cinco dias e melhorou a condição de tempo seco em Tocantins (entre 50 e 60 milímetros), Mato Grosso (entre 50 e 60 milímetros), oeste da Bahia, parte do estado de Minas Gerais (entre 10 e 20 milímetros), além de bons volumes de chuva na região Sul do país.

Para o final de semana estão previstas mais chuvas concentradas no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e sul do Paraná. A região norte do Paraná continuará com volume baixo de chuva. As chuvas acontecem graças à uma frente fria que deve se deslocar entre domingo e segunda para o oeste e sul do Mato Grosso do Sul, leste e norte de São Paulo.

A região central do Brasil pode ficar pelo menos uma semana sem chuva a partir do dia 10. Francisco explica ainda que a frente fria não avança para a região porque há um bloqueio. “Os ventos impedem o deslocamento do sistema mais ao norte, o que tem evitado boa distribuição da chuva e causado as condições de chuvas irregulares”, explica.

Os mapas de umidade do solo apresentam boas condições para a região sul do país. Devido as pequenas chuvas (entre 20 e 40 milímetros) do inicio da semana, o norte do Paraná apresentou melhores condições. Parte do Sudeste também apresentou melhoras, enquanto o centro do Brasil continua apresentando solo seco.

Chuva deve continuar no Sertão nordestino. Açudes sangram no Ceará.

Grande formação de nuvens sobre os estados do Nordeste

A chuva deve continuar nos estados do Nordeste, durante esta semana. Com menos intensidade no Sertão e mais nas zonas de litoral. No entanto, 6 grandes açudes sangraram no interior do Ceará, com a certeza de que não faltará água para dessedentação humana e de animais durante o longo período de estiagem, que já alcança 5 anos.

Acaraú Mirim, com volume máximo, tem água o suficiente para abastecer uma cidade como Fortaleza durante um ano

O reservatório da hidrelétrica de Sobradinho continua com acumulação de apenas 15% da sua capacidade. É o motivo alegado pelo Governo, frente à redução da geração de energia barata das hidrelétricas, para aumentar a conta mensal ao consumidor, passando para a bandeira vermelha.

Na represa de Serra da Mesa, no rio Tocantins, a situação é ainda mais grave. O grande reservatório está apenas com 13% de sua capacidade. Fora disto, todos as hidrelétricas do centro-oeste/sudeste, Sul e Norte estão gerando a plena carga.

As últimas chuvas nas cabeceiras do rio São Francisco podem ajudar, de maneira significativa, a recuperação dos lençóis freáticos, mantendo a vazão do rio mais constante durante o estio.

 

E as chuvas no Oeste, que não dão o ar da graça?

mapa

Vai se esvaindo no coração dos agricultores do Oeste baiano a esperança de um ano de boas chuvas. As previsões até o dia 16 de janeiro não passam de 6 mm, apesar do anúncio de uma chuva geral para este dia 4. 

A situação das hidrelétricas também não é boa. Sobradinho, que deveria gerar até 60% da energia do Nordeste, entrou o ano com o reservatório em baixa, com pouco mais de 12%,  apenas 16% da energia hidráulica acumulada, enquanto no ano passado já acumulava 17%.

As chuvas tem sido esparsas: no eixo da BR 242 em direção leste, no rumo de Taguatinga, apenas algumas garoas muito localizadas. No eixo da BR 020 a situação é semelhante. Como o mapa mostra, as chuvas estão beirando a divisa da Bahia com Tocantins e Goiás.

Se chover em fevereiro, com intensidade como no ano passado, ainda se salvam uma boa porção de lavouras e uma boa porção de reposição no Velho Chico. As temperaturas elevadas aumento a evapotranspiração nas lavouras e a evaporação nas bacias de acumulação dos rios.

Talvez hoje venha a chuva prometida para ontem

Charge de Ivan Cabral
Charge de Ivan Cabral

As chuvas prometidas para ontem não vieram. No entanto, a meteorologia diz que o tempo seco predomina sobre o centro e leste do Nordeste, com previsão de chuva para o Maranhão, sul do Piauí, oeste da Bahia e litoral norte. As temperaturas ficam elevadas ao longo do dia, com sensação de calor na parte da tarde.

As chuvas irrisórias dessa estação, somadas à seca prolongada do ultimo ano, deixaram 12 dos 23 reservatórios de hidrelétricas monitorados pela ANA e pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) com volumes d’água abaixo da metade.

Chove em outubro no Oeste baiano.

previsão do tempoOs meteorologistas do Canal Rural estão prevendo umas chuvinhas em setembro e o início da temporada das águas na segunda quinzena de outubro. Em novembro, as chuvas se intensificam. Tudo dentro da normalidade. Espera-se que a influência do fenômeno “El Niño” seja menor do que o previsto e as chuvas de dezembro, janeiro, fevereiro e março sejam normais, com veranicos curtos.

Chuvas no Nordeste podem ficar abaixo da média, diz Instituto.

Atingido por uma estiagem severa nos últimos dois anos, o Nordeste pode voltar a ter chuvas abaixo da média em 2014. A previsão é do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). De acordo com o meteorologista Mozart de Araújo Salvador, a temperatura do Atlântico Norte, cuja alta causou a diminuição das chuvas em 2012 e 2013, continua elevada, embora em patamar menor que o do ano passado. Segundo Salvador, caso a situação se mantenha, há chance de menos chuva do que tradicionalmente. No entanto, não é possível prever a intensidade de um eventual novo período de seca. “A possibilidade [de estiagem] não está afastada”, disse ele.

O meteorologista explicou que, em dezembro, quando o Inmet levantou os dados para seu prognóstico mais recente sobre o Nordeste, a temperatura do Atlântico Norte estava de 0,5°C a 1°C acima da média. “Espera-se que [a alta de temperatura] não se intensifique, ou o risco de prejuízos para as chuvas é grande”, acrescentou. Salvador esclareceu que, no ano passado, a temperatura do oceano chegava a 1,5°C acima da média. Para normalização das chuvas no Nordeste, o ideal é que ela recue nos próximos meses. Uma nova medição será feita na segunda quinzena de janeiro.

Para o primeiro trimestre deste ano, o Inmet vê 40% de possibilidade de chuvas dentro da média e 35% de probabilidade de ficarem abaixo da média para o semiárido do Ceará, do Piauí, da Paraíba, do Rio Grande do Norte e do norte da Bahia. Existem ainda 25% de chance de precipitações acima da média. Em 2012 e 2013, produtores rurais desses e de outros estados perderam gado e lavoura com a estiagem e tiveram de ser socorridos pelo governo, que disponibilizou linhas de crédito emergenciais e permitiu a renegociação de dívidas a agricultores que não puderam honrar os pagamentos em função das perdas com a estiagem.

Para 2014, o Ministério da Integração Nacional informou que ainda aguarda dados mais concretos com relação ao panorama relacionado à seca para definir ações. O órgão informou ainda que, até o momento, não há decisão sobre renovação das linhas de crédito, mas que é possível aderir à renegociação de débitos até 30 de dezembro deste ano. Da Agência Brasil.

No Oeste baiano estão previstas chuvas para esta quinta-feira, em pancadas esparsas, como aquela que caiu no domingo, na região de Roda Velha. O milho, em plena fase de embonecamento e formação de grãos, precisa demais destas chuvas. Na região produtora de Cristalina, Goiás, a soja plantada em terras inclinadas já mostrava estar sofrendo, também no domingo, com a falta de chuvas, “virando a folha” lá pelas 11 horas da manhã. 

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Previsão de chuvas fracas até o final do mês

A grande maioria dos institutos meteorológicos prevê chuvas fracas esta semana, com máximo de 4mm, e praticamente nada no final do mês, o que compromete as lavouras tardias de soja e a grande maioria das culturas de algodão. As previsões são extensíveis para toda a região do MATOPIBA (sul do Maranhão, leste do Tocantins, sul do Piauí, oeste da Bahia). As reduções na safra ainda são incalculáveis.