O novo diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Fernando Oliveira, disse, nesta quarta-feira (8), que a PRF é um órgão de Estado e não pactua com investida contra a democracia.
“Hoje, 8 de fevereiro, um mês após um dos episódios mais deploráveis do Estado brasileiro, resta evidente que a defesa dos ideais republicanos não pode ser meramente retórica. Deve ser praticada diariamente em cada ação, gesto, palavra”, disse em discurso durante sua posse.
“Os valores genuínos da PRF, como educação, civilidade, respeito ao próximo são imprescindíveis para a nação. A Polícia Rodoviária Federal, como órgão de Estado, não tem partido e não irá pactuar com qualquer investida contra a democracia. Que haja justiça para todos. Que haja paz para os brasileiros”, acrescentou.
Durante o discurso, o novo diretor-geral disse ainda que atos isolados lançaram desconfiança sobre a corporação. Para ele, é necessário que a PRF resgate a sua essência de polícia cidadã.
“Mas nos últimos anos, atos isolados, alguns abomináveis, lançaram sobre a PRF o véu da desconfiança. A reputação lapidada ao longo de décadas, de repente, se viu atingida e maculada”.
Já na coletiva de imprensa, o novo diretor-geral explicou que os atos abomináveis são todos aqueles contrários ao previsto na legislação. “Toda vez que houver excesso de força desnecessário é abominável”, disse.
Ao ser questionado sobre investigações internas contra o ex-diretor-geral da PRF Silvinei Marques, evitou falar do assunto dizendo que não tinha conhecimento sobre o processo. No entanto, avaliou que dependendo do resultado pode haver até perda de aposentadoria.
Silvinei tem sido alvo de diversas investigações para analisar se os bloqueios de veículos realizados pela PRF no dia da votação em várias estradas, principalmente na região Nordeste, respeitaram a legislação e se não constituíram ofensa ao livre exercício do direito de voto pelos cidadãos abordados.
“Já existe um procedimento na corregedoria que corre em sigilo. Em caso de culpabilidade, aí eu vou de forma genérica e não específica do ex-diretor, em caso de culpabilidade do direito disciplinar, a aposentadoria não acaba com o processo. Ela pode ser ao final, se houver responsabilidade, haver cassação da aposentadoria no caso mais grave”, disse.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, esteve presente na posse e, na ocasião, prometeu olhar para o problema do salário dos agentes das forças de segurança.
Durante a cerimônia foram assinados dois documentos reiterando o compromisso da PRF com as pautas de direitos humanos e meio ambiente. O primeiro é um protocolo de intenções com o Instituto Childhood para o enfrentamento à exploração sexual de crianças e adolescentes.
O segundo é um acordo de cooperação técnica com o Ibama para o intercâmbio de informações e ações conjuntas nas áreas de fiscalização, inteligência e capacitação.
O novo diretor-geral prometeu ainda uma coordenação na área de direitos humanos e a valorização dos servidores. “Não só as aulas voltarão ao currículo de formação [direitos humanos], mas estamos criando uma coordenação-geral de recursos humanos para poder fazer a aplicação das políticas de recursos humanos a todo o efetivo da PRF e a todas as ações da PRF”, disse.
O nome de Oliveira surgiu após o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, cancelar a indicação do policial rodoviário Edmar Camata para o comando da PRF.
Como mostrou a coluna da Mônica Bergamo, o servidor foi no passado um entusiasta da Lava Jato e da atuação de Sergio Moro, hoje senador eleito pela União Brasil-PR. Camata também usou as redes sociais para manifestar, na época, apoio à prisão do petista, ocorrida em 2018.
Raquel Lopes/Folhapress



















A ação teve como objetivo coibir condutas irregulares na execução desse tipo de transporte e possíveis ilícitos criminais, contribuindo assim para a fluidez do trânsito, conservação do pavimento asfáltico da rodovia e segurança dos usuários nas rodovias federais.








Essas duas práticas estiveram no topo do ranking das infrações nos dois feriadões. Durante a Operação Ano Novo, 1.343 motoristas que beberam antes de assumir a direção foram autuados; 113 foram detidos. Já no Natal, foram multadas 1.592 pessoas; 163 acabaram na delegacia pelo crime de alcoolemia ao volante previsto no Código de Trânsito Brasileiro (CTB).
O guincho transportava um GM/Classic LS, com placas de São Paulo (SP). No interior deste veículo, a equipe policial descobriu compartimentos ocultos. Dentro foram encontrados vários tabletes de maconha, cocaína e mil unidades de anfetaminas (ecstasy).












Cerca de 15 toneladas de maconha foram apreendidas, na tarde desta quarta (04), durante trabalho de repressão à criminalidade na BR-364, no município de Goiânia. O ilícito era transportado em um caminhão. Um corte na lataria do compartimento de carga, onde estavam acondicionadas outras mercadorias, desvendou os tabletes do entorpecente. O motorista, de 43 anos, recebeu voz de prisão pelo crime de tráfico de drogas. De acordo com suspeito, a mercadoria ilegal foi pega em Várzea Grande, em Mato Grosso; e teria como destino final a cidade de Uberlândia, em Minas Gerais.
Santo; e Paulista, em Pernambuco, são os outros locais incluídos no projeto-piloto. Os cinco municípios não são os mais violentos do país, mas registraram números absolutos de homicídios consideráveis nos últimos anos. O critério de seleção das cidades considerou a média dos números de homicídios dolosos ocorridos em 2015, 2016 e 2017.











