Presos de Barreiras querem linchar “ex-xerife” de cela

O líder decadente, agora ameaçado
O líder decadente, agora ameaçado

Ao término da visita aos presos, na tarde deste sábado, 24, os policiais de plantão foram avisados pela mãe de um dos encarcerados sobre um conflito no interior de uma das celas do Complexo Policial de Barreiras entre os detentos Kaio, Rodrigo, Francisco e Deybison dos Santos Barone, o qual foi acusado pelos demais reclusos de estar usando um aparelho celular para contatos externos.

Os agentes plantonistas confirmaram a informação, encontrando em seu poder dois telefones. Deybison alega ter comprado os aparelhos nas mãos dos seus companheiros de cela, que repentinamente se revoltaram contra ele.

Perante a situação, os demais prisioneiros se revoltaram e prometeram linchá-lo caso fosse colocado em qualquer uma das celas da cadeia pública. Sendo assim, os policiais foram obrigados a colocar Deybison no parlatório (sala de visitas) da delegacia até encontrarem uma solução para o fato.

Um agente de custódia declarou que a indignação dos cerca de 100 detentos tem implicações antigas. “Esse preso já foi líder do presídio no passado e atualmente é rejeitado por todos aqueles que foram maltratados pelo mesmo”, concluiu. Do blog Alô Alô Salomão.

A Polícia Judiciária da região não vê a hora para que a Secretaria de Administração Penitenciária inaugure o presídio de Barreiras e assuma os seus presos. Transformar policiais que deveriam estar cuidando da investigação e de seus inquéritos em carcereiros não passa de um arranjo indevido, com claro desvio de função.

Só em Barreiras e Luís Eduardo Magalhães, os detidos passam de mais de 230, confinados em espaços que no máximo suportariam 50 prisioneiros. Apesar de todo esforço da Justiça, que sentencia mais de uma dúzia por mês, enviando-os aos presídios na Região Metropolitana, o problema da superlotação continua.